Faustão é internado para realizar exames pós-transplante

Faustão foi internado nesta segunda-feira (18) para realizar exames pós-operatórios devido ao transplante de coração feito no fim de agosto. Segundo nota enviada à Band, o Hospital Albert Einstein informa que o apresentador faz os exames como protocolo pós-transplante.

“O paciente Fausto Silva deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein no dia 18 de setembro para a realização de exames pós-transplante cardíaco. Trata-se de protocolo de rotina que avalia o funcionamento do coração e se há indícios de rejeição”, afirma a nota.

Faustão fez um transplante de coração em 27 de agosto, recebendo alta no último dia 10. O apresentador segue sob orientações médicas e nutricionais necessárias para a reabilitação após o transplante cardíaco, segundo o Hospital Albert Einstein.

Sistema de transplante no Brasil
O Sistema Nacional de Transplantes (SNT) funciona por ordem cronológica de cadastro, mas há prioridades em meio à fila, a depender dos critérios que o paciente preenche. Com isso, a cirurgia só ocorre de acordo com necessidades médicas, o estágio de gravidade da insuficiência cardíaca, tipo sanguíneo e outras especificidades.

A compatibilidade genética é fator importante na decisão de quem receberá o órgão e o tempo de isquemia, o tempo de duração do órgão fora do corpo. No caso, a demora do transporte do órgão da origem até o transplante.

Crianças são prioridade ao concorrerem na fila com adultos, seja pelo doador também ser criança, ou por estarem diretamente concorrendo com mais velhos.

BAND

Postado em 21 de setembro de 2023

Ministra Rosa Weber marca julgamento de ação que descriminaliza aborto

A presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministra Rosa Weber, marcou a data do julgamento da ação que pretende descriminalizar o aborto até a 12ª semana de gravidez. O caso será analisado pelo plenário virtual da Corte entre os dias 22 e 29 de setembro.

Pela modalidade virtual, os ministros inserem os votos no sistema eletrônico e não há deliberação presencial. O julgamento é aberto com o voto do relator. Em seguida, os demais ministros passam a votar até o horário limite estabelecido pelo sistema. Antes do julgamento, os advogados incluem vídeos com a gravação da sustentação oral. Um pedido de vista para suspender o julgamento também pode ser feito.

Desde 2017, uma ação protocolada pelo PSOL tramita na Corte. O partido defende que a interrupção da gravidez até a 12ª semana deixe de ser crime.

Atualmente, a legislação brasileira permite o aborto em casos de estupro, risco à vida da gestante ou fetos anencéfalos.

Em 2018, o Supremo realizou audiência pública para debater o assunto com especialistas contrários e favoráveis à interrupção.

A liberação do caso para julgamento ocorre uma semana antes de Rosa Weber se aposentar compulsoriamente aos 75 anos e deixar o tribunal. Na próxima semana, o ministro Luís Roberto Barroso assumirá a presidência do STF.

ebc

Postado em 21 de setembro de 2023

Juízes se dizem estressados e reclamam de excesso de trabalho; subsídio é de pelo menos R$ 33 mil

Os juízes de Direito brasileiros estão estressados e ansiosos, trabalham demais e sentem que seus salários não são suficientes. É o que mostra o relatório parcial do 2º Censo do Poder Judiciário do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), divulgado nesta terça-feira, 19, elaborado a partir das respostas de 6,1 mil magistrados do País. O subsídio mais baixo de um juiz federal hoje é de R$ 33 mil, equivalente a 25 salários mínimos.

Quando se fala na relação trabalho versus salário, a maioria dos magistrados brasileiros (79,7%) disse ao CNJ que acha que está trabalhando demais, e um número bastante similar (73,9% dos que responderam a pesquisa até agora) acha que a remuneração que recebem não está adequada.

Questionado pelo Estadão, o CNJ disse que não tem uma estatística sobre a remuneração média dos juízes, desembargadores e ministros do País, “porque os tribunais são autônomos para definir os valores, desde que respeitado o teto constitucional”. O órgão também informou que prefere não comentar os resultados do Censo porque os dados ainda são preliminares.

No dia 1º de setembro, o Conselho publicou o anuário Justiça em Números, que mostrou que um magistrado custa, em média, R$ 68 mil aos cofres públicos por mês – o que equivale a 51,5 salários mínimos. Esse valor é o dobro do teto constitucional, valor máximo que um servidor público poderia ganhar, que hoje é de R$ 39 mil.

Isso se explica pelo fato de alguns penduricalhos – benefícios como adicionais por tempo de serviço, congratulações, gratificações, que podem ser criados e ter validade só para os membros de determinada corte – ficarem de fora do limite do teto. Como mostrou o Estadão, no Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) há magistrados que ganham até R$ 170 mil por mês, o que rende à Corte o título de “mais bem paga do País”.

Percepção ‘aristocrática’ da realidade
Fernando Fontainha, doutor em ciência política pela Université de Montpellier (França) e pesquisador de Poder Judiciário, diz que o sistema de Justiça brasileiro é “o mais caro do planeta”. Ele compara o Brasil com a França, onde um magistrado começa ganhando € 1.800 (R$ 9,3 mil) e pode encerrar a carreira com € 7.300 (quase R$ 38 mil).

“Não há país em que o juízes sejam remunerados como no Brasil. Estamos falando de pessoas que começam ganhando praticamente R$ 30 mil no seu primeiro salário”, diz o pesquisador. Ele concorda com a reclamação da magistratura de que o trabalho é excessivo, mas afirma que a reclamação sobre as remunerações evidencia uma “percepção aristocrática da realidade”.

“Há uma promessa de um prestígio social descomunal, desde a faculdade de Direito. Isso não é descolamento da realidade. É uma certeza aristocrática completamente incompatível com a vida republicana moderna”, afirma Fontainha.

Estressados, ansiosos e exaustos
O Censo de 2023 aborda também algumas questões relacionadas à saúde mental, elencando as principais queixas dos membros da magistratura. São elas: estresse (58,5%), ansiedade (56,2%), esgotamento emocional (34,1%) e esgotamento físico (28,9%). Os magistrados brasileiros estão estressados, ansiosos e exaustos.

Uma parcela menor (15,1%) afirma ter diagnóstico de depressão, uma das doenças que mais se alastra no mundo. Na pesquisa, 2,2% dos juízes afirmam fazer uso abusivo de álcool ou drogas e 2,2% afirmaram ter ideias suicidas. Pouco mais de um terço, 30,9%, disseram que não são felizes na carreira.

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O professor avalia que esses dados mostram é que “a magistratura é muito pouco porosa a transformações sociais e demandas por transformação social. A corporação judiciária segue bastante dura e pouco aberta a identidades divergentes”.

O que as entidades têm a dizer
A reportagem entrou em contato com três entidades representativas de alcance nacional – Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) e Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) – questionando se os dados da pesquisa de fato espelham o perfil da categoria. Até a conclusão da reportagem, apenas a Anamatra retornou.

A presidente da associação, Luciana Conforti, enviou uma nota ao Estadão dizendo que os dados do CNJ “são parciais e, portanto, incompletos, razão pela qual não é possível uma análise definitiva pela Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra)”.

Sobre o valor médio de despesa por magistrado, a Anamatra afirma que “é necessário, entre outros aspectos, que seja feito um recorte por ramo de Justiça, tendo em vista a existência de profundas discrepâncias remuneratórias, em prejuízo dos Magistrados do Trabalho”.

TERRA

Postado em 21 de setembro de 2023

Governistas tentam barrar Marco Temporal e retirar pauta do Senado

Patinando na esteira do Senado Federal, o projeto de lei que estabelece o Marco Temporal para a demarcação de terras indígenas teve a votação adiada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) nessa quarta-feira (20/9) — mesmo dia em que o tema seguiu sob análise do Supremo Tribunal Federal (STF). O movimento foi articulado por governistas que tentam impedir que o texto avance na Casa Alta.
Durante a comissão, após a leitura do relatório do senador Marcos Rogério (União-RO), a senadora Eliziane Gama (PSD-MA) fez um pedido de vista — mais tempo para análise da matéria – e a discussão foi adiada por sete dias.

“Neste momento, o presidente Lula está na ONU. Fez um debate inicial de 15 minutos. Dos 15 minutos, quatro foram para política ambiental. Estão lá o presidente da Câmara, (Arthur) Lira, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, ambos acompanhando e aplaudindo o debate. E, neste momento, com o quórum baixo nesta Casa, nós estamos na ordem do dia com o Marco Temporal. Veja que há uma série, na verdade, de contradições e claramente uma decisão que trará prejuízos. É uma Comissão que trata de constitucionalidade”, defendeu Eliziane.

Segundo apurou o Metrópoles, o pedido de vista foi feito para que o caso volte a ser analisado quando o presidente da comissão, senador Davi Alcolumbre (União-AP), voltar de viagem. Alcolumbre deu aval para o avanço da votação, mas a deliberação final deve ser feita dentro de sete dias, para que ele participe.

Além do adiamento, os senadores da base ligada ao governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tentam levar o tema para novas comissões antes de seguir para o plenário da Casa. Os colegiados que também deliberariam sobre o tema seriam as comissões de Direitos Humanos e de Meio Ambiente.

Segundo Eliziane, em “última instância”, os contrários ao tema devem recorrer a Rodrigo Pacheco para que a pauta seja redistribuída a outras comissões. “Se isso não ocorrer, vamos para o plenário. No plenário, que será de fato o ponto final do debate dessa comissão. Eu acredito que nós possamos ter um cenário diferente”, destacou a parlamentar.

O objetivo é dar mais tempo para o STF julgar a matéria e atrasar o trâmite no Senado. A pauta é considerada uma das prioridades de Lula.

Adiado na CCJ
Na CCJ, Marcos Rogério fez a leitura do seu parecer sobre o projeto do Marco Temporal. Relator do texto na comissão, ele vai confirmar o relatório da Comissão de Agricultura e Reforma Agrária a favor do tema, fixando a data da promulgação da Constituição Federal, de 5 de outubro de 1988, como parâmetro para verificação da existência da ocupação da terra pela comunidade indígena que pede reconhecimento.

No documento do senador, ele cita que a aprovação da matéria no Congresso resultará em “paz e segurança” para a população indígena. “Com sua aprovação, finalmente, o Congresso Nacional trará segurança e paz às populações indígenas e não indígenas, especialmente do campo. Não se pode aceitar que, 35 anos após a entrada em vigor da Constituição, ainda haja celeuma sobre a qualificação de determinada terra como indígena, gerando riscos à subsistência e à incolumidade física de famílias inteiras”, escreveu.

“Vale lembrar, a propósito, que o próprio PL excepciona da questão do Marco Temporal as terras que só não estavam ocupadas em 1988 por conta de renitente esbulho praticado contra comunidades indígenas, de maneira que cai por terra a ilegítima acusação de que se estaria buscando aqui legitimar ou acobertar qualquer tipo de violência contra a população indígena. Estabelecida a constitucionalidade da chamada tese do Marco Temporal, vale analisar também a compatibilidade formal e material com a Constituição de outros dispositivos que geraram ou podem gerar discussão”, defendeu Marcos Rogério.

Marco Temporal
O Marco Temporal estabelece que apenas as terras indígenas ocupadas até 5 de outubro de 1988, dia da promulgação da Constituição, poderão ser demarcadas. No entanto, lideranças dos povos originários declaram que a questão vai contra a Carta Magna.

De acordo com o PL nº 2.903/2023, para que uma área seja considerada “terra indígena tradicionalmente ocupada”, será preciso comprovar que, na data de promulgação da Constituição Federal, ela vinha sendo habitada pela comunidade indígena em caráter permanente e utilizada para atividades produtivas. Também será preciso demonstrar que essas terras eram necessárias para a reprodução física e cultural dos indígenas, além da preservação dos recursos ambientais necessários ao seu bem-estar.

No caso de o local pretendido para demarcação não estar habitado por comunidade indígena em 5 de outubro de 1988, fica descaracterizada a ocupação permanente exigida em lei, a menos que houvesse “renitente esbulho”, ou seja, conflito pela posse da terra. Assim, áreas não ocupadas por indígenas e que não eram objeto de disputa na data do marco temporal não poderão ser demarcadas.

O texto também altera a Lei nº 4.132, de 1962, para incluir, entre situações que permitem desapropriação de terras particulares por interesse social, a destinação de áreas às comunidades indígenas que não se encontravam em ponto de ocupação tradicional na data do Marco Temporal, desde que necessárias a reprodução física e cultural. O projeto também proíbe a ampliação das terras indígenas já demarcadas e declara nulas aquelas que não atendam aos seus preceitos.

O texto é considerado “inconstitucional”, uma vez que, segundo o artigo 231 da Constituição, os direitos indígenas são originários, ou seja, antecedem à formação do Estado.

Metrópoles

Postado em 21 de setembro de 2023

Em encontro com Biden, Lula destaca potencial da transição energética no Brasil

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva se reuniu na tarde desta quarta-feira, 20/9, com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. O encontro, em Nova York, aconteceu à margem da Assembleia Geral da ONU, onde ambos discursaram na véspera, e logo antes do lançamento de uma iniciativa criada pelos governos brasileiro e norte-americano para a defesa do trabalho digno.

A reunião foi a segunda bilateral entre os dois presidentes em 2023. A primeira ocorreu na Casa Branca, em fevereiro , durante viagem oficial do presidente Lula a Washington. Nesta quarta, os dois líderes conversaram sobre o programa voltado para gerar mais empregos de qualidade, mas também falaram sobre democracia, transição energética e proteção ao meio ambiente.

“É muito importante que os Estados Unidos vejam o que está acontecendo no Brasil nesse momento histórico de transição ecológica, de mudança de matriz energética, do que o país tem de investimento em energia solar, eólica, biomassa, biodiesel, etanol, hidrogênio verde, ou seja, há uma perspectiva de trabalho em conjunto excepcional entre Brasil e Estados Unidos. É um novo tempo na relação entre Estados Unidos e Brasil, uma relação de iguais, soberana e de interesses comuns”, afirmou Lula.

Para o presidente brasileiro, é importante que lideranças de perfil democrático se unam neste momento. “Quando olhamos a geopolítica do mundo, percebemos que as oportunidades estão se fechando e as democracias correm perigo porque a negação da política tem feito com que setores extremistas tentem ocupar o espaço em função da negação da política no mundo inteiro”.

O presidente norte-americano, por sua vez, destacou a necessidade de que os dois países trabalhem juntos para preservar o meio ambiente e promover a democracia não só no Brasil, mas em todo o continente.

“Trabalharemos juntos para resolver a crise do clima, mobilizando centenas de milhões de dólares para preservar a Amazônia e os ecossistemas cruciais da América Latina. Trabalharemos juntos na parceria da cooperação atlântica, promovendo crescimento econômico. As duas maiores democracias do hemisfério ocidental estão defendendo direitos humanos no mundo, incluindo os direitos dos trabalhadores”, declarou Biden.

COMÉRCIO BILATERAL – Os Estados Unidos são o segundo maior parceiro comercial do Brasil no mundo, atrás apenas da China. Somente em 2022, o comércio entre os dois países movimentou um total de US$ 88,7 bilhões, dos quais US$ 37 bilhões foram em exportações brasileiras e US$ 51,3 bilhões em importações vindas dos EUA.

Na visita do presidente Lula a Washington no início do ano, ele e o presidente Biden ressaltaram que o fortalecimento da democracia, a promoção do respeito aos direitos humanos e o enfrentamento da crise do clima figuram no centro da agenda bilateral. Decidiram também retomar as atividades do Grupo de Trabalho de Alto Nível Brasil-EUA sobre Mudança do Clima (GTMC) e revitalizar o Plano de Ação Conjunta Brasil-EUA para a Eliminação da Discriminação Étnico-Racial e Promoção da Igualdade.

Agencia Gov

Postado em 21 de setembro de 2023

Fertilidade: chance de gravidez é maior na primavera; revela novo estudo; entenda

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 1 a cada 6 pessoas (17,5%) no mundo enfrentam dificuldades para engravidar. O diagnóstico de infertilidade é definido por não conseguir uma gravidez após ao menos 12 meses de tentativas e afeta o “bem-estar mental e psicossocial das pessoas”, defende o órgão.

Há muitos fatores que impactam essa tendência. A gravidez tardia é o principal e talvez o mais óbvio, dado que a fertilidade da mulher diminui consideravelmente a partir dos 30 anos. Mas a verdade é que um crescente número de estudos comprova o impacto do ambiente e do estilo de vida nessa tendência.

O mais recente deles mostra que até mesmo a estação do ano pode influenciar na chance de gravidez. O trabalho, realizado pelo Fertility Medical Group, em São Paulo, concluiu que a primavera é a estação com maior taxa de fecundação entre pacientes submetidas à fertilização in vitro (FIV). O outono, a pior.

— Vimos que na primavera a taxa de gravidez é 30% maior que no outono, que é a estação com menor taxa de sucesso. Também analisamos a taxa de abortamento, que foi 63% menor para embriões transferidos na primavera — diz Edson Borges, especialista em medicina reprodutiva e diretor científico do Fertility Medical Group.

A segunda “melhor estação” para engravidar, depois da primavera, é o verão, seguida do inverno. Para chegar a essa conclusão, os pesquisadores analisaram o desfecho de 3.725 tratamentos para fertilização in vitro, que totalizaram 4.952 embriões transferidos. Os resultados completos do estudo foram apresentados no XXVII Congresso Brasileiro de Reprodução Assistida, realizado recentemente em Aracaju (SE).

Borges explica que um estudo anterior, feito há cerca de 10 anos pela equipe, já havia indicado que a taxa de fecundação era mais alta para procedimentos de fertilização in vitro realizados na primavera. Entretanto, na época, não havia a prática de congelar embriões e fazer a implantação depois. Atualmente, o congelamento de embriões é quase uma regra na área. Na Fertility, por exemplo, 85% dos embriões são congelados antes de serem implantados.

— Descobrimos que a medicação usada para estimulação ovariana atrapalha a função do endométrio, fazendo com que a taxa de gravidez caia um pouco. Por isso, a maioria dos embriões é congelada para fazer a implantação depois — explica Borges.

Os pesquisadores decidiram, então, fazer um novo estudo para confirmar se a estação do ano realmente interferia nos resultados da gestação ou se era apenas uma característica do embrião fresco, por exemplo. O impacto da estação do ano se confirmou no novo estudo.

Embora o estudo tenha sido realizado entre pacientes submetidas a um tratamento de reprodução assistida, o especialista afirma que os resultados também valem para quem está tentando engravidar de forma natural.

A principal hipótese para explicar essa associação está nas modificações da luminosidade na produção de hormônios que favorecem a fertilidade feminina. Diversas evidências já demonstraram que a fecundidade em mamíferos depende da luz do dia e da temperatura, e que o aumento da duração do dia está associado a mudanças no cérebro que são responsáveis ​​por mediar atividades reprodutivas.

— Na primavera tem mais luz. A hipófise trabalha melhor e isso aumenta os níveis de progesterona. Sabemos que isso ocorre em mamíferos e que a fertilidade dos animais fica melhor na primavera, mas até agora não tínhamos comprovado que isso acontece em humanos também — diz Borges.

Outro estudo recente, feito por pesquisadores da Pesquisadores na Austrália mostrou que a implantação de embriões formados a partir de óvulos coletados no verão resultou em uma probabilidade 30% maior de bebês nascerem vivos do que se os óvulos tivessem sido recuperados no outono, por exemplo. Os pesquisadores também descobriram um aumento de 28% nas chances de um nascido vivo entre as mulheres que tiveram os óvulos coletados durante os dias com mais sol em comparação com os dias com menos sol.

Existem muitos fatores que influenciam a fertilidade. A idade, em especial da mulher, é apontada como principal. A mulher já com uma quantidade determinada de folículos, células que vão desenvolver os óvulos. É a chamada reserva ovariana. A partir dos 35 anos, essa reserva cai num ritmo gradativo.

Entretanto, outros fatores de estilo de vida como consumo de álcool, tabagismo, sedentarismo, obesidade e alimentação também têm um forte impacto nisso. Agora a ciência começa apontar também a importância dos fatores ambientais na saúde reprodutiva humana.

— Hoje sabemos que a epigenética tem tanta influência ou mais do que a própria genética. Cada um tem uma propensão, mas o que faz desenvolver ou não determinadas disfunções é o estilo de vida e o meio ambiente — pontua o ginecologista obstetra especialista em Reprodução Humana Rodrigo Rosa, diretor clínico da clínica Mater Prime, em São Paulo.

Além dos estudos citados acima, que mostram a influência das estações do ano, outros trabalhos se dedicam a entender a influência de substâncias químicas, poluentes e mudanças climáticas na saúde reprodutiva humana.

Por exemplo, sabe-se que a exposição a certos produtos químicos e poluentes pode afetar a fertilidade e a saúde geral ao longo da vida. Ftalatos e fenóis, substâncias comumente encontradas em produtos para a pele e para a casa que contém cheiro ou cor também prejudicam a saúde reprodutiva.

— Já existem estudos que associam dioxicina, que é um poluente ambiental, com endometriose e outros mostrando diversos poluentes quem aumentam a incidência da síndrome do ovário policístico. Ambos os problemas influenciam na fertilidade — diz Rosa.

Pesquisadores da Universidade Harvard, nos Estados Unidos, investigam, por exemplo, como o ambiente social e o que se vivencia na infância pode afetar a saúde reprodutiva. Há também estudos sobre o impacto negativo das mudanças climáticas na capacidade evolutiva de reprodução.

A alimentação é outro fator associado tanto ao estilo de vida quanto ao ambiente que tem um impacto comprovado na fertilidade. Segundo Rosa, o consumo de açúcar em excesso reduz em 30% a chance de concepção. Agrotóxicos, pesticidas e herbicidas de forma geral e também diminuem a fertilidade como um todo.

— A alimentação é a base para qualquer casal que queira engravidar de uma forma mais saudável — afirma o diretor clínico da clínica Mater Prime.

Uma nutrição adequada é um dos pontos principais não só para uma vida mais saudável, mas para melhorar a saúde reprodutiva. A recomendação é optar por uma alimentação que segue os moldes da dieta mediterrânea: dar preferência ao consumo de frutas e vegetais frescos, alimentos ricos em ômega-3 e azeite de oliva e reduzir o consumo de carne vermelha, açúcar e alimentos processados e ultraprocessados. Sempre que possível, deve-se optar por alimentos orgânicos para reduzir a exposição a pesticidas nocivos.

Manter a prática regular de atividade física de intensidade moderada e ter um sono adequado também melhoram a fertilidade.

(*)Com informação do O Globo

Postado em 21 de setembro de 2023

Mito ou verdade: a margarina é realmente menos saudável que a manteiga?

Elas são apresentadas na primeira refeição do dia, nos lanches e na preparação de alguns pratos da culinária brasileira. A manteiga, como opção de um amarelo mais forte, em embalagens transparentes ou em cubos, e a margarina, com um amarelo mais contido, junto a um pequeno pote. Mas afinal, qual delas é a opção mais saudável? Segundo especialistas da área, a resposta não é tão simples.

Quais são as diferenças entre elas?
Segundo Annete Marum, nutricionista e doutora em Nutrição Genética pela Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), ambas têm seus prós e contras . A percepção de qual é mais saudável depende da quantidade consumida e da indicação profissional da dieta recomendada para cada pessoa.

— Essa polêmica se dá principalmente porque as pessoas não entendem que elas têm composições diferentes que precisam ser pensadas antes de serem utilizadas — afirma o especialista.

Mas vamos, primeiro, entender quais são esses pontos positivos e negativos a partir do que são feitos. A manteiga é um produto de origem animal , feito a partir da nata de leite batido. Já a margarina tem origem vegetal , produzida a partir do processo de hidrogenação de óleos, como o de girassol ou de milho. Como duas têm tipos de gorduras diferentes, o que delimita quando cada uma deve ser utilizada na alimentação.

A gordura presente na manteiga é saturada , facilmente digerida pelo corpo e utilizada para fornecer energia e produzir hormônios, o que tem um aspecto positivo. Mas, em grandes quantidades, pode apresentar riscos à saúde, como mostra um estudo publicado na revista JAMA Internal Medicine.

Já a margarina , na medida em que as gorduras presentes são as insaturadas , pode provocar um aumento no colesterol considerado “bom” (HDL) e diminuir o considerado “ruim” (LDL). No entanto, a presença de gordura trans no alimento de origem vegetal é considerada um ponto negativo.

Quimicamente alterada, ela não é facilmente digerida pelo organismo e por isso, pode se acumular tanto no sangue quanto em órgãos importantes. Versões atualizadas de margarina sem gordura trans, consideradas melhores, já podem ser encontradas no mercado.

Por isso, segundo um especialista entrevistado pela GLOBO, pessoas que estão tentando controlar o colesterol “ruim” devem evitar a manteiga. Mas as margarinas que contêm gordura trans não são boas alternativas a ela.

Então, qual escolher?
O debate científico, a partir da publicação de estudos e análise dos pares, ainda não chegou a uma conclusão totalmente aceita sobre qual das duas é a mais “saudável”. Por isso, elas podem ser consumidas de acordo com as necessidades individuais, sempre com moderação.

Conforme mostra um artigo da Harvard Health Publishing, site da Escola de Medicina de Harvard, um concorrente potencial que pode substituí-los quando o assunto são benefícios é o azeite. Ele é rico em gorduras mono e poliinsaturadas, associadas à redução dos níveis de LDL (colesterol ruim), sem outros fatores negativos.

“Da próxima vez que você rasgar um pão ou pão quente, considere mergulhá-lo em azeite em vez de coberto-lo com manteiga ”, indica o site especializado.

O GLOBO

Postado em 21 de setembro de 2023

PRF prende no RN passageiras em viagem com carga de cocaína avaliada em R$ 4,5 milhões

A Polícia Rodoviária Federal prendeu, na noite desta terça-feira (19), no km 118 da BR 101, em São José de Mipibu/RN, duas mulheres por tráfico e apreendeu 28 quilos de droga.

Durante fiscalização, policiais rodoviários federais abordaram um ônibus que realizava o transporte interestadual de passageiros entre os municípios de São Luiz, no Maranhão e Natal/RN. Na abordagem, duas passageiras passageiras foram detidas. Com elas, os agentes encontraram bagagens, que continham 22 quilos de cloridrato de cocaína e seis de pasta base.

A droga apreendida possui valor estimado em mais de 4,5 milhões de reais. As duas mulheres foram presas em flagrante por tráfico de drogas e a ocorrência foi encaminhada à Delegacia de Plantão de Polícia Civil em Parnamirim/RN.

NOVO NOTICIAS

Postado em 21 de setembro de 2023

Banco Central cumpre expectativa e corta juros em 0,5 ponto, para 12,75% ao ano

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central do Brasil (BC) decidiu, nesta quarta-feira (20), fazer um novo corte de 0,50 ponto percentual (p.p) na taxa básica de juros. O movimento passa a Selic de 13,25% para 12,75% ao ano, o mesmo patamar de maio de 2022, quando os juros estavam em ritmo de alta.

O grau do corte veio em linha ao esperado pelo mercado, que já previa a manutenção da estratégia de alívio da política monetária iniciada no último encontro do Copom, em agosto.

À época, o colegiado também reduziu os juros em 0,50 p.p, o primeiro movimento para baixo na taxa básica em três anos.

Novos cortes à vista
O Copom ainda possui duas reuniões neste ano: entre 31 de outubro e 1º de novembro, e 12 e 13 de dezembro. Os agentes do mercado apostam na manutenção do ciclo de baixa com a redução de 0,50 p.p em cada encontro.

Segundo dados do boletim Focus, pesquisa do BC que reúne a mediana de mais de uma centena de agentes do mercado e instituições para os principais indicadores econômicos, divulgados nesta segunda-feira (18), a Selic deve chegar em 12,25% em novembro e em 11,75% ao fim de 2023.

O ritmo de queda deve ser mantida ao longo do ano que vem. Segundo o levantamento do BC, as estimativas apontam para a Selic em 9% ao ano no encerramento de 2024.

Lula mantém críticas
O ciclo de baixa mantido pelo BC nesta semana ocorre após intensas críticas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), além de outros membros do governo e representantes de atividades econômicas, sobre a estratégia de política monetária adotada pela autarquia nos últimos meses.

Antes de baixar os juros na reunião de agosto, a autoridade presidida por Roberto Campos Neto havia segurado a Selic em 13,75% — o maior patamar desde novembro de 2016 — por cerca de um ano.

Mesmo após deflagrar a estratégia de corte, Lula manteve o tom crítico ao presidente do BC. No início deste mês, o petista voltou a defender a queda dos juros e afirmou que Campos Neto “não conversa” com ele.

Lula também disse que era importante todos saberem que “o presidente do Banco Central não foi indicado por nós, foi indicado pelo governo anterior”.

“Esse cidadão, se ele conversa com alguém, não é comigo. Ele deve conversar com quem o indicou, e quem o indicou não fez coisas boas nesse país. A sociedade brasileira vai descobrir com o tempo”, disse.

Lula ainda afirmou que iria continuar “brigando” pela queda dos juros e pontuou os efeitos que as taxas elevadas infligem nas atividades.

“Não pensem que eu acho que o juro tá baixo. O juro ainda tá alto”, afirmou. “E precisa abaixar os juros. Não é possível. Como que o empresário vai investir? Como que vai fazer uma fábrica? Como vai fazer um investimento qualquer, se ele vai pegar a taxa de juros muito alta? Então nós vamos continuar brigando”.

Campos Neto fala em “pouso suave” da inflação
Também no começo de setembro, Campos Neto pontuou que o Brasil está fazendo um “pouso suave” no combate à inflação, sem trazer grandes consequências para o crescimento econômico ou ao mercado de trabalho.

“O Brasil tem conseguido realizar um pouso suave, diminuindo a inflação com impacto atenuado sobre o PIB, desemprego e crédito”, disse.

Os últimos dados do Índice de Preços ao Consumidor (IPCA) mostram que a inflação foi de 0,23% em agosto — abaixo do esperado pelos analistas —, com acúmulo de 4,61% nos últimos 12 meses.

O BC persegue neste ano a meta de inflação de 3,25% — com limites entre 1,75% e 4,75%, ou seja, o acumulado até agosto mantém o IPCA abaixo do teto.

O mercado, porém, vê que o índice fechará 2023 acima do limite máximo, em 4,86%, segundo dados do Focus desta semana.

Já para o ano que vem, os analistas consultados pelo BC acreditam no retorno da inflação à banda estabelecida, com IPCA encerrando a 3,86%. Em 2024, o BC segue a meta de 3%, podendo entregar um resultado entre 1,50% e 4,50%.

CNN

Postado em 20 de setembro de 2023

Anúncios no rádio estão entre os mais lembrados pelos ouvintes

Não é novidade que o áudio – seja por meio do rádio, músicas, streamings ou podcasts – tem feito parte da jornada diária dos brasileiros. Dados da Inside Audio 2023, pesquisa divulgada pela Kantar IBOPE Media nesta quarta-feira, 20, apontam que 9 em cada 10 pessoas consomem alguns desses formatos sonoros no dia a dia.

Nesse contexto, segundo a Kantar, o rádio demonstra constante evolução para 76% dos ouvintes, que acreditam que o meio se moderniza em conteúdos e formatos. Além disso, 38% deles consideram que ter a possibilidade de escutar online melhorou o consumo, que estende por todo o dia.

Nas 13 regiões metropolitanas pesquisadas no levantamento, o rádio é ouvido por 80% da população, por uma média de 3h55 por dia. As cidades analisadas foram Fortaleza, Salvador, Recife, Belo Horizonte Rio de Janeiro, Vitória, Campinas, São Paulo, Goiânia, Distrito Federal, Porto Alegre, Florianópolis e Curitiba.

Publicidade no rádio

Em relação à publicidade, o estudo mostrou que 53% dos ouvintes de rádio prestam atenção em anúncios veiculados pelas emissoras. No top 3 de formatos publicitários mais lembrados, os comerciais entre programas e músicas alcança 50% das pessoas. Outros 27% lembram mais de ações publicitárias feitas por locutores e 25% de promoções na programação.

No mercado de mídia, a Kantar mostrou que o meio também mantém alta relevância nas estratégias de comunicação dos anunciantes. Dessa forma, houve um aumento de 7% nas inserções das marcas no primeiro semestre deste ano em comparação ao mesmo período do ano passado.

“Unindo credibilidade à inovação tecnológica para se aproximar de seus ouvintes, o áudio – especialmente o rádio – é percebido como uma oportunidade para que as marcas se comuniquem de maneira efetiva com a sua audiência. Com isso, ele mantém a sua relevância no cenário de mídia”, salienta Giovana Alcantara, diretora de desenvolvimento de negócios regionais da Kantar.

Contextos

A pesquisa apontou também que 58% dos ouvintes consomem rádio em casa, durante atividades cotidianas. Já 27% das pessoas costumam ouvir no carro/moto particular e 12% no trabalho presencial. Além desses, existem 7% e 5% que escutam mais em home office e no transporte público, respectivamente.

Das preferências de programação, música lidera o top 5, com o percentual de 94%. Em seguida, aparecem noticiários locais, com 32%, e noticiários nacionais, 26%. No ramo das informações, as preferências são as notícias de trânsito (25%) e de conteúdo sobre futebol (24%).

Entre os novos destaques no consumo, o podcast confirmou a própria relevância no dia dos ouvintes, tendo em vista que 50% deles afirmaram que ouviram o formato nos últimos três meses. Conforme a Kantar, houve um aumento de 23% em relação ao ano passado.

Meio e Mensagem

Postado em 20 de setembro de 2023

Pastores golpistas prometiam rentabilidade estratosférica: “Octilhões”

Com boa lábia e forte apelo nas redes sociais, o pastor Osório José Lopes Júnior (foto em destaque) conseguia ludibriar fiéis a investirem suas economias em falsas operações financeiras ou falsos projetos de ações humanitárias, com promessa de retorno financeiro imediato e rentabilidade estratosférica.

Invocando uma teoria conspiratória apelidada de “Nesara Gesara”, os estelionatários diziam, por exemplo, que com um depósito de apenas R$ 25 as pessoas poderiam receber de volta nas “operações” o valor de R$ 1 octilhão (ou 1 seguido de 27 zeros: R$ 1.000.000.000.000.000.000.000.000.000). Para se ter ideia da quantia prometida, ela é bilhões de vezes superior à do PIB mundial (em 2022, a soma de todas as riquezas produzidas no mundo foi de US$ 101,6 trilhões).

A investigação aponta que os suspeitos formavam uma rede criminosa muito bem organizada, com estrutura ordenada e divisão de tarefas, especializada no cometimento de diversos crimes, como falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, e estelionatos por meio de redes sociais. Osório Júnior é considerado foragido.

A ação é coordenada pela Delegacia de Repressão aos Crimes Contra a Ordem Tributária (Dot), vinculada ao Departamento de Combate a Corrupção e ao Crime Organizado (Decor).

O golpe pode ser considerado um dos maiores já investigados no Brasil, uma vez que foram constatadas, como vítimas, pessoas de diversas camadas sociais e localizadas em quase todas as unidades da Federação, estimando-se mais de 50 mil vítimas.

De acordo com a investigação, iniciada há cerca de um ano, o grupo é composto por cerca de 200 integrantes, incluindo dezenas de lideranças evangélicas intituladas pastores, que induzem e mantêm em erro as vítimas, normalmente fiéis que frequentam suas igrejas, para acreditar no discurso de que são pessoas escolhidas por Deus para receber a “bênção”, ou seja, as quantias bilionárias.

Os investigados mantinham empresas “fantasmas” e de fachada, simulando ser instituições financeiras digitais com alto capital social declarado.

Para dar aparência de veracidade e legalidade às operações financeiras, os investigados celebravam contratos com as vítimas, ideologicamente falsos, com promessas de liberação de quantias surreais provenientes de inexistentes títulos de investimento, que estariam registrados no Banco Central do Brasil (Bacen) e no Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf).

A investigação também apontou movimentação superior a R$ 156 milhões, nos últimos cinco anos, bem como foram identificadas cerca de 40 empresas “fantasmas” e de fachada, e mais de 800 contas bancárias suspeitas.

Prisão em dezembro
Em dezembro do ano passado, a Polícia Civil do Distrito Federal prendeu, em Brasília, um suspeito de envolvimento no esquema, após ele ter feito uso de documento falso em uma agência bancária localizada na Asa Sul, simulando possuir um crédito de aproximadamente R$ 17 bilhões.

Porém, mesmo após a prisão em flagrante desse indivíduo, à época o principal digital influencer da organização criminosa, o grupo continuou a aplicar golpes.

Operação Falso Profeta
Nesta nova etapa da investigação, em que participaram cerca de 100 policiais civis, foi realizado o cumprimento de mandados de busca e apreensão no Distrito Federal e em quatro estados: Goiás, Mato Grosso, Paraná e São Paulo.

Também são cumpridas medidas cautelares de bloqueio de valores, bloqueio de redes sociais e decisão judicial de proibição de utilização de redes sociais e mídias digitais.

Além do Decor, participaram da operação policiais do Departamento de Polícia Especializada, e das Polícias Civis dos estados de Goiás, Mato Grosso, Santa Catarina, Paraná e São Paulo.

Os alvos poderão responder, a depender de sua participação no esquema, pelo cometimento dos delitos de estelionato, falsificação de documentos, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro, crimes contra a ordem tributária e organização criminosa.

Metrópoles

Postado em 20 de setembro de 2023

Pacheco elogia “obsessão” de Lula em combater fome e desigualdade

O presidente do Congresso Nacional, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), elogiou o discurso do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) durante a abertura da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas (ONU), nesta terça-feira (19/9). Em seu pronunciamento, Lula pediu que a desigualdade e a fome provoquem “indignação” para que tais problemas sejam superados.

Pacheco classificou esses temas como as “maiores e mais nobres obsessões” do petista.

“O pronunciamento do presidente Lula na ONU, nesta terça-feira, além de abordar temas mundiais relevantes, como a paz e o clima, expressou a sua maior e mais nobre obsessão: a erradicação da fome e o combate às desigualdades. Esse deve ser o objetivo da política, cujo caminho exige compromisso com leis modernas, que permitam o desenvolvimento econômico sustentável, a geração de emprego, a atração de investimentos, o equilíbrio fiscal e a educação para todos. Meus cumprimentos ao presidente Lula pelo discurso”, escreveu.

autoridades o acompanharam como integrantes da delegação. Além de Pacheco, estão: o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL); a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva; e a primeira-dama, Janja da Silva.

Discurso elogiado por Pacheco
Lula fez o tradicional discurso de abertura da 78ª Assembleia Geral da Organização das Nações Unidas, nesta terça-feira (19/9). O Brasil é o responsável por abrir os debates no organismo multilateral que reúne 193 países, sediado em Nova York, nos Estados Unidos.

Esta foi a oitava vez que Lula discursou no palco da ONU como presidente do Brasil, em seu retorno após 14 anos. Nas gestões anteriores, o petista só não viajou para Nova York em 2010, quando preferiu se dedicar à campanha da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).

“A fome, tema central da minha fala neste Parlamento Mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos, que vão dormir esta noite sem saber se terão o que comer amanhã”, disse, relembrando a sua fala no Parlamento da ONU em 2003.

Para o presidente brasileiro, o combate à desigualdade não avançou nas últimas décadas, o que afeta diretamente a tentativa global de erradicar a fome.

Segundo o petista, a desigualdade “está na raiz” dos principais desafios globais. O mandatário ainda afirmou que falta “vontade política daqueles que governam o mundo” para encontrar soluções que possam transformá-lo em um ambiente mais justo. Por isso, Lula prometeu utilizar a presidência brasileira no G20 para enfrentar tal cenário.

“Ao assumir a presidência do G20 em dezembro próximo, não mediremos esforços para colocar, no centro da agenda internacional, o combate às desigualdades em todas as suas dimensões. Sob o lema ‘Construindo um Mundo Justo e um Planeta Sustentável’, a presidência brasileira vai articular inclusão social e combate à fome; desenvolvimento sustentável e reforma das instituições de governança global”, disse no fim de seu discurso na ONU.

Metrópoles

Postado em 20 de setembro de 2023

Ibama reabre processo para multar Bolsonaro por pesca ilegal em 2012

O Ibama reabriu um auto de infração contra o ex-presidente Jair Bolsonaro referente a uma infração cometida em 2012, em Angra dos Reis. O procedimento, no valor de R$ 10 mil, foi reaberto no último sábado por um despacho do coordenador-geral do Centro Nacional do Processo Sancionador Ambiental. A revalidação da multa foi revelada pela Agência Pública e confirmada pelo Globo.

O Globo apurou que a medida faz parte de uma atuação geral do Ibama para rever decisões que anularam multas ambientais no governo anterior. A mudança de interpretação se baseia com base em um parecer da Advocacia-Geral da União.

Durante o governo Bolsonaro, a AGU opinou pela nulidade do processo, considerando que ele já estava prescrito, isto é, o prazo para a aplicação da punição já havia passado. Bolsonaro foi autuado por pesca irregular em 2012, em Angra dos Reis e, na avaliação dos técnicos do Ibama e da AGU à época, o prazo de prescrição era de 5 anos e, portanto, havia se encerrado em 2017.

Agora, um novo parecer da Advocacia-Geral da União reavaliou o caso e considerou que o prazo para a aplicação da multa é de 12, não cinco anos.

“O Ibama reabriu processo relativo à apuração da infração cometida pelo autuado (Jair Bolsonaro), tendo em vista que o prazo prescricional, quando da decisão proferida à época, não corresponde com o prazo legal aplicável. O despacho baseia-se em parecer da Advocacia Geral da União, que apoia a tese de que o prazo para a aplicação da multa não é de 5, mas de 12 anos”, afirmou o Ibama.

Nesta terça-feira, o ex-presidente criticou a decisão e disse ser perseguido. Bolsonaro afirmou que o Ibama desconsiderou que o inquérito já teria sido arquivado pela 2ª Turma do Supremo Tribunal Federal. Além disso, segundo o antigo mandatário, ele foi autuado ás 11h em Angra dos Reis mas comprovou um embarque para Brasília, no aeroporto Santos Dumont, às 13h07 do mesmo dia.

“Fato: nesse dia e hora, Bolsonaro não estava no local da autuação”, escreveu Bolsonaro, que completou com a frase “A perseguição continua”.

O presidente foi flagrado por fiscais em 25 de janeiro de 2012 em um bote dentro da Estação Ecológica de Tamoios, em Angra — a presença é proibida no local. Ele foi fotografado por um agente do Ibama com uma vara de pescar. Na defesa apresentada, o presidente alegou que estava no aeroporto Santos Dumont na hora da multa — Bolsonaro, no entanto, cita a data em que o auto de infração foi lavrado, em março, não o dia em que a conduta foi flagrada, em janeiro. A demora entre o flagra e o registro formal aconteceu porque o presidente se recusou a apresentar os documentos, o que foi comunicado pelos agentes no processo.

Folha PE

Postado em 20 de setembro de 2023

TSE mantém multa de R$ 30 mil a Flávio Bolsonaro por divulgar vídeo de Lula com fala distorcida

O Tribunal Superior Eleitoral (TSE) manteve a multa individual de R$ 30 mil do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), da deputada federal Bia Kicis (PL-DF) e do ex-deputado federal Fábio Faria. A decisão foi tomada nesta terça-feira (19) após a maioria do plenário acompanhar o voto do relator, o ministro Alexandre de Moraes.

A punição foi aplicada por eles divulgarem nas redes sociais um vídeo que distorce uma fala do então candidato à Presidência Luiz Inácio Lula da Silva durante um debate político em outubro de 2022.

De acordo com o TSE, ao julgar procedente a representação ajuizada pela coligação Brasil da Esperança, o relator, além de aplicar a multa, determinou a retirada definitiva do ar do conteúdo impugnado.

“Para Moraes, tratou-se de propaganda irregular veiculando desinformação, tendo o conteúdo inverídico assumido substancial alcance, potencializado o efeito nocivo da propagação da fake news e evidenciado a gravidade da conduta, cabendo, assim, a fixação da multa no patamar máximo previsto na legislação”, informou a corte eleitoral.

O entendimento de Moraes foi acompanhando pelos ministros Cármen Lúcia, Ramos Tavares, Benedito Gonçalves e Floriano de Azevedo Marques. O ministro Raul Araújo divergiu, e foi seguido por Nunes Marques.

R7

Postado em 20 de setembro de 2023

Veja a checagem do discurso de Lula na ONU

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) fez um discurso nesta terça-feira (19) na Assembleia Geral das Nações Unidas (ONU), em Nova York, nos Estados Unidos.

As Nações Unidas definiram como tema da assembleia deste ano os esforços para avançar na chamada Agenda 2030, que define 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) a serem alcançados pelos 193 países membros da ONU até 2030.

A equipe do Fato ou Fake checou as principais declarações de Lula. Leia:

“Os 10% mais ricos da população mundial são responsáveis por quase metade de todo carbono lançado na atmosfera.” (FATO)

A declaração é #FATO. Veja por quê: Um estudo do World Inequality Lab (WIL) de 2021, realizado pelo economista francês Lucas Chancel, calculou a desigualdade nas emissões de gases de efeito estufa entre 1990 e 2019 e concluiu que os países mais ricos são os principais responsáveis pelas emissões globais. De acordo com a pesquisa, os 10% mais ricos da população global geraram quase 48% das emissões globais em 2019.

Outro estudo da Oxfam publicado em setembro de 2020 apontou que os 10% mais ricos da população mundial foram responsáveis por mais da metade (52%) das emissões de carbono entre 1990 e 2015.

“A fome, tema central da minha fala neste parlamento mundial 20 anos atrás, atinge hoje 735 milhões de seres humanos.” (FATO)

A declaração é #FATO. Veja por quê: Cerca de 735 milhões de pessoas em todo o mundo enfrentaram a fome em 2022, de acordo com um relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO) publicado em julho de 2023.

Também é verdade que Lula falou sobre fome na ONU há 20 anos. Em 2003, discursando frente à Assembleia Geral da ONU como presidente do Brasil pela primeira vez, Lula disse que erradicar a fome era uma prioridade.

“Precisamos engajar-nos política e materialmente na única guerra da qual sairemos todos vencedores: a guerra contra a fome e à miséria”, ele afirmou na ocasião.

“Naquela época [há 20 anos], o mundo ainda não havia se dado conta da gravidade da crise climática” (NÃO É ASSIM BEM)

NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: A crise climática já é discutida há muitas décadas no mundo. Há 31 anos, em 1992, por exemplo, a ONU realizou a ECO-92, no Rio de Janeiro. O evento marcou a criação da Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (UNFCCC) e a criação do Secretariado de Mudanças Climáticas da ONU. As 197 nações concordaram em estabilizar as concentrações de gases de efeito estufa na atmosfera para evitar interferências perigosas da atividade humana no sistema climático.

A Convenção do Clima abriu caminho para todas as negociações que vêm acontecendo há três décadas para reduzir as emissões de gases que aquecem o planeta. Na prática, os países reconheceram pela primeira vez, na Rio-92, que precisavam buscar uma solução para o problema.

Além disso, foi assinado em 1997 o primeiro tratado para frear o aquecimento global: o Protocolo de Kyoto. Na ocasião, países industrializados e economias em transição se comprometeram a reduzir as emissões de gases de efeito estufa de acordo com metas individuais. O protocolo entrou em vigor em fevereiro de 2005.

“O mundo está cada vez mais desigual. Os dez maiores bilionários possuem mais riqueza que os 40% mais pobres da humanidade.” (FATO)

A declaração é #FATO. Veja por quê: O relatório “Lucrando com a dor”, da Oxfam, apontou no ano passado que os dez mais ricos do mundo têm mais riqueza que os 40% da população pobre, conforme indicou Lula no discurso na ONU. Esse percentual equivale a 3,1 bilhões de pessoas.

Também segundo o documento, existem no mundo cerca de 2,6 mil bilionários, com fortuna estimada de mais de 12,7 trilhões de dólares – 14% do PIB global. No relatório, a Oxfam mostra como as desigualdades atingiram patamares históricos depois da pandemia.

“Um trabalhador médio que está entre os 50% mais pobres da população mundial teria que trabalhar 112 anos para ganhar o que o topo da pirâmide recebe em apenas 1 ano”, constata a pesquisa.

“Ao longo dos últimos 8 meses, o desmatamento da Amazônia brasileira já foi reduzido em 48%.” (FATO)

A declaração é #FATO. Veja por quê: De janeiro a agosto de 2023, as áreas sob alertas de desmatamento na Amazônia diminuíram 48% em relação ao mesmo período do ano anterior, segundo dados do sistema de monitoramento por satélite Deter, do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe).

“87% da nossa energia elétrica provém de fontes limpas e renováveis. A geração de energia solar, eólica, biomassa, etanol e biodiesel cresce a cada ano.” (NÃO É BEM ASSIM)

NÃOÉBEMASSIM. Veja por quê: De fato, cerca de 87% da energia elétrica do Brasil é de fontes renováveis. Além disso, os últimos dados disponíveis mostram que a geração de energia solar, eólica, de biomassa e de etanol cresceu no país. Mas, diferente do que Lula disse, a produção de biodiesel caiu no ano passado.

Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), 87,5% da energia elétrica produzida no Brasil em 2022 veio de fontes renováveis, sendo 72,1% de hidrelétricas, 13,4% de energia eólica e 2% de energia solar. De janeiro a abril deste ano, a geração hidráulica, eólica e solar somadas responderam por 91,4%, na média, da energia elétrica distribuída pelo Sistema Interligado Nacional (SIN) à população.

Veja abaixo mais detalhes sobre a geração de cada tipo de energia citado pelo presidente:

Solar: No primeiro semestre de 2023, o Brasil superou a marca de 10 GW de capacidade de energia por fonte solar fotovoltaica nas usinas de grande porte, segundo dados da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar) e da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). Se somados os sistemas de geração própria (telhados de casa, por exemplo), o valor chega a 33 GW, um aumento de 30% em relação ao ano de 2022. Os números crescem desde o início da série histórica da Absolar, iniciada em 2012.
Eólica: A capacidade de produção de energia eólica aumentou mais de seis vezes em dez anos, de 4 GW em 2013 para 29 GW em 2023, segundo medição da Associação Brasileira de Energia Eólica (Abeeólica). Todos os anos da série histórica iniciada em 2005 apresentaram crescimento em relação ao ano anterior.
Biomassa: Dados divulgados pela União da Indústria de Cana-de-Açúcar e Bioenergia (Unica) apontam que houve um crescimento de 0,5% entre 2021 e 2022 na produção de biomassa. A expectativa do setor é que, até 2026, ocorra um acréscimo de 3%.
Etanol: Ainda segundo a Unica, a produção de etanol na safra 23/24 alcançou 210,64 milhões de litros, contra 156,79 milhões de litros no mesmo período do ciclo 22/23. Isso representa um aumento de 34,35%.
Biodiesel: O setor de Biodiesel, no entanto, não cresceu em 2022. De acordo com a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), a produção em 2022 foi 7,6% inferior à de 2021. No total, foram produzidos 6,27 milhões de m³. Em 2021, este valor foi de 6,27 milhões de m³. Apesar do encolhimento, a expectativa é que o setor cresça 15% neste ano.

“Estamos na metade do período de implantação [da agenda 2030] e ainda muito distantes das metas definidas. A maior parte dos objetivos de desenvolvimento sustentável caminha em ritmo lento.” (FATO)

A declaração é #FATO. Veja por quê: De acordo com relatório publicado pela própria Nações Unidas em fevereiro deste ano, apenas um terço das 169 metas estabelecidas para atingir os 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) está no caminho certo para ser alcançado até 2030.

A organização aponta que a pandemia da Covid-19 e as alterações climáticas foram atenuantes neste processo. Neste contexto, ações políticas são necessárias para atingir os dois terços restantes.

A ONU afirma que os ODS com mais risco de não serem alcançados são: acabar com a pobreza; reduzir desigualdades; cidades e comunidades sustentáveis; modificar a ação climática; e obter paz, justiça e instituições fortes.

No Brasil, o último Relatório Luz, promovido pela Fiocruz em Brasília, é de 2021 e aponta que houve retrocesso em ao menos 9 das 17 metas. O país retornou ao Mapa da Fome, teve crescimento da pobreza e regrediu em políticas de igualdade de gênero.

G1

Postado em 20 de setembro de 2023