Javier Milei diz que Argentina irá emitir notas de 20 mil e 50 mil pesos

O Banco Central da Argentina irá emitir notas de 20 mil e 50 mil pesos, informou o presidente argentino, Javier Milei, em entrevista ao jornal local La Nacion, publicada nesta quarta-feira (27).
“É uma tortura lidar com as notas”, disse Javier Milei. “Imagina que você tem que fazer um pagamento em dinheiro e precisa carregar um monte de papel, o que basicamente coloca um rótulo na sua testa dizendo ‘roube aqui’. É óbvio que você está carregando dinheiro”, completou.
Na entrevista, Milei declarou que a ausência de cédulas “dificulta transações e gera muitos custos”. “Entendo que os kirchneristas tenham usado essa artimanha para tentar desacelerar a circulação do dinheiro, mas nós, como parte de nosso programa fiscal, monetário e cambial, fechamos a torneira monetária, tanto no plano das Leliqs quanto no plano do déficit fiscal”, destacou.

Milei garantiu que “a quantidade de dinheiro só irá circular” quando a administração comprar dólares. “Se você tirar o que acontece no setor cambial, a quantidade de dinheiro seria fixa. Aí está a âncora: você fecha a torneira do Banco Central, fecha a torneira do Tesouro e aí a quantidade de dinheiro não cresce”, explicou.

Javier Milei não informou quando as novas notas começarão a ser emitidas. Além disso, o Banco Central da Argentina ainda não se pronunciou sobre o anúncio do presidente argentino.

BAND

Postado em 28 de dezembro de 2023

Lula decide vetar trechos do projeto que flexibiliza a liberação de agrotóxicos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva decidiu vetar trechos de onze artigos do projeto que afrouxa regras para o licenciamento de agrotóxicos no país. Segundo auxiliares do petista, Lula atendeu a reivindicações do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que vê na nova regulação a concessão de superpoderes ao Ministério da Agricultura.

O projeto de lei, apelidado de “PL do Veneno” por ambientalistas, define a pasta comandada por Carlos Fávaro como o órgão responsável por liberar e fiscalizar os produtos registrados que tenham composição química alterada. As mudanças na fórmula de defensivos ocorrem com frequência no mercado.

Com o veto, a ideia é que o próprio Ibama e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) continuem a exercer o papel de avaliar os impactos ao meio ambiente e à saúde, com o mesmo poder de veto da Agricultura, antes da liberação de um produto modificado.

Lula já assinou os vetos, segundo interlocutores do Palácio do Planalto. A decisão deve sair no Diário Oficial da União desta quinta-feira, com a sanção parcial da iniciativa.

Durante a tramitação da proposta, houve embates internos no governo Lula, colocando em campos opostos Fávaro e a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva.

No Senado, o projeto foi relatado pelo senador governista Fabiano Contarato (PT-ES). O texto foi aprovado pela Casa no fim do mês passado e enviado para sanção de Lula.

Durante a transição de governo, a medida chegou a provocar polêmica entre as equipes. Na época, integrantes da área ambiental entraram em campo para evitar que o projeto fosse votado.

Com mais de 20 anos de debates, ao longo de 2023 as principais articulações para sua aprovação foram conduzidas pela ex-ministra de Jair Bolsonaro senadora Tereza Cristina (PP-MS) e pela bancada ruralista.

No mesmo sentido do veto principal, o presidente também vetou trecho que trata da “complementariedade” da reavaliação de Anvisa e Ibama, o que poderia ensejar uma decisão sobre agrotóxicos sem uma “base técnico-científica”, de acordo com o órgão ambiental.

Outro artigo que tratava da “coordenação” de análises de risco pelo Ministério da Agricultura foi igualmente suprimido, bem como trecho que dava à pasta o poder de deferir autorizações para agrotóxicos enquanto a reanálise de risco não é concluída.

Lula também barrou trecho que, segundo o governo, poderia ensejar o reaproveitamento de embalagens de agrotóxicos e incentivar a “desinformação” sobre o produto. Para sustentar os vetos, Lula ouviu, além do Ibama, os Ministérios de Meio Ambiente, Fazenda, Trabalho, Saúde, Desenvolvimento Agrário, Planejamento e a Advocacia-Geral da União (AGU).

Ruralista vê incoerência
Parte da bancada ruralista vê o veto como “incoerente”. Isso porque o projeto foi aprovado pelo Congresso com um acordo entre diversos partidos, inclusive com o relatório assinado pelo líder do PT no Senado, senador Fabiano Contarato. O texto foi aprovado de forma simbólica pela Casa no final de novembro, após tramitar mais 20 anos pelo Congresso.

— O veto é uma profunda incoerência, porque o projeto é fruto de um acordo, um grande acordo feito pelo Congresso. No Senado, teve muitas negociações para chegar a esse resultado. Com certeza é uma decisão equivocada. Mas, se concretizando (o veto no Diário Oficial), nós derrubaremos, com certeza, no Congresso — afirmou o deputado Alceu Moreira (MDB-RS), secretário de política agrícola da Frente Parlamentar do Agronegócio (FPA).

Durante a tramitação do projeto, Contarato defendeu a negociação travado no Congresso Nacional. Ele ressaltou, em texto distribuído a parlamentares, que “apesar das limitações”, o projeto foi “amplamente avaliado e discutido na Comissão de Meio Ambiente do Senado”, “com supressões de expressões e procedimentos prejudiciais à saúde humana e ao meio ambiente”.

“Retiramos do projeto trechos que permitiam a ‘anuência tácita’, caso o órgão federal registrante não homologasse ou alterasse a solicitação de complementação de informações em 30 dias. A anuência tácita abria possibilidade para a efetiva concessão de registro e comercialização de moléculas que sequer foram avaliadas pelos órgãos brasileiros competentes. Também foi suprimida a possibilidade de concessão de registro temporário para produtos novos, não registrados no país, o que causaria risco à população e às plantações”, registrou o senador do PT.

Contarato elencou ainda outras reivindicações de ambientalistas que foram atendidas em seu parecer.

O GLOBO

Postado em 28 de dezembro de 2023

Mudanças de gênero em cartório crescem 246% em cinco anos e batem recorde após decisão do STF

Os cartórios brasileiros registraram um número recorde de mudanças de gênero em 2023. De acordo com a Associação Nacional dos Registradores de Pessoas Naturais (Arpen-Brasil), 3.908 pessoas trans ou não-binárias conseguiram atualizar seus documentos. E, na maior parte dos casos (99%), com mudanças no nome. Desde 2018, o procedimento pode ser feito sem a necessidade de ordem judicial, conforme decisão do Supremo Tribunal Federal.

— A alteração de gênero e nome no registro civil é crucial para o reconhecimento e respeito à identidade de gênero das pessoas trans, tendo impactos significativos em sua saúde mental, bem-estar e participação na sociedade — lembra Gustavo Fiscarelli, presidente da Arpen-Brasil.

QUEDA COM PANDEMIA

De acordo com a associação, o número de registros subiu em 2019 mas caiu no ano seguinte, com a pandemia. Em 2022, houve um boom de trocas de documentos de pessoas trans ou não-binárias, o que foi superado neste ano mesmo com os dados ainda parciais — o levantamento foi atualizado pela última vez em 10 de dezembro.

O Globo

Postado em 28 de dezembro de 2023

Robô saiu do controle e atacou engenheiro em fábrica da Tesla nos Estados Unidos

Um robô da fábrica da Tesla em Austin, capital do Texas, nos Estados Unidos, prendeu um engenheiro de software contra uma superfície, “cravou suas garras em seu corpo e tirou sangue de suas costas e braço”, de acordo com um relatório de incidentes enviado pela empresa às autoridades do estado americano.

De acordo com o relatório, o caso aconteceu em 2021 enquanto o engenheiro trabalhava na programação do software que controla os robôs usados para cortar peças de automóveis a partir de placas de alumínio recém-fundidas. O trabalhador desligou apenas dois dos três robôs para exercer sua função em segurança, mas um deles continuou em operação.

O documento afirma que o robô realizou seus movimentos programados e, por acidente, acabou prendendo o engenheiro e o ferindo na mão e nas costas. O equipamento somente foi desligado após um colega apertar o botão de emergência interrompendo o funcionamento do robô; a vítima foi resgatada na sequência sem risco de morte.

Pessoas que presenciaram o caso relataram que o funcionário caiu em uma espécie de rampa projetada para coletar as arestas do alumínio após os cortes, deixando um rastro de sangue no local. Não há detalhes sobre o modelo do robô que causou os ferimentos no funcionário da montadora norte-americana.

O caso aconteceu em 2021, mas foi revelado recentemente no documento que a Tesla deve submeter para manter os incentivos fiscais no Texas. Segundo o relatório, o engenheiro não precisou de licença de trabalho, mas sofreu uma “laceração, corte ou ferida aberta” na mão esquerda, segundo informações às quais o site “Information” teve acesso.

O homem trabalhava na programação do software que controla os robôs, que têm como função cortar peças dos automóveis a partir de placas de alumínio recém-fundidas. Duas das máquinas foram desligadas para que o engenheiro e outras duas pessoas trabalhassem no local em segurança, mas uma terceira continuou em operação.

Testemunhas contam que o botão de emergência foi acionado e o homem caiu a alguns centímetros de uma rampa projetada para coletar sucata de alumínio. Ele deixou rastros de sangue no local, de acordo com pessoas que estavam na fábrica.

Por lei, a Tesla precisa informar as autoridades sobre incidentes envolvendo funcionários, levando em consideração que a unidade tem um alto índice de automação. Nesse relatório de lesões, a empresa alegou que o engenheiro não precisou de licença do trabalho.

O SUL

Postado em 28 de dezembro de 2023

Mundo tem um dos anos mais violentos desde a Segunda Guerra Mundial

O mundo vive uma epidemia de guerras. A combinação entre o número de conflitos, os incidentes e as mortes ligadas a eles tornou 2023 o ano de violência mais disseminada no planeta desde o fim do segundo confronto mundial, em 1945.
As mortes estão no maior ponto desde então, com a exceção de 1950, quando eclodiu a Guerra da Coreia e tombaram mundialmente 550 mil pessoas, e 1994, quando o genocídio dos tutsis em Ruanda criou um desvio sangrento na curva, com 800 mil mortes.

Segundo a recém-lançada Pesquisa de Conflitos Armados, do britânico IISS (Instituto Internacional de Estudos Estratégicos, na sigla inglesa), houve 14% mais pessoas mortas em 2023 em relação a 2022: 267,7 mil faleceram.

Já os incidentes violentos ligados a embates subiram 28% ante o período anterior, passando a 137,8 mil. Aqui é importante estabelecer a metodologia: o IISS mede os dados de maio de 2022 a junho de 2023, o que deixa meio ano de violência de fora de uma conta fechada incluindo a brutal guerra entre Israel e Hamas, que causou mais de 20 mil mortos em pouco mais de dez semanas até aqui.

Só o crescimento apontado de mortes já supera em muito a demografia, já que a população mundial aumentou cerca de 1% ao longo de 2023, chegando aos 8,1 bilhões de habitantes. Nesse sentido, 1950 e seus 2,5 bilhões de habitantes e 1994, com seu 5,6 bilhões, foram proporcionalmente anos bem mais brutais em número de vítimas, mas de forma concentrada em dois eventos únicos.

Outro conflito marcante do pós-guerra, no Vietnã, teve segundo estimativas conservadoras 1,3 milhão de mortes, mas ao longo de 20 anos de combates. No caso do massacre dos tutsis pelos hutus em Ruanda, a matança ocorreu em meros três meses.

O IISS usa contas próprias e se alimenta de bases reconhecidas, como a do UCDP (Programa de Dados de Conflitos de Uppsala, elaborado pela universidade da cidade sueca homônima), do Acled (Projeto de Localização de Conflitos Armados e Dados de Eventos, ONG americana) e de órgãos como a Cruz Vermelha.

Há, portanto, algumas diferenças estatísticas que permitem leituras variadas, mas o cenário é sombrio, dando corpo à impressão de tragédias sucessivas no noticiário: guerra na Ucrânia, conflito no Oriente Médio, tensões que vão da península coreana à Guiana, passando por Taiwan.

Pelos dados do Acled, nota-se a fatalidade em níveis na série histórica do pós-guerra só comparáveis a 1950 e 1994, anos de exceção. Já o UCDP, que mede desde 1975 o número de conflitos, nunca viu tantos: 183, ante um pico anterior de 176 em 2016.

Um motivo para isso envolve países como o Brasil e o México. “Vemos uma grande proliferação de conflitos com atores não-estatais”, afirma a editora da publicação do IISS, Irene Mia. Ela conta 459 grupos armados controlando a vida de 195 milhões de pessoas, a maioria (145 entidades e 79 milhões de moradores) na África.

Mas o Brasil chama a atenção devido à espiral de violência associada ao narcotráfico e ao crime organizado. Ocupa o terceiro lugar no mundo em eventos (10,6 mil) e o sexto, em mortes (8,3 mil), sempre naquele período encerrado em 30 de junho de 2023.

“É de certa forma natural e esperado que conflitos como Ucrânia, Palestina e agora a ameaça de conflito entre Venezuela e Guiana ganhem uma grande atenção e gerem forte apreensão”, afirma o gerente de projetos do Instituto Sou da Paz, Bruno Langeani.

“Ao mesmo tempo, ofuscam as mortes por homicídios. Dentro destas mortes cotidianas, o Brasil é campeão com quase 50 mil por ano [aí somando a violência urbana regular]”, diz, citando estudo das Nações Unidas deste ano que mostrou que esse tipo de fatalidade é 5 vezes maior do que as registradas em guerras e 20 vezes, em atentados terroristas.

A invasão promovida por Vladimir Putin da Ucrânia, que completará dois anos em fevereiro, confirma também a volta da guerra entre Estados como fonte de desgraça. A crise europeia é líder tanto em mortes quanto em eventos violentos, nas contas do IISS, após passar anos na categoria de “conflito congelado”.

O nome é dado a confrontos que mantêm algum grau de violência, mas sem um avanço significativo, como foi o caso da guerra civil no leste da Ucrânia, bancada pela Rússia desde 2014. Morreram talvez 14 mil pessoas lá, mas a maioria no primeiro ano de combates. A tensão, contudo, nunca cessou, e desaguou no fevereiro de 2022.

Isso mostra que “conflitos congelados sempre explodem”, diz o analista de segurança no Oriente Médio do IISS, Emile Hokayem. Outra prova disso é o fim da novela acerca de Nagorno-Karabakh, enclave histórico da Armênia que ficou no Azerbaijão após o fim da União Soviética, em 1991.

Por três décadas, Baku e Ierevan travaram duas guerras e várias escaramuças. Ao fim, numa campanha surpresa de 24 horas em setembro passado, os azeris tomaram a região para si, causando um êxodo de 120 mil pessoas. Houve poucas mortes, contudo o conflito havia figurado no ranking dos 36 mais ativos do IISS em 2020 e 2021.

O TEMPO

Postado em 28 de dezembro de 2023

2024 não terá feriado nacional com a possibilidade de emenda em 4 dias de folga.

Este ano, foram 3 feriados prolongados.

No caso dos feriados colados no fim de semana, 2024 também perde para 2023.

No ano que vem, serão 3 datas nacionais na 2ª ou 6ª feira: primeiro de janeiro, Paixão de Cristo e Proclamação da República.

Uma novidade no ano que vem é a inclusão de mais um feriado nacional.

O dia da Consciência Negra, em 20 de novembro, deixa de ser ponto facultativo.

Mesmo assim, o número dias de descanso será menor.

Tiradentes, Independência, Nossa Senhora Aparecida e Finados vão cair no fim de semana; Consciência Negra e Natal, numa 4ª feira.

Apesar de não ser uma boa notícia para quem gosta da folga esticada, a redução de feriados agrada alguns setores, diz o economista Anderson Centeno.

Este ano, por causa dos feriados e emendas, a Confederação Nacional do Comércio estima uma perda de quase 2 bilhões e meio de reais.

Radio Bandeirantes

Postado em 27 de dezembro de 2023

Mercado financeiro reduz previsões para inflação e câmbio

O mercado financeiro reduziu pela terceira semana consecutiva a previsão para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país. De acordo com o Boletim Focus divulgado nesta terça-feira (26), o ano fechará com uma inflação de 4,46%. Há uma semana ele estava em 4,49%.

O boletim é divulgado semanalmente pelo Banco Central (BC), apresentando as expectativas das instituições financeiras para os principais indicadores econômicos.

A expectativa de redução da inflação abrange também o ano de 2024. Segundo o boletim, o ano que vem terminará com uma inflação de 3,91%. Há uma semana a expectativa estava em 3,93%.

A estimativa para 2023 está acima do centro da meta de inflação que deve ser perseguida pelo BC. Definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), a meta é de 3,25% para 2023, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Ou seja, o limite inferior é 1,75% e o superior 4,75%.

Selic
Para alcançar a meta de inflação, o Banco Central usa como principal instrumento a taxa básica de juros (Selic), já definida em 11,75% ao ano, para 2023, pelo Comitê de Política Monetária (Copom).

Para o mercado financeiro, a Selic deve encerrar 2024 em 9% ao ano. Há uma semana a previsão era de 9,25%. Para o fim de 2025 e de 2026, a previsão é de Selic em 8,50%. A primeira reunião do Copom no ano que vem ocorrerá em 30 e 31 de janeiro.

De março de 2021 a agosto de 2022, o Copom elevou a Selic por 12 vezes consecutivas, num ciclo de aperto monetário que começou em meio à alta dos preços de alimentos, energia e combustíveis. Por um ano, de agosto do ano passado a agosto deste ano, a taxa foi mantida em 13,75% ao ano por sete vezes seguidas.

Antes do início do ciclo de alta, a Selic tinha sido reduzida para 2% ao ano, no nível mais baixo da série histórica iniciada em 1986. Por causa da contração econômica gerada pela pandemia de covid-19, o Banco Central tinha derrubado a taxa para estimular a produção e o consumo. A taxa ficou no menor patamar da história de agosto de 2020 a março de 2021.

Quando o Copom aumenta a taxa básica de juros, a finalidade é conter a demanda aquecida, e isso causa reflexos nos preços porque os juros mais altos encarecem o crédito e estimulam a poupança. Mas, além da Selic, os bancos consideram outros fatores na hora de definir os juros cobrados dos consumidores, como risco de inadimplência, lucro e despesas administrativas. Desse modo, taxas mais altas também podem dificultar a expansão da economia.

Quando o Copom diminui a Selic, a tendência é que o crédito fique mais barato, com incentivo à produção e ao consumo, reduzindo o controle sobre a inflação e estimulando a atividade econômica.

PIB
A previsão do mercado para o Produto Interno Bruto (PIB, que é a soma de todas as riquezas produzidas no país) se manteve estável pela segunda semana seguida, em 2,92% para 2023. Há quatro semanas a previsão era de que a economia cresceria 2,84% este ano.

Para 2024, o Boletim Focus projeta crescimento de 1,52%. Há uma semana a previsão do mercado estava em 1,51%; e há quatro semanas, em 1,50%. Já para os anos subsequentes, a previsão mantém-se estável, em 2% tanto para 2025 como para 2026.

Câmbio
A expectativa de queda também para a cotação do dólar. A moeda norte-americana fechará 2023 em R$ 4,90, segundo o mercado financeiro. É a quarta semana seguida de queda, de acordo com o boletim. Há uma semana, a projeção era de que o ano fecharia com uma cotação de R$ 4,93; e há quatro semanas era projetada uma cotação de R$5 para o final de 2023.

Para 2024, a expectativa é estável, na comparação com as duas últimas semanas, em R$ 5. Já para os anos subsequentes (2025 e 2026), o mercado prevê cotações a R$ 5,05 e R$ 5,10, respectivamente.

ebc

Postado em 27 de dezembro de 2023

Conheça a desembargadora paraense que recebeu salário de R$ 621 mil

Dados divulgados pelo Tribunal de Justiça do Pará (TJPA) mostram que a desembargadora Maria Nazaré Saavedra Guimarães recebeu salário de R$ 621 mil no mês de novembro.

A quantia, referente ao salário líquido, foi a maior remuneração paga a um servidor do TJPA em novembro.

Segundo a página de transparência do tribunal, além da remuneração de R$ 37,5 mil, o salário da desembargadora é composto por bônus de vantagens pessoais (R$ 7,7 mil), indenizações (R$ 1,9 mil) e vantagens eventuais (R$ 595,7 mil). Da quantia, são subtraídos valores de impostos e outros descontos.

Maria de Nazaré Saavedra Guimarães nasceu em Belém (PA) e tem 75 anos de idade. A desembargadora é doutora em ciências jurídicas e sociais pela Universidade do Museu Social Argentino.

Lotada na 4ª Câmara Cível Isolada, ela iniciou a carreira da magistratura em 1982, na Comarca de Ourém, no Pará. Maria de Nazaré começou a atuar no desembargado do TJPA pelo critério de antiguidade, em 2007.

Metrópoles

Postado em 27 de dezembro de 2023

Haddad anuncia reoneração do diesel a partir de 1º de janeiro de 2024

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta terça-feira, 26, que o diesel será reonerado a partir de 1º de janeiro de 2024. A medida não deve afetar o valor do combustível para o consumidor, de acordo com ele, uma vez que cortes promovidos da Petrobras irão contribuir para amenizar possíveis impactos na política de preço. O economista ainda afirmou que novas medidas arrecadatórias devem ser anunciadas pelo governo nos próximos dias. “A partir de 1º de janeiro, tem a reoneração do diesel. E essa reoneração vai ser feita, estou confirmando que ela será feita. Mas o impacto da reoneração é de pouco mais de R$ 0,30, e o impacto da redução do preço já anunciado pela Petrobras no mês de dezembro é mais de 50%”, declarou o ministro após se encontrar com o vice-presidente Geraldo Alckmin. “Se você comparar o preço do diesel com 1º de dezembro de 2023, você tem uma queda do preço da Petrobras mesmo com a reoneração”, complementou.

A medida faz parte de um pacote do governo Lula para compensar o projeto de desoneração da folha de pagamento. A iniciativa chegou a ser vetada pelo presidente, mas a decisão foi revertida pelo Congresso. Haddad também informou que as medidas arrecadatórias propostas devem ser encaminhadas ao Legislativo até quinta-feira, 28. A reoneração dos combustíveis era estudada pela equipe econômica desde o começo do ano e chegou a ser tema de fortes discussões no início da gestão. No início do ano, o governo acabou com a desoneração dos combustíveis, mantendo o benefício apenas por 60 dias para gasolina e etanol e prometendo manter a desoneração para o diesel e para o gás de cozinha até o fim do ano. O governo justifica a medida como um incentivo à transição energética, com a renovação da frota para caminhões e ônibus elétricos ou a gás. A cobrança de impostos sobre a gasolina e diesel foi extinta durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro. Contudo, o governo Lula retomou a cobrança de PIS/Cofins sobre o diesel, com alíquota reduzida

Jovem Pan

Postado em 27 de dezembro de 2023

Operação Natal: PRF contabiliza 17 acidentes e um óbito em rodovias federais do RN

Polícia Rodoviária Federal encerrou, às 23h59, desta segunda-feira (25), no Rio Grande do Norte, a Operação Natal 2023. A ação contou com o reforço do efetivo policial e intensificação da fiscalização em locais e horários de maior incidência de acidentes graves e de ocorrências criminais nas rodovias federais.

De acordo com a PRF, durante a operação, 181 pessoas foram flagradas realizando ultrapassagens irregulares (aumento de 302,22% comparado a 2022), 179 sem utilizar cinto de segurança, 112 sem o capacete (aumento de mais de 360% comparado ao mesmo período no ano passado) e 35 sem utilizar o dispositivo de retenção para crianças.

A PRF intensificou a fiscalização onde mais de 2.400 pessoas e 2.100 veículos foram fiscalizados. Foram flagrados 454 veículos com excesso de velocidade e desse total,185 veículos foram flagrados em apenas três horas de operação.

De acordo com a PRF, 1.396 testes de alcoolemia foram realizados e 52 pessoas flagradas dirigindo sob influência de álcool, comparado ao ano passado, o valor representa um aumento de 126%.

Foram registrados 17 acidentes, 14 deles com feridos, e 1 óbito. Comparado ao ano anterior, em que foram registrados 12 acidentes, 8 deles com pessoas feridas e 1 óbito, representando um aumento de 41,6%

De acordo com a PRF, no que se refere ao combate à criminalidade, 16 pessoas foram detidas (aumento de 100% comparado ao ano passado) e 4 veículos recuperados.

Tribuna do Norte

Postado em 27 de dezembro de 2023

Petrobras anuncia concurso com 916 vagas para nível técnico; salários de R$ 5,8 mil

A Petrobras anunciou nesta terça-feira (26) um concurso público para cargos de nível técnico com 916 vagas e salário inicial mínimo de R$ 5.878,82, com local de trabalho distribuído entre os polos Sudeste, Sul e Ipojuca. Haverá ainda 5.496 vagas para cadastro de reserva.

As inscrições começam na próxima quinta-feira (28) e seguem até 31 de janeiro de 2024. A taxa de inscrição é de R$ 62,79. A prova será realizada em 24 de março 2024. Para os “concurseiros” do Rio Grande do Norte, as cidades mais próximas serão Recife e Ipojuca, em Pernambuco.

O concurso irá selecionar profissionais de nível técnico nas áreas de enfermagem do trabalho; inspeção de equipamentos e instalações; logística de transportes (controle); manutenção (caldeiraria, elétrica, instrumentação, mecânica); operação; operação de lastro; projetos, construção e montagem (edificações, elétrica, instrumentação, mecânica); química de petróleo; segurança do trabalho; suprimento de bens e serviços (administração).

Não é exigida comprovação de experiência profissional. A quantidade de postos de trabalho, requisitos de formação, locais de prova e distribuição regional podem ser consultadas no edital.

O processo seletivo será organizado pelo Centro Brasileiro de Pesquisa em Avaliação e Seleção de Promoção de Eventos (Cebraspe) e terá validade de 18 meses, podendo ser prorrogado por igual período uma vez, a critério da Petrobras.

Inclusão

Pela primeira vez, a empresa realiza um concurso público com 20% das vagas reservadas para pessoas com deficiência (PCD). A cota supera o limite mínimo de 5% que determina a lei. O certame reserva também 20% dos postos para negros, conforme determina a legislação.

Com informações da Agência Brasil

Postado em 27 de dezembro de 2023

Whindersson Nunes quer criação de Lei “Jessica Vitória” contra fake news na internet

Whindersson Nunes postou um vídeo de 10 minutos na noite deste domingo (24/12) para desmentir, mais uma vez, qualquer envolvimento com Jéssica Vitória Canedo, a jovem de 22 anos que se matou após a publicação dessa notícia falsa gerar uma onda de ódio na internet. Ele deixou uma mensagem de condolências para a mãe da jovem de 22 anos e pediu a criação de uma lei para impedir que novos casos similares voltem a ocorrer.

Bastidores do caso

No vídeo, ele deu detalhes dos bastidores do caso. Revelou que foi procurado por um homem com um print de troca de mensagens dele com a jovem. “Uma página de fofoca, uma outra página de fofoca [não a Choquei], mandou mensagem pra mim: ‘Olha, tô mandando uns prints de uma conversa sua, mas a gente não vai postar, porque não parece ser você nas conversas. Você quer que eu mande pra você?’. Eu falei: ‘mande, mas quem é a pessoa?’ ‘É a Jéssica’. A Jéssica, como se eu conhecesse alguma Jéssica. Então, eu já sabia que não era eu”, iniciou.

“Ele falou que não ia postar e falei: ‘tá, então tudo bem’. Bom que me falou, que pelo menos não é todo mundo que tá vendido até o inferno. Fui dormir e quando eu acordei, já tinham postado numa página. Eu tava fora do país, tava de férias e, de primeira impressão, o que eu pensei? Sempre acontece isso comigo, as pessoas sempre detonam a menina. Então, o que eu faço pra minimizar? Eu não falo nada, porque eu conheço como são as pessoas. Muitas delas são cruéis”, continuou.

Motivo do silêncio
O humorista explicou que o seu silêncio inicial diante do caso ocorreu por já ter sofrido com ataques de ódio na internet sobre seus relacionamentos anteriores, inclusive envolvendo a perda de seu filho. “Não conhecia a Jéssica, não sabia quem ela era, nunca tinha visto ela na minha vida. Não sabia se ela tava participando ou não, mas também não acusei. Então, quando eu vi a notícia, já voltei e disse que não conhecia ela, que essa era uma conversa fake, já pra desmentir e deixei quieto, porque eu deixo tudo quieto. Se eu fosse falar qualquer coisa que passei com mulher na minha vida, como eu sei que as pessoas são cruéis, eu sei que elas vão detonar a pessoa. Então, eu prefiro engolir”, apontou.

“Prefiro ser o cara que não defendeu na hora que eu tinha que defender. Eu prefiro ser o cara que abandonou a esposa porque perdeu um filho, e aparentemente, se não me der um filho, parece que eu não amo a pessoa. Essas são coisas que leio, que eu sou narcisista, que isso, que aquilo, mas prefiro não falar um A. Sei que se eu falar um A, as pessoas vão fazer da vida das outras pessoas, que já estão vivendo sua vida, um inferno e eu não quero isso”, ele explicou.

 
Dor compartilhada

No desabafo, Whindersson contou que estava decidido a gravar um vídeo em seu retorno ao Brasil para acabar com a fake news, mas logo soube da morte da jovem e ficou sem reação. “Eu pensei: ‘Meu Deus do céu, pelo amor de Deus, que não comece a inventar que eu não tô falando sobre, porque eu não quero falar, pra não ter culpa, porque eu só preciso de um tempo pra poder pensar nisso, que isso é muito novo pra mim também, isso nunca aconteceu comigo’. Aconteceu de tudo um pouco, eu posso afirmar, mas isso, com certeza, nunca aconteceu”, disse.

Ele, então, comparou a morte da jovem a perda de seu filho e deixou uma mensagem de sentimentos para a mãe da jovem. “Quero falar com a mãe da Jéssica. Eu sou um cara muito problemático, também tento há muito tempo dar sentido à minha vida. Eu tento me curar de abuso psicológico, de abuso sexual na infância. Tô me abrindo aqui de uma forma que eu só me abri pra pessoas que eu me relacionei mesmo, mas pra nesse momento vulnerável aí da senhora eu me mostrar a minha parte mais vulnerável também. Já passei de tudo um pouco na vida, de todo tipo de coisa ruim, mas eu jamais incentivaria ninguém a tirar a própria vida”, acrescentou.

“Sinto muito demais mesmo pela senhora ter que passar uma coisa que eu passei por poucas horas com o meu filho. Sei que eu não posso dizer, eu sei que eu não posso nem misturar o tamanho disso, mas se eu puder de alguma forma ajudar, se eu puder de alguma forma fazer com que essa dor diminua, eu tô aqui pra qualquer coisa”, seguiu.

 
O ódio das redes sociais

Whindersson criticou o perfil de fofocas Choquei por ter exposto a fake news sem apuração, mas também apontou que a internet que usou ódio para fazer Jéssica se matar é a mesma que agora quer causar uma desgraça contra o responsável pela página. “Administrador da Choquei, eu já vi muita gente botando no Twitter a foto dele e dizendo ‘Ó, essa aqui é a foto do cara’. Isso pode gerar, às vezes, um ataque no meio da rua. Alguém fazer alguma coisa fisicamente com esse cara e a gente não quer mais vítimas aqui, a gente não queria nenhuma vítima”, alertou.

 
Lei “Jéssica Vitória”

Ao final do depoimento, ele se disse comprometido a acompanhar a apuração da polícia sobre a morte da jovem e pediu a criação de uma lei chamada “Jéssica Vitória”.

“Iniciar um movimento para ver se contribui para a gente criar uma lei chamada Jéssica Vitória para aprimorar a legislação brasileira nesse negócio que está acontecendo agora, que é esse jornalismo não oficial. Que isso é muito perigoso. Tem gente que tem muito seguidor e diz que não é uma coisa oficial, mas é uma coisa que impacta de verdade”, declara.

“Tem que ser crime postar uma conversa que duas pessoas não autorizaram. A não ser que seja uma exposição de crime para denunciar alguma coisa, eu acho que não faz sentido uma conversa privada entre duas pessoas. Por isso, é tão perigoso você não ir atrás da verdade antes de mostrar, porque isso pode ser danoso”, apontou.

Ele encerrou se dirigindo à de Jéssica Vitória Canedo. “Um abraço na mãe da Jéssica e vamos atrás de ver o que a gente pode fazer para melhorar daqui para frente, pelo menos a vida das pessoas nesse sentido. Se possível, um Feliz Natal e Feliz Ano Novo aí para todo mundo”, concluiu.

 
PL das fake news

Atualmente, existe um texto de autoria do Senador Alessandro Vieira (PSDB-SE) e com relatoria do deputado federal Orlando Silva (PCdoB-SP), que cria a Lei Brasileira de Liberdade, Responsabilidade e Transparência na Internet, que propõe a regulação das plataformas digitais, como Google, Meta (Instagram e Facebook), Twitter e TikTok, além de serviços de mensagens instantâneas, como WhatsApp e Telegram.

O PL impõe responsabilidades às grandes empresas e o ponto principal é tornar obrigatória a moderação de conteúdos publicados na internet para que contas ou publicações com conteúdos considerados criminosos possam ser identificadas, excluídas ou sinalizadas.

Entre os pontos abordados estão questões que englobam o caso atual de Jéssica Canedo, como estímulos ao suicídio e violência contra a mulher. Entretanto, o PL também foca fake news política, o que faz com que vários partidos dificultem sua aprovação.

Na sexta (21/12), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva já tinha pedido ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), que desse prioridade ao Projeto de Lei 2630, o chamado PL das Fake News, no começo de 2024.

 Alerta

Se você está atravessando um momento difícil e precisa de ajuda, ligue para o CVV (Centro de Valorização a Vida), no número 188, e receba apoio emocional e prevenção do suicídio. A ligação é sigilosa e gratuita para todo o território nacional.

TERRA

Postado em 27 de dezembro de 2023

Ibovespa tem novo recorde e fecha acima dos 133 mil pontos; dólar cai

O Ibovespa fechou esta terça-feira (26) renovando o recorde. Pela primeira vez, a bolsa brasileira encerrou o pregão acima dos 133 mil pontos.

O Índice acionário de referência da bolsa brasileira, subiu 0,59%, a 133.532,92 pontos, um novo recorde de fechamento. Na máxima, alcançou 133.644,65 pontos, recorde histórico intradiário, e, na mínima, ficou em 132.752,96 pontos.

O resultado veio apoiado, principalmente, pelas “blues chips” Petrobras, Vale e Itaú Unibanco, e diante de novos ganhos em Wall Street com expectativas de corte de juros nos Estados Unidos já em março.

Esteve no radar do mercado as novas medidas que devem ser apresentadas ao Congresso pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O objetivo das propostas seria de auxiliar o governo a atingir o déficit zero em 2024.

O ministro havia dito na semana passada que poderia mandar hoje o pacote ao Congresso. Nesta manhã, no entanto, disse que o envio das medidas será feito “assim que estiverem prontas”.

Ainda no cenário doméstico, investidores repercutem os novos números do Boletim Focus, que reúne expectativas dos agentes com relação à atividade econômica. O relatório divulgado no início da manhã mostra redução na projeção para a inflação e a taxa Selic em 2024.

No exterior, o foco dos investidores retorna para as apostas sobre cortes de juros mais cedo nos Estados Unidos pelo Federal Reserve (Fed), o banco central do país. Segundo dados do CME Group, a grande maioria (75%) dos analistas aposta em uma redução das taxas já em maio do ano que vem.

Dólar
O dólar à vista emplacou nesta terça-feira a terceira sessão consecutiva de baixa no Brasil, em sintonia com a queda da moeda norte-americana ante outras divisas no exterior, em um dia marcado pela alta firme de commodities como petróleo e minério de ferro e pela liquidez reduzida após o Natal.

O dólar à vista fechou o dia cotado a 4,8225 reais na venda, em baixa de 0,80%. Em dezembro, a moeda norte-americana acumula queda de 1,89%.

Como era de se esperar para a última semana do ano, espremida entre o Natal e o Ano Novo, o volume de negócios foi reduzido nos mercados — alguns deles nem abriram em função do “Boxing Day”, feriado adotado por vários países, em especial os de língua inglesa.

Os rendimentos do Treasury de dez anos — referência global para decisões de investimento — se mantiveram na maior parte do dia em leve baixa, o que também favorecia o viés negativo para a divisa dos EUA ante outras moedas.

A alta dos preços de commodities como o minério de ferro e o petróleo, de acordo com João Ferreira, sócio da One Investimentos, também contribuía para a queda do dólar no Brasil.

CNN

Postado em 27 de dezembro de 2023

Réveillon em Copacabana terá queima de fogos de 12 minutos e homenagem a Rita Lee

Passado o Natal, agora é a contagem regressiva para 2024. E a promessa é virar o ano em grande estilo na queima de fogos em Copacabana. Detonados enquanto são “regidos” pela maestrina Ludmylla Bruzzi, que estará acompanhada por uma orquestra sinfônica e integrantes de escolas de samba, o réveillon na praia também será de homenagens. Os promotores da festa vão dedicar parte da queima de fogos à rainha do rock, Rita Lee — ou padroeira da Liberdade, como preferia ser chamada —, que morreu de câncer em maio, aos 75 anos.
A referência virá mais ou menos na metade do show, que vai durar 12 minutos, quando será tocada uma versão orquestrada de “Ovelha Negra”. A expectativa é que a festa possa reunir até 2,5 milhões na Praia de Copacabana. Além da queima de fogos, haverá shows em dois palcos. O principal, em frente ao Hotel Copacabana Palace, terá entre as principais atrações Ludmilla e Gloria Groove. Já o segundo palco será dedicado ao samba e vai receber Jorge Aragão, Belo, Diogo Nogueira e Teresa Cristina.

— A homenagem para Rita será feita com fogos que reproduzirão uma cascata dourada gigante. Eles serão detonados de todas as balsas. Será um momento para o público celebrar a paz e também relembrar o ano que está encerrando — conta o cenógrafo Abel Gomes, vice-presidente criativo da SRCOM, que produz o réveillon de Copacabana.
Todos os detalhes do show foram simulados em computador. O espetáculo será dividido em quatro partes. Ao todo, a trilha que servirá de pano de fundo para a virada do ano terá cerca de 20 músicas, entre sucessos nacionais e internacionais. Os fogos vão “dançar” também ao som de Barão Vermelho, Gilberto Gil, Beyoncé e Claudinho e Buchecha, entre outros.

Abel deu spoilers, inclusive, das imagens das simulações, para o público ter um gostinho. Mas não contou tudo, para não estragar a surpresa. Nos primeiros minutos de 2024, o público será saudado com uma versão de “Aquele Abraço”, de Gil. No céu, explodirão bombas de duas cores, conhecidas, como “halfs”.

— Essa parte do show batizamos de tributo à Cidade Maravilhosa. Teremos uma sequência de bombas multicoloridas, com variações de cores. Será de tirar o fôlego — diz Abel.

A segunda parte será uma homenagem ao amor, que terá, entre outras canções, “Nosso Sonho”, de Claudinho e Bucheca. Nesse trecho do espetáculo, serão vistos fogos que projetam imagens tradicionais da festa, como desenhos de corações entrelaçados ou flechados pelo cupido. A terceira fase é a de homenagem a Rita Lee.

Três alturas
A parte final da apresentação é que deverá reunir mais efeitos inéditos. A produção batizou como “Baile no Céu”. As imagens divulgadas mostram fogos sendo detonados de três alturas diferentes. Uma das canções que vai ditar o ritmo das explosões será “Pro Dia Nascer Feliz”, do Barão Vermelho.

— Nesse momento, a gente quer colocar a galera que está na praia para dançar. Afinal, réveillon é um momento de esperança. E ninguém encara tanto esse espírito agregador quanto o carioca. Não existe lugar no mundo capaz de reunir 2,5 milhões de pessoas com esse espírito como em Copacabana — diz Abel.

A montagem de tubos e fios e a instalação dos explosivos em dez balsas, que serão posicionadas ao largo da orla de Copacabana, estão a cargo da mesma empresa que produz a queima de fogos do Rock In Rio, The Town, do Natal Luz de Gramado (RS) e do Natal da Lagoa, que voltou a ser montada este ano. Ela começou na semana passada em um estaleiro na Ilha do Governador.

As balsas, que por motivo de segurança precisaram ter seus tanques de combustível esvaziados, só devem começar a se rebocadas para Copacabana a partir do fim da noite do próximo sábado, dia 30.

O empresário catarinense Marcelo Kokote, da Vision Shows, que fornece os fogos usados em Copacabana desde a virada de 2017/2018, conta que o espetáculo foi produzido de forma a dar ao público a sensação de que as bombas estariam explodindo conforme os comandos da batuta da maestrina. Mas com certos limites, para que, independentemente do ângulo de visão, seja possível ter o mesmo impacto visual do espetáculo.

— A proposta é transmitir a ideia de que a festa é mágica, mas há limite para ousadias que podem não funcionar na presença de um público tão grande. Nesse processo, tiramos proveito da evolução tecnológica dos fogos, que permitem que sejamos mais criativos — diz Kokote, que usa matéria-prima de fabricação própria, chinesa e espanhola.

EXTRA

Postado em 27 de dezembro de 2023

‘Amigo local’: conheça o novo tipo de profissional que turistas contratam em busca de ‘experiências’ nas cidades

Uma nova profissão se consolida no Brasil, na esteira do crescimento de plataformas digitais de serviços e do turismo desde a pandemia: a dos guias de experiências locais. São pessoas que se cadastram em aplicativos como Airbnb Experience e Viator, do TripAdvisor, para comercializar passeios únicos em suas cidades, pouco comuns nos pacotes convencionais de turismo.

É como ter um “amigo local” num destino desconhecido, que apresenta atrações frequentadas só pelos nativos e afasta de roubadas, mas com a diferença de que é preciso pagar pela companhia dele.

Os guias de experiências lideram visitas a restaurantes e botecos, museus e obras de arte ao ar livre, trilhas e vistas de ângulos inusitados e até o acesso a festas. Tudo fora dos circuitos turísticos ou com um atendimento personalizado, promovendo uma imersão na cultura de cidades brasileiras, algo mais valorizado pelos viajantes após a Covid-19.

Mergulho no cotidiano e em comunidades locais
Presidente executiva da Associação Brasileira das Operadoras de Turismo (Braztoa), Marina Figueiredo diz que turistas não querem mais só passear, mas mergulhar no cotidiano e nas comunidades locais. O encontro dessa demanda com os profissionais acabou facilitado pelas plataformas digitais que eram referência em hospedagem e restaurantes.

Depois de anos acompanhando o concurso Comida Di Buteco, no Rio, Murillo Pijnappel, de 35 anos, resolveu montar um roteiro com os melhores pratos da cidade. Ele anuncia o passeio em plataformas digitais desde 2018. Seus clientes experimentam quitutes em cada um dos quatro bares que ele apresenta em cada noite. O tour custa R$ 500 por pessoa e inclui comida e bebida sob curadoria dele.

— Percebi como os estrangeiros acabavam presos ao óbvio no Rio: restaurantes, sobretudo na Praia de Copacabana, que servem qualquer coisa, de pizza a churrasco. Turistas querem uma experiência local e não conseguem isso de outra forma — diz o carioca.

Pijnappel manteve o emprego como consultor financeiro em uma empresa de e-commerce até o início deste ano, quando se licenciou como guia de turismo e passou a se dedicar só aos passeios. Recentemente alcançou a mesma remuneração do antigo emprego.

Até R$ 6 mil por mês
Como guia de turismo é uma profissão regulamentada no Brasil, quem atua nessa área deve se registrar no Cadastro de Prestadores de Serviços Turísticos (Cadastur), do Ministério do Turismo. Para ter a carteirinha, é preciso um certificado de conclusão do curso técnico em Turismo.

Mas nem todos os que atuam como guias de experiência no país se apresentam como profissionais do turismo. Letícia dos Santos, de 41 anos, define-se como uma “amiga local” em São Paulo e diz que nenhuma plataforma em que atua exigiu formação técnica até agora.

Um casal canadense usou a mesma expressão para descrever Pijnappel em um dos passeios organizados por ele na Zona Sul do Rio que O GLOBO acompanhou. Representante de vendas corporativas do Google, Casey Lynn, de 50 anos, disse que faz toda a diferença ter alguém que realmente “vive” a cidade apresentando lugares que “você não conheceria de outra forma”.

É o caso da Adega Pérola, tradicional botequim de Copacabana que não fica nas imediações do calçadão. Ela ficou espantada com a variedade da vitrine de petiscos carioquíssimos e ouviu do guia explicações sobre origem e manutenção do bar de 66 anos.

— Queremos sair para dançar e testar experiências locais. É mais que um guia, é um amigo na cidade — diz Casey, que sempre faz passeios imersivos com o marido, John Kearney, de 57, nos países que visitam.

Pela Vila Madalena
Formada em Administração e Economia, Letícia trocou o mercado de trabalho formal pelos passeios pela Vila Madalena, em São Paulo, onde sempre morou, em 2017. Além da gastronomia local e dos grafites coloridos, o tour dela inclui galerias de arte e bares.

— Os europeus chegam tímidos, com medo. Depois de uma caipirinha, ficam tranquilos. Termino no Buteco do Ed, onde tem caipirinhas de caju, jabuticaba. É onde meus clientes mais gostam de ir.

A pandemia foi difícil, mas a retomada veio turbinada. Na alta temporada, Letícia fatura até R$ 6 mil por mês com os passeios de três horas. Está disponível todos os dias, mas geralmente tem reservas para três ou quatro tours por semana. Quando trabalhava numa produtora de conteúdo, trabalhava até 12 horas por dia com renda similar.

A guia e turismóloga Luciana Morozini, de 42, faz caminho inverso. Atuava em agências no Rio, migrou para as plataformas em 2015 em busca de autonomia, mas vai voltar:

— No início, eu tinha mais clientes, ganhava dinheiro. Agora, o fluxo diminuiu, e estou em busca de estabilidade com as agências novamente. A gente já sabe o que vai ganhar com a agência, enquanto as plataformas são instáveis.

Especializada em turismo noturno, guiando entre bares e atrações da Lapa e de Santa Teresa, Luciana agora vende um roteiro de rooftops (terraços). É um conceito comum lá fora: descolar pontos de vista privilegiados para o pôr do sol.

Segundo Luciana, as agências estão se ajustando ao mercado de experiências, incorporando nos pacotes as mesmas visitas disponíveis nas plataformas digitais. É o caso da CVC que, em 2022, expandiu seu portfólio de passeios.

Mão e pé na massa
É possível marcar almoços com um astronauta da Nasa que já esteve na lua ou passeios de barco em lagos de jacarés nos EUA. Outro exemplo é a colheita de uva na Serra Gaúcha, de fevereiro a março. Viviane Pio, diretora de Vendas da CVC, diz que o turista não quer mais só visitar a vinícola, mas fazer seu próprio vinho, com direito a pisotear uvas:

— Passamos a fechar parceria com eventos e empresas que proporcionam essa experiência. Temos um time que visita locais para entender a dinâmica, e formatamos para tornar isso tudo um produto.

A Smiles Viagens já nasceu com foco no turismo de experiência, com pacotes incluindo cruzeiros no Amazonas, excursões no Pantanal e bastidores do carnaval carioca, conta o líder da empresa, Rodrigo Possatto. A Decolar prevê alta de 53% nas buscas por experiências em 2023. A plataforma agora oferece tours em comunidades do Rio, shows passeios em escolas de samba. Mas Daniela Araujo, diretora de Produtos Não Aéreos da Decolar, diz que o turismo tradicional segue em alta:

— O turismo de experiência é mais um agregador que um competidor. As praias sempre serão um atrativo do Brasil, mas quando trazemos mais, aumentamos a atração de estrangeiros para o Brasil.

É guia de turismo ou não é?
Embora os guias de experiências locais evitem a denominação formal de “guias de turismo”, o professor de Direito Civil da FGV Daniel Dias afirma que a atividade é turística. Por isso, ele avalia que as plataformas digitais deveriam exigir cadastro profissional:

— Plataformas não podem dizer que “não é com elas” e têm dever de fiscalização das atividades oferecidas por meio dos sites e aplicativos.

O presidente da Liga Independente dos Guias de Turismo do Rio (Liguia) sugere que o curso técnico em turismo, uma das exigências do cadastro nacional (Cadastur), seja mais aprofundado e estendido aos profissionais de experiências.

Ele destaca como importante que profissionais conheçam técnicas de guiamento, conteúdos de História e Geografia e curiosidades sobre destinos, além de primeiros socorros. Mas ele avalia que a exigência da carteirinha profissional depende de cada caso.

Atividades como aulas de surfe para turistas podem não exigir um guia, mas passeios e tours em áreas turísticas claramente se enquadram como atividades de profissionais.

O Ministério do Turismo diz ser importante diferenciar o guia de turismo de um “mero anfitrião”. “Se um cidadão se intitular guia de turismo e não preencher as condições da lei, configura-se contravenção penal, pois se trata de exercício ilegal da profissão”, afirma em nota.

O Airbnb informou que incentiva o turismo nas comunidades, “permitindo que os moradores consigam uma renda extra” e “impulsionando o comércio local nos bairros onde os hóspedes se encontram”. O TripAdvisor não respondeu.

O GLOBO

Postado em 27 de dezembro de 2023