Islândia tem nova erupção vulcânica e evacua cidade

Uma nova erupção vulcânica foi registrada neste domingo (14/01) perto da cidade pesqueira de Grindavik, no sudoeste da Islândia. Os moradores foram retirados do local às pressas durante a madrugada. Não há relatos de feridos. É a segunda erupção em menos de um mês na região.

Horas antes do começo da erupção, a atividade sísmica se intensificou fortemente, com mais de 200 tremores – o mais forte deles de magnitude 3,5 –, motivo pelo qual os moradores foram alertados a deixar suas casas com urgência. Imagens de câmeras de vigilância mostram grandes fluxos de lava brilhante escorrendo por duas fissuras. A Agência Meteorológica da Islândia alertou que o magma se movia abaixo da superfície da Terra e que a probabilidade de uma erupção era alta.

Esta é a quinta erupção vulcânica na Islândia em quase três anos e a terceira em pouco mais de três meses. A última havia ocorrido há menos de um mês, na noite de 18 de dezembro, nesta mesma zona, a cerca de 40 quilômetros a sudoeste da capital, Reykjavík.

Em 11 novembro, a pequena Grindavik, de 4 mil habitantes, já tinha sido evacuada como medida de precaução após centenas de sismos provocados pela deslocação do magma sob a crosta terrestre – um precursor de uma erupção vulcânica. Os terremotos danificaram a cidade, criando grandes fissuras nas estradas, casas e edifícios públicos, em imagens que circularam por todo mundo.

Pouco depois da erupção de 18 de dezembro, os habitantes foram autorizados a regressar brevemente a suas casas e, cinco dias depois, em 23 de dezembro, de forma permanente, antes de serem novamente retirados na madrugada deste domingo.

As autoridades locais tinham dado uma ordem no sábado à noite para que os habitantes abandonassem a localidade até segunda-feira, devido à atividade sísmica e ao impacto nas fendas existentes na cidade. No entanto, tiveram que acelerar a retirada da população após a intensificação dos tremores.

Desaparecido
Na quarta-feira, um islandês de 51 anos que trabalhava no preenchimento de uma fenda num jardim privado desapareceu quando o solo cedeu subitamente sob os seus pés.

Após 48 horas de buscas intensas, as autoridades decidiram suspendê-las na sexta-feira à noite, devido ao perigo.

Na mesma região, as autoridades estão atentas à central geotérmica de Svartsengi, que fornece eletricidade e água a cerca de 30 mil pessoas e cujas instalações estão protegidas por um muro.

A Islândia é conhecida como terra de fogo e gelo e é a maior e mais ativa região vulcânica da Europa, com mais de 30 sistemas vulcânicos ativos. A nação insular do Atlântico Norte fica na chamada Dorsal Meso-Atlântica, que separa as placas da Eurásia e da América do Norte.

A península ao sul de Reykjavik, onde ocorreram as últimas três erupções, foi poupada deste tipo de fenômeno por oito séculos, até março de 2021.

A erupção mais significativa dos últimos anos na Islândia aconteceu em 2010, quando o vulcão Eyjafjallajokull lançou enormes nuvens de cinza que, durante dias, afetaram o ar e os voos em toda a Europa.

Istoé

Postado em 15 de janeiro de 2024

Transações via DOC terminam nesta segunda (15)

O fim das transações por Documento de Ordem de Crédito, o conhecido “DOC”, está programado para esta segunda-feira (15), às 22h00, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Apesar disso, os agendamentos de DOC que forem feitos antes disso funcionarão até 29 de fevereiro, quando o sistema será encerrado definitivamente. Na mesma data, acaba o prazo que os bancos processem os agendamentos enviados.

Além do DOC, também serão encerradas as operações de Transferência Especial de Crédito (TEC), usadas exclusivamente por empresas para pagamento de benefícios a funcionários.

De acordo com um levantamento da Febraban com base em dados do Banco Central, o DOC foi usado em 18,3 milhões de operações no primeiro semestre de 2023, equivalente a 0,05% das 37 bilhões de transações feitas no período.

O DOC ficou bem atrás dos cheques (125 milhões), TED (448 milhões), boleto (2,09 bilhões), cartão de débito (8,4 bilhões), cartão de crédito (8,4 bilhões) e PIX (17,6 bilhões).

BAND

Postado em 15 de janeiro de 2024

Bons ventos na economia justificam otimismo, mas há riscos no horizonte

Em 2024, o PIB brasileiro talvez cresça menos do que em 2023, os juros permanecerão boa parte do tempo na casa dos dois dígitos, as contas do governo possivelmente fecharão no vermelho e a dívida pública tenderá a aumentar. Ainda assim, observa-se um otimismo específico entre economistas, analistas e investidores a respeito dos rumores da economia do país. Como isso é possível? Há uma explicação por trás do aparente paradoxo: a largada deste ano se dá em cenário menos nebuloso do que aquele observado no início de 2023. Em janeiro do ano passado, as preocupações do governo recentemente-eleito traziam mais dúvidas do que certezas, a inflação preocupava e o risco nada desprezível de recessão pairava sobre os países ricos. Tanto é assim que as projeções apontavam para um cenário de paralisia econômica, o que, afinal, não se concretizou. Agora, o ambiente é bem diferente — as nuvens carregadas se desfizeram, embora não sejam descartadas trovoadas eventualmente no caminho. “Mesmo com o crescimento mais fraco, o otimismo vem das quedas de juros, depois de muito tempo com taxas elevadas, em um contexto internacional menos turbulento”, diz Carlos Kawall, sócio-fundador da gestora Oriz Partners e ex-secretário do Tesouro Nacional .

Se no Brasil a expectativa é de que a Selic, a taxa básica da economia, comece 2024 em torno de 9% ao ano, depois de permanecer em 13,75% durante boa parte de 2022 e 2023, nos Estados Unidos o ciclo de quedas está prestes a começar. No fim de dezembro, Jerome Powell, presidente do Federal Reserve (Fed, o banco central americano), sinalizou a possibilidade de pelo menos três cortes de juros em 2024, mais que a expectativa dos economistas. Taxas menores, ressalte-se, estimulam o crédito e o consumo — elas ajudam, portanto, a mover a economia. A redução dos juros só é reduzida em cenários de desinflação, algo observado agora nos Estados Unidos, em parte da Europa e com certa intensidade no Brasil. Por aqui, os preços anuais aumentaram acima de 10% durante a pandemia, e caíram após o Banco Central subir prudentemente a Selic. Em 2023, o IPCA, a inflação oficial do Brasil, fechou em 4,5%. Pelas projeções, ela será menor em 2024, podendo definir o ano abaixo dos 4%.

Termômetro relevante da economia, a bolsa de valores deverá surfar uma onda de juros mais baixos. Em 2023, o Ibovespa, principal índice acionário brasileiro, corta recordes, passando dos 130 mil pontos. Novos avanços estão previstos para 2024. A maioria dos bancos e corretoras estima que o índice chegará aos 140 mil pontos neste ano. Mais otimista, o banco Santander defende ser possível alcançar os 160 mil, o que seria um salto de 25%. “Apesar do rali recente, o Brasil continua sendo um dos mercados de ações mais interessantes da região”, afirmou o banco em relatório.

Com tanta excitação, por que a economia brasileira provavelmente crescerá menos em 2024? Para responder à pergunta, é preciso olhar os resultados anteriores com atenção. No ano passado, o produto interno bruto subiu perto de 3% — o resultado fechado será divulgado em 1º de março pelo IBGE. Para 2024, a maioria das estimativas fica entre 1,5% e 2%. “Não são projeções otimistas, mas esperamos um crescimento significativo”, diz Luiz Fernando Figueiredo, ex-diretor do Banco Central e presidente do conselho da Jive Investments, gestora que enxerga uma expansão do PIB de 2,5% em 2024. “Otimista seria um crescimento maior que 4%.”

Em boa medida, o desempenho mais modesto neste ano deve ser atribuído ao agronegócio, que encerrou a última safra com novos recordes de produção e exportação — não à toa, a balança comercial brasileira obtida em 2023 o melhor saldo da história, beirando 100 bilhões de dólares. “Foi um aparecimento inédito, mas o efeito tende a se dissipar”, diz o ex-ministro da Fazenda Maílson da Nóbrega, sócio da Tendências Consultoria. Em 2024, com climas adversos, o setor projeta safra menor. Se no ano passado o PIB do agro cresceu em torno de 15%, ainda que os dados finais não tenham saído, em 2024 a projeção é que avança apenas 1%.

Mesmo que o agro não quebre novos registros, o Brasil poderá aproveitar o cenário global menos adverso. Desde 2021, quando os bancos centrais começaram a elevar os juros, os analistas apostaram numa conjuntura marcada por recessões, inclusive em economias centrais como a dos Estados Unidos e as maiores da Europa. A depressão, entretanto, nunca chegou. “Esperamos uma desaceleração global em 2024, mas ela deve ser mais fraca do que o imaginado”, diz Manuel Orozco, diretor da agência de classificação de riscos S&P e analista da América Latina. Foi Orozco quem assinou o relatório da S&P que, no fim de dezembro, elevou uma nota de crédito do Brasil para BB-. Com isso, o país deu dois passos de volta para o grau de investimento. “Reconhecemos o esforço feito nos últimos sete anos em reformas estruturais, que dão mais força institucional, e é um fato que, desde o começo da pandemia, o Brasil vem com desempenho melhor do que nossas expectativas e como a maioria do mercado”, diz ele.

Apesar do cenário menos nebuloso, há riscos inegáveis ​​emparelhando no horizonte. No contexto global, persistem perigos geopolíticos, como a situação na Ucrânia, as tensões entre Israel e países muçulmanos, e o temor nunca anulado de uma invasão chinesa em Taiwan. São conflitos que podem atrapalhar a quantidade de petróleo e fazer seus preços dispararem novamente. Há também dúvidas em torno de quando o Fed vai começar a baixar os juros americanos, já que o mercado de trabalho por lá, com sua resistência, pode prolongar a inflação e prolongar essa agenda.

No campo doméstico, o recebimento não está no âmbito fiscal. A despeito das boas intenções do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, até agora o governo Lula demonstrou pouca disposição para cortar gastos. Isso ameaça as contas públicas e põe em execução o próprio crescimento econômico. À exceção de uma breve passagem pelo azul em 2022, sob o comando de Paulo Guedes, as contas do governo apresentam déficit desde 2014 — ou seja, há uma década as despesas terminam o ano acima das receitas. Sempre que isso ocorrer, o governo precisa pegar dinheiro emprestado no mercado para honrar seus compromissos, ampliando seu nível de individualização. Na lógica econômica, quanto mais a dívida cresce, menor é a substituição do país. “Este é o ponto crítico que a economia brasileira enfrenta”, diz Maílson da Nóbrega, mencionando a pouca margem de manobra que sobra no orçamento público em meio a níveis generosos de gastos. “Os governos dependem dessa margem para implementar políticas para o crescimento, a redução da desigualdade e a erradicação da pobreza”, diz o ex-ministro.

Na complexa dança entre desafios e oportunidades de 2024, enquanto a queda gradual dos juros sinalizando um caminho promissor, uma situação fiscal emerge como o campo da balança, determinando não apenas a estabilidade das contas públicas, mas também a confiança dos investidores no Brasil. É bom também lembrar que o ano é de eleições legislativas, portanto, de mais gastos públicos. E que há um processo de mudança relevante para o caminho: o final da gestão atual do Banco Central. Na verdade, bons ventos estão soprando de início, mas não se deve descartar a possibilidade de novas intempéries.

VEJA

Postado em 15 de janeiro de 2024

Lei de Goiás contra aborto obriga grávida a ouvir coração do feto

Uma lei sancionada pelo governo de Goiás para “conscientização contra o aborto” obriga a mulher grávida a ouvir os batimentos do feto. O texto, de autoria do ex-deputado estadual Fred Rodrigues (DC), hoje cassado, traz uma série de determinações para se instituir a “Campanha de Conscientização contra o Aborto para as Mulheres no Estado de Goiás”.
O trecho mais polêmico da lei, sancionada na última quinta-feira (11/1), diz que o Estado deve fornecer o exame de ultrassom contendo os batimentos cardíacos do nascituro para a mãe. A lei nº 22.537/2024 entrou em vigor na data da publicação, mas o texto não deixa claro a partir de quando os hospitais vão começar a obrigar as grávidas a ouvir o coração do feto, informando que a medida será fornecida “assim que possível”.

A legislação também estabelece a data de 8 de agosto como Dia Estadual de Conscientização contra o Aborto, prevê “palestras sobre a problemática do aborto” e seminários, mobilizações e outras atividades sobre os “direitos do nascituro, o direito à vida e as imputações penais no caso de aborto ilegal”.

Em outro trecho, a lei estabelece como obrigação do Estado “estimular a iniciativa privada e ONGs” para recomendar “a manutenção da vida do nascituro” às mulheres grávidas que manifestem o desejo de abortar.

A legislação adotada no Brasil sobre o tema é de 1940. De acordo com o artigo 128, incisos I e II do Código Penal, ao aborto pode ser feito quando a gravidez representa risco para a vida da mulher e em casos de estupro/violência sexual.

Nas redes, o ex-deputado Fred Rodrigues comemorou a aprovação do texto, dizendo que a sanção torna “Goiás o estado mais seguro do Brasil para as crianças no ventre da mãe”. Fred foi cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral de GO (TRE-GO) em dezembro de 2023, após verificação de pendência na prestação de contas nas eleições de 2020, quando concorreu a vereador de Goiânia.

Polêmica recorrente
Não é a primeira vez que o tema aborto e legislação causa polêmica em Goiás. Em 2012, a Câmara Municipal de Anápolis chegou a aprovar a retirada do artigo 228 da Lei Orgânica do Município (Loma), que previa a realização de abortos, nos casos previstos em lei, pelos hospitais públicos, buscando desobrigar a rede de saúde de realizar o procedimento.

A seccional da Ordem dos Advogados do Brasil de Goiás foi à Justiça contra a norma, entendendo que ela feria a Constituição. O Tribunal de Justiça de GO (TJGO) concordou e determinou que, nos casos previstos no Código Penal Brasileiro e na Constituição, o município cumpra o dever de realizar o aborto.

Metrópoles

Postado em 15 de janeiro de 2024

Ex-namorada de Amado Batista revela o motivo do término da relação

A estudante Layza Felizardo, de 24 anos, decidiu quebrar o silêncio e revelar detalhes do término com o cantor Amado Batista, de 72 anos. A moça é 49 anos mais nova do que o artista.

Em entrevista à  Fabia Oliveira, a jovem expôs situações que viveu com o famoso. “Cansei de olhar o celular dele conversando com várias meninas de estados diferentes. E isso quando elas não vinham até minhas redes sociais falar que eu era corna e coisas maldosas”, desabafou Layza.

A estudante contou ainda que começou a se envolver com ele aos 17 anos. Entre muitas conturbações no relacionamento entre os dois, Layza ainda afirmou que desenvolveu ansiedade. “Eram angustiantes as nossas discussões, eu sofria demais, era horrível. E o pós era pior ainda, sentia um vazio. Tinha época em que eu só chorava e tentava sair, mas era muito difícil porque eu tinha uma dependência emocional por ele, enorme. E acredito que até hoje tenha!”.

Com o fim da relação, a jovem relatou que fez um acordo verbal com Amado para receber uma ajuda financeira dele até conseguir se estabilizar. “À princípio, ele me daria esse dinheiro para que eu fizesse algo para mim, como montar algo, que eu queria muito!”, revelou. Ela ainda mostrou prints de conversas com o cantor.

Nas mensagens trocadas, o artista falou que a ex negou a proposta no início e que agora não poderia ajuda-la mais. “Eu fiz essa proposta pra você lá no começo. Você não quis, agora não posso”, escreveu. “Ganhou na loteria esse ano e meio e ainda reclama… Não vou discutir mais com você”, falou o cantor

TERRA

Postado em 15 de janeiro de 2024

Magistrada aposentada por usar o cargo para soltar filho preso por tráfico ganhou R$ 925 mil em 2023

Aposentada compulsoriamente por usar o cargo para tentar soltar o filho preso por tráfico de drogas, a desembargadora Tânia Garcia de Freitas Borges, do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, recebeu R$ 925 mil em valores brutos em 2023. Do total, R$ 489 mil foram verbas extras que turbinaram o contracheque. Com os descontos, ela teve rendimentos líquidos de R$ 715 mil no ano passado.

Os dados estão disponíveis no Portal da Transparência do Tribunal de Justiça. Procurada pelo Estadão, a Corte ainda não se manifestou. Na seção onde disponibiliza os gastos com pessoal, o tribunal informa que “nenhum dos seus colaboradores, juízes ou desembargadores recebe acima do teto constitucional”.

A Constituição limita o subsídio do funcionalismo público ao que ganha um ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), o que hoje corresponde a R$ 41.650,92, mas magistrados recebem auxílios que não entram no cálculo. Verbas indenizatórias (como auxílios para transporte, alimentação, moradia e saúde) e vantagens eventuais (como 13º salário, reembolso por férias atrasadas e eventuais serviços extraordinários prestados) são contados fora do teto, abrindo caminho para os chamados “supersalários”.

A remuneração base da desembargadora é de R$ 36.282,27 mensais, mas ela recebeu também R$ 3.628,23 por mês a título de indenização. Em novembro, excepcionalmente, teve direito a mais R$ 36.282,27 a título de “vantagens eventuais”.

Tânia recebeu ainda o adicional por tempo de serviço – benefício que acarreta um aumento automático de 5% nos vencimentos a cada cinco anos. Entre fevereiro e outubro, o valor foi de R$ 30 mil. Em novembro, passou para R$ 40 mil e, em dezembro, chegou a R$ 100 mil por mês.

O adicional por tempo de serviço, conhecido como quinquênio, foi extinto pela Reforma da Previdência de 2003, mas alguns tribunais autorizam pagamentos retroativos a magistrados que começaram a carreira antes da mudança entrar em vigor. Como mostrou o Estadão, uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) tenta acabar com as sobras.

A desembargadora foi aposentada compulsoriamente pelo Conselho Nacional de Justiça (CNJ), órgão que administra e fiscaliza o Poder Judiciário, em dezembro de 2021. Ela já estava afastada do cargo durante a tramitação do processo disciplinar. Os conselheiros concluíram que a magistrada violou os princípios da integridade, dignidade, honra, decoro e independência.

A aposentadoria compulsória é a maior punição disciplinar prevista para desvios de magistrados. Apesar da penalidade, eles têm direito aos proventos proporcionais ao tempo de serviço.

O caso que levou à aposentadoria compulsória da desembargadora aconteceu em 2017. Ela foi acusada de usar o cargo para exercer influência pela soltura do filho, Breno Fernando Solon Borges, em diferentes frentes – desde a audiência de custódia até a transferência do presídio de Três Lagoas, em Cuiabá, para uma clínica psiquiátrica.

Quando conseguiu autorização judicial para a transferência, sob argumento de que ele precisava de tratamento psicológico com urgência, ela foi até a penitenciária escoltada por policiais civis para tirar o filho da cadeia. Breno Fernando ainda foi levado por ela até a casa da família, onde passou horas antes de ser internado.

Em depoimento, o diretor da unidade prisional contou que se sentiu “pressionado”. Em mensagens trocadas com o juiz do caso, na tentativa de confirmar a ordem de transferência, ele afirmou que “ela veio inclusive com policiais já ameaçando prisão por desobediência” antes mesmo do recebimento do mandado judicial e do cumprimento dos trâmites seguidos habitualmente pela Agência Estadual de Administração do Sistema Penitenciário para as solturas.

Quando a desembargadora se tornou alvo da investigação por suposto favorecimento ao filho, seu advogado, André Borges, reagiu às suspeitas e negou que ela tenha usado o cargo para fins privados. Ele argumentou que Tânia esteve no presídio para fazer cumprir a ordem judicial que determinava a transferência do filho uma vez que ela havia sido designada curadora no caso. O advogado ainda argumentou que o carro funcional e a escolta de policiais civis foram necessários para garantir a integridade física da magistrada, que havia sido corregedora na unidade prisional.

“O processo julgado hoje é o mesmo em que Dra. Tânia havia sido absolvida pela Justiça Estadual. Certamente impugnaremos a decisão, porque ela não se sustenta. Nunca deixaremos de pleitear um julgamento justo e correto para essa magistrada, o que ainda não ocorreu”, alegou o advogado quando o CNJ decretou a aposentadoria compulsória.

A magistrada recorreu ao Supremo Tribunal Federal para tentar anular a decisão do CNJ e reassumir o cargo. O pedido foi negado em análise liminar pelo ministro Luís Roberto Barroso, mas o mérito ainda está pendente de julgamento.

Estadão

Postado em 15 de janeiro de 2024

Menina nasce com quatro rins e está entre 100 casos no mundo

Incluída nos casos raríssimos da medicina, uma menina nasceu com quatro rins. Hoje com 1 ano e 1 mês, a pequena Isis Eloah Ferreira Alves está entre os cerca de 100 casos da medicina documentados na literatura mundial. O caso, publicado pelo G1, é é conhecido na medicina como “rins supranumerários” e demanda acompanhamento.
A mãe da menina, Thalia Silva Alves, de 21 anos, contou que Isis Eloah já precisou passar por diversas internações. Segundo ela, a filha nasceu prematura, tem alguns atrasos motores, mas leva uma vida normal. “Minha filha é rara e única”, disse a mãe.

A família mora em Formosa (GO), mas Isis nasceu no Hospital de Sobradinho, em Brasília. Por ser prematura, precisou ficar na incubadora. Na ocasião, os médicos não suspeitavam da condição de Isis. Ela foi transferida para o Hospital da Criança José Alencar (DF), onde foram descobertos os quatro rins.

Aos 5 meses, quando houve a necessidade de Isis passar por uma cirurgia, os médicos confirmaram que ela tinha nascido com quatro rins. Como Formosa fica a cerca de 80 quilômetros do Distrito Federal, a menina hoje é tratada no Hospital da Criança de Brasília (HCB).

Os médicos da unidade explicam que a quantidade superior de rins se dá devido a uma má formação ainda na getação. Ainda não existe explicação porque se desenvolve mais de um rim em cada lado.

O médico que a acompanha, Hélio Buson, afirmou ao G1 que ter vários rins não apresenta anormalidade para o corpo. Assim, os órgãos podem passar despercebidos ao longo da vida e só serem notados na vida adulta. É necessário que haja acompanhamento.

Metrópoles

Postado em 15 de janeiro de 2024

Bolsonaro sobre Lula: “Posso ser horrível, mas o outro cara é péssimo”

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) comparou o governo dele com o do atual mandatário, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e teceu críticas à atual gestão. Na conversa com apoiadores, em Angra dos Reis, no Rio de Janeiro, neste domingo (14/1), ele falou sobre questões econômicas, política de armamento da população e suposta relação do PT com o Hamas.
“Um rombo de quase R$ 200 bilhões. Essa conta quem vai pagar são vocês”, começou Bolsonaro em uma parte da conversa publicada no perfil dele no X, antigo Twitter. Ele disse ainda que os brasileiros perderam poder aquisitivo e que a margem de lucro dos comerciantes diminuiu. “O mundo não perdoa, a economia não perdoa”, afirmou.

Bolsonaro afirmou ainda que “o homem do campo não acredita no governo” e que “o MST (Movimento Sem Terra) voltou a funcionar”, o que atrapalharia o desenvolvimento agrícola. Além disso, acusou o atual governo de armar criminosos.

“A violência diminuiu no meu governo por causa da política de armas para o pessoal de bem. Ele acabou com isso, armamento só para bandido.”

O ex-presidente ainda relacionou o Partido dos Trabalhadores (PT) com o grupo extremista Hamas, e disse que ambos seriam aliados. “Nós estamos no mesmo barco, pessoal. Se alguém porventura aqui votou no PT, pode ser que exista: não dá para comparar: eu posso ser um cara horrível, mas o outro cara é péssimo”, finalizou.

Metrópoles

Postado em 15 de janeiro de 2024

Secretários esperam Álvaro para disputar as eleições

Secretários municipais de Natal que estão cogitados para disputar as eleições neste ano estão aguardando o posicionamento do prefeito Álvaro Dias (Republicanos) para saberem qual caminho seguir. Caso se candidatem, precisarão se afastar das funções administrativas entre quatro e seis meses (dependendo do cargo que forem disputar) antes do primeiro turno, marcado para o dia 6 de outubro.
Nomes como Rafael Motta (Esportes), Joanna Guerra (Planejamento), Thiago Mesquita (Semurb) e Irapoã Nóbrega (Semsur) têm sido apontados para suceder o Álvaro Dias, inclusive pelo próprio prefeito. Carlson Gomes (Semovi) pode entrar no pleito em Currais Novos, no Seridó potiguar e, no âmbito estadual, Jaime Calado (Sedec/RN), tem pretensões de retornar à disputa em São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal, em confronto com o grupo da governadora Fátima Bezerra (PT), sua aliada.

Uma das citadas pelo prefeito Álvaro Dias, Joanna Guerra é enfática ao garantir que enfrentaria a eleição para suceder o prefeito. “Toparia enfrentar o desafio, sim. Agora, seja eu a escolha do prefeito para sua sucessão ou qualquer outro nome, seguirei a orientação e determinação dele. Me sinto preparada e posso contribuir com a cidade de todas as formas, pois tenho conhecimento da realidade do município. Transito em todas as classes e lugares, tenho um olhar social e humano e vejo que a cidade de Natal tem que avançar”, garante a gestora.
Guerra diz que ao seu favor está o conhecimento dos problemas da cidade, além do trabalho pela solução desses. Filiada ao Republicanos, ela diz que não há planos de disputar outro cargo que não seja no executivo. “Nosso objetivo é continuar o trabalho do prefeito Álvaro Dias. Em relação a disputar uma vaga na câmara municipal, não vejo como uma alternativa, mas, com certeza, o Republicanos terá grandes nomes que serão colocados a disposição do povo natalense”, afirma.

Ao falar se irão ou não entrar na disputa, os secretários são cautelosos e dizem que preferem aguardar as orientações de Álvaro Dias. Rafael Motta, da Secretaria Municipal de Esportes e Lazer preferiu não comentar o assunto alegando que “está cedo” para tanto e o Secretário Municipal de Meio Ambiente e Urbanismo (Semurb) de Natal, Thiago Mesquita, está diz que vai depender de Álvaro Dias.

Ele avalia que é natural o prefeito reconhecer o trabalho dele desenvolvido à frente da pasta, seja no quesito econômico, enxugando a máquina e potencializando receitas; seja na questão de liderar e defender discussões importantes, como a revisão do Plano Diretor e a regulamentação de Zonas de Proteção Ambiental (ZPAs).

“Agora, entre o reconhecimento público do prefeito e viabilizar uma campanha, eu ainda estou na minha, focado na gestão”, frisou Mesquita. “Se naturalmente o prefeito for entendendo que realmente é viável, eu vou seguir as orientações. Não é a minha área (de atuação), e aí se a gente for alinhando esses pensamentos, eu não fujo do desafio”, declarou o secretário, reforçando que, se a escolha do prefeito for outra, terá seu apoio.

Republicanos é a opção para os secretários

Thiago não é filiado a nenhum partido, mas acredita que o caminho natural seria o Republicanos, de Álvaro Dias. Se for o caso, ele deve se filiar até seis meses antes do primeiro turno das eleições.

Caso não seja possível a candidatura pela Prefeitura, não está descartada a disputa para a Câmara Municipal. “Meu perfil é muito de executivo, de gestão. Não está descartado (a Câmara Municipal), mas eu pensaria bastante, porque a gente veria várias questões relacionadas a isso. A minha preferência, vamos dizer assim, é no executivo, não diria nem a prefeito, talvez a vice, alguma coisa do tipo”, reforça Mesquita.

Quem também diz que está focado na gestão é o Irapoã Nóbrega, secretário de Serviços Urbanos (Semsur). “Temos um prazo até dia 5 de abril para desincompatibilizar. Se até lá isso realmente vier acontecer, a gente vai analisar com carinho se realmente a gente poderá ser pré-candidato à câmara de vereadores, ao poder legislativo”, disse.

Nóbrega é filiado ao MDB, mas ressalta que segue a liderança do prefeito. “O que ele determinar é que será feito. Se ele realmente me quiser, assim como a população, ser candidato e pré-candidato nos próximos meses a algum cargo eletivo, eu sigo a orientação dele, vou para o partido que ele determinar, que deverá ser o Republicanos”, afirmou.

Jaime prefere esperar o tempo chegar para sair

Entre os secretários estaduais, há uma expectativa em torno da possível candidatura de Jaime Calado (PSD), na tentativa de retornar à Prefeitura de São Gonçalo do Amarante, na Grande Natal. Contudo, essa decisão é delicada porque o levaria a um confronto direto com a governadora Fátima Bezerra (PT), sua aliada, cuja prioridade é a reeleição do prefeito petista Eraldo Paiva. Contudo, Jaime ainda não confirmou qual caminho irá seguir.

“Eu estou deixando esse assunto para discutir mais à frente. No momento, prefiro não falar sobre isso. No final do mês de março a gente deve chegar a alguma decisão”, disse o ex-prefeito de São Gonçalo.

A cautela de Calado pode estar ligada, ainda, aos planos para 2026, quando sua esposa, a senadora Zenaide Maia (PSD), terminará o mandato e uma nova disputa vai se desenhar podendo ambos ficarem sem cargo político. Além disso, já há uma colisão do casal são gonçalense com a governadora em Natal, visto que estão no partido do ex-prefeito da capital, Carlos Eduardo Alves, que aparece liderando a preferência do eleitorado nas pesquisas e que deverá enfrentar a petista deputada Natália Bonavides.

Carlson mira prefeitura de Currais Novos

Já Carlson Gomes, o secretário de Obras Públicas e Infraestrutura de Natal, tem domicílio eleitoral no município de Currais Novos, onde pretende disputar na chapa majoritária pela oposição ao prefeito Odilon Júnior (PT).

Os laços políticos dele são na cidade de Currais Novos, onde o pai dele, o ex-prefeito Geraldo Gomes, já foi chefe do Executivo por quatro mandatos.

“Sou filiado ao Republicanos. Meu domicílio eleitoral é em Currais Novos, mas ainda depende de uma aliança política lá na cidade entre Republicanos, União Brasil e PP. Por enquanto o foco é mostrar trabalho”, declarou.

Ele diz que a aliança que se articula é para a chapa majoritária. Nessa, Carlson enfrentaria, entre os adversários, o secretário municipal de Agricultura, Abastecimento e Meio Ambiente, Lucas Galvão, já declarado pré-candidato do grupo da situação de Currais Novos pelo prefeito Odon Júnior (PT), que está concluindo o seu segundo mandato.

Para a disputa das prefeituras, os secretários precisam se desincompatibilizar dos cargos até quatro meses antes. Se a candidatura for para as câmaras municipais, o prazo é de seis meses antes, ou seja, até o início do mês de abril, de acordo com a Lei de Inelegibilidade (LC 64/1990).

Tribuna do Norte

Postado em 14 de janeiro de 2024

Técnicos da CGU isentam ex-diretor da PRF de Bolsonaro de improbidade

Técnicos da Controladoria-Geral da União (CGU) isentaram o ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques do crime de improbidade administrativa. A decisão, tomada por uma comissão, ainda não é final e vai passar por outro colegiado. Vasques responde a um processo disciplinar na CGU por suposto favorecimento a Jair Bolsonaro na eleição de 2022 em manifestações políticas e eleitorais.
A investigação interna contra Silvinei Vasques foi aberta pela PRF e, em seguida, assumida pela CGU. Além de isentar Vasques de improbidade administrativa, a comissão de servidores que julgou o caso pediu que ele assinasse um termo de ajustamento de conduta.

Trata-se de um acordo feito com o governo em irregularidades leves, cuja punição vai até 30 dias de suspensão. Nesse documento, que busca racionalizar recursos públicos, o funcionário se compromete a cumprir as regras fixadas, ao passo que o governo abre mão de processar o servidor público.

Depois da decisão do colegiado, a CGU segue apurando o caso. Agora, uma nova comissão deve analisar o processo.

Preso preventivamente há cinco meses por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, Silvinei Vasques é investigado por supostamente usar a PRF para favorecer Jair Bolsonaro na eleição de 2022. Ele nega qualquer irregularidade.

Metropoles

Postado em 14 de janeiro de 2024

Astrônomos rastreiam e descobrem origem de sinal misterioso de rádio

Astrônomos rastrearam uma das mais poderosas e distantes explosões de rádio rápidas que já foram detectadas e descobriram que elas vêm de uma origem incomum: um raro grupo de galáxias “semelhantes a uma bolha”. As descobertas foram apresentadas na terça-feira (9), durante a 243ª reunião da Sociedade Astronômica Americana em Nova Orleans, Estados Unidos.
A descoberta pode lançar mais luz sobre o que causa as misteriosas explosões de ondas de rádio, que intrigam os cientistas há anos.

Explosões rápidas de rádio, ou FRBs, são rajadas intensas de ondas de rádio com duração de milissegundos e origens desconhecidas. O primeiro FRB foi descoberto em 2007 e, desde então, centenas destes flashes cósmicos rápidos foram detectados vindos de pontos distantes do universo.

Astrônomos usaram imagens do Telescópio Espacial Hubble para revelar que a rápida explosão de rádio veio de um grupo de pelo menos sete galáxias que estão tão próximas umas das outras que todas poderiam caber dentro da Via Láctea.

O sinal intenso, nomeado como FRB 20220610A, foi detectado pela primeira vez em 10 de junho de 2022 e viajou 8 bilhões de anos-luz para chegar à Terra. Um ano-luz é a distância que a luz percorre em um ano, ou 5,88 trilhões de milhas (9,46 trilhões de quilômetros).

Tal explosão rápida de rádio durou menos de um milissegundo, mas foi quatro vezes mais energética do que os FRBs detectados anteriormente. A explosão liberou o equivalente às emissões energéticas do nosso Sol ao longo de 30 anos, de acordo com um estudo inicial publicado em outubro. Muitos FRBs emitem ondas de rádio brilhantes que duram no máximo alguns milissegundos antes de desaparecerem, o que os torna difíceis de observar.

No entanto, radiotelescópios provaram ser úteis no rastreamento do caminho dos rápidos flashes cósmicos. Pesquisadores usaram o Australian Square Kilometer Array Pathfinder, ou ASKAP, radiotelescópio na Austrália Ocidental e o Very Large Telescope, do Observatório Europeu do Sul, no Chile, para determinar onde a explosão enigmática se originou.

As observações levaram os cientistas a uma bolha celestial gigante, que inicialmente se pensava ser uma única galáxia irregular ou um grupo de três galáxias em interação.

Um grupo galáctico incomum
As galáxias do grupo parecem estar interagindo e podem até estar em processo de fusão, o que pode ter desencadeado a rápida explosão de rádio, segundo os pesquisadores.

“Sem as imagens do Hubble, ainda permaneceria um mistério se este FRB se originou de uma galáxia monolítica ou de algum tipo de sistema em interação”, disse a principal autora do estudo, Alexa Gordon, estudante de doutorado em astronomia na Weinberg College of Arts da Northwestern University em comunicado.

“São esses tipos de ambientes que nos levam a uma melhor compreensão do mistério das FRBs”, complementou ela.

O grupo galáctico, conhecido como grupo compacto, é excepcional e um exemplo das “estruturas mais densas em escala galáctica que conhecemos”, disse o coautor do estudo Wen-fai Fong, professor associado de física e astronomia na Northwestern e conselheiro de Gordon.

À medida que as galáxias interagem, podem desencadear explosões de formação estelar, que podem estar ligadas à explosão, disse Gordon.

As explosões rápidas de rádio foram em grande parte rastreadas até galáxias isoladas, mas os astrônomos também as encontraram em aglomerados globulares e, agora, em um grupo compacto, de acordo com Gordon.

“Precisamos apenas continuar encontrando mais FRBs, tanto próximos quanto distantes, e em todos esses diferentes tipos de ambientes”, disse a pesquisadora.

Investigando as origens das explosões rápidas de rádio
Quase 1.000 rajadas rápidas de rádio foram detectadas desde a sua descoberta inicial, há cerca de duas décadas, mas os astrônomos ainda não sabem ao certo o que as causa.

No entanto, muitos concordam que objetos compactos, como buracos negros, os densos remanescentes de estrelas que explodiram, provavelmente estão envolvidos. Os magnetares, ou estrelas altamente magnetizadas, podem ser a causa raiz das rápidas explosões de rádio, de acordo com pesquisas recentes.

Compreender a origem das explosões rápidas de rádio pode ajudar os astrônomos a determinar mais sobre a causa subjacente que as envia através do universo.

“Apesar de centenas de eventos FRB descobertos até o momento, apenas uma fração deles foi identificada em suas galáxias hospedeiras”, disse o coautor do estudo, Yuxin Vic Dong, em um comunicado.

Mais informações sobre rajadas rápidas de rádio também podem levar a revelações sobre a natureza do universo. À medida que as explosões viajam pelo espaço durante milhares de milhões de anos, elas interagem com o material cósmico.

“As ondas de rádio, em particular, são sensíveis a qualquer material interveniente ao longo da linha de visão – desde a localização do FRB até nós”, disse Fong. “Isso significa que as ondas têm de viajar através de qualquer nuvem de material em torno do local do FRB, através da sua galáxia hospedeira, através do Universo e, finalmente, através da Via Láctea”.

Os astrônomos estão investindo em mais métodos que são cada vez mais sensíveis de detecção de explosões rápidas de rádio no futuro, o que poderá levar à descoberta de mais delas a distâncias maiores.

“Em última análise, estamos tentando responder às perguntas: o que os causa? Quais são suas origens? As observações do Hubble fornecem uma visão espetacular dos tipos surpreendentes de ambientes que dão origem a estes eventos misteriosos”, disse Fong.

VEJA

Postado em 14 de janeiro de 2024

Filho de Renato Russo aciona TikTok na Justiça por política: entenda

Filho do cantor Renato Russo, Giuliano Manfredini pediu extrajudicialmente que a ByteDance, dona do TikTok, remova do aplicativo os vídeos publicados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que tem a música Que País É Este, sucesso do Legião Urbana, como trilha-sonora.
De acordo com a colunista Mônica Bergamo, da Folha de S. Paulo, Giuliano diz no documento que as postagens têm “caráter político e ideológico alheios” aos defendidos por Russo, morto em outubro de 1996.

“Não é do interesse do Giuliano, na condição de defensor do patrimônio do pai, que essa música seja vinculada a um ou outro lado da disputa política”, justifica Henrique Ventureli, advogado do produtor.

Ele usa como exemplos vídeos publicados no TikTok com títulos como “comunista Flávio Dino é aprovado em sabatina e irá para o STF”, “o Brasil não tem mais conserto” e “milhões de votos silenciados”, ainda de acordo com a colunista.

Cerca de sete perfis são citados por Giuliano no pedido à Justiça, solicitando os dados cadastrais e os registrados de IPs de cada um deles.

O advogado do produtor alega esperar que “o TikTok atenda ao nosso pedido”, caso contrário, a equipe vai “optar pela via judicial”. Ele também não descarta processar os usuários responsáveis pelos vídeos.

Metrópoles

Postado em 14 de janeiro de 2024

Eleições: Boulos e Marta selam aliança contra bolsonarismo e esperam PT

A ex-prefeita Marta Suplicy recebeu para almoço neste sábado (13/1) o pré-candidato a prefeito Guilherme Boulos (PSOL), de quem deverá ser vice, após uma articulação do presidente Lula (PT) para que ela deixasse a gestão Ricardo Nunes (MDB) e voltasse ao PT depois de nove anos.
Boulos chegou à residência de Marta por volta das 13h50. A ex-prefeita e o marido, o empresário Márcio Toledo, que atua como seu articulador político, organizaram o encontro no apartamento deles, nos Jardins, região nobre da capital, e foram recebê-lo na entrada do prédio.

O candidato do PSOL foi com a esposa, Natalia Szermeta, que também atua no partido e no MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto).

Mais tarde, ele deve ser encontrar também com o deputado Eduardo Suplicy, ex-marido de Marta e que defendeu prévias no PT para a escolha do vice na chapa.

A aliança Boulos-Marta é inspirada no arranjo que levou o então adversário histórico Geraldo Alckmin (PSB) a ser vice de Lula na eleição de 2022, em uma estratégia para sinalizar pacificação e construir a imagem de frente ampla que venceria o então presidente Jair Bolsonaro (PL).

O almoço foi marcado para aproximar Marta e Boulos, que estiveram em lados opostos nos últimos anos. Após se filiar ao MDB, em 2015, ela votou pelo impeachment de Dilma Rousseff (PT). Em 2020, já sem filiação partidária, apoiou Bruno Covas (PSDB), que derrotou o psolista no segundo turno na capital.

Símbolo do pragmatismo de Lula e da esquerda na eleição em São Paulo, a chapa Boulos-Marta é vista como um trunfo para evitar a vitória de um aliado de Bolsonaro –o ex-presidente é considerado por Nunes como apoiador de sua reeleição. Marta, à época no PT, administrou a cidade entre 2001 e 2004.

Para o almoço deste sábado também foi convidado o deputado federal Rui Falcão (SP), que é ex-presidente do PT, mantém interlocução com a ex-prefeita e foi incumbido por Lula de ajudar nas costuras.

A previsão é que a filiação ocorra nas próximas semanas, com uma festividade que deve contar com o próprio Lula. Apesar de estar em São Paulo desde esta sexta-feira (12), o presidente não era esperado para participar do almoço na casa de Marta.

Marta deixou a gestão Nunes, onde era secretária municipal de Relações Internacionais, na última terça-feira (9), um dia após ela se encontrar com o petista no Palácio do Planalto e aceitar o convite para retornar à legenda em que estreou na vida política e militou por 33 anos.

Aliados do prefeito tentam colar na ex-auxiliar a pecha de traidora e minimizam publicamente a perda, apesar do incômodo.

Sob resistências internas à repatriação, o PT caminha para receber de volta a ex-prefeita na sigla, sob o argumento de que ela fortalecerá a chapa com o PSOL. A passagem dela pela prefeitura é exaltada por legados como os CEUs e o Bilhete Único, mas também acumulou desgastes.

É a primeira vez que o PT abre mão de candidatura própria na capital. Pelo acordo com o PSOL, a indicação de vice caberá aos petistas. Lula está empenhado na campanha de Boulos, realizou ato do governo federal na cidade com o aliado e determinou esforço concentrado para impulsioná-lo.

A ideia de convidar Marta para voltar à legenda e ser vice foi revelada pela Folha em novembro.

A ex-prefeita, apesar de ter se distanciado do PT e criticado membros como Fernando Haddad -que chegou a chamar de pior prefeito da história de São Paulo–, nunca rompeu com Lula.

Foi no apartamento dela que aconteceu, em 2021, uma das primeiras reuniões em que se aventou a possibilidade de Alckmin ser vice de Lula. O local foi palco de uma série de encontros políticos nos últimos anos. Lá Simone Tebet (MDB) fechou o apoio ao petista no segundo turno de 2022.

Após o compromisso deste sábado, Boulos tem viagem programada para a China e a França, em continuidade à agenda internacional da pré-campanha. Ao longo de 2023, ele visitou metrópoles em diferentes países para conhecer projetos e experiências que possam ser replicados em São Paulo.

Estado de Minas

Postado em 14 de janeiro de 2024

De olho nas prefeituras, Lula quer percorrer o país com pacote de obras

Na segunda-feira, 8, em reunião no seu gabinete, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva acertou o retorno ao PT, após nove anos, da ex-prefeita Marta Suplicy, convencendo-a a deixar a gestão de Ricardo Nunes (MDB) , onde foi secretário de Relações Internacionais, e apoiou o concorrente dele, Guilherme Boulos (PSOL), na corrida pela prefeitura de São Paulo. Três semanas antes, havia colocado um palanque em Itaquera, na populosa Zona Leste paulistana, um conselho de ministros, incluindo o ex-prefeito Fernando Haddad (Fazenda), para assinar um contrato para 2.600 apartamentos do Minha Casa, Minha Vida em área ocupada pelo MTST, movimento de sem-teto liderado por Boulos. Os dois gestos, carregados de simbolismo, revelam o quanto Lula está decidido a se envolver na campanha deste ano, que considera estratégica, não só para seu governo, mas para pavimentar sua reeleição em 2026.

A preocupação de Lula foi deixada clara já em dezembro. Em reunião ministerial na qual apresentou o balanço do governo em 2023, o ministro da Casa Civil, Rui Costa , afirmou aos colegas que em 2024 o presidente vai “colocar o pé na estrada”. E reforçou que este será acima de tudo um “ano de entregas”. Ali ficou decidido que tanto Lula quanto os ministros deveriam ampliar as agendas nos estados, acompanhando e inaugurando obras e projetos. No horizonte, uma meta ambiciosa: Lula quer visitar os 26 estados ainda no primeiro semestre.

A bagagem do presidente será pesada. Nela serão programas vultosos de potencial eleitoral específico e que deverão ser uma chave para a construção de palanques regionais. Apenas o Novo PAC prevê 1,7 trilhão de reais em áreas como infraestrutura, transporte, energia e saúde, com uma diversidade de investimentos e grandes obras, como a conclusão da Ferrogrão (ferrovia que liga o Mato Grosso ao Pará), a construção do Túnel Santos-Guarujá e retomada do programa Luz para Todos, que tem como meta universalizar a energia elétrica no Norte e Nordeste. O que brilha aos olhos do governo, porém, são obras menores, mas de impacto nas eleições municipais, como escolas e postos de saúde. Só no PAC Seleções, que terá 136 bilhões de reais, há 35 mil projetos em 5.344 cidades.

Outra grande aposta é o Minha Casa, Minha Vida, que tem priorizado a retomada de obras paradas. Apenas em 2023, cerca de 22 mil unidades habitacionais foram reiniciadas. Há empreendimentos em andamento em 1.861 municípios — um em cada três cidades do país. A estratégia tem um design eleitoral: obras paradas podem ser reiniciadas rapidamente e têm potencial de conclusão a curto prazo, a tempo de servirem como vitrine eleitoral. O governo contabilizava no início do mandato 14 000 empreendimentos suspensos, dos quais 4 300 eram creches e escolas. “Retomamos muitas dessas obras a partir de forças-tarefas com prefeitos e governadores, que atualizaram o valor das obras paralisadas, coisa que nunca tinha acontecido”, afirma André Ceciliano, secretário de Assuntos Federativos. O pacote também inclui um “estoque” razoável de recapeamentos de rodovias federais e mais de cem institutos de ensino superior — um deles, em Fortaleza, será o novo campus do ITA, uma das mais renomadas instituições de ensino do país, cujo anúncio será explorado na viagem de Lula.

A estratégia é uma velha conhecida: eventos do governo casados ​​com a presença de candidatos nas capitais mais cobiçadas. Além de São Paulo, Lula tem interesse em emplacar aliados no Rio de Janeiro e Recife, onde apoiará as reeleições de Eduardo Paes (PSD) e João Campos (PSB). Em Salvador, o capital nunca comandado pelo partido, que governa o estado há cinco mandatos, a tendência é apoiar Geraldo Júnior (MDB), o vice-governador Jerônimo Rodrigues (PT). “Vou apresentar ao presidente Lula a lista de obras do Novo PAC Seleções. Entre elas, a estação de metrô no Campo Grande, uma demanda antiga”, discursou Rui Costa em uma estação de Salvador no dia 26 de dezembro. Até o fim de janeiro, a expectativa é que Lula viaje para menos seis estados — já na próxima semana está prevista uma visita a Pernambuco, Bahia e Ceará , onde participará de anúncios de obras federais em educação, tecnologia e energia. Ainda estão sendo agendadas negociadas no Rio de Janeiro, Minas Gerais e Santa Catarina.

As eleições deste ano se mostram importantes para Lula e o PT não apenas para o partido se recuperar do fiasco de 2020, quando não conquistou nenhuma capital. Um dos objetivos é usar o grande pacote de investimentos para sacramentar alianças regionais que tenham eco nas relações com os partidos no Congresso, marcadas por dificuldades. A distribuição de obras, dinheiro e apoio eleitoral podem aproximar legendas mais voláteis com o governo, como União Brasil e PP, além de fortalecer a relação com siglas como MDB, PSD e PSB. Um exemplo é Macapá, onde Lula esteve em 18 de dezembro para entregar mil moradias, ao lado de Davi Alcolumbre (União), que pode comandar o Senado a partir de 2025 — seu irmão, Josiel, vai disputar a prefeitura. A eleição de aliados nas capitais é vista como importante para um bom desempenho nas eleições parlamentares de 2026 — uma base mais alinhada é tudo o que Lula gostaria de ter em um eventual quarto mandato.

O investimento pesado do governo nas eleições é tão prioritário que gera certo desconforto com a área econômica. Fernando Haddad (Fazenda) foi bastante cobrado na Conferência Eleitoral do PT em dezembro, em Brasília, que deu uma largada para a campanha. “Há um problema orçamentário. Promete-se déficit zero e ao mesmo tempo promete-se ampliar obras, programas sociais. Como haverá esse equilíbrio entre gastos públicos e meta fiscais?”, questiona Paulo Ramirez, professor de Ciências Políticas da ESPM. Ele lembra que o governo fechou acordo com o Centrão para disponibilizar 53 bilhões de reais para emendas parlamentares. “Isso mostra que Lula poderia jogar o jogo, mas tem fragilidade de apoio no Congresso ao mesmo tempo em que impõe dificuldades para zerar o déficit”, diz.

O esforço de presidentes para eleger prefeitos não é uma coisa comum. FHC mal apoiou os tucanos em São Paulo em 1996 (José Serra) e 2000 (Geraldo Alckmin) — eles não foram sequer ao segundo turno. “São mais de 5 000 municípios no Brasil e ele não irá para as ruas participar de qualquer campanha. Permanecerá em Brasília governando o país”, disse Serra. Nos dois primeiros mandatos, Lula subiu em um ou outro palanque. Em 2008, afirmou que evitaria “ao máximo possível” para não criar mal-estar na base do governo. O presidente, porém, discursou no comício de Marta em São Paulo — ela perdeu para Gilberto Kassab. Em 2012, Dilma Rousseff participou da campanha de Haddad e subiu em palanques em Campinas e Salvador. Já o seu sucessor, Michel Temer, não se envolveu. No último pleito, em 2020, Bolsonaro também manteve distância: externou apoio a apenas dois candidatos em capitais — Marcelo Crivella (Rio) e Capitão Wagner (Fortaleza), que não se elegeram — e não foi a nenhum evento de campanha.

Há um certo consenso de que as eleições municipais são difíceis de serem nacionalizadas, porque o eleitor tende a se orientar por questões mais próximas do seu cotidiano. Nesse ponto, a acomodação que o “mascate” Lula levará pelo país pode agradar à clientela porque inclui escolas, creches, postos de saúde, quadras esportivas e centros comunitários. Parece lista de promessas de candidatos a prefeitos, mas é o pacote com que ele vai colocar a sua popularidade e de seu governo à prova. Resta ver o que dirão as urnas.

VEJA

Postado em 14 de janeiro de 2024

Governo sanciona lei que cria Dia da Pamonha em Goiás

O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), sancionou a lei nº 22.535, que institui o Dia Estadual da Pamonha Goiana. A data será comemorada, a partir deste ano, em 3 de fevereiro.
O projeto de lei (PL) nº 6442/23, que cria o dia comemorativo e foi , é de autoria do deputado Gugu Nader (Agir). O projeto prevê que, no dia determinado, será realizado em Goiânia o Festival da Pamonha Goiana, para comemorar o início da colheita da safra de milho.

A medida foi publicada no Diário Oficial do Estado de sexta-feira (12/1).

Tradição
Nader destacou a importância do prato, o qual definiu como “um dos principais símbolos da culinária goiana, junto ao pequi e ao pit-dog (sanduicheira típica de Goiás)”.

A guloseima é típica de Goiás. Além da doce com queijo, que é mais conhecida em outras regiões do Brasil, em terras goianas também são muito consumidas a pamonha salgada com queijo e à moda (com queijo, linguiça e pimenta).

Metrópoles

Postado em 14 de janeiro de 2024