PROVÁVEL CANDIDATURA DE JOVEM EMPREENDEDOR ESQUENTA OS BASTIDORES DA POLÍTICA ACARIENSE

Com a chegada do período eleitoral os rumores de candidaturas se intensificam cada dia mais. A bola da vez na política acariense é a provável candidatura do jovem empreendedor Breno Lucas, popularmente conhecido como Breno Cofrynho, para o cargo de vereador.

Sócio da empresa BV Vidros e produtor de eventos, o jovem tem se destacado por promover eventos que aquecem a economia local. Além disso, seu nome atende os anseios da população que tem clamado por renovação nos quadros do Poder Legislativo Municipal.

Apoiador efusivo do prefeito Fernando Bezerra, Breno deve engrossar as fileiras das nominatas dos partidos que compõem a situação no município de Acari.

Postado em 18 de março de 2024

PREFEITO DE CURRAIS NOVOS VETOU O PROJETO DE LEI N° 049/2022, DE AUTORIA DO VEREADOR DANIEL BEZERRA, QUE CRIAVA O ‘PROGRAMA PRIMEIRO EMPREGO’ EM CURRAIS NOVOS. (VEREADORES IRÃO VOTAR O VETO NA SESSÃO DE AMANHÃ)

Amanhã, na 5° Sessão Ordinária desse mês de março, às 10h, irá ser votado o VETO DO PREFEITO ao Projeto de Lei n° 049/2023, de autoria do Vereador Daniel Bezerra, que cria o Programa “Primeiro Emprego” no município de Currais Novos.

O Projeto prevê a renúncia de parte do ISS e IPTU às empresas que aderirem o programa e empregarem no seu quadro de funcionários, jovens entre 16 e 24 anos de idade e que ainda não tiveram sua carteira profissional assinada.

O Prefeito alega que PL não apresentou o impacto financeiro dessa renúncia fiscal, porém, ao mesmo tempo ele também mandou para ser votado na Câmara Municipal, um projeto de isenção total de ISS para as empresas que forem construir casas populares do Programa Minha Casa Minha Vida no município.

“Na minha opinião ambos os projetos são importantes, só que o Prefeito está sendo incoerente vetando o nosso projeto. A nossa Juventude será maior prejudicada, justamente ela que precisa de apoio para entrar no mercado de trabalho. Eu sinceramente espero que meus colegas não pensem apenas no lado político que eles defendem, mas que nesse momento vejam a possibilidade de empregos que o Programa Primeiro Emprego poderá oferecer aos jovens de Currais Novos e que votem para derrubar o Veto do Prefeito ao nosso projeto.” Nos disse o Vereador Daniel.

A Sessão Ordinária deverá acontecer nessa terça-feira, 19, a partir das 10h dá manhã, e tem a cobertura da TV Câmara e nas plataformas do YouTube e do Facebook da Câmara Municipal de Currais Novos.

Postado em 18 de março de 2024

9ª Direc tem novo diretor.

Professor Marcos Morais é o novo diretor da 9ª Direc. Marcos é Professor de Geografia na rede estadual, desde o ano de 2013, atualmente cursando o mestrado no programa do GROPROF/UFRN, com atuação nas escolas Capitão Mor Galvão, Instituto Vivaldo Pereira e CEJA Creuza Bezerra (Currais Novos) e como gestor da escola Iracema Brandão (Acari).
Durante o percurso docente, esteve sempre envolvido e participando ativamente dos órgãos colegiados escolares. Exerceu função de dirigente sindical no SINTE, regional de Currais Novos e no SINTE estadual.

Postado em 18 de março de 2024

Currais-novenses conquistam títulos de futsal de base em Campina Grande-PB

Aconteceu neste final de semana na cidade de Campina Grande-PB, a 20ª edição da Taça Campina Grande de futsal. Os atletas Luis Guilherme (Currais-novense) e Paulo Victor(Carnaubense), ambos do Colégio CIVE de Currais Novos, conquistaram o título na categoria Sub 12, pela equipe Paraibana do Benfica. Já na categoria sub 09, o garoto Pedro Bet (Currais-novense) , conquistou o título vestindo a camisa do Sport-PE.

PARABÉNS A TODOS OS GAROTOS!!

Terra da Xelita

Postado em 18 de março de 2024

Policiais e bombeiros militares se reúnem hoje na Governadoria para cobrar reposição salarial

Hoje, segunda-feira (18), a Associação de Praças da Polícia e Bombeiros Militares do Seridó (APBMS), envia a Natal, a maior comitiva de Policiais Militares do interior do Estado, para participar de ato sobre as perdas salariais, em frente a governadoria.

São dois ônibus com capacidade para 50 pessoas, lotados com Policiais Militares mobilizados pela APBMS, que abriram mão da sua folga e diárias operacionais para participarem do movimento.

O ato irá iniciar as 13h em frente a governadoria com Policiais Militares de todo o Estado do Rio Grande do Norte.

O vice-presidente da APBMS , Pedro Antoniony, parabeniza os Policiais Militares e ressalta a importância da união para as conquistas.

POLíCIA VALORIZADA, SOCIEDADE PROTEGIDA

Postado em 18 de março de 2024

Na cidade de SP, 88% são a favor das corpos corporais da PM, aponta Datafolha

O uso de câmeras por policiais em seus uniformes é apoiado por 88% dos moradores da cidade de São Paulo , mostra pesquisa Datafolha . Oito em cada dez entrevistados disse que os equipamentos deveriam ser usados ​​por todos os agentes, sem discussão, e que a medida contribuiria muito para impedir ações violentas dos maus profissionais.

Aqueles que são contrários ao uso do equipamento representam 8% dos entrevistados, e os indiferentes são 3%. A pesquisa reuniu 1.090 pessoas nos dias 7 e 8 de março, e a margem de erro é de três pontos percentuais para mais ou para menos.

Os corpos corporais recebem apoio da maioria de segmentos da sociedade: brancos, pardos e pretos, ricos e pobres, homens e mulheres, vários bolsonaristas e petistas. As margens de erro variam para cada um desses grupos, mas nenhum deles teve menos de 79% de respostas detalhadas às câmeras.

No estado de São Paulo, há 10.125 câmeras instaladas nas fardas de policiais militares, o que corresponde a cerca de 12% de todos os profissionais da ativa. Os dados mais recentes divulgados pela SSP (Secretaria de Segurança Pública), de agosto do ano passado, mostram que os equipamentos foram distribuídos em cerca de metade dos batalhões do estado.

Segundo uma pesquisa, 81% dos moradores da capital dizem que os equipamentos devem ser usados ​​por todos, e 7% dizem que o programa deveria ser ampliado mas, não para todos os policiais. Outros 7% concordam que nenhum policial deveria usar câmeras corporais, e 4% acham que o programa deveria ser cancelado com o número atual de equipamentos.

As perguntas da pesquisa não diferenciam policiais militares, civis e técnicos-científicos. Hoje, apenas os PMs usam a tecnologia.

Desde o início do governo Tarcísio de Freitas (Republicanos), o número de câmeras corporais ficou estagnado e o contrato do programa foi renovado apenas até junho deste ano. O orçamento foi reduzido e um estudo que apontou a melhoria no desempenho dos batalhões que usam o equipamento foi descontinuado.

O governador deu declarações contraditórias sobre o tema: em dezembro, afirmou que as câmeras corporais não têm nenhuma efetividade para a segurança dos cidadãos , mas pouco depois disse que a política poderia até ser ampliada .

Enquanto isso, o número de pessoas mortas por policiais militares em serviço no estado teve um aumento de 38% no ano passado (o primeiro de Tarcísio), em relação a 2022, quando São Paulo foi governado pelos então tucanos João Doria e Rodrigo Garcia.

Para 82% dos entrevistados pelo Datafolha , o uso das câmeras nas fardas contribuiu muito para impedir a ação violenta de maus policiais, e outros 11% acham que contribuíram um pouco. Um total de 88% disseram acreditar que o uso dos equipamentos pode ter alguma contribuição para diminuir a violência de forma geral; 85%, que pode diminuir a morte dos próprios policiais.

Pesquisas realizadas em São Paulo apontaram a eficácia do uso do equipamento. Uma análise do Unicef ​​(Fundo das Nações Unidas para a Infância) e do Fórum Brasileiro de Segurança Pública publicada no ano passado mostrou que os batalhões com câmeras corporais tiveram redução de 76% no número de mortes provocadas por policiais em serviço em quatro anos.

Além disso, em 2022 as mortes de policiais em serviço caíram ao nível mais baixo já registrado , o que também coincidiu com a adoção da tecnologia.

Outro estudo, feito pela FGV (Fundação Getulio Vargas), constatou que além da redução de mortes houve um aumento de produtividade dos policiais que usam as câmeras. Os registros dos casos de violência doméstica cresceram 102% e as apreensões de armas de fogo tiveram alta de 24% nos batalhões que usavam o equipamento.

“Do ponto de vista das evidências científicas, tudo nos leva a crer que os resultados são muito positivos. O uso das câmeras não produz produtividade, não obstrui a prisão em flagrante, impede o uso da força e deu mais segurança para o sistema jurídico como um todo, tanto para a defesa do réu quanto para a acusação”, diz a diretora-executiva do Fórum Brasileiro de Segurança Pública, Samira Bueno.

Ela cita como exemplo a investigação da morte do soldado Samuel Wesley Cosmo , 35, da Rota (tropa de elite da PM), morto durante uma operação em Santos, no litoral paulista. A câmera corporal de Cosmo gravou o momento em que ele foi alvejado e o rosto do assassino.

“O criminoso foi identificado quase que imediatamente por causa da câmera policial, caso contrário não saberíamos quem era. Ele foi preso dias depois por causa disso”, afirma.

No mundo, ao menos 25 países têm polícias que utilizam drogas corporais , mas estudos indicam uma grande variação na eficácia da tecnologia para coibir casos de violência —praticada por e contra agentes de segurança—, e para aumentar a produtividade policial.

Há dois anos, o Datafolha deu uma opinião de moradores dos estados de São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro sobre as câmeras corporais. Embora as pesquisas tenham abrangências diferentes, os resultados dessa ocasião foram semelhantes: 91% dos paulistas afirmaram que eram a favor do uso das câmeras por policiais, e 7% contra.

Na pesquisa realizada agora em março, o instituto também mostrou que a segurança é o principal problema da capital para 23% dos paulistanos. As prefeituras, porém, não respondem pelo policiamento, e as GCMs (guardas civis municipais) têm papel secundário na segurança pública, fazendo principalmente a proteção de prédios públicos. Os guardas civis de São Paulo não usam câmeras corporais.

No entanto, a gestão Ricardo Nunes (MDB) tem feito diversas operações em que a GCM e as polícias atuam em conjunto, principalmente na região central da cidade. Nunes e Tarcísio são aliados.

Ao longo do ano passado, os bairros centrais registraram altos registros de furtos e roubos impulsionados pela dispersão da cracolândia , que aumentaram do primeiro para o segundo semestre e se mudaram das ruas de comércio da Santa Ifigênia, no centro da capital. Ao menos cinco pessoas foram assassinadas no centro entre os meses de agosto e dezembro.

Folha de SP

Postado em 18 de março de 2024

PF avalia ter elementos para indiciar Bolsonaro, Braga Netto e Heleno

A Polícia Federal (PF) considera já ter elementos para indiciar Jair Bolsonaro, Walter Braga Netto e Augusto Heleno pelo crime de tentativa de abolição do Estado Democrático de Direito.
A PF avalia que os depoimentos do general Freire Gomes e do brigadeiro Baptista Júnior, somados a provas como o vídeo da reunião de 5 de julho de 2022, são suficientes para mostrar como, ao longo de 2022, Bolsonaro tramou contra o sistema eleitoral, planejou uma maneira de ficar no cargo mesmo após a vitória de Lula e conspirou contra instituições da democracia, como o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional.

Walter Braga Netto e Augusto Heleno participaram, na visão da PF, de todo o planejamento do golpe que era desenhado.

Diz o artigo 359, que trata no Código Penal sobre esse crime:

“Tentar, com emprego de violência ou grave ameaça, abolir o Estado Democrático de Direito, impedindo ou restringindo o exercício dos poderes constitucionais”.

A pena prevista é de reclusão de 4 a 8 anos. Mas este não será o único crime por que os três devem ser indiciados.

Metropoles

Postado em 18 de março de 2024

Trump fala em ‘banho de sangue’ se for derrotado e vira piada de Biden por frase sem sentido

O ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump fez um discurso no sábado (16) no qual chamou imigrantes de “animais”, afirmou que o país será palco de um “banho de sangue” caso ele não ganhe as eleições de novembro e disse uma frase sem sentido que virou munição para seu adversário, o presidente Joe Biden .

A fala, feita ao ar livre por milhares de apoiadores em Ohio em meio a fortes ventos, foi interrompida em alguns momentos pela aparente queda de energia dos teleprompters. O evento aconteceu em apoio à candidatura de Bernie Moreno ao Senado primário republicano que aconteceu na terça-feira (19) no estado, mas serviu também para animar as bases trumpistas.

O ex-presidente abriu seu discurso elogiando os condenados pela invasão do Capitólio em 6 de janeiro de 2021 , quando apoiadores do republicano buscaram impedir a certificação da vitória de Biden. Após chamá-los de “reféns” e “patriotas”, Trump prometeu ajudar-los caso seja eleito na votação deste ano.

Uma alternativa é vista de forma apocalíptica pelo favorito do Partido Republicano para concorrer em novembro —”não acredito que teremos outra eleição, ou certamente não teremos uma eleição que seja significativa”, afirmou Trump sobre um eventual cenário de derrota.

“Se eu não for eleito, será um banho de sangue para todos, isso será o mínimo. Será um banho de sangue para o país”, afirmou, em outro momento, em meio a uma fala a respeito da imposição de tarifas sobre carros importados .

Questionada pela agência de notícias Reuters sobre essa última frase, a campanha de Trump indicou uma postagem no X de um jornalista do New York Times. Na publicação, o profissional apenas disse que o comentário aconteceu em meio a uma discussão sobre a indústria automobilística dos EUA e a economia.

Já o porta-voz da campanha de Biden, James Singer, condenou o “extremismo” de Trump. “Ele quer outro 6 de Janeiro, mas o povo americano vai dar outra derrota eleitoral neste novembro, porque continua rejeitando seu extremismo, seu gosto pela violência e sua sede de vingança”, afirmou.

A democrata Nancy Pelosi , ex-presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, também criticou o discurso durante uma entrevista à emissora americana CNN. “Você não deixaria entrar nem na sua casa, imagine na Casa Branca”, disse ela. “Temos que vencer esta eleição, porque ele está até evitando um banho de sangue. O que isso significa? Ele que vai provocar um banho de sangue? Há algo de errado nisso.”

Durante o discurso, o empresário repetiu as acusações falsas, desmentidas por inúmeras provas, de que houve fraude eleitoral nas eleições de 2020. Também sem evidências, afirmou que alguns países estão esvaziando suas prisões e enviando os detidos para os EUA. “Não sei se convida-los a chamar ‘pessoas’, em alguns casos”, disse ele. “Eles não são pessoas, na minha opinião”, continuou, antes de classificá-los de “animais”.

Trump tentou reverter o discurso agressivo contra esse grupo a seu favor afirmando, sem apresentar provas, que “ninguém foi mais prejudicado pela invasão de imigrantes de Joe Biden nas grandes comunidades afro-americanas e hispânicas”. De acordo com pesquisas de opinião, Trump vem aumentando a vantagem de Biden entre eleições não brancas, que desempenharão um papel fundamental na votação.

O republicano chamou o atual líder americano de “presidente estúpido” várias vezes, além de “filho da puta”, em determinado momento. Além disso, quando teve dificuldades para ler o discurso, falou: “Eu não consigo ler essa porcaria de teleprompter. (…) Essa merda está se confundindo, é como ler uma bandeira em movimento com um vento de 56 milhas por hora. “

Biden, porém, conseguiu aproveitar um tropeço de seu rival, que deixou o público sem entender uma referência ao ex-presidente americano Barack Obama . “Você sabe o que é interessante? Joe Biden venceu Barack Hussein Obama. Alguém já ouviu falar dele? Em todos os estados decisivos, Biden venceu Obama, mas em todos os outros estados ele foi morto”, disse Trump.

O atual presidente, muitas vezes ridicularizado pelos empresários por suas trocas de palavras e confusões , aproveitou para falar sobre a condição mental de Trump durante um jantar anual com jornalistas e políticos em Washington. “Um candidato é muito velho e mentalmente incapaz para ser presidente. O outro sou eu”, disse ele. “Ele acha que está concorrendo com Barack Obama.”

Folha de SP

Postado em 18 de março de 2024

Família de jovem morto após perseguição policial no Catete acredita que houve excesso na abordagem

A família de José Jacksandro Almeida Queiroz, de 18 anos, que morreu após bater com sua moto durante uma perseguição policial na madrugada deste sábado, no bairro do Catete , Zona Sul do Rio. Para eles, houve “excessos” na abordagem feita pelos policiais militares. O rapaz estava com uma namorada na garupa, Maria Luiza, de 17 anos, que morreu na hora. Morador da Vila do João, no Complexo da Maré, José Jacksandro tinha comprado a moto há apenas dois meses e não tinha carteira de habilitação, motivo pelo qual os familiares acreditam que não tenham obedecido à ordem de parada e fugido quando foi abordado. A PM informou que abriu um procedimento e vai apurar a conduta dos agentes.
De acordo com Marcelo Barbosa, primo de José Jacksandro, foram duas abordagens. Outro primo deles que, também estava de moto, obedeceu aos policiais e relatou à família como tudo aconteceu:

— Quando a viatura mandou ele parar, o primo parou e ele no nervosismo abriu fuga. Mas ele foi interceptado de forma brutal. Houve excesso, joguei a viatura em cima da moto. Não temos certeza se foi a primeira viatura, dos policiais que fizeram a abordagem, ou outra que foi acionada. Eles não viram arma porque não tinha nada de errado. Eram dois jovens, até um pouco inconsequentes, mas não eram criminosos. O nervosismo dele era porque não tinha habilitação. Ele não tinha fantasia de piloto pela cidade, só andava de moto no Complexo da Maré, onde a gente mora.

Muito nervosa a caminho do enterro, que será na tarde deste domingo (17), no Cemitério São Francisco Xavier, no Caju, a mãe de José Jacksandro, Edilma Alves de Oliveira Almeida, diz que o filho trabalhava fazendo entregas em um restaurante na Maré . Ela conta que antes dele sair pediu para ele não ir e tomar cuidado.

— Meu sobrinho, que estava junto, na outra moto, contou que os policiais estavam com faróis apagados, e o Jacksandro se assustou e não parou. Meu filho não parou porque ele não tinha habilitação. Acabou de fazer 18 anos. Eu pedi tanto para não ir. Eles estavam voltando da praia. Eu sempre fui uma mãezona que dei tudo para ele. Acabei de pagar a segunda parcela da moto, que compramos para ele fazer entregas dentro da comunidade. Já entrei na autoescola. Moramos na Vila do João e achamos que quem sai da comunidade é ladrão, vagabundo, eu falei para ele tomar cuidado — contorno a mãe da vítima, em prantos.

Durante a ação policial, outras três pessoas, incluindo dois policiais, ficaram feridos. De acordo com a PM, o motociclista bateu contra o meio-fio, na altura da Rua Silveira Martins, esquina com a Praia do Flamengo. A viatura da PM também colidiu contra um poste. O motorista da moto e os policiais foram socorridos e levados para o Hospital Municipal Miguel Couto, mas José Jacksandro não resistiu aos ferimentos. A adolescente Maria Luiza morreu no local do acidente. Um pedestre que passava pela região, no momento do acidente, foi atingido pela moto. Ele foi atendido no Hospital Municipal Souza Aguiar, mas já recebeu alta.

O caso foi registrado na 9ª DP (Catete) e a Polícia Civil informou que diligências estão em andamento para apurar todos os fatos.

o globo

Postado em 18 de março de 2024

Empresas de cartão querem que novo crediário tome espaço do parcelado sem juros

Empresas do setor de cartões querem que o novo crediário substitua o parcelado sem juros.

O novo crediário é uma das prioridades da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs) para os anos de 2024 a 2026, segundo o presidente da entidade, Giancarlo Greco.

O produto vem sendo redesenhado e vai permitir compras parceladas com juros em prazos de pagamento que podem chegar a 60 meses.

O objetivo é ter uma implementação mais ampla e padronizada, com todos os emissores, bancos e empresas de maquininhas, afirma o vice-presidente da entidade, Ricardo Vieira. “Tem custo mais baixo, prazo muito mais longo, é uma excelente opção.”

As taxas de juros e prazos do novo crediário para cada cliente vão depender da política de cada banco emissor do cartão, assim como os limites e valores. Clientes de menor risco tendem a ter taxas menores.

O setor de cartões pode movimentar ao todo entre R$ 4,05 trilhões a R$ 4,12 trilhões este ano, uma expansão de até 12% ante 2023.

O crescimento será puxado justamente pelo cartão de crédito, que tem se expandido mais que o débito, modalidade que tem sofrido a concorrência com o Pix e deve crescer pouco este ano, na casa dos 0,4%.

Um termômetro da popularidade do parcelado sem juro pode ser observado em uma pesquisa feita em 2022, mencionada no congresso anual da Abecs, que começou na última terça-feira (12).

O levantamento mostra que 75% dos consumidores já tinham utilizado o parcelado sem juros ao menos uma vez. Já o rotativo é bem menos utilizado, pois 82% das pessoas afirmaram que pagam o valor total da fatura no prazo.

Parcelado sem juros
O saldo de crédito da pessoa física no cartão saltou de R$ 238 bilhões em 2018 para R$ 538 bilhões no final do ano passado, segundo dados do Banco Central mostrados no evento da Abecs.

Desse número de 2023, apenas 25% do volume pagam juros, realidade bem diferente de outros países, onde há proporção do saldo que há incidência de juros é maior. Nos Estados Unidos, 72% do saldo tem incidência de juros; no Reino Unido, é 52%; e na América do Sul, no Chile, é 66%.

“É fundamental que a gente continue encontrando alternativas para que tenhamos uma base de saldo de operações sem juros cada vez menor. E acreditamos que o crediário pode puxar esse papel”, comenta o diretor de cartões e pagamentos digitais do Banco Santander, Rogério Magno Panca.

“No Brasil tem quantidade pequena de clientes que quando pagam juros, pagam juros muito elevados”, disse ele. Nos EUA e outros países, a taxa é bem mais uniforme.

O objetivo do crediário é incentivar o parcelamento com juros no setor de cartões, afirma o executivo do Santander.

O portador do cartão continua a fazer compras parceladas, em cima do limite de crédito que tem aprovado pelo emissor e com prazos mais longos do que o parcelado sem juros.

Na modalidade sem juros no banco, 90% do volume são de transações com prazo inferior a 12 meses. No crediário, chega a 36 ou a 48 meses. “Dá um fôlego adicional para o consumidor e para a indústria”, comenta Panca.

O crediário já vem sendo oferecido pelos bancos, bandeiras, empresas de maquininhas, mas desde 2022 vem perdendo espaço e no ano passado perdeu ainda mais fôlego.

Por isso, a Abecs resolveu redesenhar o produto na tentativa de torná-lo mais atrativo e padronizado para todo o setor, sobretudo em um momento em que se discutem em Brasília mudanças no parcelado sem juros e no rotativo do cartão.

Dentro dos 11 projetos estratégicos da Abecs em 2022, o crediário entrou como um dos mais importantes.

No ano passado, o debate acabou sendo mais focado no parcelamento da fatura, o chamado rotativo, que passou a ter um teto de juros. Agora, o objetivo é trazer de volta o crediário aos holofotes.

Mapeamento de riscos
A Abecs vai apresentar ao BC no final do mês uma proposta ao Banco Central para melhorar a estrutura de riscos e de garantias de todo o sistema de cartões. “O objetivo é ver como o risco hoje está distribuído”, disse Greco, argumentando que o setor precisa passar por mudanças estruturais.

Um grupo de trabalho da Abecs tem se reunido quase que diariamente para desenhar esse modelo. Recentemente, a bandeira Mastercard lançou uma consulta pública para discutir as garantias nos parcelamentos no cartão de crédito.

CNN

Postado em 18 de março de 2024

Por que os carros têm menor autonomia com etanol do que com gasolina?

Uma dúvida muito frequente entre motoristas no momento de abastecer o carro é qual combustível utilizar e o que mais pesa na decisão final é o preço. Segundo dados divulgados pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), a média do preço nacional do etanol é de R$ 3,58 e a da gasolina é R$ 5,74.
Sempre que o preço da gasolina aumenta, o valor do álcool também sobe. O combustível feito a partir da cana-de-açúcar é sempre mais vantajoso quando o seu valor por litro não ultrapassa em 70% o valor do petróleo. Porém, é só o valor que pesa nessa decisão?

Segundo os dados do Inmetro, o carro com motor 1.0 mais econômico do Brasil possui um consumo na cidade de 10,8 km/l com etanol e de 15,8 km/l na gasolina. Apesar de ser o mesmo veículo, a margem de cinco quilômetros de autonomia entre os dois combustíveis não passa despercebida.

O diretor de combustíveis da SAE Brasil (Society of Automotive Engineers), Rogério Gonçalves, explica o porquê se roda menos com etanol no tanque do que com a gasolina.

“Isso é uma característica termodinâmica do etanol, uma característica físico-química dele. O álcool tem 70% do poder calorífico da gasolina. O que isso significa? A gasolina tem 30% a mais de energia que o etanol. Por isso que quando você enche um tanque com gasolina, tem mais autonomia do que encher com álcool”
Outra diferença dos dois combustíveis é o quanto de potência eles geram no motor. Mantendo como exemplo um Renault Kwid, o veículo possui 70 cavalos no álcool e 66 cavalos na gasolina.

Essa diferença de desempenho do motor se deve ao quanto o etanol e a gasolina resistem à detonação durante a combustão, chamado de nível de octanagem. Quanto maior a octanagem, mais difícil a queima. Enquanto a da gasolina é próximo de 92 octanas, o etanol possui 110 octanas.

“O principal parâmetro é a taxa de compressão do motor, é o quanto o motor consegue comprimir essa mistura para gerar a combustão. Quanto maior a compressão, mais potência você consegue. O etanol precisa de uma taxa de compressão muito maior do que a gasolina, por isso que se tem um ganho de potência. Isso por causa da octanagem, que é o poder antidetonante do combustível, o quanto ele aguenta ser comprimido na combustão”, explicou.

Segundo Gonçalves, esse ganho também se deve na forma como o carro é projetado.

“Esse ganho de potência é relacionado com o projeto do carro. Se o carro for projetado para andar só com gasolina, o motor é otimizado para andar só com gasolina. Um motor que só andar com etanol é a mesma ideia. Agora, em um carro flex, que anda com os dois e até a mistura dos combustíveis, isso é um desafio para a indústria automobilística. O que acontece nesse caso, é que o motor é calibrado para andar tanto com gasolina quanto com etanol, e isso gera uma condição um pouco mais favorável para o álcool”, complementa.

No fim, a escolha do consumidor sempre fica por conta do preço. Com o etanol, é possível rodar menos, ter um pequeno ganho de potência no carro e pagar mais barato pelo litro do combustível. Já com a gasolina, as visitas aos postos vão ser menos frequentes, ter uma pequena perda de força no carro e o litro é um pouco mais caro.

Combustível aditivado
Os aditivos são produtos químicos adicionados à gasolina e ao etanol, que agem para manter a limpeza do motor, prolongar a vida útil dos componentes e aumentar a eficiência sem prejudicar o consumo do veículo.

“O processo de combustão do motor, independente do combustível, é um processo de queima. Essa queima deixa resíduos, não tem jeito. Com o tempo, é preciso fazer limpeza de bicos, linhas e trocar filtros. Colocando gasolina aditivada ou etanol aditivado, você estende esse período de manutenção do veículo”.
Os postos do país possuem três tipos de gasolina à venda, a comum, a aditivada e a premium. Além da comparação entre o etanol, a diferença entre os três tipos também não está apenas no preço da bomba.

“A gasolina aditivada e a comum são a mesma gasolina, a única coisa que muda é presença de aditivo. As duas possuem todas as características físico-químicas iguais. Já as gasolinas premium possuem uma octanagem maior. Então, os carros que têm uma taxa de compressão maior, podem aproveitar melhor essa gasolina, como os carros esportivos e os de luxo”, finaliza Rogério Gonçalves.

Band

Postado em 18 de março de 2024

Onda de calor puxa o consumo de energia e gera pico de carga no sistema nacional

Em meio à onda de calor que atinge principalmente as regiões Sudeste, Centro-Oeste e parte do Sul do País na última semana, o Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS) registrou um novo recorde de demanda instantânea de carga no Sistema Interligado Nacional (SIN).

De acordo com o ONS, às 14h37 da última sexta-feira (15), a carga de energia do SIN atingiu o patamar de 102.478 megawatts (MW) e foi atendida por 92,5% de energia renovável. A marca anterior foi de 101.860 MW, alcançada em 7 de fevereiro.

Considerando todo o dia, a carga média também foi recorde, alcançando 91.338 megawatts médios (MWmed), superando a marca de 90.596 MWmed registrada em 17 de novembro de 2023.

“O comportamento da carga foi influenciado por questões climáticas, principalmente pelas elevadas temperaturas em quase todo o país, que teve o registro de mais uma onda de calor”, disse o ONS em nota.

Em entrevista ao jornal “O Estado de S.Paulo”, a cientista Renata Libonatti, professora do Departamento de Meteorologia da UFRJ, alerta que as ondas de calor matam mais do que chuvas e deslizamentos. E alerta que esses fenômenos vão acentuar, ainda mais, as desigualdades sociais.

A condição climática do final de semana, com temperaturas acima dos 34º em diversos Estados das Regiões Sudeste e Centro-Oeste podem levar a novos recordes de demanda por energia nos próximos dias. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), na capital paulista os termômetros registraram temperaturas de aproximadamente de 34,3 graus celsius (ºC) desde a última sexta-feira, 15.

Nos últimos dias o órgão já havia emitido sinal de alerta para a onda de calor intenso em São Paulo, Mato Grosso do Sul, Paraná, e Parte de Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Já para os próximos dias, a previsão é que no Sul do País ocorram tempestades com pancadas de chuva e rajadas de vento de acima dos 70 quilômetros por hora (km/h), além da possibilidade de granizo.

(Wilian Miron/Agência Estado)

Postado em 18 de março de 2024

Reunião de Lula com ministros terá cobrança por comunicação e mais entregas

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva deve usar a reunião ministerial de amanhã para cobrar dos integrantes do governo mais compromissos na comunicação das ações do Executivo. O movimento reflete a preocupação do Palácio do Planalto com a queda na aprovação do presidente, captada em pesquisas no início do mês.
Dois ministros palacianos ouvidos pelo GLOBO afirmaram que Lula tem demonstrado cada vez mais impaciência em apresentar entregas e vai cobrar dos ministros resultados de programas que já foram anunciados.

O presidente quer ver ministros de todas as áreas rodando o Brasil, dando entrevistas e ocupando espaços de mídia em geral para divulgar ações positivas. Há uma avaliação entre auxiliares que esse movimento poderia ajudar a contrabalançar as repercussões negativas das falas do presidente, o que também acaba afetando sua popularidade. O presidente, por exemplo, comparou uma intervenção israelense na Faixa de Gaza ao Holocausto — extermínio de judeus na Segunda Guerra Mundial.

Desempenho nas redes
Os ministros também devem ser cobrados a explorar melhor o canal direto que têm com participantes por meio de seus perfis pessoais nas redes sociais e não se restringirem a assuntos de suas respectivas áreas. Em viagens, por exemplo, falar das pautas do governo de forma abrangente.

Desde o segundo semestre do ano passado, os ministros receberam informações sobre ações do governo no estado para onde viajarão e são orientados a falar em defesa de Lula. Os Ministros do Planalto, no entanto, entenderam que essa estratégia não está funcionando e que parte do primeiro escalonamento não tem conseguido propagar feitos da sua área e do governo.

Auxiliares de Lula citaram como exemplos negativos ministros que comandam pastas com grandes orçamentos.

A ministra da Saúde, Nísia Trindade , é vista com desempenho aquém do esperado, na comunicação, para quem liderou um dos ministérios mais importantes da Esplanada. No Planalto, interlocutores de Lula afirmaram que sua capacidade técnica para o posto é indiscutível, mas ponderam que o ministro fala um pouco sobre ações da área e “vende” de forma tímida o que tem sido feito no seu ministério. Citam, por exemplo, que o ministério deveria fazer comparações com o governo Bolsonaro, que teve a gestão na Saúde criticada durante uma pandemia.

Procurado, o Ministério da Saúde informou em observação que as ações de comunicação realizadas têm o único objetivo de prestar serviço à população, como utilidade pública. A pasta cita informações sobre vacinação, o Mais Médicos e a Farmácia Popular e a “retomada” do personagem Zé Gotinha.

Wellington Dias , à frente do Desenvolvimento Social, também é visto como um auxiliar que poderia dar mais ênfase a programas como Bolsa Família — historicamente uma vitrine petista. O ministro tem se empenhado em pôr de pé a lógica da troca do “cartão” do Bolsa Família pela “carteira” de trabalho, mas o Planalto não considera suficiente. Procurado, ele não se manifestou.

Lula também tem expectativas de que o Ministério da Educação, comandado por Camilo Santana , ajude a melhorar a popularidade do governo. A avaliação é que agora Camilo tem, na sua mesa, programas com capacidade de cumprimento desse objetivo, como o Pé-de-Meia (poupança para alunos do Ensino Médio) , escola em tempo integral e a renegociação de dívidas do Fies.

o globo

Postado em 18 de março de 2024

Lava Jato destruiu 4,44 milhões de empregos, aponta estudo

A operação que prometia combater a corrupção no setor de petróleo e gás custou caro à economia e deixa o desafio da reconstrução de setores . A Lava Jato resultou na destruição de 4,44 milhões de empregos entre 2014 e 2017 e reduziu o Produto Interno Bruto (PIB) em 3,6% no mesmo período. De 2015 a 2018, as maiores construtoras brasileiras perderam 85% da receita.

As conclusões constam de dois estudos que analisaram o impacto econômico da Lava Jato, que completa 10 anos. O primeiro, do Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), rastreou os efeitos de 2014 a 2017 dos setores afetados diretamente e indiretamente pela operação. O segundo, das universidades Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) e Estadual do Rio de Janeiro (Uerj), mensurou as consequências sobre as construtoras e a indústria pesada.

O estudo da UFRJ e da Uerj estimou em R$ 142 bilhões as perdas nos setores de construção civil, indústria naval, engenharia pesada e indústria metalmecânica. Os efeitos, no entanto, vão além dos segmentos diretamente investigados pela operação e que tiveram de fechar delações premiadas e acordos de leniência.

Segundo o Dieese, dos 4,44 milhões de postos de trabalho perdidos, 2,05 milhões ocorreram nos setores e nas cadeias produtivas diretamente afetadas pela Lava Jato. Os 2,39 milhões de empregos restantes foram destruídos em setores prejudicados pela queda da renda e do consumo, como comércio, transporte e alimentação.

Menos emprego e renda se traduzem em investimentos menores. O estudo do Dieese estima que a Lava Jato reduziu os investimentos públicos e privados em R$ 172,2 milhões entre 2014 e 2017. O segmento mais atingido foi a construção civil, com perda de R$ 35,9 bilhões, seguido por comércio (R$ 30,9 bilhões); extração de petróleo e gás, inclusive setores de apoio (R$ 29,2 bilhões); atividades imobiliárias (R$ 22 bilhões); e intermediação financeira, seguros e previdência complementar (R$ 17,5 bilhões).

“Nosso estudo abordou o impacto em cadeia, porque os setores da economia são interligados e perdas em um segmento podem transbordar para toda a economia”, explica o diretor técnico do Dieese, Fausto Augusto Junior. A entidade usou a técnica de matriz insumo-produção, que registra os fluxos de bens e serviços e demonstra as relações intersetoriais dentro do sistema econômico de um país.

Impostos
Com a destruição de postos de trabalho, a massa salarial caiu R$ 85,4 bilhões de 2014 a 2017. Uma economia que emprega, investe e produz menos paga menos impostos. No período analisado, o governo deixou de arrecadar R$ 47,4 bilhões em tributos e R$ 20,3 bilhões em contribuições para a Previdência Social e o Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS).

O diretor do Dieese acrescenta que os efeitos da Lava Jato não se manifestaram apenas no encadeamento dos setores, mas com a desestruturação de tecnologias na cadeia produtiva de petróleo e gás e na construção civil que fariam a economia brasileira evoluir no médio e no longo prazo.

“No meio de tudo isso, a gente perdeu também o que chamamos de inteligência de engenharia. Os engenheiros não desapareceram, estão aí, mas as grandes equipes foram desmontadas. Mesmo com o investimento chegando, levará um tempo para reconstituir essas equipes. Talvez algumas nem sequer consigam ser remontadas porque a Lava Jato deixou um legado de desorganização da nossa indústria de infraestrutura”, diz.

Reconstrução
No décimo aniversário da Lava Jato, a reestruturação dos segmentos afetados pela operação representa o maior desafio. Mesmo com a recuperação da economia brasileira e com as promessas de investimento e de diversificação de atividades na Petrobras, a falta de investimentos nos últimos anos prejudicou a estatal.

“Por causa da Lava Jato, a Petrobras, a partir do governo [do ex-presidente] Michel Temer, concentrou-se na atividade primária, a extração de petróleo e gás, deixando de lado investimentos no refino e em tecnologia para privilegiar a maximização de lucro por acionista. A empresa passou a se orientar por uma perspectiva de gerar lucros no curto prazo e distribuir para os acionistas”, explica o professor Luiz Fernando de Paula.

Segundo o professor da UFRJ e da Uerj, a Petrobras ainda tem chances de recuperar o planejamento de longo prazo, ao investir na transição ecológica enquanto busca retomar a construção da Refinaria Abreu e Lima, em Pernambuco, cujas obras foram interrompidas em 2015 por causa da Lava Jato.

“Uma coisa não impede a outra. A Petrobras pode modernizar o refino de combustível fóssil e pensar na transição para a energia limpa. A Petrobras está numa mudança, na forma de gestão, não acredito que vai haver um retorno ao modelo do primeiro governo Dilma [Rousseff], que nacionalizou as compras. Mas acho que dá para a empresa buscar um protagonismo maior dentro de uma perspectiva administrativa, na diversificação das suas atividades. Aí, tem um fator novo, importante”, diz.

Em relação à construção civil, o diretor do Dieese diz que o desmantelamento das maiores empreiteiras do país provocou danos permanentes para o setor. “É importante lembrar que os prejuízos para as empreiteiras não decorreram apenas de acordos de leniência e de bloqueios de bens, mas houve dano de imagem para todo um setor. A Odebrecht, por exemplo, quase faliu e mudou de nome”, ressalta.

A recente suspensão de acordos de leniência da Odebrecht, determinada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), abre brecha para um processo de reerguimento da construção civil pesada, mas Fausto adverte que a reconstrução do setor levará décadas. “Esses acordos de leniência, em alguns casos, representaram uma pá de cal sobre várias dessas empresas. A suspensão de parte desses possibilita agora um processo de reconstrução, mas não é uma reconstrução simples”, avalia.

Os dois especialistas concordam que o grande problema da Lava Jato consistiu em não separar a punição de executivos das atividades das empresas investigadas. “A grande lição da Lava Jato é que não se pode expor pessoas e empresas midiaticamente da forma como aconteceu. Estamos falando de um processo jurídico, em que se devem guardar as devidas proporções porque as empresas foram muito mais punidas que as pessoas físicas, com as companhias tendo os nomes e as marcas jogadas no lixo”, critica Fausto.

“Na época da operação, não se dava a devida atenção para os efeitos econômicos, mas esses dados hoje estão bastante consolidados. As pessoas não se atentavam para os efeitos econômicos e sociais da Operação Lava Jato. A gente que tem de achar um jeito de punir os executivos, as pessoas, mas não castigar as empresas nem destruir empregos”, avalia Luiz Fernando, da UFRJ e da Uerj.

EBC

Postado em 18 de março de 2024

Robinho nega estupro e alega racismo em julgamento feito na Itália

O ex-jogador de futebol Robinho falou, em entrevista neste domingo (17/3), sobre a condenação de nove anos por estupro. O Superior Tribunal de Justiça (STJ) julga o caso nesta semana para decidir se o atleta poderá cumprir a pena no Brasil.
“Fui condenado por algo coletivo com outras cinco pessoas. Por que só eu estou respondendo por isso?”, questionou Robinho ao Domingo Espetacular. “Tinham o objetivo principal de tentar me condenar de algo que eu não fiz.”

O crime ocorreu no ano de 2013, na boate Sio Caffé, em Milão, na época em que o jogador atuava pelo Milan. Além do atleta, outros quatro brasileiros foram acusados de estuprar uma moça de origem albanesa na ocasião.

Robinho disse ter tido uma relação “superficial e rápida” com a vítima, que teria sido consentida. O ex-jogador questionou a versão de que a mulher estaria inconsciente, uma vez que lembra de diferentes detalhes sobre a noite.

“Os mesmos que não fazem nada com esse tipo de ato, eu repudio o racismo, são os mesmos que me condenaram”, alegou. “Se meu julgamento fosse para um branco, para um italiano, seria totalmente diferente.”

O ex-jogador disse esperar ter, no julgamento realizado pelo STJ, “a voz que não tive lá fora”, e argumentou possuir “provas gritantes que mostram a inocência”.

Entenda o caso
Robinho foi condenado em 2017 pelo crime que teria ocorrido em 2013.

O jogador acabou recorrendo da decisão, mas foi condenado pelo crime em todas as instâncias. Em 2022, a Justiça da Itália julgou o brasileiro na terceira e última instância, impossibilitando qualquer outro tipo de recurso para ele. Ele foi condenado a nove anos de prisão.

A Itália pediu para o Brasil que Robinho fosse extraditado para cumprir a sua pena. O pedido foi negado, já que a Justiça Brasileira impede a extradição de seus cidadãos para o cumprimento de pena, mas agora ele pode cumprir no sistema penitenciário brasileiro.

Metrópoles

Postado em 18 de março de 2024