Genial/Quest: Tarcísio é favorito dos candidatos para substituir Bolsonaro em caso de inelegibilidade

Se Jair Bolsonaro (PL) estiver inelegível em 2026, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), desponta como o favorito para substituí-lo, mostra Pesquisa Genial/Quaest divulgada neste sábado. Para 21% dos candidatos, caso esteja impedido de concorrer, o ex-presidente deve apoiar seu ex-ministro da Infraestrutura na próxima disputa presidencial.

A ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) é citada por 15% como uma possível sucessora do marido, enquanto o governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), é o preferido de 10%. Apenas 5% acreditam que o herdeiro político do ex-presidente deve ser o senador Flávio Bolsonaro (PL), um de seus filhos. Um quarto dos passageiros, porém, diz que Bolsonaro não deveria apoiar nenhum deles.

Segundo a pesquisa, Tarcísio tem a preferência dos homens (27%), enquanto Michelle é mais citada pelo público feminino (19%).

O governador de São Paulo se destaca no Sudeste, região em que 26% dos consumidores afirmam que ele é quem deve receber o apoio de Bolsonaro para concorrer em 2026. Zema também tem um desempenho melhor na região, sendo lembrado por 15% dos passageiros.

A ex-primeira-dama, por outro lado, demonstra mais força no Sul e Centro-Oeste/Norte do país: 22% e 19%, respectivamente, cravam que ela deveria ser a substituta de Bolsonaro. Veja os números:

Os dados do levantamento ainda apontam para uma vantagem do governador de São Paulo entre os candidatos com ensino superior (29%) e renda familiar acima de cinco reservas mínimas (27%).

As chances de Bolsonaro ficar impedido de concorrer tornaram-se maiores após a Procuradoria-Geral Eleitoral defender a inelegibilidade do ex-presidente devido a manifestações de abuso de poder político em ataques feitos ao sistema eleitoral em reunião com embaixadores. Há ainda outras 15 ações contra Bolsonaro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE).

A pesquisa entrevistou 2.015 consumidores com 16 anos ou mais entre 13 e 16 de abril. A margem de erro é de 2,2 pontos percentuais para mais ou para menos. O nível de confiança é de 95%.

ESTADAO

Postado em 23 de abril de 2023

Cappelli, novo ministro do GSI, diz que entregou imagens do 8 de janeiro ao STF

O novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, informou que já entregou todas as imagens do Palácio do Planalto referentes ao dia 8 de janeiro, quando manifestantes depredaram o prédio, em Brasília. A confirmação foi repassada em postagem nas redes sociais, na noite deste sábado (22).

Na última sexta-feira (21), o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ordenou a quebra do sigilo do conteúdo imposto pelo Planalto e a íntegra do material em 48 horas.

“Já entregamos ao STF a íntegra das imagens do Palácio do Planalto do dia 8 de janeiro e uma cópia da sindicância aberta no GSI”, escreveu Cappelli no Twitter.

A ordem ocorreu dias após a CNN Brasil divulgar gravações em que o então ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Gonçalves Dias, andava nos corredores do prédio com a presença de invasores. No mesmo dia, o militar da reserva pediu demissão do cargo.

O ministro, também relator dos inquéritos envolvendo os ataques de 8 de janeiro, deu 48 horas para a Polícia Federal (PF) ouvir todos os servidores do GSI identificados nas imagens em que o ex-ministro aparecia.

Gonçalves Dias diz que foi enganado
Nesta sexta-feira (21), Gonçalves Dias depôs à PF sobre as imagens divulgadas pela CNN. Apuração exclusiva da Band Brasília dão conta de que o ex-ministro disse que foi enganado por servidores do GSI sobre o funcionamento das câmeras de segurança. Isso porque, ao ser perguntado pelo Planalto, o general da reserva disse que as os equipamentos daquele corredor onde caminhava estavam danificadas.

As câmeras do terceiro andar ficam em posições estratégicas do Palácio do Planalto, pois estão próximas ao gabinete do presidente da República. Gonçalves Dias disse que tentou tirar os manifestantes do local da forma mais pacífica possível porque as prisões aconteciam no segundo andar.

O depoimento de Gonçalves Dias foi determinado, na última quinta-feira (20), por ordem de Moraes.

Planalto impôs sigilo
No começo de fevereiro, o governo federal impôs sigilo sobre imagens brutas de vândalos no Planalto. A motivação da decisão se dá pelo uso dos vídeos nas investigações contra os criminosos. Os trechos já liberados seguem disponíveis.

As imagens da depredação foram captadas pelo sistema interno de câmeras de segurança do Planalto.

Nota da Comunicação
Em nota, a Secretaria de Comunicação Social do governo informou que toma todas as medidas que cabem ao Poder Executivo na investigação dos atos criminosos em 8 de janeiro, ação que culminou na invasão e depredação do Supremo Tribunal Federal (STF), Planalto e Congresso Nacional.

“Todos os envolvidos em atos criminosos no dia 8 de janeiro, civis ou militares, estão sendo identificados pela Polícia Federal e apresentados ao Ministério Público e ao Poder Judiciário”, diz a nota.

BAND

Postado em 23 de abril de 2023

Militar que deu água a vândalos no Planalto era da equipe de viagem de Bolsonaro

O novo ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Ricardo Cappelli, ficou responsável por informar ao Supremo Tribunal Federal (STF) os nomes dos servidores que aparecem nas imagens do Palácio do Planalto, em 8 de janeiro, dia da invasão de prédios na Praça dos Três Poderes, em Brasília.

Até agora, 10 militares que aparecem nas imagens divulgadas, inicialmente, pela CNN Brasil foram identificados. Na noite deste sábado (22), Cappelli informou que enviou ao ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos sobre a invasão, uma cópia da sindicância aberta pelo GSI.

“Já entregamos ao STF a íntegra das imagens do Palácio do Planalto do dia 8 de janeiro e uma cópia da sindicância aberta no GSI”, escreveu Cappelli no Twitter.

A Band conseguiu os dados dos servidores filmados. Um deles é o capitão Eduardo Natale de Paula Pereira, filmado quando distribuía água aos invasores, nomeado para o GSI em 2020. Ele fazia parte da equipe de viagens do ex-presidente Jair Bolsonaro e do ex-vice-presidente Hamilton Mourão. Veja os outros nomes enviados ao STF abaixo:

general Carlos Feitosa Rodrigues;

coronel Wanderli Batista da Silva Júnior;

coronel Alexandre Santos de Amorim;

tenente-coronel do Exército Alex Marcos Barbosa Santos;

tenente-coronel do Corpo de Bombeiros Marcus Vinicius Braz de Camargo;

coronel André Luiz Garcia Furtado;

capitão do Exército Adilson Rodrigues da Silva; e o
sargento da Aeronáutica Laércio da Costa Júnior.

Nas gravações divulgadas, hoje, após a quebra de sigilo autorizada por Moraes, é possível ver a condução dos vândalos por integrantes do GSI para andares inferiores do Planalto, sem tumulto.

Em outra imagem, o capitão Natale de Paula Pereira aparece empurrando um manifestante, mas depois desiste e o homem sai com um extintor nas mãos. Agora, as investigações dirão se esses servidores facilitaram ou não a invasão do Planalto.

Diante desses novos desdobramentos, o governo mudou a estratégia e quer usar a Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), que pode ser aberta na próxima semana, para investigar os financiadores dos atos criminosos.

Para governistas, a CPMI usará as quebras de sigilo fiscal e bancário para chegar aos empresários por trás da depredação.

“Quem financiou, quem está por trás, quais são os agentes econômicos que têm interesse em destruir a democracia brasileira e, por último, o núcleo militar, quem são os militares que estão por trás dessa tentativa de golpe? Esse é o desafio da CPMI”, disse o deputado Reginaldo Lopes (PT).

BAND

Postado em 23 de abril de 2023

Lula afirma que faltam ‘pequenos ajustes’ para acordo UE-Mercosul

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender o acordo entre a União Europeia e o Mercosul durante discurso na XIII Cimeira Lusa-Brasileira, que aconteceu neste sábado (22). O petista realiza a primeira viagem oficial à Europa do seu terceiro mandato.

“Se depender de mim, a gente vai fazer o acordo entre União Europeia e Mercosul. Faltam pequenos ajustes e nós temos condições de fazer”, afirmou Lula ao lado do primeiro-ministro de Portugal, Antonio Costa.

Na declaração do presidente, ele também pediu uma “discussão mais séria” entre a União Europeia e a Comunidade dos Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac).

“Se depender de mim, a gente vai rearticular a unidade da América do Sul, porque a gente quer provar que juntos nós somos um grande bloco econômico e juntos temos muito mais chances de negociar, sabe, em igualdade de condições com a União Europeia”, declarou.

Assinatura dos acordos
As assinaturas entre os membros de ambos os governos aconteceram durante a XIII Cimeira Lusa-Brasileira. O evento constava na agenda do presidente Lula em sua passagem por Portugal. Além da participação do petista, também estavam presentes no evento os ministros Nísia Trindade, da Saúde; Margareth Menezes, da Cultura; e Luciana Santos, Ciência e Tecnologia; Silvio Almeida, dos Direitos Humanos; e Mauro Vieira, das Relações Exteriores.

“O que nós fizemos hoje, o acordo na saúde, educação, para pessoas com deficiência, ou seja, é uma coisa muito nobre da relação Brasil e Portugal”, declarou Lula após as assinaturas dos acordos bilaterais.

Em discurso, Lula valorizou a cultura portuguesa e a história do país que, segundo ele, poderia ser ensinada aos brasileiros nas universidades, além do conhecimento científico, tecnológico e a arte do país.

“Eu quero dizer para vocês que o Brasil está de volta e está de volta para melhorar a nossa relação, para compartilhar com Portugal as oportunidades de crescimento e queremos compartilhar com o país as possibilidades de investimentos, queremos convencer os empresários a construir políticas de compartilhamento, de sociedade para que cresçam juntos. Somente isso vai fazer com que a gente tenha possibilidade de dar ao Brasil um lugar no mundo que já deveria ter conquistado”, desabafou Lula.

Veja a lista dos acordos assinados entre Brasil e Portugal
1 Acordo Complementar ao Tratado de Amizade, Cooperação e Consulta entre a República Portuguesa e a República Federativa do Brasil, assinado em Porto Seguro, em 22 de abril de 2000, sobre a concessão de equivalência de estudos no Brasil (ensino fundamental e médio) e em Portugal (ensino básico e secundário);

2 Memorando de Entendimento entre o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior da República Portuguesa, a Agência Espacial Portuguesa – Portugal Space, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação da República Federativa do Brasil e a Agência Espacial Brasileira, para Cooperação de Uso Pacífico do Espaço, Ciências Espaciais, Tecnologias e Aplicações;

3 Protocolo de coprodução cinematográfica luso-brasileira entre o Instituto de Cinema e Audiovisual de Portugal e a Agência Nacional do Cinema (Ancine) entre o Ministério da Cultura de Portugal e o Ministério da Cultura do Brasil

4 Memorando de Entendimento para Cooperação Internacional entre o Ministério da Saúde, o Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, o Ministério da Economia e do Mar e a Fundação Oswaldo Cruz-Fiocruz;

5 Acordo em matéria de proteção a testemunha;

6 Acordo de cooperação destinado a instalação e funcionamento da escola Portuguesa de São Paulo, centro de ensino de língua e cultura portuguesa;

7 Memorando de entendimento da criação de mecanismo de cooperação bilateral para o intercâmbio de boas práticas na promoção e defesa dos direitos de pessoas com deficiência;

8 Memorando de entendimento no domínio de energia;

9 memorando de entendimento no domínio de geologia e minas;

10 memorando de entendimento para promover reconhecimento mútuo de títulos de condução;

11 Carta de Lisboa na área da Saúde

12 memorando de entendimento entre o turismo de Portugal e a Embratur

13 protocolo de cooperação entre a Lusa e a Empresa Brasileira de Comunicação (EBC)

BAND

Postado em 23 de abril de 2023

Políticos sondam Alckmin sobre impeachment de Lula

Políticos ligados ao PSDB e que integram o bloco de oposição ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) no Congresso Nacional consultaram, de acordo com a coluna “Último Segundo”, do Portal “IG”, o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) sobre um pedido de impeachment do chefe do Executivo. De acordo com o texto, os ex-colegas de Alckmin queriam saber se ele “toparia assumir o país em caso de afastamento de Lula”.

O ex-governador de São Paulo, por sua vez, teria colocado um ponto final no assunto. “O presidente é o Lula”. Ainda conforme a coluna “Último Segundo”, um tucano chegou a confirmar o diálogo, mas negou que o PSDB tenha interesse na abertura de um processo de impeachment contra Lula. “Foi uma conversa informal em que os deputados brincavam”, relatou.

A crise envolvendo o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Gonçalves Dias, provocou, nesta semana, desgaste ao governo Lula, que passou a apoiar a abertura de uma Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) sobre os atos terroristas de 8 de janeiro em Brasília.

A temperatura alta da política na capital federal pode ter estimulado oposicionistas a levar o assunto ao pessebista. Depois da “consulta sobre o impeachment”, informou o Portal “IG”, Alckmin contou a Lula sobre o ocorrido. “Eu confio em você”, teria dito o presidente a seu vice.

Correio Braziliense

Postado em 23 de abril de 2023

Internautas resgatam fotos de Mion com Bolsonaro após críticas a Lula

O apresentador Marcos Mion foi alvo de uma série de críticas após a publicação de um vídeo desaprovando as falas do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sobre deficientes intelectuais em uma declaração sobre os ataques recentes às escolas brasileiras. Internautas retrucaram a declaração de Mion resgatando uma série de fotos do encontro dele com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) que ocorreu em 2020.

O vídeo em questão critica uma declaração de Lula, que afirmou, em reunião com ministros e governadores sobre prevenção de violência nas escolas na última quarta-feira (19/4), que “pessoas com deficiência mental têm um problema de desequilíbrio de parafuso”.

A fala, de acordo com Mion, é considerada capacitista, e o termo, inadequado. “Temos de nos policiar, de aprender, de nos adequar. Isso não só é muito pejorativo, quanto incentiva outras pessoas que continuem usando esses termos, que precisam ficar no passado”. Segundo o apresentador, o termo correto a se falar é “deficiente intelectual”, e não “mental”.

Considerado um forte ativista anti-capacitismo desde que seu filho Romeo, de 17 anos, foi diagnosticado com Transtorno do Espectro Autista (TEA), Mion enfatizou no vídeo que boa parte da população do país não tem acesso à informação e pode reproduzir e repercutir negativamente as falas do presidente.

“Sem contar a enorme quantidade de brasileiros que não têm acesso à informação, daí chega o presidente e fala isso. A gente, aqui, lutando pela aceitação, conscientização, normatização de todas essas condições, noite e dia. Essa pessoa sem informação pode olhar para seu filho com deficiência intelectual e perder as esperanças, porque se o presidente diz que ele tem um parafuso desequilibrado, para que ela vai continuar lutando?”, apontou.

Por conta desta fala, alguns internautas resgataram fotos de 2020, quando Mion encontrou Jair Bolsonaro para a sanção da Lei 13.977, que estabelece a emissão da Carteira de Identificação da Pessoa com Transtorno do Espectro Autista (CipTEA). A norma leva o nome de Romeo Mion, filho do ator e apresentador.

De forma não costumeira, a lembrança deste momento levou Mion a ser criticado tanto por apoiadores de Lula quanto de Bolsonaro.

“Engraçado ele [Marcos Mion] dizer que a fala de um presidente incentiva outras pessoas. Estou procurando o vídeo dele sobre as falas e atitudes do Bolsonaro, como incentivar criança a violência, pintar clima com criança, dizer que tem que fuzilar a oposição… [e não encontrei]”, escreveu um usuário do Twitter.

“Mesmo o Bolsonaro tendo sancionado a Lei Romeo Mion, uma das causas defendidas por Michelle Bolsonaro, o apresentador, ator e ativista na causa autista, na qual se engajou após ter seu filho Romeu autista, Marcos Mion fez o L. Ingrato! Agora fica reclamando do ladrão”, disse outro.

No vídeo do apresentador, ele ainda pede por uma via de mão dupla para que haja conscientização e respeito coletivo a respeito das pautas anti-capacitistas, e inclui a participação do atual presidente do Brasil.

“Não adianta nada eu e milhares de perfis seguirmos postando conteúdo se quem está do outro lado escuta e joga fora tudo que ouviu. É preciso que cada um se comprometa também a mudar, ouvir, aprender e nos ajudar a passar isso adiante. E incluo o presidente Lula nisso. Antes de se propor a falar por todos, o candidato a presidente deve conhecer e respeitar a todos. O mesmo vale para todas as autoridades que nos representam”, declarou.

Correio Braziliense

Postado em 23 de abril de 2023

‘Dancinha da picanha’: deputado português ironiza eleitores de Lula

O deputado português André Ventura usou as redes sociais para ironizar eleitores do presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Em vídeo gravado na quarta-feira (19/4), dois dias antes da chegada do petista à Lisboa, o parlamentar europeu dança junto de colegas ao som de uma música com a letra “foi com papo de picanha que o Lula te enganou”.

azendo a letra ‘L’ com as mãos, Ventura canta e dança uma paródia da música “Haja Amor”, de Luiz Caldas. O português usa a picanha, corte reiteradamente citado por Lula durante a campanha presidencial do ano passado para falar sobre os eleitores do presidente barsileiro.

Ventura é o atual presidente do partido Chega, legenda associada a movimentos conservadores e de extrema-direita em Portugal. O parlamentar ficou em terceiro lugar na disputa presidencial do país europeu em 2021, já foi vereador da cidade de Loures e também comentarista esportivo na TV portuguesa.

O Chega convocou uma manifestação contra a visita de Lula ao país para a próxima terça-feira (25/4) em frente à Assembleia Portuguesa, em Lisboa. Em suas redes sociais, ventura compartilhou cartazes do evento com os dizeres “Lugar de ladrão é na prisão. Não queremos Lula da Silva em Portugal”.

O presidente Lula chegou à Lisboa na manhã desta sexta-feira (21/4) acompanhado de oito ministros. A comitiva brasileira pretende estreitar os laços com Portugal após anos de relação diplomática estremecida sob a gestão de Jair Bolsonaro (PL), crítico do governo português por seu alinhamento à esquerda.

https://www.youtube.com/shorts/5r4R_juqX-Y

Estado de Minas

Postado em 22 de abril de 2023

Vice-premiê britânico renuncia ao cargo

O vice-primeiro-ministro britânico, Dominic Raab, renunciou ao governo nesta sexta-feira (21) após uma investigação independente sobre denúncias de que ele intimidava colegas.

A perda do terceiro ministro sênior por causa de sua conduta pessoal nos últimos seis meses prejudicará os esforços de Rishi Sunak para reviver a sorte do Partido Conservador e é um grande embaraço, pois ele entrou em Downing Street em outubro prometendo um governo de integridade.
Raab renunciou em uma carta ao primeiro-ministro antes que o relatório se tornasse público, e sua saída é um revés para Sunak apenas duas semanas antes das eleições para o conselho local inglês, onde seus conservadores devem se sair mal.

Pedi o inquérito e comprometi-me a renunciar se fosse constatado qualquer tipo de intimidação”, disse a carta de Raab. “Eu acredito que é importante manter minha palavra.”

Como vice-primeiro-ministro, Raab não tinha poderes formais, mas substituía o primeiro-ministro se ele estivesse ausente do parlamento ou incapacitado. No entanto, ele era um aliado político próximo de Sunak e ajudou a lançar sua campanha para ser primeiro-ministro no verão passado.

g1

Postado em 22 de abril de 2023

De recuo da taxação na Shein até a queda de GDias: Janja amplia influência nas decisões de Lula

A primeira-dama Rosângela da Silva, a Janja , tem se mostrado uma peça cada vez mais forte dentro do governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Depois de participar ativamente das ocorrências que fizeram o Ministério da Fazenda recuar da espera de compras de importados na internet, ela foi também uma das principais vozes em favor da saída do ministro-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) , Gonçalves Dias . Esses não foram, no entanto, os primeiros momentos em que a influência da socióloga junto ao presidente foi evidenciada, mostrando que Janja busca uma atuação bem mais ativa dentro do governo do que suas antecessoras, que optam por trabalhos restritos à área social.

Com uma sala no terceiro andar do Palácio do Planalto, a poucos passos do gabinete presidencial, a primeira-dama atua em temas que envolvem desde discussões sobre Itaipu, setor estadual do setor elétrico, ao direcionamento de políticas sociais, como o Bolsa Família, até a palavra final sobre ações de comunicação. Janja teve destaque também nas viagens internacionais de Lula, ao posar junto com o presidente dos Estados Unidos Joe Biden, no salão oval da Casa Branca, e ao participar de um encontro reservado com a mulher do presidente Chinês, Xi Jinping, a professora Peng Liyuan .

O protagonismo da primeira-dama ficou explícito ainda na fase de transição do governo, quando Janja despachava com a equipe no Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB) e foi a responsável pela organização da cerimônia de posse do presidente. Foi ela a idealizadora do Festival do Futuro, que levou shows e apresentações gratuitas na Esplanada dos Ministérios. Também foi dela a ideia de subir a rampa do Palácio do Planalto com a cadela Resistência, resgatada das ruas de Curitiba pelos integrantes do acampamento que ficaram em vigília enquanto Lula esteve preso e depois adotado pelo casal presidencial.

A socióloga participou ainda das discussões para a formação do ministério do Lula nas áreas como Mulheres e Direitos Humanos, sendo apontada como a responsável por respaldar a indicação de Margareth Menezes para o Ministério da Cultura, e do secretário nacional de Cultura do PT, Marcio Tavares , para ser o número dois da massa.

Janja mostrou interesse também em participar da discussão de assuntos técnicos, como a gestão de Itaipu, empresa na qual trabalhou por 15 anos. Ela chegou a se reunir com Enio Verri, presidente da estatal, e debater a composição das cinco diretorias da estatal, assim como sua atuação na área ambiental e nas comunidades indígenas.

Dentro das comunicações do governo, uma socióloga tem promovido ações para abordar Lula de temas que estão em alta na internet. Na última terça-feira, ela convidou o ex-BBB Cezar Black para a cerimônia de assinatura do novo piso salarial de enfermagem. Janja também acompanhou o marido no encontro com o vocalista da banda Coldplay, Chris Martin. A primeira-dama fez questão de apresentar a banda com a biografia do presidente.

Foi pela internet que Janja entrou no debate da tributação de importados, após usar suas redes sociais para dizer que o fim da isenção do Imposto de Importação para compras de até US$ 50 (R$ 250) atingiria só as empresas, e não os consumidores . Mas depois do debate gerado, Lula pediu que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, reconsiderasse a medida.

No carnaval, a ordem foi de que as peças publicitárias passam pelo aval de Janja antes de serem divulgadas. Na prática, a primeira-dama avocou para si uma função que seria da Secretaria de Comunicação Social, chefiada pelo ministro Paulo Pimenta.

Janja não é a primeira mulher de um presidente a assumir cargos no governo. A diferença para as antecessoras, porém, é a atuação em áreas diversas do governo. Ruth Cardoso, por exemplo, era responsável pelo programa Comunidade Solidária, projeto que reuniu inciativas em áreas sociais no governo Fernando Henrique. Marcela Temer, por sua vez, foi embaixadora do Criança Feliz, voltada aos cuidados da infância. Já Michelle Bolsonaro comandou o Pátria Voluntária, que tinha por objetivo promover políticas públicas para a população vulnerável.

Estadao

Postado em 22 de abril de 2023

Shein anuncia investimento de R$ 750 milhões para produção no Brasil e espera gerar 100 mil empregos

A marca de fast fashion Shein anunciou nesta quinta-feira (20) que vai investir R$ 750 milhões no Brasil nos próximos anos para estabelecer uma rede com milhares de fabricantes do setor têxtil no país.

Segundo a gigante asiática de e-commerce, a ideia é fornecer tecnologia e treinamento a esses fabricantes para que eles atualizem seus modelos de produção e adotem um formato sob demanda da empresa.

“A Shein (…) anuncia hoje que fará um grande investimento no Brasil, a fim de tornar o país um polo mais moderno de produção têxtil e de exportação para a América Latina”, diz o comunicado divulgado pela varejista nesta quinta-feira (20).

A companhia asiática também anunciou um marketplace para produtos e vendedores no Brasil, com o intuito de “atender às demandas dos clientes por uma maior variedade de produtos e agilidade de entrega”.

“Um dos objetivos do marketplace é ajudar a capacitar a comunidade de vendedores locais para alcançar a base de clientes da empresa por meio do site e do aplicativo da companhia”, continua o comunicado.

A Shein disse ainda que pretende fazer parceria com 2 mil fabricantes do país — o que deve gerar, segundo a marca, 100 mil empregos nos próximos três anos.

Ainda de acordo com a empresa, que é uma das mais procuradas pelo público jovem feminino no país, até o final de 2026 cerca de 85% de suas vendas no Brasil devem corresponder a fabricantes e vendedores locais.

“Temos visto grande sucesso no Brasil desde nosso lançamento em 2020 e, com a crescente demanda dos consumidores, vimos a oportunidade de localizar mais a nossa cadeia de fornecimento para beneficiar os consumidores, as pequenas empresas e a economia em geral”, afirmou Marcelo Claure, chefe da Shein para a América Latina.

Anúncio de Haddad
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), havia anunciado mais cedo que a Shein pretende nacionalizar 85% das vendas em até quatro anos.

“Os produtos serão feitos no Brasil. Eles próprios vão dar os números de investimento mais tarde”, disse o ministro.

Além disso, a plataforma se comprometeu a aderir ao plano de conformidade da Receita Federal e “normalizar as relações com o ministério da Fazenda”, continuou Haddad. “Se a regra valer pra todo mundo, eles absorverão os custos dessa conformidade, não repassarão.”

Segundo Haddad, essa movimentação vai trazer investimentos para o país e equilibrar as condições de produção e comércio para varejistas nacionais e internacionais.

“Nós queremos investimentos estrangeiros, nós apreciamos o comércio eletrônico, queremos condições competitivas para que nós não prejudiquemos empregos no Brasil e as lojas do varejo brasileiro.”
O ministro disse que o plano de conformidade vai seguir o exemplo “dos países desenvolvidos”. “É o que se chama no exterior de digital tax, um imposto digital. Ou seja, quando o consumidor comprar, ele está desonerado de qualquer recolhimento de tributo. A tributação terá sido feita pela empresa sem repassar para o consumidor nenhum custo adicional”, relatou.

G1

Postado em 22 de abril de 2023

Ex-presidente do Peru acusado de receber propina da Odebrecht se rende às autoridades dos EUA

O ex-presidente peruano Alejandro Toledo se entregou às autoridades dos Estados Unidos nesta sexta-feira (21), disse um representante do US Marshals Service à Reuters. No dia anterior, o político tentou bloquear sua extradição para o Peru por acusações de corrupção, mas teve o pedido negado.

Toledo, que foi presidente de 2001 a 2006, é procurado no Peru por acusações de ter recebido mais de US$ 25 milhões da construtora brasileira Odebrecht em troca de ajuda na obtenção de contratos de obras públicas. Os promotores estão buscando uma sentença de 20 anos de prisão.

Toledo nega ter solicitado ou recebido propina. Ele não foi acusado criminalmente nos Estados Unidos. O ex-presidente será transferido para Lima, em dois ou três dias, disse Silvana Carrion, promotora local responsável pelo caso, à emissora local Canal N.

David Bowker, advogado de Toledo, disse que o cliente ficou desapontado com a decisão do juiz e que o ex-presidente peruano é vítima de um “processo político”. Segundo ele, o sistema de justiça do Peru é falho e o caso contra Toledo “baseia-se em grande parte no testemunho não confiável de dois criminosos confessos”.

“[Toledo] nunca terá uma oportunidade justa de provar sua inocência”, afirmou Bowker.

O ex-presidente foi preso nos Estados Unidos em julho de 2019 após um pedido formal do Peru para sua extradição. Ele foi libertado sob fiança em 2020 e morava na Califórnia até pelo menos o ano passado.

Acusações
Investigações do governo peruano revelaram que Toledo pediu propina de US$ 25 milhões aos representantes da Odebrecht no Peru para dar a eles a concessão para a construção de dois lances da estrada Interoceânica sul.

O dinheiro foi transferido para contas de empresas de seu amigo, Josef Maiman, que por sua vez criou uma empresa com a sogra de Toledo, na Costa Rica, com o objetivo de reenviar várias quantias ao Peru para a aquisição de imóveis.

Além de Toledo, foram investigados pelo caso Odebrecht os ex-presidentes peruanos Alan García (que acabou se suicidando quando seria preso), Ollanta Humala e Pedro Pablo Kuczynski. Assim como a líder da oposição Keiko Fujimori.

G1

Postado em 22 de abril de 2023

Barroso: Não vejo conflito ético ou moral se Zanin for escolhido para o STF

O ministro Luís Roberto Barroso, do STF , afirmou ao UOL Entrevista que não vê conflito ético caso o advogado Cristiano Zanin venha a ser indicado por Lula à Corte. Zanin já fez a defesa do presidente na Lava Jato.

Não vejo nenhum conflito ético, nem moral, nem violação da impessoalidade. É um advogado que desempenhou o trabalho quando tudo parecia perdido, quando tudo estava ladeira acima. Ele tem virtudes profissionais. Eu acho que não haveria nenhuma implicação ética.”

Não é despropositada a escolha de alguém que você tenha algum tipo de relação pessoal de rejeição, desde que essa pessoa preencha requisitos mínimos de qualificação técnica e idoneidade.”

Barroso: Não vou ser insultado se devoto contra os interesses de Lula; é um avanço

Barroso foi questionado sobre os conflitos entre Jair Bolsonaro e o STF durante o período em que o ex-presidente exerceu o mandato. Ele afirmou que, nesse caso, “algum grau de tensão” seria normal.

O que mudou é que na próxima vez que eu votar contra o interesse do presidente não vou ser insultado. Já é um avanço. […] Nem na Hungria do Orbán, nem da Turquia do Erdogan, nem na Venezuela do Chávez aconteceu nada parecido em termos de grosseria com o que aconteceu no Brasil.”

‘Falsos patriotas viraram aprendizes de terroristas’, diz Barroso sobre 8/1

O ministro do STF também falou sobre os atos dos golpistas de 8 de janeiro. Os ministros aceitaram a julgar hoje, em plenário virtual, se tornam réus 100 denunciados pelos ataques à Praça dos Três Poderes.

O que aconteceu ali foi algo inimaginável de milhares de pessoas invadindo a sede dos Três Poderes. Portanto, isso é mais do que um caso puramente criminoso. Esse é um caso com uma dimensão institucional enorme, em que, na verdade, falsos patriotas viraram aprendizes de terroristas. Foi o que aconteceu ali dramaticamente.”

A falta de noção foi tão grande que boa parte das pessoas postou o que estava fazendo nas redes sociais.”

UOL

Postado em 22 de abril de 2023

Doria elogia Haddad na Fazenda: ‘mais positivo do que se esperava’

SP – POSSE/SP/JOÃO DORIA – CIDADES – O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) (d), cumprimenta o ex-prefeito Fernando Haddad durante cerimônia de transferência de mandato, no Theatro Municipal de São Paulo, no centro da cidade, neste domingo. 01/01/2017 – Foto: DANIEL TEIXEIRA/ESTADÃO CONTEÚDO

O ex-governador de São Paulo João Doria (sem partido) elogiou a condução da economia pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad, dizendo que há “mais resultados positivos do que se esperava”.

O que aconteceu
Doria e Haddad foram rivais na disputa pela prefeitura de São Paulo em 2016. Na eleição, Doria, então no PSDB, saiu vencedor. Durante a campanha, houve críticas trocadas pelos candidatos dos dois lados

Durante o evento do grupo Lide, em Londres, Doria disse que faz uma separação entre a época de campanha e hoje em dia.

Não estou em partido, não tenho vínculo político nem pretendo ter, tenho visão como empresário. E minha visão é que, nesses primeiros 100 dias, Fernando Haddad conseguiu mais resultados positivos do que se esperava.
João Doria

Eu separo campanha de governo. A campanha terminou, foi em 2016, disputai e venci a eleição, de forma respeitosa.
João Doria

Segundo ele, as visões sobre o arcabouço fiscal desenvolvido por Haddad foram positivas. Mas há pontos para serem ajustados. “De maneira geral, o arcabouço fiscal está bem construído. Talvez precisasse definir com mais clareza os limites do teto de gasto e os limites do governo em suas despesas definir”, disse.

Ele disse que os empresários esperavam que Haddad mais enraizado em “políticas estatizantes, sindicalistas”. Mas não é isso que Haddad tem feito, segundo sua avaliação

uol

Postado em 22 de abril de 2023

Tarcísio de Freitas: “Lula não tem plano para o Brasil”

Há quase um mês sofrendo com cólicas causadas por pedras nos rins, o governador de São Paulo, Tarcísio Gomes de Freitas (Republicanos), de 47 anos, passou a intercalar a rotina no Palácio dos Bandeirantes com internações hospitalares. Em meio a despachos internos e reuniões, ele se prepara para uma terceira cirurgia, procedimento que fará em breve. O problema médico, no entanto, não alterou muito a rotina de trabalho e, como destaque próximo na agenda política, o ex-ministro receberá Jair Bolsonaroem um evento em Ribeirão Preto, no interior paulista, no início de maio. Dizendo-se grato ao ex-chefe, Tarcísio acredita que o nome do capitão continue forte no campo da direita, principalmente porque, em sua avaliação, o governo petista “não está sabendo aproveitar as janelas de oportunidade”. “ Lula não está entregando aquilo que o Brasil esperava”, afirma o governador, que recebeu uma reportagem de VEJA em seu gabinete. Além das críticas ao atual mandatário, Tarcísio falou de seus planos para o estado que comanda, com destaque para a grande agenda de privatizações. A seguir, os principais trechos.

Como está sua saúde? Tive esse susto das pedras no rim em Londres, no fim de março. É um problema que me atinge desde 1995. Sofro esporadicamente e estou fazendo um tratamento em algumas etapas para eliminar de vez o problema. Obviamente isso vai envolver mais cuidados com a saúde. Fiz um bombardeio nas pedras, mas elas não saíram. Agora passei por outro procedimento no sábado passado, 15, e devo encarar pelo menos mais um.

Após 100 dias de governo, o senhor foi bem avaliado pelo Datafolha, inclusive pelos consumidores de Fernando Haddad . Isso o surpreendeu? O caminho que estabelecemos, de buscar o desenvolvimento do estado de São Paulo, assim como aprender e dialogar, o que chamo de governo 3D, é um caminho certo. Isso traz a esperança nas pessoas de uma boa condução, independentemente da linha partidária, ideológica. As pessoas não votam em mim, mas acreditam que eu possa entregar resultados.

O senhor foi eleito com o apoio de Bolsonaro e dos apoiadores do ex-presidente. Ainda pode ser chamado de bolsonarista? Tenho relação de amizade e gratidão com o presidente Bolsonaro. Ele foi muito importante para mim. Me abriu uma porta que não era aberta para técnicos. Eu acredito muito no governo que ele fez. Sou liberal, acredito na busca pela iniciativa privada. E o fato de estar aqui eu devo exclusivamente ao Jair Bolsonaro.

Ainda se considera um bolsonarista? Sim claro.

A chegada de Bolsonaro dos Estados Unidos pareceu um pouco apagada. Como será o papel dele na oposição? Todos os presidentes que saíram do poder tiveram um período de reflexão e silêncio por um certo tempo. Mas a figura do Bolsonaro é muito forte. Vejo isso quando vou ao interior e estou na rua. Sempre aparece um para mandar um abraço para o capitão. Ele é um grande líder da direita brasileira. Vai continuar a ser relevante e também decisivo. Tenho certeza que ele terá papel muito importante na política nos próximos anos.

Avalia que decisões como a distribuição gratuita de canabidiol, também conhecida como maconha medicinal, representam uma espécie de traição ao eleitorado conservador que o apoia? Pessoalmente não sofri críticas, apenas alguns comentários isolados nas redes. Fui eleito com o público conservador, de centro-direita, e tenho uma pauta para São Paulo que estava muito clara. Quando sancionei o projeto do canabidiol, estava pensando em pessoas que têm esclerose múltipla, entre outras, que vão se beneficiar do fornecimento dos medicamentos que foram testados e aprovados, e que podem ser obtidos até sinteticamente. Não tem nada a ver com a questão das drogas.

Como se define, ideologicamente falando? Eu governo para todos e sempre fui coerente com o que falei. Nunca neguei que eu era favorável à vacina e contra a sua obrigatoriedade, por exemplo. Ninguém pode dizer que foi enganado por mim. Mantenho uma linha coerente. Em tempo de descrença, o cumprimento de promessa e compromisso é uma ferramenta poderosa.

Como acha que o centro e a direita enfrentarão Lula ou seu candidato em 2026? Observe que estamos diante de uma grande oportunidade, uma nova divisão de cadeias globais de produção, mas o governo não conseguiu mostrar como vai o desenvolvimento, como vai buscar a redução da desigualdade, o crescimento econômico, a redução da herança. Estamos com uma janela de oportunidade, uma avenida, e não estamos sabendo aproveitar. E, se não der resultado, o governo vai chegar fragilizado em 2026. Então obviamente a gente espera para ver o que vai acontecer e, se o governo não der resposta, o outro campo se fortalecer.

Se o ex-presidente se tornar inelegível e pedir para o senhor ser candidato a presidente em 2026, aceitaria, como fez para o governo de São Paulo no ano passado? Confio no Judiciário e confio que no final das contas ele pode e deve concluir pela inocência dele. Fui homenageado pela população e tenho planos importantes para o estado. Estou focado na gestão. Muita coisa vai se consolidar no longo prazo.

Mas e se o governo Lula der essas respostas, como a direita e o centro devem fazer para derrotar o candidato de Lula? Se for bem, a esquerda se torna mais competitiva. Só não enxerguei esse caminho ainda.

Que tal os primeiros meses da gestão Lula? Lula e seus aliados não tinham um plano para o Brasil e não conheciam ainda o que veio. Vimos a reedição de programas antigos e outros que foram repaginados. Só que o cenário de hoje é totalmente diferente. O que a gente quer ver ainda não foi exibido. Como o governo vai capturar as oportunidades que estão sendo geradas lá fora? Como o Brasil pode emergir como um grande destino de investimentos e de novas tecnologias? Como a gente vai mostrar para o mundo o nosso compromisso com a solvência, o nosso compromisso fiscal, que mostra a linha de redução da despesa? Se você não reduzir a despesa, lá na frente vai ter que aumentar o tributo. Isso não está claro para ninguém e vejo grande insegurança nos investidores.

Até agora o governo não conseguiu formar uma base no Congresso. Como prevê a vida do presidente daqui para a frente? Eles distribuíram 37 ministérios e até agora não conseguiram formar uma base sólida. Vão ter dificuldade na aprovação de medidas. Também vejo dificuldades em propostas de emendas à constituição e propostas mais psicológicas. É claro que existe disposição do Parlamento em ajudar o Brasil. Mas entendo que esse é um governo que terá muita dificuldade política, com um Parlamento mais autônomo e que conquistou o seu espaço. O governo está preso ao passado.

Os governos dos maiores estados têm se empenhado para vender o maior número possível de empresas. Enquanto isso, Lula caminha no sentido contrário, e até barrou a privatização do Porto de Santos, inspirado pelo senhor no Ministério da Infraestrutura. Foi uma derrota?Está claro qual o caminho que mobiliza capital em menos tempo, proporcionando governança e eficiência. A desmobilização de ativos é fundamental. Eu ainda acredito na privatização do Porto de Santos. Para mim, o projeto é redentor para a Baixada Santista. Estamos falando de dezenas de milhares de empregos diretos e indiretos que trariam perspectivas para a região. Quando conversei com o presidente Lula, ele disse que não tinha dogma e encararia o projeto desde que fosse benéfico. Tive uma conversa com o ministro Márcio França, dos Portos e Aeroportos, e há uma resistência muito grande da parte dele.

Então o assunto não foi totalmente descartado pelo governo federal, na sua avaliação? O governo federal excluiu algumas empresas do programa de concessões e privatizações, e o Porto de Santos não está na lista. Interpreto que a porta ainda está aberta.

Há algumas privatizações com potencial para resistências no horizonte, como a da Sabesp, maior empresa de saneamento básico do país. Acha que vai conseguir levar adiante? Espero que o estudo sobre a Sabesp aponte que possamos mobilizar muito capital em menos tempo, levando saneamento onde ele não chega atualmente. Quando alguém pensa que seu município, hoje atendido pela Sabesp, poderá perder investimentos em caso de privatização, isso é falso. Os contratos ficarão mais bem amarrados. Vamos levar mais saneamento básico para a Baixada Santista e para a região de Guarulhos, entre outras, além de assumir metas de despoluição dos rios Tietê e Pinheiros.

A preocupação com a segurança nunca foi tão grande e hoje o problema chegou com força às escolas. O que pode ser feito para evitar que não se repitam episódios como o de uma professora assassinada dentro da sala de aula em São Paulo por um aluno de 13 anos? De forma estrutural, vamos cuidar da saúde mental, com a contratação de psicólogos para atender alunos e profissionais da educação. Vamos também contratar segurança privada, com vigilantes desarmados. Não queremos transformar uma escola especificamente que ela não é. A escola tem que ser local de alegria, de barulho de criança. Não será local do medo, com detector de metal, não. Mas terá mais segurança.

Uma de suas prioridades de governo é combater a chaga da cracolândia do centro de São Paulo. Vários gestores tentaram fazer isso e fracassaram. O que o senhor fará de diferente? Queremos pegar essa pessoa que hoje sucumbe ao álcool e às drogas e primeiro tratá-la. Depois, ofereceremos oportunidades de trabalho. No estado, há falta de profissionais na indústria de celulose, na lavoura, na construção civil, por exemplo.

Sua imagem ficou marcada pela cena do senhor quase quebrando um martelo durante o pregão de um trecho do Rodoanel na B3. O vídeo viralizou nas redes. De onde saiu uma ideia? Surgiu de brincadeiras que fizeram durante os leilões nos tempos do ministério. Foram mais de 80, e em todos havia essa competição para quebrar o martelo do seu Osni Branco, que é o artesão que o fabrica. Mas o objeto foi muito reforçado, então eu vou pensar em desistir da ideia ( risos ).

VEJA

Postado em 22 de abril de 2023

Ex-ministro do GSI Gonçalves Dias diz que não tem responsabilidade por atos de 8 de janeiro

O general Gonçalves Dias, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do presidente Lula (PT), afirmou nesta sexta-feira (21) que não tem qualquer responsabilidade sobre os atos golpistas de 8 de janeiro, em Brasília. O oficial prestou depoimento na Polícia Federal ao longo de 5 horas, após determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

“O comparecimento na sede da Polícia Federal é, para mim, uma grande oportunidade de esclarecer os fatos que têm sido explorados na imprensa”, escreveu Dias, em mensagem enviada ao Estadão após a oitiva. “Confio na investigação e na Justiça, que apontarão que eu não tenho qualquer responsabilidade seja omissiva ou comissiva nos fatos do dia 8 de janeiro”, acrescentou o ex-ministro de Lula.

G Dias, como é conhecido, chegou na sede da Polícia Federal, na região central de Brasília, por volta de 8h50, e saiu às 13h30. Moraes determinou o depoimento do ex-ministro de Lula após a CNN Brasil divulgar na quarta-feira (19) imagens internas do Palácio do Planalto que mostram integrantes do GSI interagindo com os golpistas que invadiram o prédio em 8 de janeiro. O vídeo mostra G Dias circulando no andar do gabinete presidencial e indicando a saída do prédio aos invasores. Um dos servidores do órgão chega a distribuir garrafas de água aos extremistas.

Ao determinar pelo depoimento, Moraes apontou que as imagens revelam uma “atuação incompetente das autoridades responsáveis pela segurança interna do Palácio do Planalto, inclusive com a ilícita e conivente omissão de diversos agentes do GSI”.

Em nota, o GSI explicou que “as imagens divulgadas mostram a atuação dos agentes de segurança que foi, em um primeiro momento, no sentido de evacuar os quarto e terceiro pisos do Palácio do Planalto, concentrando os manifestantes no segundo andar, onde, após aguardar o reforço do pelotão de choque da PM/DF, foi possível realizar a prisão dos mesmos”.

O general pediu exoneração do governo no mesmo dia da divulgação das imagens. Na ocasião, G Dias conversou com Lula e outros ministros palacianos. O presidente atendeu o pedido.

De acordo com a colunista Vera Rosa, do Estadão, o governo foi surpreendido com a divulgação das imagens. Isso porque Lula chegou a pedir a G Dias, segundo relatos de ministros do Planalto, acesso à câmera do circuito interno posicionada para o corredor que dá no gabinete presidencial, no Planalto. O então chefe do GSI alegou, contudo, que a câmera estava quebrada e por esse motivo não havia imagens daquele local durante a depredação em 8 de janeiro.

O Estadão também mostrou que o governo Lula negou ao menos oito pedidos de acesso às imagens do circuito interno do Planalto no dia dos ataques. Essas solicitações foram protocoladas no âmbito da Lei de Acesso à Informação (LAI). A gestão petista tentou impor sigilo de cinco anos sobre o material.

Seu dinheiro

Postado em 22 de abril de 2023