Estudo aponta Vini Júnior e Haaland como jogadores mais valiosos do mundo

O Centro Internacional de Estudos Esportivos (CIES) divulgou nesta quarta (10) um relatório estatístico com os valores de mercado dos elencos de mais de 1.200 clubes das 74 principais ligas nacionais de futebol do mundo. Os líderes do ranking foram o brasileiro Vinícius Júnior e o também atacante Erling Haaland. Eles aparecem como os únicos jogadores do planeta com valores de mercado estimados em 200 milhões de euros ou mais.

Vini responde por 19% do valor de todo o elenco do Real Madrid, enquanto a fatia representada pelo norueguês no elenco do City é de 16%.

Entre os atletas destacados no topo da lista, chama a atenção a proporção do valor de mercado do meia Jude Bellingham entre os atletas do Borussia Dortmund. O inglês responde por 28% do valor do elenco do clube alemão.

Mais valiosos do Brasil
O estudo também estimou os jogadores com maior valor de mercado nas séries A e B do Campeonato Brasileiro. O ranking é liderado pelo atacante Pedro, do Flamengo. Ele é o único jogador do país com o “passe” estimado em 40 milhões de euros ou mais. Mas num elenco recheado de estrelas, o camisa 9 representa apenas 14% do valor de mercado do elenco rubro-negro.

O clube da Série A com maior “dependência” de um só jogador em termos de valor de mercado é o Santos. Os direitos econômicos do atacante Marcos Leonardo representam 22% dos valores de todo o elenco do Peixe.

Já o Botafogo e o Red Bull Bragantino apresentam uma situação mais equilibrada. Os jogadores mais valiosos de seus elencos, Marlon Rodrigues (Botafogo) e Luan Cândido (Braga), respondem por só 8% da soma dos direitos econômicos do restante dos times.

CNN

Postado em 11 de maio de 2023

Bolsonaro pode ‘ser um líder ou definir’, diz Cláudio Castro nos EUA

Um dos principais nomes do PL e dono do cargo mais vistoso ocupado por um quadro do partido no Brasil, no berço popular do bolsonarismo, o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, disse nesta quarta-feira, 10, em Nova York , em que condições o presidente Jair Bolsonaro poderia liderar a oposição e a direita na disputa à Presidência em 2026.

Em evento organizado pelo jornal Financial Times , Castro declarou que Bolsonaro é um líder natural em função da votação que conseguiu em 2022, mas não tem o posto garantido para a próxima disputa — isso, é claro, se o capitão não for declarado inelegível pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas ações que correm contra ele por ataques ao sistema eleitoral.

Para o governador do Rio, a posição de Bolsonaro depende de sua atuação na oposição ao governo Luiz Inácio Lula da Silva . Castro disse que o ex-presidente tem chance de “ser um líder ou definir”, caso faça uma “oposição destrutiva”.

“Na vida como ela é, todo mundo quer uma vida boa, que funcione, e qualquer pessoa que destrua a possibilidade de melhorar vai definindo aos poucos. Bolsonaro tem a possibilidade de ser um líder ou de definir, vai depender da sua própria ação enquanto oposição”, declarou Cláudio Castro, que manteve relações cordiais com o governo e não fez ataques a Lula na campanha de 2022.

“Fazer oposição é algo importantíssimo para a democracia. Não existe democracia sem oposição. Agora, ela tem que ser construtiva e feita de maneira que a vida das pessoas melhore, e não piore, que se impeça o país de crescer. Tem tudo para ser um grande líder, depende dele próprio”, completou Castro.

VEJA

Postado em 11 de maio de 2023

Nova referência do genoma humano reflete a diversidade da espécie

Em 2001, a revista científica Nature , referência na comunidade científica, publicou os resultados preliminares do Projeto Genoma Humano , com 90% do sequenciamento do DNA humano – grupo de emissão responsável por carregar e transmitir materiais genéticos dos pais para os filhos. O consórcio internacional só publicaria os resultados finais em abril de 2003. Porém, eram baseados em Seleção de apenas 20 indivíduos e não trazia o sequenciamento completo. Nesta quarta-feira, 12, a publicação volta ao tema, com o primeiro rascunho do pangenoma humano– uma coleção que visa representar o maior número possível de sequências de DNA encontradas em nossa espécie. A pesquisa combina material genético de uma população de 47 indivíduos geneticamente diversos.

Em três artigos, o Consórcio de Referência do Pangenoma Humano apresenta o primeiro rascunho do pangenoma humano. Dois artigos complementares apresentados descobertas associadas à nova referência. O pangenoma foi desenvolvido a partir da reunião de 47 indivíduos ancestralmente diversos. Além disso, adiciona ao atual genoma humano de referência (GRCh38) 119 milhões de pares de bases e 1.115 duplicações de genes (mutações nas quais uma região do DNA que contém um gene é duplicado). É uma imagem mais completa da diversidade genética do ser humano. Os pesquisadores esperam ampliar essa fotografia, com dados de 350 indivíduos, até meados de 2024.

“Inicialmente, no projeto, havia um objetivo declarado de representar a diversidade genética humana acima de 1% da frequência global”, disse Eimar Kenny, diretor do Instituto de Saúde Genômica da Escola de Medicina Icahn de Mount Sinai. “Embora 47 não seja um número enorme, na verdade está nos levando muito longe no caminho para esse objetivo. Com 350 chegaremos ainda mais perto.”

A sequência de referência anterior do genoma humano estava incompleta. Recentemente, novas tecnologias de sequenciamento de DNA ajudaram os investigadores a ler trechos mais longos de DNA, permitindo-lhes preencher as sequências ausentes, especialmente em áreas repetitivas e difíceis de ler. A nova referência do pangenoma humano é mais abrangente e incorpora os 8% que faltavam.

“Agora entendemos que ter um mapa de um único genoma humano não pode representar responsabilidade toda a humanidade”, disse Karen Miga, autora da pesquisa e diretora do Instituto de Genômica da Universidade da Califórnia, em Santa Cruz. “O objetivo número 1 da referência do pangenoma humano é tentar ampliar a representação de um recurso de referência para ser mais inclusivo e mais equitativo para o estudo da espécie humana, como uma coleção de referências e não apenas uma.”

O lançamento de uma nova referência de pangenoma marca uma mudança de paradigma na pesquisa genética. Por mais de duas décadas, muito do trabalho genético humano dependeu do uso de uma única ‘referência’ por meio da qual eram interpretados os dados genéticos coletados de indivíduos. Esperava-se que a referência inicial fosse um composto de 20 doadores diversos, mas aproximadamente 70% veio de um único indivíduo. “Uma vez concluído, o pangenoma será um instrumento poderoso que nos ajudará a diagnosticar doenças genéticas com mais precisão e descobrir variações genéticas anormais que podem levar a problemas de saúde”, disse o geneticista Michael Gabbett, da Universidade de Tecnologia de Queensland, na Austrália .

VEJA

Postado em 11 de maio de 2023

Operação Penalidade Máxima tem 53 jogadores citados nominalmente em provas

Os documentos das duas fases da operação Penalidade Máxima, desencadeada pelo Ministério Público de Goiás (MPGO), mostram que 53 jogadores brasileiros estão citados de alguma forma até o momento na investigação que apura manipulação de partidas no futebol.

Esse número atingido por ora envolve jogadores denunciados, que fizeram acordo e viraram testemunhas ou foram citados durante conversas entre os investigados no caso. No material ao qual o UOL teve acesso, há prints de WhatsApp, áudios e planilhas. As interceptações das conversas tiveram aval da Justiça.

o placar
São 15 jogadores denunciados e que já viraram réus na Justiça de Goiás.

Quatro jogadores feitos de acordo com o Ministério Público e se testemunharam no caso.

Outros 34 jogadores aparecem nominalmente em conversas entre os envolvidos no esquema, como os apostadores e intermediários. No processo não há confirmação da participação desses jogadores no esquema, por isso a reportagem não publica seus nomes. A exceção são os atletas que foram afastados pelos respectivos clubes.

Não há jogadores presos até o momento. Mas vários foram afastados de seus clubes ou tiveram contratos rescindidos.

Quem já está sendo processado (15)
Os jogadores denunciados na primeira fase da operação: Ygor Catatau, Allan Godói, André Queixo, Mateusinho, Paulo Sergio (Sampaio Corrêa), Gabriel Domingos (Vila Nova), Joseph (Tombense) e Romário (Vila Nova).

Jogadores denunciados na segunda fase: Eduardo Bauermann (Santos), Gabriel Tota (Juventude), Paulo Miranda (Juventude), Victor Ramos (ex-Portuguesa e ultimamente na Chapecoense), Igor Cariús (ex- Cuiabá ), Fernando Neto (ex-Operário) -PR).

Jogadores que fizeram acordo (4)
Jogadores que fizeram acordo, admitiram a culpa e viraram testemunhas: Moraes (Juventude), Kevin Lomónaco ( Red Bull Bragantino ), Nikolas Farias (Novo Hamburgo) e Jarro Pedroso (ex-Inter de Santa Maria).

Não foram denunciados, mas apareceram em conversas ou planilhas e foram afastados pelos clubes (5)
Pedrinho e Bryan Garcia (Atlético)

Richard ( Cruzeiro , ex-Ceará)

Vitor Mendes (Fluminense, ex-Juventude)

Nino Paraíba (América-MG)

O que vem por aí
Nada indica que o MPGO vá parar de investigar o caso, sobretudo pela quantidade de provas colhidas ao longo das buscas e apreensões.

Enquanto isso, o processo contra os denunciados corre na Justiça de Goiás. Três operadores do esquema de apostas tiveram prisão preventiva prorrogada, inclusive Bruno Lopez, tratado como líder da organização criminosa.

Polícia Federal vai investigar
O ministro Flávio Dino determinou hoje (10) que a Polícia Federal investigue as denúncias de manipulação de jogos no país, deflagrada pela operação Penalidade Máxima.

UOL

Postado em 11 de maio de 2023

Tales: Aliados estudam Michelle Bolsonaro para candidata a prefeita do Rio

O colunista do UOL Tales Faria conto no UOL News que a família Bolsonaro pode ser pressionada para lançar a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) à prefeitura do Rio de Janeiro.

Tales afirmou que uma pesquisa interna do partido pode dar força à Michelle na corrida eleitoral de 2024.

Eles estão com um problema: Bolsonaro tem grandes possibilidades de se tornar inelegível e nenhum dos filhos tem condição de sair candidato e se eleger para uma carga majoritária”.

No Rio de Janeiro, eles estão apaixonados por Michelle e estão começando a encomendar pesquisas para saber se a Michelle daria uma boa candidata a prefeita. Se for candidato, será uma bomba na família Bolsonaro. Se sair a pesquisa dizendo que Michelle é o melhor nome, a pressão será grande em torno da família”.

Segundo o colunista, a situação no Rio de Janeiro é “problemática” para a família Bolsonaro, pois o governador Cláudio Castro (PL-RJ) faz acenos ao presidente Lula (PT) para ter ajuda do governo federal.

A situação no Rio de Janeiro é problemática para a família Bolsonaro e Michelle vai apimentando isso, com uma boa possibilidade da família ser pressionada para ela sair candidata”.

Oyama: Bolsonaro ‘dá pulos’ quando sugere Michelle candidata a presidente, dizem aliados

A colunista Thaís Oyama afirmou que, segundo aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro , ele não gosta da ideia da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro se candidatar à presidência da República e dá “pulos” com essa possibilidade.

Flávio disse, publicamente, que Michelle daria uma boa vice-presidente em uma eventual chapa apoiada por Jair Bolsonaro. Isso foi entendido como um apoio de Flávio Bolsonaro à sua madrasta Michelle Bolsonaro em uma eventual vaga na chapa como vice-presidente. Foi um pouco surpreendente porque todo mundo sabe que os filhos de Jair Bolsonaro são contra esse ingresso de Michelle na política”.

Apesar da declaração positiva, aliados dizem que Flávio estaria “desapoiando” Michelle para ser candidata à presidência, assim como o pai.

Aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro dizem que ele dá pulos toda vez que alguém sugere Michelle Bolsonaro se candidatando a presidente”.


UOL

Postado em 11 de maio de 2023

A FORTUNA AMERICANA DA FAMÍLIA CID

Irmão do tenente-coronel Mauro Cesar Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro, comprou mansão de R$ 8,5 milhões nos EUA

Nos últimos anos, ele fez outras aquisições milionárias, incluindo uma casa na Flórida

Alguns dos negócios foram registrados em nome de um trust familiar, o “Cid Family Trust”

Daniel Cid operou “milícia digital” contra as eleições e disseminou fake news

Polícia Federal investiga transações financeiras do clã no exterior

Quando decolou com Jair Bolsonaro rumo aos Estados Unidos, em 30 de dezembro de 2022, o então ajudante de ordens do presidente, tenente-coronel Mauro Cesar Barbosa Cid, já tinha planos de esticar sua temporada em terras americanas para além de Orlando, na Flórida.

Como ele próprio contou à Polícia Federal em 5 de abril, em depoimento ao qual o Metrópoles teve acesso, a partir do último dia de dezembro Cid saiu de férias, cruzou o país e foi visitar familiares na Califórnia.

O tenente-coronel do Exército, hoje preso, precisava descansar. Já investigado em diversas frentes, por distribuição de fake news, vazamento de documentos sigilosos para tumultuar o processo eleitoral e pela suspeita de operar um caixa paralelo no Planalto que servia à família Bolsonaro, ele havia tido um mês de dezembro frenético. Esteve empenhado na tentativa frustrada de resgate das joias presidenciais retidas pela Receita no aeroporto de Guarulhos e no esforço para fraudar comprovantes de vacinas, o que acabaria resultando na operação que o levou à cadeia, meses depois, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal.

O faz-tudo de Bolsonaro não detalhou para os policiais o restante de sua programação nos Estados Unidos, mas seu roteiro lança luz sobre um rol de propriedades milionárias compradas e registradas em nome de sua família nos últimos anos em solo americano.

A começar pelo endereço principal que seria visitado na viagem à Califórnia, uma mansão de US$ 1,7 milhão (nada menos que R$ 8,5 milhões) onde vive seu irmão, Daniel Cid, um outro personagem do clã que também que já caiu na malha da Polícia Federal e do STF por envolvimento na difusão de fake news em favor de interesses bolsonaristas.

A mansão e o “trust”
A mansão está registrada oficialmente como propriedade de um trust de nome sugestivo: “Cid Family Trust”.

A propriedade tem um grande jardim e vista para as colinas que cercam a cidade. A paisagem estonteante foi registrada pela filha de Mauro Cid em um post publicado nas redes sociais em 13 de janeiro deste ano.

No ordenamento jurídico americano, trusts são um instrumento legal que permite a proprietários de bens, sejam eles fundos de investimento ou imóveis, deixarem a tutela do patrimônio a cargo de pessoas de confiança (daí vem o nome, em inglês), que ficam a cargo de administrá-lo.

Trata-se de um modelo bastante usado, por exemplo, para blindar patrimônios de eventuais problemas judiciais e garantir sua transferência futura para quem o proprietário original indicar. Os donos reais, as pessoas físicas, não aparecem nos registros oficiais — foi preciso cruzar os dados com outras fontes para descobrir que Daniel está ligado aos negócios.

Os trusts também são uma forma de obter benefícios fiscais e, ao mesmo tempo, um recurso que figuras conhecidas da política brasileira, como o notório Eduardo Cunha, já utilizaram para garantir mais privacidade — e menos transparência, por óbvio — para suas transações.

No caso em questão, a mansão registrada em nome da Cid Family Trust fica em Temecula, cidade vinícola encravada no sul da Califórnia, a cerca de 130 quilômetros de Los Angeles.

Cinematográfica, a propriedade (veja acima galeria de fotos) foi registrada em nome do trust em 2019. Tem 438 metros quadrados de área, com cinco quartos, quatro salas e uma confortável área de lazer que inclui piscina e fireplace. Em dois documentos americanos, junto ao nome do trust aparece também o nome do irmão do tenente-coronel que era ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.

Mais propriedades
Pelo menos desde o ano de 2019, o trust da família Cid passou a ser dono, ainda, de outra casa, menor, avaliada em R$ 2,2 milhões e localizada na mesma cidade. Antes, o imóvel estava em nome de Daniel, como pessoa física. O irmão do tenente-coronel também aparece ligado a um terceiro imóvel em Temecula, vendido recentemente por ele pelo equivalente a R$ 3,3 milhões.

Segundo os registros oficiais do condado de Riverside, onde fica Temecula, foi no mês de março do primeiro ano do governo Bolsonaro que o principal bem, a mansão, foi posto em nome do trust.

A propriedade teve uma valorização considerável nos últimos anos. Sites especializados estimam que, atualmente, ela valha mais de US$ 2,2 milhões — algo próximo a R$ 11 milhões.

A aquisição mais recente de Daniel Cid é uma casa em Miami, na Flórida: uma unidade no Doral Isles Martinique. Segundo os serviços de pesquisa imobiliária, o imóvel foi comprado em agosto de 2020. No site oficial do governo de Miami Dade, o bem está avaliado em cerca de R$ 2 milhões e registrado fora do trust, em nome do próprio irmão do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro. São quatro quartos, em dois andares, dentro de um condomínio privativo da cidade.

Nos Estados Unidos, o irmão de Mauro Cid fez, nos últimos anos, uma série de movimentações — inclusive financeiras e societárias — que chamam atenção.

O irmão “nerd” e a milícia digital
Até o ano passado, Daniel era apenas mais um brasileiro vidrado em tecnologia que fez carreira no setor de segurança digital na Califórnia. Quando começou a lançar mão das habilidades para ajudar Jair Bolsonaro na tentativa de fraudar as eleições e a disseminar mentiras sobre a pandemia de Covid-19, no entanto, ele entrou no radar da polícia e do STF.

Daniel Cid foi o criador e administrador do “brasileiros.social”, uma página virtual hospedada fora dos servidores tradicionais e ilustrada com a bandeira do Brasil. Foi nesse mesmo site que foi parar uma cópia de um inquérito sigiloso da PF alardeado em uma “live” pelo ex-presidente — na companhia do tenente-coronel Cid — para supostamente “provar” a manipulação do sistema eleitoral, segundo a delegada federal Denisse Ribeiro. O caso virou um inquérito que ainda tramita no Supremo.

O irmão de Mauro Cid chegou a ser ouvido pela PF. E confessou, à época, que “já realizou o procedimento de colocar no ar link relacionados a arquivos em formato PDF a pedido do seu irmão Mauro Cid, umas 5 ou 6 vezes”.

Para quem pesquisa na internet, há inúmeras outras menções relacionando posts de Bolsonaro com documentos publicados no site de Daniel, como em 15 de janeiro de 2021, quando uma corrente virtual do ex-presidente no aplicativo Telegram publicou um arquivo PDF atrelado a um texto: “Estudos clínicos demonstram que o tratamento precoce do Covid funcionam (sic!)”. Ou seja, vários posts bombásticos com possíveis mentiras propagadas por Bolsonaro tinham como fundamento documentos manuseados por Daniel.

Daniel Cid foge do perfil usual de parentes de assessores da família Bolsonaro flagrados pelas autoridades brasileiras em supostos esquemas das chamadas “rachadinhas”. Já trabalhou em grandes empresas de tecnologia. Em 2017, vendeu uma startup chamada Sucuri para a hospedeira e criadora de websites GoDaddy. O valor da negociação não é público.

Empresa em paraíso fiscal
No ano seguinte, em 2018, veio a eleição presidencial brasileira. Ainda na transição, em 28 de novembro, Mauro Cid foi nomeado para o Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República, o GSI. Pouco depois, em 13 de dezembro, ele já assumia o posto de ajudante de ordens do então futuro mandatário.

Foi logo após esse período que o irmão do então ajudante de ordens fez Daniel outra mudança na engenharia de seus negócios. Em setembro de 2020, ele transferiu uma empresa que tinha na Califórnia, a CleanBrowsing, para Delaware, conhecido como um paraíso fiscal dentro dos Estados Unidos, como mostrou, em novembro do ano passado, o jornalista Lúcio de Castro.

Embora seja regida pela legislação de Delaware, o escritório de administração da firma fica no estado do Texas. Nos sites de busca, no endereço declarado aparece apenas uma agência postal.

Mudanças como essa podem acontecer por questões tributárias, mas, invariavelmente, deixam mais restritas as informações financeiras da companhia, facilitando, eventualmente, a incorporação de dinheiro de fonte incerta nos negócios.

As investigações
Dentre as várias investigações que incluem direta ou indiretamente o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, algumas envolvem lavagem de dinheiro, como o Metrópoles mostrou em janeiro, em reportagem que acabou resultando no cancelamento da nomeação de Mauro Cid para o comando de um batalhão de forças especiais com sede em Goiânia e na queda do então comandante do Exército.

Mensagens encontradas pela PF no celular do tenente-coronel revelam remessas de dinheiro para o exterior. Os investigadores pretendem recorrer a acordos de cooperação com as autoridades americanas para avançar sobre essas transações. Eles também tentarão obter dados sobre a conta bancária que Mauro Cid mantinha na Flórida, de onde podem ter saído os 35 mil dólares encontrados na casa dele em Brasília, na semana passada.

O pai dos irmãos Cid, o general da reserva Mauro Cesar Lourena Cid, é amigo antigo de Bolsonaro e foi nomeado no governo passado para chefiar o escritório da Agência Brasileira de Promoção de Exportação e Investimentos, a Apex, em Miami. Recebia, no posto, um polpudo salário em dólares. Colega de turma de Bolsonaro na academia de formação de oficiais, Lourena Cid perdeu o cargo no início do mandato de Lula.

O Metrópoles tentou contato com Daniel Cid e com advogados do tenente-coronel Mauro Cesar Cid, mas até o momento não houve resposta.

Metrópoles

Postado em 11 de maio de 2023

Grades de proteção são retiradas do Palácio do Planalto após determinação de Lula

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI) retirou, na manhã desta quarta-feira (10), as grades de proteção que cercavam o Palácio do Planalto. A medida foi determinada pelo presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

A estrutura foi instalada em 2013, durante a gestão da ex-presidente Dilma Rousseff (PT), em meio a protestos contra o governo. As grades foram mantidas por Michel Temer (MDB) e Jair Bolsonaro (PL). As sedes do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal (STF) seguem cercadas desde então.

O ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, informou que a medida tem caráter simbólico.

“O presidente [Lula] entendeu que nesse momento de união e reconstrução que o Brasil está vivendo, de busca e diálogo, não há porque manter essa estrutura. Uma estrutura que antigamente não existia, acabou sendo colocada aqui, no Itamaraty, em determinado momento da vida política do nosso país”, disse o ministro.

Segundo Pimenta, cabe aos chefes dos demais Poderes decidir se farão o mesmo em suas respectivas sedes.

Questionado pela CNN sobre a mudança, o Gabinete de Segurança Institucional informou que as grades ainda podem ser utilizadas, se necessário, para complementar e reforçar a segurança do palácio ou com a finalidade de organizar eventos.

CNN

Postado em 11 de maio de 2023

Caso de polícia: Flávio Dino manda PF investigar manipulações no futebol

O escândalo sobre as manipulações de resultados em competições oficiais de futebol, como as Séries A e B do Brasileirão, chegou no primeiro escalão do governo Lula. O ministro da Justiça, Flávio Dino (PSB-MA), determinou, nesta quarta-feira (10), que a Polícia Federal (PF) instaure um inquérito para investigar o caso.

O anúncio do ministro da Justiça foi feito um dia após o Ministério Público de Goiás (MP-GO) denunciar à Justiça 16 pessoas por fraudes para manipular resultados de 13 partidas de futebol (8 do Campeonato Brasileiro da Série A de 2022, um da Série B de 2022 e quatro de campeonatos estaduais de 2023) para favorecer apostas esportivas.

“Diante de indícios de manipulação de resultados em competições esportivas, com repercussão interestadual e até internacional, estou determinando hoje que seja instaurado Inquérito na Polícia Federal para as investigações legalmente cabíveis”, publicou o ministro da Justiça em seu perfil em uma rede social.

Segundo a nota da assessoria de imprensa do MP-GO, a denúncia, assinada por promotores do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e da Promotoria de Combate ao Crime Organizado, é resultado da Operação Penalidade Máxima II.

“Trata-se de atuação especializada visando ao aliciamento e cooptação de atletas profissionais para, mediante contraprestação financeira, assegurar a prática de determinados eventos em partidas oficiais de futebol e, com isso, garantir o êxito em elevadas apostas esportivas feitas pelo grupo criminoso em casas do ramo, como www.bet365.com e www.betano.com – diz o comunicado.

A promotoria suspeita que os criminosos contam com a parceria de terceiros, que criam mais contas nas plataformas visando aumentar o lucro e/ou ocultar os verdadeiros beneficiários das apostas. E conclui alegando que há uma atuação de intermediários para identificar, fornecer e realizar contatos com jogadores dispostos a praticar as corrupções.

Os denunciados

Entre os denunciados, está o zagueiro Eduardo Bauermann, afastado pelo Santos na última terça-feira (9) de forma preventiva, “diante dos novos desdobramentos divulgados na Operação Penalidade Máxima II”.

Além do atleta do Peixe, foram denunciados os seguintes jogadores: Gabriel Tota (Ypiranga-RS), Victor Ramos (Chapecoense), Igor Cariús (Sport), Paulo Miranda (Náutico), Fernando Neto (São Bernardo) e Matheus Gomes (que atuou no Sergipe).

Mais nove pessoas (apostadores e membros da organização criminosa) também foram apontados na denúncia, que “esmiúça” 23 fatos criminosos ocorridos durante as partidas, nas quais jogadores se comprometeram a cometer faltas para receber cartões e a cometer pênaltis. A organização criminosa visava apostar nos resultados e eventos induzidos e, desta forma, obter elevados ganhos”, finaliza a nota.

CBF se pronuncia

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) também se pronunciou sobre o assunto nesta quarta. Por meio de nota, a entidade afirmou que o presidente Ednaldo Rodrigues “enviou ofício à Presidência da República e ao Ministério da Justiça, solicitando que a Polícia Federal entre no caso, com o objetivo de centralizar todas as informações a respeito dos casos em investigação”.

Além disso, a entidade máxima do futebol brasileiro afastou qualquer possibilidade de interromper a edição 2023 do Campeonato Brasileiro e afirmou que trabalha “em conjunto com a Fifa [Federação Internacional de Futebol] e outras esferas internacionais para um modelo padrão de investigação”.

Agência Brasil

Postado em 11 de maio de 2023

Câmara aprova criação de programa para prevenção da depressão

A Câmara dos Deputados aprovou nesta quarta-feira (10) o projeto de lei que cria o Programa Nacional de Prevenção da Depressão. A matéria segue para o Senado.

O texto estabelece oito objetivos e prevê a garantia do acesso integral à atenção psicossocial e ao tratamento adequado das pessoas com depressão no Sistema Único de Saúde (SUS), com prioridade para as ações preventivas.

Entre as ações previstas está a realização de campanhas educativas, permanentes e especiais na Semana Nacional de Conscientização sobre a Depressão, para esclarecer sobre os diversos aspectos envolvidos, voltadas principalmente para crianças e adolescentes. O evento deve ser realizado anualmente na semana que compreende o dia 10 de outubro.

A matéria prevê ainda a garantia de informação e acesso aos serviços especializados de saúde aos portadores de transtornos depressivos e o apoio a familiares e pessoas próximas da pessoa com depressão. Além disso, estabelece a celebração de acordos e convênios para a pesquisa e o desenvolvimento de estratégias terapêuticas no combate à depressão e para o diagnóstico precoce.

“A depressão é um dos transtornos mentais mais frequentes no mundo, além de demonstrar tendência de aumento. Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, ela afeta cerca de 300 milhões de pessoas, o que representa 4,4% da população mundial, sendo a principal causa de incapacidade. No Brasil, estima-se uma prevalência de 15,5%, que é um percentual relativamente alto”, afirmou a relatora, deputada Nely Aquino (Podemos-MG).

A deputada ressaltou que a depressão também está correlacionada com muitos casos de suicídio. “Conforme dados do Ministério da Saúde, são registrados anualmente no Brasil cerca de 12 mil suicídios, sendo que 96,8% dos casos estavam relacionados com transtornos mentais, sendo a depressão um dos principais”, apontou.

Para a relatora, o Estado tem papel “inafastável” na prevenção, no tratamento e na proteção das pessoas.

“Esses dados demonstram claramente que a depressão é um relevante problema de saúde pública, que demanda uma política específica, mas abrangente – que inclua todos os aspectos da vida da pessoa, em especial o trabalho e a escola, de forma a propiciar ambientes mais acolhedores e menos tóxicos para a convivência humana”, disse. “O Estado tem o dever de desenvolver instrumentos que permitam melhorias sensíveis na atenção à saúde mental”, completou.

Folha PE

Postado em 11 de maio de 2023

STF começa a julgar ação penal contra Collor por caso na BR Distribuidora

O Supremo Tribunal Federal (STF) começou a julgar, nesta quarta-feira (10), uma ação penal contra o ex-presidente da República e ex-senador Fernando Collor de Mello originada nas investigações da Operação Lava Jato.

A sessão foi interrompida depois da manifestação da Procuradoria-Geral da República (PGR). O julgamento será retomado na quinta-feira (11).

Collor é réu por corrupção passiva, lavagem de dinheiro e organização criminosa. A denúncia foi apresentada em 2015 pela PGR e aceita em 2017 pela 2ª Turma do STF.

O ex-presidente é acusado de receber propina por negócios da BR Distribuidora, subsidiária da Petrobras na venda de combustíveis. Os crimes teriam ocorrido entre 2010 e 2014. A PGR pediu condenação a 22 anos e 8 meses de prisão.

Outras duas pessoas também respondem à ação pelos mesmos crimes: Pedro Paulo Bergamaschi de Leoni Ramos, apontado como operador particular e amigo de Collor, e Luis Pereira Duarte de Amorim, diretor financeiro das empresas do senador.

Na sessão desta quarta-feira, o relator, ministro Edson Fachin, leu um resumo do caso. Na sequência, a PGR fez a sua manifestação. Advogados dos réus se manifestarão na quinta-feira (11).

Em sua fala, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Maria Araujo, requereu a condenação dos réus.

Lindôra disse que a denúncia trouxe provas materiais, como documentos e relatórios, além de depoimentos feitos em colaboração premiada. Ela afirmou não haver “dúvidas sobre a autoria e materialidade dos crimes praticados”.

“O pressuposto para recebimento de vantagem indevida era o aparelhamento da BR Distribuidora”, declarou. Ela disse que Collor exercia influência política para nomeações nas diretorias da companhia.

“A organização era vocacionada à prática de obtenção de vantagens indevidas no âmbito da BR Distribuidora por meio de corrupção passiva posterior à ocultação da origem ilícita dos valores obtidos pelo emprego de diversos mecanismos de lavagem de dinheiro”.

Em manifestações no processo, as defesas dos réus disseram que as provas levantadas não comprovam as acusações e que teriam se baseado só em depoimentos de colaborações premiadas. Os advogados de Collor disseram que sua relação com a BR Distribuidora se deu no exercício do seu mandato de senador, atendendo aos interesses do Estado de Alagoas. Também afirmaram que as indicações a diretorias da companhia eram de funcionários de carreira e que não houve ingerência em relação aos nomes.

Denúncia
A PGR, à época comandada por Rodrigo Janot, acusou o ex-presidente e seu grupo político de terem recebido R$ 30 milhões em propina. De acordo com a denúncia, a suposta organização a qual Collor pertenceu teria recebido vantagens indevidas em contratos da BR Distribuidora.

Além da pena de prisão, a PGR também pede que os acusados sejam condenados a pagar R$ 59,9 milhões como “reparação dos danos materiais e morais causados por suas condutas”.

O ministro Fachin havia pedido, em outubro de 2021, que o julgamento fosse marcado para evitar que o caso prescrevesse.

“Considerando cuidar-se de pretensão punitiva estatal em concreta ameaça de extinção pelo instituto da prescrição, tendo em vista a aplicabilidade ao caso, ao menos a um dos denunciados, da causa de redução do lapso temporal prevista no Código Penal, indico preferência regimental”, justificou o ministro na ocasião.

O mandato de Collor no Senado Federal se encerrou em 1º de fevereiro. Ele se candidatou ao governo de Alagoas nas eleições de 2022, e terminou o pleito em terceiro lugar.

Fernando Collor tem 73 anos. Para réus com mais de 70, o prazo de prescrição é reduzido pela metade.

Em nota, a defesa do ex-presidente disse ter convicção de que as acusações não se sustentam.

“A defesa do ex-Presidente Collor tem convicção de que as acusações do MPF na AP 1025 não têm qualquer sustentação nas provas e no que efetivamente ocorreu. O STF, com a costumeira justiça, certamente irá reconhecer a inocência do então senador Collor”, afirmou à CNN o advogado Marcelo Bessa, que defende Collor.

A CNN procurou o advogado de Luis Pereira Duarte de Amorim, mas não obteve resposta até a publicação desta reportagem. A defesa de Pedro Paulo Bergamaschi não foi localizada.

CNN

Postado em 11 de maio de 2023

Brasil pode ajudar a deter agressão russa, diz vice-ministro ucraniano

O vice-ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Melnyk, afirmou, nesta quarta-feira (10), que o Brasil poderá “realizar um importante papel para deter a agressão russa e alcançar uma paz duradoura e justa”. Melnyk se reuniu, em Kiev, com o assessor especial para Assuntos Internacionais, Celso Amorim.

De acordo com o governo brasileiro, o objetivo do encontro era que o ex-chanceler brasileiro ouvisse de representantes ucranianos quais são as principais exigências para poder dar início a negociações de paz que possam encerrar o conflito com a Rússia, que começou em fevereiro de 2022.

Segundo o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, o Brasil “está fazendo um esforço muito grande” para constituir um grupo de países, entre eles China e Índia, para negociar acordo de paz.

“Acho que a hora é de diplomacia, não é hora de guerra. Todo mundo sabe que o Brasil condenou a invasão territorial da Ucrânia. Mas, ao mesmo tempo, a continuidade da guerra só vai levar à morte”, disse Lula nesta terça-feira (9), após encontro com o primeiro-ministro dos Países Baixos, Mark Rutte, em Brasília.

Rússia
Celso Amorim esteve em Moscou, capital da Rússia, no início de abril, para uma conversa com o presidente Vladimir Putin. Depois da viagem do presidente Lula à China, na semana seguinte, o ministro das Relações Exteriores russo, Sergey Lavrov, veio ao Brasil.

“Espero que o Celso me traga não a solução, que ele me traga indícios de soluções para que a gente possa começar a conversar sobre paz. Ele já sabe o que o Putin quer, ele agora vai saber o que quer o Zelensky. Vamos ter instrumentos para conversar com outros países e construir, quem sabe, a possibilidade de pararmos essa guerra”, afirmou o presidente brasileiro na terça-feira.

Agencia Brasil

Postado em 11 de maio de 2023

Lula regulamenta Lei Paulo Gustavo e destina R$ 3,8 bilhões para Cultura

Em cerimônia festiva em Salvador, nesta quinta-feira (11/5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinará o decreto que regulamenta a Lei Paulo Gustavo (nº 195/2022) e destina um volume inédito de recursos para a Cultura no país, de quase R$ 4 bilhões.

A Lei rende rende homenagem ao ator e humorista que faleceu em 2021, vítima da covid-19. O investimento direto de R$ 3,8 bilhões é o maior da história do país destinado ao setor cultural e pretende chegar às 27 Unidades Federativas do país e beneficiar os 5.570 municípios, de acordo com comunicado do Palácio do Planalto.

O evento na capital baiana é de acesso gratuito, produzido em parceria com o Banco do Brasil e prevê performances e experiências interativas com o público, shows musicais e apresentações culturais, além das falas institucionais. As atividades têm início às 17h, na Concha Acústica do Teatro Castro Alves, que tem capacidade para cerca de cinco mil pessoas. A ministra da Cultura, Margareth Menezes, também estará presente, informou a nota.

A Lei Paulo Gustavo prevê repasses a estados, municípios e ao Distrito Federal para ações emergenciais do setor cultural, duramente atingido pelos efeitos econômicos da pandemia. Música, dança, pintura, escultura, cinema, fotografia, artes digitais. É amplo o espectro e pulverizada a proposta, que pretende contemplar toda a diversidade de manifestações culturais e artísticas do país. Do valor total, R$ 2 bilhões são destinados aos estados e R$ 1,8 bilhão aos municípios.

Para acessar os recursos, os entes federados devem usar o sistema da Plataforma TransfereGov a partir de 12 de maio e terão 60 dias para registrar os planos de ação, que serão analisados pelo Ministério da Cultura (MinC). Os valores serão liberados após a aprovação de cada proposta.

“A lei foi pensada para apoiar o setor e socorrer os trabalhadores da cultura que foram duramente atingidos pela Covid-19. O governo passado vetou a proposta e adiou os repasses. Agora estamos conseguindo garantir a execução deste instrumento que pode ser acessado por todos os estados e municípios do país”, ressaltou a ministra Margareth Menezes, na nota do Planalto.

Do valor total destinado à LPG, R$ 2,7 bilhões serão aplicados no setor audiovisual, com R$ 1,95 bilhão voltados ao apoio a produções audiovisuais, de forma exclusiva ou em complemento a outras formas de financiamento. Outros R$ 447,5 milhões são destinados a reformas, restauros, manutenção e funcionamento de salas de cinema. Há R$ 224,7 milhões para capacitação, formação e qualificação no audiovisual, apoio a cineclubes e à realização de festivais e mostras de produções audiovisuais, além de R$ 167,8 milhões para apoio às micro e pequenas empresas do setor audiovisual.

Nos dias 12 e 13 de maio, o Ministério da Cultura vai realizar o Seminário Nacional da Lei Paulo Gustavo. O encontro será na Universidade Federal da Bahia (UFBA), em Salvador, com a intenção de capacitar gestores públicos de cultura e a sociedade civil no funcionamento e nos instrumentos necessários à aplicação da norma. As mesas serão presenciais, com transmissão ao vivo pelo YouTube da pasta.

Correio Braziliense

Postado em 11 de maio de 2023

Estudo aponta eficácia de 96,6% da vacina cubana contra covid-19

Um estudo clínico de fase 3 coordenado por pesquisadores da Universidade de Ciências Médicas de Teerã — realizado no Irã —, comprovou a segurança das vacinas contra a covid-19 produzidas em Cuba. Os imunizantes são chamados de Soberana 2 e Soberana plus (usada como reforço). A pesquisa ocorreu entre abril e maio de 2021 e foi publicada na quarta-feira (3/5) no jornal americano Jama Network. A pesquisa foi realizada com 23.959 pessoas com o processo de três doses resultando em uma eficácia de 96,6% na proteção de casos graves de covid-19 e também em relação a casos de hospitalizações pelo vírus.

Os participantes foram escolhidos em oito cidades em grupos diferentes, o primeiro grupo analisou a aplicação de duas doses de 25 microgramas da Soberana 2, com o intervalo de 28 dias e o segundo grupo analisou a aplicação de duas doses estendidas para uma terceira dose de 50 microgramas da Soberana plus. Para isso era preciso ter de 18 a 80 anos e obedecer a alguns requisitos, como por exemplo, não ter histórico de vacinação contra covid-19, não ter diabetes tipo 2, não ter doença crônica renal, hipertensão, entre outras.

Assim, com apenas duas doses, a eficácia foi de 76,8% em casos mais graves e 77,7% em casos em que era necessário a hospitalização do paciente. Já na imunização com três doses, a eficácia foi de 64,9% para quem estava sintomática para a covid-19, 96,6% contra casos graves e para aqueles casos que era preciso hospitalização.

Histórico de pesquisas
A capacidade de imunização das vacinas já tinham sido comprovadas por um outro estudo, feito por cientistas do Instituto Finlay (Cuba) em 2021, mas a porcentagem de eficácia ainda era desconhecida. Cuba então tem capacidade de produzir até 100 milhões de doses da Soberana 2 e conseguiu imunizar mais de 90% da população, cerca de 11.384.689 — número atual. Assim, durante o estudo, o Irã iniciou um processo de imunização com as vacinas cubanas.

Correio Braziliense

Postado em 11 de maio de 2023

Passou da hora do STF ter uma mulher negra, diz representante para equidade racial de Biden

Para a representante especial para equidade racial e justiça do governo de Joe Biden , Desirée Cormier Smith, já passou da hora de o STF (Supremo Tribunal Federal) ter uma ministra negra.

A representante americana veio ao país ao lado da embaixadora americana na ONU, Linda Thomas-Greenfield, para discutir ações conjuntas de combate à desigualdade racial no Brasil e nos EUA.

“Isso sublinhou o quão semelhantes são os nossos países”, disse ela em conversa com os jornalistas na residência do cônsul-geral dos EUA no Brasil, David Dodge, na última sexta-feira (5). O representante se refere à pressão vivida pelo democrata no início de 2022 para que indicasse uma mulher negra à Suprema Corte americana, na esteira da promessa feita por ele ainda na campanha à Casa Branca.

Em fevereiro do ano passado, Biden nomeou Ketanji Jackson , que já atuava como juíza federal quando foi alçada ao cargo mais alto do Judiciário americano. “Foi muito especial ver sua nomeação como a primeira mulher negra na Suprema Corte de Justiça”, destacou Smith. “Ver uma mulher negra ser levada à maior corte do nosso país para levar sua experiência a essa posição foi muito marcante.”

Assim, diz ela, seria fantástico ver Lula fazendo algo parecido . “Já passou da hora de ver mulheres negras nos cargos mais altos do corte e do governo, porque representatividade importa”, disse Smith, salientando que a população brasileira é majoritariamente negra. “Quando chegamos ao Brasil, não temos noção de que a população é tão negra, porque a mídia e o governo são muito brancos.”

Lula fez uma indicação ao STF em decorrência da aposentadoria do ministro Ricardo Lewandowski. O favorito para a vaga é Cristiano Zanin, que atuou como advogado do petista nas queixas relacionadas à Lava Jato —o presidente chegou a afirmar que “todo mundo compreenderia” caso tal nomeação .

Por meio do Ministério da Igualdade Racial, o governo brasileiro retomará também o Japer, plano de ação conjunta entre o Brasil e os Estados Unidos para eliminar a discriminação racial e étnica e promover a igualdade, que tem como objetivo fomentar a equidade racial nos dois países .

De acordo com o representante especial, o pacto terá como foco áreas como educação, saúde, violência – especialmente agressões policiais – e preservação da cultura e da memória.

O compromisso foi reassumido no último dia 3, em Salvador (BA), em um evento com a ministra Anielle Franco (Igualdade Racial), além de Smith e Thomas-Greenfield. Foi anunciado também um financiamento de US$ 500 mil (R$ 2,47 milhões) para a inclusão de comunidades marginalizadas e capacitação de líderes da sociedade civil. Mas ainda é certo como o dinheiro será distribuído.

O plano foi firmado pela primeira vez em 2008 e ficou sob coordenação da extinta Seppir (Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial) e do Itamaraty. O acordo foi assinado pelo chefe da Seppir à época, Edson Santos, e pela então secretária do Estado americano, Condoleezza Rice .

O plano, porém, ficou praticamente inativo após a mudança de governo.

Smith afirma que o novo acordo não será apenas a retomada da versão feita há 15 anos, mas uma nova proposta. “É importante que aquilo que trouxemos de volta no Japer esteja adequado para este momento e sirva para o propósito de agora. Então precisa ser uma versão de 2023”, disse.

O plano deve ser estabelecido numa reunião no dia 23 em Brasília, onde representantes dos países se reunirão para estabelecer grupos de trabalho para lidar com detecção e as barreiras impostas por ela.

Folha SP

Postado em 11 de maio de 2023

Por 8 votos a 2, STF derruba perdão da pena de Daniel Silveira

O Supremo Tribunal Federal (STF) concluiu o julgamento sobre o indulto concedido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro a Daniel Silveira, nesta quarta-feira (10/5). Na semana passada a corte já tinha formado maioria para julgar inconstitucional o perdão de pena concedido ao ex-deputado, condenado a oito anos e nove meses por estimular atos antidemocráticos e ameaçar instituições.

A análise do caso teve início após ações movidas pelos partidos Rede Sustentabilidade, PDT, Cidadania e PSOL. A relatora e presidente do STF, Rosa Weber, chegou a destacar que o indulto era desconectado do interesse público, apesar de ser de competência do presidente da República.

Alexandre de Moraes, Roberto Barroso, Edson Fachin, Dias Toffoli e Cármen Lúcia, Luiz Fux e Gilmar Mendes votaram pela derrubada do decreto, formando um placar de 8 a 2. Apenas os indicados por Bolsonaro, André Mendonça e Nunes Marques votaram pela manutenção do indulto.

Mendonça considerou que o perdão é de competência exclusiva do presidente e que ao STF caberia apenas julgar a legalidade do processo, e não fazer juízo de valor sobre os motivos do mandatário da república. Nunes Marques seguiu a argumentação do colega de magistrado.

Além da imposição da pena, a maioria da Corte votou para cassar o mandato, suspender os direitos políticos e aplicação de multa.

Estado de Minas

Postado em 11 de maio de 2023