Marcelo Crivella, ex-prefeito do Rio, tem mandato cassado pela Justiça Eleitoral ; entenda

O ex-prefeito do Rio de Janeiro, o deputado federal Marcelo Crivella (Republicanos), teve o mandato na Câmara dos Deputados cassado e tornou-se inelegível por 8 anos. Ele também foi multado em R$ 433 mil. As punições ocorrem no caso envolvendo os Guardiões do Crivella.

O ex-prefeito e seu assessor especial Marcos Luciano foram condenados por abuso de poder político e conduta vedada, já que, para a Justiça, isso desequilibrou a disputa eleitoral. A decisão é da juíza Márcia Santos Capanema de Souza, da 23ª Zona Eleitoral do Rio de Janeiro.

O escândalo dos Guardiões do Crivella foi revelado pela TV Globo em 2020.Conforme a denúncia, funcionários comissionados da Prefeitura do Rio de Janeiro passaram a fazer um revezamento na porta de hospitais para impedir o trabalho da imprensa durante a pandemia da Covid-19.

“GUARDIÕES DO CRIVELLA”
O grupo se organizava via grupos de Whatsapp e tinha até escala de “plantão” para impedir o trabalho da imprensa ou desestimular denúncias da população contra a gestão municipal.

Ao G1, a defesa do ex-prefeito disse que a cassação não tem efeito imediato e que irá recorrer da decisão. A assessoria de Crivella acrescentou ainda que “não cabe a uma juíza eleitoral de primeira instância cassar o mandato de um deputado federal”.

Diario do Nordeste

Postado em 29 de maio de 2023

Rio de Janeiro confirma terceiro caso de gripe aviária em ave silvestre

O estado do Rio de Janeiro registrou o terceiro caso de ave silvestre migratória contaminada com influenza aviária (H5N1), a chamada gripe aviária. O governo do Rio informou, neste sábado (27) à noite, que o trinta-réis-de-bando (Thalasseus acuflavidus) foi encontrado na Ilha do Governador, zona norte do Rio.

De acordo com o comunicado, o Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA-SP) do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) fez a análise do material da ave que foi recolhida, por profissional especializado, na terça-feira (23).

O governo estadual acrescentou que o Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (Cievs) das secretarias de Estado de Saúde (SES-RJ) e municipal de Saúde do Rio de Janeiro está monitorando as três pessoas que atuaram no recolhimento do animal. “Até o momento, nenhuma delas apresenta sintoma gripal e, por isso, não foram colhidas amostras para exames”, apontou o comunicado.

Outros casos
Ainda em maio, outras duas aves silvestres da mesma espécie foram identificadas, com o vírus H5N1. “Elas foram encontradas em São João da Barra, no Norte Fluminense, e em Cabo Frio, na região dos Lagos”, completou o Executivo fluminense.

As ações de monitoramento e prevenção para evitar a disseminação do vírus no estado, segundo autoridades estaduais, foram intensificadas. A Secretaria de Agricultura, Pecuária, Pesca e Abastecimento (Seappa) divulgou, nesta semana, “o Plano de Contingência que estabelece medidas de controle para detectar precocemente e conter a disseminação da Influenza Aviária em aves domésticas, silvestres e exóticas”. Além disso, por se tratar de zoonose com potencial pandêmico, o documento estabelece o fluxo de informação entre os órgãos envolvidos.

“As secretarias de Saúde e de Agricultura instituíram um fluxo de comunicação para informar qualquer mortalidade de aves suspeitas, assim como pessoas com suspeita de síndrome gripal com histórico de contato com aves suspeitas”, completou na nota.

De acordo com os técnicos da SES e da Seappa,não há motivos de preocupação da população sobre epidemia de H5N1, porque, no momento, não há transmissão direta, de pessoa para pessoa. Os técnicos ressaltaram ainda que a doença não é transmitida pelo consumo de carne de aves e nem de ovos. “As infecções humanas pelo vírus da Influenza Aviária ocorrem por meio do contato direto com aves infectadas (vivas ou mortas)”, informaram.

band

Postado em 29 de maio de 2023

SP volta a registrar mortes por febre amarela após dois anos sem casos

Duas mortes por febre amarela neste ano foram confirmadas pelo governo de São Paulo. No total, quatro pessoas foram infectadas. Uma das mortes ocorreu no estado, mas a vítima era residente de Minas Gerais. São Paulo não tinha casos da doença desde 2020, quando um registro foi confirmado.

De janeiro a março de 2023, a cobertura vacinal para febre amarela ficou em 82%. Em 2022, esse percentual era de 64,4%. A Secretaria Estadual de Saúde lembra que a vacinação contra a doença faz parte do calendário de imunização e está disponível em todos os postos de saúde.

A primeira dose deve ser aplicada aos 9 meses de idade e a segunda aos 4 anos. A partir dos 5 anos, para aqueles que não estão com a vacina em dia, é recomendada apenas uma dose única.

A secretaria aponta que, desde o primeiro caso, tem reforçado a vacinação, além de fazer a investigação epidemiológica e a sensibilização da rede de saúde para detectar precocemente situações suspeitas.

Sintomas
A febre amarela é uma doença infecciosa aguda, de rápida evolução e elevada letalidade nas suas formas mais graves. Apresenta sintomas como febre súbita, calafrios, dor de cabeça, dor no corpo, náuseas, vômitos e fraqueza. Tem padrão sazonal, com a maior parte dos casos entre os meses de dezembro e maio. A prevenção é a vacina.

A infecção se dá por meio de mosquitos silvestres, que vivem em zona de mata e não habitam o ambiente urbano das cidades.

band

Postado em 29 de maio de 2023

Os bastidores tensos do fim do ‘Faustão na Band’ – e o reflexo disso na TV

Em reunião com Johnny Saad e André Aguera, presidente e vice-presidente da Band, há duas semanas, Fausto Silva recebeu uma proposta dos chefões da emissora que não o agradou. Com o programa Faustão na Band, exibido de segunda a sexta à noite, amargando média de 2 pontos de audiência, seria necessário reduzir ainda mais os custos — inclusive o salário do titular. Desde a noite de seu lançamento, em 17 de janeiro de 2022, a atração de auditório não conseguiu repetir os incríveis 8 pontos dessa estreia pomposa. De lá para cá, os problemas foram se empilhando. Apesar de ser de início um sucesso comercial, com filas de anunciantes e cotas de patrocínio oferecidas a 20 milhões de reais, os resultados não se converteram em ibope e lucros — pelo contrário, provocaram demissões, reformulações e perda de merchandising. Sem querer negociar seus ganhos — estimados em 3 milhões de reais, entre salário e publicidade —, Faustão tomou, então, a decisão de abandonar o posto, deixando o buraco para o filho João Guilherme Silva e a jornalista Anne Lottermann,

A História da Televisão Brasileira para quem tem pressa

É a segunda mudança abrupta no destino de Fausto Silva em tempos recentes. Consolidado como líder por 32 anos com o Domingão do Faustão , exibido de 1989 a 2021 na Globo, o apresentador fora dispensado também em meio ao corte de custos agressivo da emissora, disponibilizado a ceifar qualquer prata da casa de alto salário. Silva faturava aproximadamente 5 milhões de reais e sabia que deixaria a empresa no fim de 2021, com o termo de seu contrato. Longe de cogitar a aposentadoria, começou a negociar com a Band, na qual feza entre 1986 e 1988 o Perdidos na Noite , irritando sua então chefia na Globo — que, apesar da parceria longeva, o demitiu após uma licença médica sem nem mesmo o direito à despedida do público.

TV Tupi – Do Tamanho do Brasil

Com isso, Faustão abraçou a ideia megalomaníaca de ter um programa diário aos moldes do que tinha nos domingos, prometendo audiências de dois dígitos de ibope para esquentar o horário nobre da Band. De fato, seu nome atraiu marcas como Bradesco e Magazine Luiza. Mas o programa não se pagou no primeiro ano e gerou um prejuízo estimado em 50 milhões de reais. “A espera não foi transmitida em nenhum momento”, diz um profissional do mercado de TV, sob condição de anonimato.

Nos bastidores de seu programa na Band, o apresentador se manteve no comando, mas com pouca sinergia com a própria equipe. Ex-funcionários do Faustão na Band informaram a VEJA que havia uma cobrança exacerbada: todas as ideias deviam passar pelo aval do chefe, que se isolava em sua sala e só recebia o diretor Cris Gomes e outros poucos executivos. O veterano também resistia a novidades, priorizando quadros tradicionais — o desespero obrigá-lo a incluir conteúdo jornalístico e game showsnenhum programa. Não funcionou. “Faustão chegou a cancelar uma gravação no meio, sem dar uma explicação clara à plateia. Culpou a produção, mas houve muita omissão da chefia”, disse uma pessoa que trabalhou próxima ao titular. Além da ambição de Faustão de se manter na TV, havia o desejo de introduzir o filho João como seu sucessor.

História da televisão brasileira: Uma visão econômica, social e política

Aos 73 anos e afeito ao controle da própria narrativa, Faustão tem seu futuro agora no centro de especulações: ele estaria negociando com outras emissoras — ou até ensaiando um retorno à Globo. Mas também relatou a pessoas próximas que pretendem descansar sua imagem e aproveitar mais a família. Seja qual for seu destino, a passagem melancólica pela Band ilumina um dado que transcende sua figura: na realidade atual dos programas de auditório, está em baixa o apresentador-estrela capaz de segurar as pontas no ar com base exclusivamente em seu carisma individual.

Hoje, o showman de plantão é tão (ou menos) importante quanto os quadros de sucesso — na maior parte das vezes, licenciados de produtores globais, como o Dança dos Famosos . Sai o animador da hora, e o quadro retém a audiência. Luciano Huck assumiu o lugar de Faustão na Globo sem grandes tribulações, e até Silvio Santos foi substituído com sucesso pela filha Patricia Abravanel no Programa Silvio Santos após se propor. O apresentador da Globo e a herdeira do SBT, aliás, conquistaram seus recordes de ibope na semana passada. Faustão deixou mais uma vez sua vitrine na televisão, mas a caravana passa.

VEJA

Postado em 29 de maio de 2023

VEREADORES DE CURRAIS NOVOS VOTARÃO PROJETO DE LEI, NESTA SEGUNDA-FEIRA (29), QUE PROÍBE A QUEIMA DE FOGOS BARULHENTOS NA CIDADE

Nesta segunda-feira, 29, acontecerá a última Sessão Ordinária do mês de maio na Câmara Municipal de Currais Novos, dentre os assuntos que deverão entrar em pauta, destaque para o Projeto de Lei, de autoria do Vereador Daniel Bezerra, que pretende proibir a soltura, manuseio e queima de fogos barulhentos em Currais Novos, ficando permitido o uso de fogos luminosos e silenciosos.

Outras cidades e capitais do nosso país já aprovaram leis semelhantes, que buscam proteger deficientes, idosos e animais da perturbação dos estrondos causados pelos fogos barulhentos. Recentemente o Supremo Tribunal Federal (STF), julgou ser procedente que os Municípios regulamentem leis que proíbam a utilização desses fogos de artifícios, afirmando que cabe aos legisladores municipais a iniciativa da criação da legislação que for do interesse de suas cidades.

“Nossa intenção não é prejudicar aqueles comercializam esses produtos, pelo contrário, eles poderão comercializar os fogos com efeitos luminosos ou que tenham um efeito sonoro de até 85 decibéis, aqueles menos barulhentos. Porém com a aprovação dessa Lei, estamos buscando garantir a Saúde dos autistas, deficientes, idosos, enfermos e animais, que são as classes mais prejudicadas com o barulho desses fogos de artifício. Não existe alegria em algo que provoque o desconforto do outro, principalmente daqueles que necessitam de maior atenção do Estado e da nossa sociedade”. Disse o Vereador Daniel Bezerra.

A Sessão que votará esse projeto está marcada para acontecer nessa segunda-feira, excepcionalmente às 14h, entidades que representam os autistas, idosos e animais apoiam esta proposição, que busca de forma civilizada melhorar a vida de humanos e animais que sofrem com o barulho desses fogos. Caberá ao Município regulamentar o que for necessário para garantir a eficiência dessa Lei, que poderá contar com a colaboração do Poder Judiciário.

Postado em 28 de maio de 2023

Startup Day o maior evento de empreendedorismo inovador foi realizado em Currais Novos

Currais Novos recebeu nesse sábado (27), o maior evento de empreendedorismo inovador e de startups de todo o Brasil. O “Startup Day” prometeu ajudar o empreendedor a inovar na prática de forma estratégica, tudo com a assinatura vencedora do Sebrae.

Esse evento foi uma oportunidade de ouro do empreendedor a mergulhar de cabeça na inovação, sobretudo no digital. O evento foi um verdadeiro sucesso ! 

Assista :

Postado em 27 de maio de 2023

Odon Junior de cabelos brancos

A missão de governar a cidade por dois mandatos, está sendo cumprida com êxito pelo Prefeito Odon Jr, sua popularidade, sempre em alta, faz o prefeito até sonhar com cargos ainda maiores em 2026; Mas a missão de indicar o seu substituto, está deixando o petista de cabelos brancos. (foto ilustrativa).
Entre os nomes para disputar a campanha de 2024 estão o de Lucas Galvão secretário de agricultura , Elton do Ó, secretário de Obras (ganhou bastante força nos últimos dias) Ana Albuquerque vice prefeita e Francisco do PT, atual Deputado estadual.
Correm por fora nessa disputa interna, os Vereadores João Gustavo e Mattson Ranier.
Essa foto, tirada do próprio perfil do instagram do prefeito e envelhecida por programa de computador, retrata a dor de cabeça e os cabelos brancos que ainda terá nessa decisão importante que tomará ainda esse ano, porque a campanha meus amigos , ja começou faz tempo.
Odon é um político de diálogo, terá que convencer muita gente na sua escolha , principalmente o ex vereador Izinho Brandão, que anseia ver sua esposa, indicada para o cargo maior do executivo.
Vamos aguardar.

Postado em 27 de maio de 2023

Indígena potiguar ganha prêmio nacional de melhor tese da área de Comunicação

De Natal-RN, “morena” na certidão de nascimento e, por algum tempo, autodeclarada parda, a pesquisadora doutora Andrielle Cristina Moura Mendes Guilherme, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), só começou a investigar suas verdadeiras origens em 2020, quando já estudava povos originários. E foi com esse tema que se tornou a primeira indígena a vencer o Prêmio Compós de Teses e Dissertações Eduardo Peñuela (2023) na categoria “tese”.

A premiação concedida anualmente pela Associação Nacional dos Programas de Pós-Graduação em Comunicação (Compós) reconhece pesquisas acadêmicas de destaque na área de Comunicação. A cerimônia para a entrega será realizada em 4 de julho, no Encontro Anual da Compós 2023, em São Paulo.

Denominada “Comunicadoras Indígenas e a Descolonização das Imagens”, a tese se Andrielle Mendes foi escolhida como a melhor defendida na área em 2022 em todo o Brasil. O trabalho que concedeu o título de doutora à premiada foi orientado pelo professor doutor Juciano de Sousa Lacerda, vice-coordenador do do Programa de Pós-Graduação em Estudos da Mídia (PpgEM/UFRN). “Isso é de uma magnitude para nosso programa. Um reconhecimento ao conhecimento produzido”, declarou ele em material de divulgação do prêmio feito pela PpgEM.

A pesquisa mapeou estratégias usadas por comunicadoras indígenas brasileiras para propagar suas ideias e como essas narrativas ajudam a enfrentar estereótipos e racismo.

“Ao reivindicar a liberdade de escolher como querem ser vistas, as comunicadoras indígenas buscam se autodefinir a partir de um ponto de vista diferente do que costuma circular nos meios de comunicação.”, explica a pesquisadora, detalhando que mídias diversas têm sido utilizadas para tentar “descontruir as imagens racistas e imperialistas propagadas a respeito dos povos originários e comunidades tradicionais, retratados pela mídia de massa como indivíduos e coletividades que devem ser mantidos sob tutela ou vigilância do Governo”.

Metodologia
Andrielle inova ao propor a metodologia Catografia, que consiste em coletar grafias: “Cato vem de catar e grafia é outra forma de dizer palavra ou escrita. A matéria-prima principal são as narrativas das comunicadoras. Na tese, imagem e texto são sinônimos, já que as imagens podem ser tanto mentais, linguísticas e visuais.”

Segundo ela, a abordagem metodológica é inspirada na prática social de catadoras e coletores oriundos de grupos sociais discriminados historicamente, como pessoas negras, em especial os quilombolas, e os povos indígenas.

“Embora tenha sido pensada para desinvisibilizar as narrativas de povos indígenas brasileiros, ela pode ser adaptada para visibilizar as narrativas de qualquer grupo historicamente discriminado que vise a sua autodeterminação através da apropriação da mídia com vistas a descolonizar as imagens. Essa foi a abordagem que eu criei para analisar o que as comunicadoras indígenas fazem para propagar as suas ideias (quais estratégias midiático-comunicacionais elas usam), que ideias elas ativam e colocam em circulação, e como essas narrativas ajudam a construir uma outra visão sobre o mundo.”, detalhou.

Andrielle foi “catar” informações para elaborar a abordagem de sua pesquisa nas aldeias Katu, Marajó, Amarelão no Rio Grande do Norte, e Tracoeira e Alto do Tambá e na Baía da Traição/Paraíba. As comunicadoras entrevistadas foram Graça Graúna (RN), Aline Rochedo Pachamama (RJ) e Márcia Kambeba (AM).

A pesquisa propõe olhar a Comunicação considerando a diversidade social do Brasil, saberes e práticas de povos originários, como o povo Potiguara. Para a pesquisadora, o prêmio traz um pouco mais de visibilidade para o movimento indígena do Nordeste e do Rio Grande do Norte, único estado brasileiro sem terra indígena demarcada, em um momento em que as comunidades se sentem ameaçadas pelo esvaziamento do Ministério dos Povos Indígenas e avanço do projeto de lei que limita a demarcação de terras indígenas.

Retomada
Andrielle Mendes conta que sempre viveu na cidade e só passou a se autodeclarar indígena em 2020 depois de ser reconhecida como “parente” por outros indígenas. Na tese, lembra: “um pajé falou que a minha ascendência indígena era muito forte”. Foi aí que iniciou o processo de retomada, investigando sua ascendência.

A mãe já se declarava indígena antes disso, mas Andrielle cresceu lendo e ouvindo que indígenas era quem vivia em aldeia e de caça e pesca. Pior: que eram preguiçosos e selvagens. Ela não era assim.

“Como muitos dos potiguares, eu cresci desconhecendo parte de minha história e sem vínculo com minha comunidade de origem. O que sei, até o momento, é que o meu avô materno nasceu em território ancestral do povo Potiguara (em Pirpirituba, na Paraíba) e meus avôs paternos nasceram em território ancestral do povo Janduí (Saco, hoje Itajá, e Sacramento, hoje Ipanguaçu, no Rio Grande do Norte).”

Ela também ressalta que nunca lhe apresentaram autores indígenas, nem na escola nem na universidade. E mesmo na academia, seguiu por muito tempo sem saber que existiam, indgenas pesquisadores, como ela. Diante dessa lacuna na bibliografia das escolas e universidades e do apagamento dos pesquisadores e cientistas indígenas na produção da ciência, decidiu cursar Pedagogia. Está no primeiro semestre da graduação da UFRN.

“É para contribuir com uma educação que leve em conta as questões étnico-raciais e cumpra o que determina a Lei nº 11.645, de 10 março de 2008, que torna obrigatório o estudo da história e cultura indígena e afro-brasileira nos estabelecimentos de ensino fundamental e médio. Embora a lei não preveja a obrigatoriedade nos estabelecimentos de ensino superior para os cursos de formação de professores (licenciaturas), quero trazer essa discussão para dentro das instituições de ensino superior também.”, revela.

a agencia sabe mais

Postado em 27 de maio de 2023

Telegram indica ao STF novo representante legal no Brasil

A plataforma de troca de mensagens Telegram indicou ao ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), novo representante legal no Brasil. A informação foi protocolada na Corte após o ministro dar prazo de 24 horas para a empresa apresentar o nome de um representante. Caso o prazo não fosse cumprido, o aplicativo deveria ser retirado do ar.

Conforme os dados enviados a Moraes, o novo responsável legal pela plataforma é o escritório Leonardi Advogados.

Na última passada, o advogado Alan Campos Elias Thomaz, que atuava como representante do Telegram no Brasil, deixou de prestar serviços à plataforma após o STF passar a investigar a empresa por postagens próprias contra o Projeto de Lei das Fake News (PL 2630/2020). A apuração foi aberta em 12 de maio.

Na decisão dessa sexta-feira (26/5), Moraes destacou não ser a primeira vez que o Supremo tem dificuldades para notificar o Telegram de decisões judiciais, para que sejam cumpridas. Em março de 2022, o ministro já havia determinado a indicação de representação no Brasil, sob pena da empresa não poder operar no país.

Metrópoles

Postado em 27 de maio de 2023

Aliados de Marielle não acreditam na versão de homem preso pela PF

Aliados de Marielle Franco não acreditam na versão de Ailton Barros para o assassinato. Em mensagem interceptada pela Polícia Federal (PF), ele disse saber quem seria o mandante do crime.

Como a coluna mostrou, Barros afirmou a interlocutores, antes de ser preso, que o mentor intelectual seria um ex-deputado estadual do Rio de Janeiro. Essa hipótese, inclusive, já foi investigada pelo Ministério Público do Rio de Janeiro.

Aliados de Marielle, no entanto, não depositam confiança nos relatos de Barros. Entre eles, o deputado federal Marcelo Freixo, padrinho político e grande amigo de Marielle.

Ailton Barros foi preso na operação da Polícia Federal que apura fraude no cartão de vacinação de Bolsonaro. Em um dos diálogos interceptados, ele disse saber quem seria o mentor intelectual do crime. Após a prisão, Barros voltou atrás e, informalmente, fora dos autos, disse não ter informações sobre o assassinato.

metropoles

Postado em 27 de maio de 2023

Documentos entregues por Carla Zambelli ao TSE têm fraude e assinatura falsificada

A prestação de contas entregue à Justiça Eleitoral pela deputada federal Carla Zambelli, do PL de São Paulo, tem indícios graves de fraude que, em última instância, podem levá-la a responder a um processo criminal e até à perda do mandato.

Documentos entregues pela deputada para comprovar serviços supostamente prestados a ela na corrida eleitoral do ano passado incluem o nome de um comerciante do interior paulista que afirma jamais ter trabalhado na campanha.

Além disso, a assinatura dele que aparece nos papéis foi flagrantemente falsificada.

O nome do comerciante integra tanto a lista de doadores quanto a lista de despesas da campanha, um procedimento comum em situações nas quais os candidatos precisam registrar serviços de pessoas que atuaram como voluntárias ou que usaram dinheiro do próprio bolso em favor da candidatura sem repassar os valores diretamente ao comitê.

Acontece que, no caso em questão, o comerciante diz categoricamente que não teve qualquer relação com a campanha. Seu nome, portanto, foi incluído indevidamente na documentação entregue pela deputada à Justiça Eleitoral.

Assinatura falsa
O comerciante é Roberto Habermann, morador de Ribeirão Preto, em São Paulo. Ele diz que ficou espantado ao saber que aparece na prestação de contas da deputada, relacionado a um valor de R$ 870 supostamente “doado” à campanha a título de prestação de serviços.

Apoiador declarado de Jair Bolsonaro, Habermann garante não ter atuado na campanha de Zambelli e nega que seja dele a assinatura que consta do documento entregue por ela à Justiça Federal para “comprovar” a relação. É uma fraude grosseira. A assinatura não é nem sequer parecida com a de Habermann.

“Vi meu nome como doador e aquilo me causou estranheza. Não tenho nada contra a Zambelli, gosto dela. Mas achei estranho colocar meu nome sem me notificar, sem me avisar. (…) Nunca trabalhei para essa moça, nunca participei de nenhuma carreata, bandeiraço, nada. Não tenho nenhum vínculo”, disse Habermann à coluna.

Reuniões bolsonaristas
O comerciante afirma que, ainda em 2018, participou de um grupo de discussão política com apoiadores de Jair Bolsonaro, então candidato ao Planalto, e que àquela altura os encontros eram coordenados por Camilo Calandreli.

Mais tarde, Calandreli foi nomeado secretário parlamentar de Carla Zambelli e passou a atuar ainda na tentativa de criação do Aliança pelo Brasil, partido bolsonarista que nunca saiu do papel. Ele coletava nomes de apoiadores e os números de seus documentos.

“Vi meu nome como doador e aquilo me causou estranheza. Não tenho nada contra a Zambelli, gosto dela. Mas achei estranho colocar meu nome sem me notificar, sem me avisar. (…) Nunca trabalhei para essa moça, nunca participei de nenhuma carreata, bandeiraço, nada. Não tenho nenhum vínculo”, disse Habermann à coluna.

Reuniões bolsonaristas
O comerciante afirma que, ainda em 2018, participou de um grupo de discussão política com apoiadores de Jair Bolsonaro, então candidato ao Planalto, e que àquela altura os encontros eram coordenados por Camilo Calandreli.

Mais tarde, Calandreli foi nomeado secretário parlamentar de Carla Zambelli e passou a atuar ainda na tentativa de criação do Aliança pelo Brasil, partido bolsonarista que nunca saiu do papel. Ele coletava nomes de apoiadores e os números de seus documentos.

Haberman acredita que pode ter sido em um desses encontros dos quais participou que Calandreli obteve seus dados pessoais, que acabaram usados indevidamente na prestação de contas de Zambelli.

“Meu nome foi jogado num lugar, numa vala, que eu não conheço”, diz o comerciante.

Exigência do TSE
Nas prestações de contas dos candidatos, o TSE exige que constem todos os serviços prestados, inclusive os voluntários. Nesse caso, os valores são lançados como doação, junto com o “valor estimável” — isto é, uma estimativa de quanto vale o serviço.

Quando a informação é incluída no sistema, é preciso informar as circunstâncias da doação. Se é o caso de uma prestação de serviço voluntário, a mesma quantia é lançada como despesa. O entendimento do tribunal é de que os valores dos serviços voluntários têm que ser, também, contabilizados entre os gastos totais das campanhas.

Risco de perder o mandato
Presidente da Comissão de Direito Eleitoral da OAB, a Ordem dos Advogados do Brasil, Sidney Sá das Neves explica que, nas situações que envolvem possíveis irregularidades na prestação de contas de campanha, pedidos de impugnação dos registros de candidatura podem ser feitos em até 15 dias após a diplomação.

Como o prazo já se esgotou, em situações como a de Zambelli ainda restaria a possibilidade de se fazer uma investigação por uso de informações falsas. A depender da apuração, ela pode ser processada e, depois, enquadrada em um artigo do Código Eleitoral que prevê pena de até cinco anos de prisão para quem insere em documentos públicos declaração falsa para fins eleitorais. Se condenada, pode perder o mandato e ficar inelegível.

Baluarte do bolsonarismo radical
Carla Zambelli é uma das mais conhecidas faces do bolsonarismo. Foi eleita deputada federal pela primeira vez em 2018, na mesma onda que levou Jair Bolsonaro à Presidência da República. Ao longo dos quatro anos que se seguiram, foi uma das mais histriônicas apoiadoras do governo e se destacou como líder das alas mais radicais da base bolsonarista.

Investigada no inquérito das fake news, em curso no Supremo Tribunal Federal, já chegou a ter suas contas nas redes sociais suspensas por propagar informações falsas. Foi reeleita nas eleições do ano passado com 946 mil votos, 12 vezes mais do que no pleito anterior. Durante a campanha, se envolveu em uma barulhenta confusão ao correr armada atrás de um eleitor de Lula, em São Paulo. Nesta semana, teve que lidar com outro enrosco. Foi multada em R$ 30 mil pelo TSE por propagar desinformação sobre as urnas eletrônicas.

O que diz Zambelli

Em nota, a assessoria da deputada Carla Zambelli não respondeu aos questionamentos da coluna sobre a falsificação da assinatura. O gabinete se limitou a dizer que os contratos “foram preenchidos e assinados pelos próprios voluntários, no momento das ações”.

A assessoria alegou, ainda, que Roberto Habermann participou de um evento com a presença de Zambelli, no dia 2 de setembro do ano passado, “ocasião em que foram prestados serviços voluntários de campanha”. O termo de prestação de serviço, no entanto, informa que Roberto teria desempenhado um trabalho voluntário pelo período de 29 dias, a partir do dia 2, o que ele garante não ter ocorrido.

metropoles

Postado em 27 de maio de 2023

Com articulação frágil no Congresso, governo Lula guarda 60 cargos para agradar a aliados

Em quase cinco meses de governo, mais de 60 postos espalhados pela Esplanada dos Ministérios seguem desocupados. São 39 cargos de segundo e terceiro escalão — entre secretarias, diretorias e departamentos dos 37 ministérios do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) —, e 27 entidades vinculadas (tais como empresas públicas, autarquias e outros).

Os números constam em levantamento realizado pela consultoria Ética Inteligência Política e obtido pelo Metrópoles.

Devido à relevância política ou ao orçamento robusto, as colocações atraem aliados e podem ser usadas para contemplar partidos do Centrão, por meio da indicação de afilhados políticos. As nomeações para esses postos estão sob análise do Palácio do Planalto, enquanto a articulação política do governo ainda patina dentro do Congresso Nacional.

O Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI) é o que possui mais cadeiras de segundo escalão vagas, com duas secretarias: de Desenvolvimento Tecnológico e Inovação, e de Ciência e Tecnologia para Transformação Digital, além de quatro departamentos vinculados. A pasta está sob comando de Luciana Santos, do PCdoB.

Disputas
Há imbróglios envolvendo algumas nomeações. Por exemplo, no Ministério da Agricultura e Pecuária, chefiado por Carlos Fávaro, a Secretaria de Política Agrícola — uma das mais importantes da pasta — ainda está sem comando. Fávaro chegou a anunciar publicamente o ex-deputado Neri Geller para o comando desse setor, mas ele ainda não foi nomeado.

Filiado ao PP do Mato Grosso e próximo de Blairo Maggi, ex-ministro da Agricultura e um dos maiores produtores de soja do país, Geller também foi cotado para presidir a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), vinculada ao Ministério do Desenvolvimento Agrário e Agricultura Familiar.

Em março, o titular da pasta, Paulo Teixeira, arbitrou a disputa e optou pelo nome defendido pelo Partido dos Trabalhadores, o ex-deputado estadual Edegar Pretto (RS). Pretto é ligado ao Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e, após perder a disputa ao governo gaúcho em 2022, ficou sem mandato.

Teixeira ainda analisa quem irá assumir a Companhia de Entrepostos e Armazéns Gerais de São Paulo (Ceagesp), que o PT também pleiteia. No governo Jair Bolsonaro (PL), a companhia federal era comandada pelo coronel da reserva Ricardo Mello Araújo, considerado como indicação da cota pessoal do então presidente.

O Gabinete de Segurança Institucional (GSI), única pasta a ter uma mudança de ministro até este momento do governo, tem duas secretarias (de Coordenação de Sistemas e de Assuntos de Defesa e Segurança Nacional) e um departamento vagos.

O novo ministro-chefe do GSI, o general da reserva do Exército Marcos Antônio Amaro dos Santos, tomou posse no início de maio e ainda reorganiza o órgão após a saída do general Gonçalves Dias, o G. Dias, e a passagem interina de Ricardo Cappelli.

Novo ministro do GSI toma posse em cerimônia fechada no Planalto

Com cerca de 900 servidores — a maioria, militares —, o GSI tem assistido a dispensas em série desde os atos golpistas de 8 de janeiro, quando agentes do órgão não foram capazes de conter a depredação do palácio.

Também com gabinete no Planalto, a Secretaria-Geral (SG) da Presidência ainda não preencheu duas secretarias: a Secretaria Executiva da Comissão de Objetivos do Desenvolvimento Sustentável e a Secretaria Executiva do Conselho Nacional de Fomento e Colaboração. A SG é chefiada pelo ex-tesoureiro do PT Márcio Macêdo.

Entidades vinculadas
Diante da projeção política e do controle orçamentário, as entidades vinculadas aos ministérios são cobiçadas por partidos. Os ministérios de Minas e Energia e de Portos e Aeroportos, apesar de estarem com o segundo e terceiro escalões completos, ainda têm, cada um, seis entidades em aberto.

É o caso, por exemplo, da Pré-Sal Petróleo S.A. (PPSA), estatal responsável por comercializar o óleo e o gás extraídos da camada pré-sal; e daCompanhia Docas do Ceará (CDC), empresa pública que faz a administração e exploração comercial do Porto de Fortaleza.

A Companhia de Pesquisa de Recursos Minerais (CPRM) também segue sem chefia. O nome do marido da senadora Eliziane Gama (PSD-MA), Inácio Melo, foi ventilado, mas a indicação política gerou resistência dentro da empresa pública e empacou.

No Ministério da Fazenda, a Agência Brasileira Gestora de Fundos Garantidores e Garantias (ABGF), empresa pública responsável por fazer seguros para exportações de grande valor agregado, segue com o presidente e um diretor nomeados pelo ex-chefe do Executivo Jair Bolsonaro (PL).

O Banco da Amazônia (Basa) emitiu um comunicado aos acionistas e ao mercado, na última quinta-feira (25/5), anunciando a eleição de Luiz Cláudio Moreira Lessa para ocupar o cargo de presidente do Basa. Ele foi indicado em meados de maio.

Também vinculado à pasta de Fernando Haddad, o Banco do Nordeste (BNB) só trocou de presidente em março. Lula indicou o ex-governador de Pernambuco Paulo Câmara, que se desfiliou do PSB em janeiro e hoje está sem partido.

A indicação para presidir o BNB dependia da mudança na Lei das Estatais, porque a legislação exigia que dirigentes partidários ficassem afastados das legendas por pelo menos três anos antes de serem nomeados para cargos de direção da administração direta ou em empresas públicas, como o BNB.

Essa regra foi suspensa pelo ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federal (STF).

Lewandowski suspende restrições a nomeações políticas para estatais

No âmbito do Ministério de Integração e Desenvolvimento Regional, constam ainda o Departamento Nacional de Obras Contra as Secas (Dnocs) e a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf) – a estatal preferida do Centrão. Ambos os órgãos seguem sem comando.

Apesar de filiado ao PDT, o ministro Waldez Góes entrou na cota do União Brasil, partido que também integra a base do governo, mas tem enfrentado dificuldades na relação com o Planalto.

Pente-fino nas nomeações
As indicações para os postos da administração federal passam pela chancela da Casa Civil, que analisa currículos e requisitos jurídicos dos nomes. O ministro Rui Costa tem enfrentado críticas em algumas das nomeações. Quanto maior o nível de detalhamento, mais difícil fica o controle dos antecedentes dos indicados.

É exemplar o desconforto causado pela nomeação do deputado olavista Heitor Freire (União Brasil-CE) – nome que, em 11 de maio, foi confirmado para comandar uma diretoria da Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste (Sudene), órgão vinculado à pasta de Integração.

Planalto decide manter ex-deputado olavista em cargo no governo Lula

Os números se avolumam quando se consideram detalhamentos maiores e representações nos estados. No levantamento em que o Metrópoles se baseou, porém, não estão consideradas diretores de entidades vinculadas.

Metrópoles

Postado em 27 de maio de 2023

Para PGR, imunidade parlamentar protege Nikolas Ferreira no caso de discurso considerado transfóbico

A Procuradoria-Geral da República (PGR) enviou nesta sexta-feira (26) um parecer ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra a abertura de inquérito tendo como alvo o deputado Nikolas Ferreira (PL-MG).

O caso chegou ao Supremo após associações representativas da comunidade LGBTQIA+ e 14 parlamentares acusarem o deputado de ter cometido crime de transfobia em discurso proferido da tribuna da Câmara no Dia Internacional da Mulher.

No documento, a vice-procuradora-geral da República, Lindôra Araújo, afirmou que as declarações estão cobertas pela imunidade parlamentar.

“Em outras palavras, em decorrência da imunidade parlamentar, as declarações proferidas pelo congressista – feitas no recinto parlamentar e relacionadas ao exercício do cargo eletivo exercido pelo congressista – estão cobertas pela imunidade prevista no artigo 53, caput, da Constituição Federal”, afirmou.

No dia 8 de março, Dia Internacional das Mulheres, Nikolas Ferreira vestiu uma peruca, disse que “se sentia uma mulher” e que “as mulheres estão perdendo seu espaço para homens que se sentem mulheres”.

Para entidades e parlamentares, a fala do deputado promoveu discurso de ódio por associar uma mulher transexual a “uma ameaça que precisa ser combatida, uma alusão a um suposto perigo que não existe”.

Outro argumento é que o parlamentar publicou o vídeo do discurso em suas redes sociais, com a inclusão de fotos de mulheres trans, o que foge à imunidade parlamentar.

Após o episódio, pelas redes sociais, Nikolas Ferreira negou que sua fala tenha sido transfóbica. “Defendi o direito das mulheres de não perderem seu espaço nos esportes para trans –visto a diferença biológica– e de não ter um homem no banheiro feminino. Não há transfobia em minha fala. Elucidei o exemplo com uma peruca [chocante]. O que passar disso é histeria e narrativa”, concluiu.

As ações são relatadas pelo ministro André Mendonça. Não há data para o julgamento definitivo.

cnn

Postado em 27 de maio de 2023

Sem mostrar sinais de decomposição, corpo de freira atrai visitantes nos EUA; entenda

Centenas de pessoas viajaram para o Mosteiro dos Beneditinos de Maria, Rainha dos Apóstolos, na zona rural de Missouri, nos Estados Unidos, para ver o corpo de uma freira que não mostra sinais de decomposição após aproximadamente quatro anos de sua morte, de acordo com a Agência de Notícias Católica.

O corpo da irmã Wilhelmina Lancaster, que morreu aos 95 anos em 2019, foi exumado “cerca de quatro anos depois” para que possa ser transferido para seu local de descanso final dentro de uma capela do mosteiro.

Quando o caixão foi desenterrado, o corpo de Lancaster estava aparentemente “incorrupto”, o que na tradição católica se refere à preservação do corpo da decomposição normal.

Os restos mortais estavam intactos, embora o corpo não tivesse sido embalsamado e estivesse em um caixão de madeira, segundo a agência de notícias.

A descoberta chamou a atenção de alguns membros da igreja e levou a uma investigação.

A Diocese de Kansas City-St. Joseph emitiu uma declaração sobre a descoberta.

“A condição dos restos mortais da irmã Wilhelmina Lancaster gerou, compreensivelmente, grande interesse e levantou questões importantes”, disse a diocese.

“Ao mesmo tempo, é importante proteger a integridade dos restos mortais da irmã Wilhelmina para permitir uma investigação completa. O bispo [James] Johnston convida todos os fiéis a continuarem orando durante este período de investigação da vontade de Deus”.

A declaração da diocese observa que “incorruptibilidade” é muito rara e um “processo bem estabelecido para perseguir a causa da santidade”, mas o processo não foi iniciado no caso de Lancaster.

A Agência Católica de Notícias relata que mais de 100 corpos incorruptíveis foram canonizados. No catolicismo, os santos incorruptíveis dão testemunho da verdade da ressurreição e da vida futura.

Especialistas dizem que não é necessariamente incomum que os corpos permaneçam bem preservados, especialmente nos primeiros anos após a morte.

O professor da Universidade Western Carolina e diretor de antropologia forense, Nicholas V. Passalacqua, disse à CNN que é “difícil dizer o quão comum isso é, porque os corpos raramente são exumados após o enterro”.

“Mas há muitos casos famosos de restos humanos bem preservados. Não apenas as múmias egípcias que foram intencionalmente preservadas, mas também coisas como Bog Bodies [cadáveres naturalmente mumificados] da Europa, que foram muito bem preservadas por milhares de anos porque estavam em ambientes com pouco oxigênio que restringiam o crescimento bacteriano e o acesso dos restos mortais aos necrófagos”, continuou.

Passalacqua também observou que “em geral, quando enterramos um corpo em nossa instalação de decomposição humana, esperamos que demore cerca de 5 anos para que o corpo se torne esqueletizado. Ou seja, sem um caixão ou qualquer outro recipiente ou embrulho envolvendo os restos mortais. Portanto, para este corpo, que foi enterrado em um caixão, pessoalmente não acho muito surpreendente que os restos mortais estejam relativamente bem preservados depois de apenas quatro anos”.

O corpo ficará na capela das irmãs até 29 de maio, de acordo com a Agência Católica de Notícias, quando as irmãs planejam uma procissão do rosário.

Após a procissão, o corpo de Irmã Guilhermina será envolto em vidro próximo ao altar de São José na capela para receber os devotos.

CNN

Postado em 27 de maio de 2023