desenrola brasil: 2 milhões de pessoas já limparam seus nomes

Lançado no começo desta semana, o programa “Desenrola”, nova política do governo Lula que tem por objetivo ajudar as pessoas a quitarem dívidas, já é um sucesso absoluto.

Segundo dados da Associação Nacional dos Bureaus de Crédito (ANBC), enviados ao Ministério da Fazenda, 2 milhões e 64 mil pessoas com dívidas de até R$ 100 tiveram seus nomes limpos nos primeiros três dias do programa Desenrola Brasil.

O Ministério da Fazenda trabalhava com uma projeção de que 1,5 milhão de pessoas poderiam ser contempladas pela medida.

No entanto, em coletiva de imprensa, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, aumentou a expectativa para 2,5 milhões, caso novos bancos aderissem ao programa Desenrola.

O “Desenrola” começou oficialmente nesta segunda-feira (17). O objetivo do governo Lula é, por meio de incentivos da gestão federal aos bancos, a renegociação de dívidas de pessoas físicas em melhores condições.

Haddad afirma que programa “Desenrola” deve beneficiar milhões de brasileiros: “vida nova”

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, comemorou nesta segunda-feira (17) o início do programa “Desenrola”, que tem por objetivo desnegativar as pessoas que possuem dívidas com instituições financeiras.

Em conversa com a imprensa, o ministro da Fazenda fez uma projeção de quantas pessoas devem ser beneficiadas pelo programa. “Na hipótese mais generosa, que é adesão de todos os grandes bancos, daria cerca de 2,5 milhões”, disse Haddad em coletiva de imprensa.

Já aderiram ao programa: Banco do Brasil, Bradesco, Caixa Econômica, Itaú Unibanco, Santander. O C6 Bank declarou que está em processo de cadastramento para se habilitar ao programa.

Caso o Nubank entre no programa, a projeção de Haddad será alcançada. “Um banco só que estava em dúvida se aderia ou não porque tem pouca vantagem no crédito presumido, ele tem 1 milhão de CPFs negativos, o Nubank, então estamos aguardadno, se aderir todos os grandes bancos, são 2,5 milhões de CPFs”, explicou Haddad.

Por meio de suas redes sociais, o ministro da Fazenda afirmou que o programa significa uma segunda chance na vida de milhares de brasileiros.

“Crédito novo, vida nova. O Desenrola começa hoje e foi feito pra quem quer limpar seu nome na praça. De nome limpo dá pra conseguir crédito, financiar uma geladeira nova, fazer o contrato do aluguel, pegar um empréstimo. Todo mundo merece progredir na vida”, escreveu Haddad em seu perfil no Twitter.

Como funciona o programa Desenrola?

  • O programa vai permitir a renegociação de dívidas de até R$ 5 mil de cerca de 40 milhões de consumidores negativados e que tenham renda de até 2 salários mínimos. Os beneficiários do Bolsa Família também estão inclusos.
  • As dívidas terão desconto e poderão ser refinanciadas em até 60 meses.

O perfil da dívida no Brasil

Dados do Serasa, referentes a outubro de 2022 e compilados pela Febraban, mostram que as dívidas somam R$ 301,5 bilhões e estão dividias em três grupos:

  • 14,9% nas financeiras
  • 28,8% nas instituições bancárias
  • 66,3% com varejistas, companhias de energia elétrica, água, gás e telefonia.

Em uma primeira etapa, o governo federal vai realizar leilões para negociar milhares de dívidas ao mesmo tempo. As empresas (bancos, varejistas, companhias de água, luz, telefonia etc.) que derem os maiores descontos, ficarão aptas a participar do programa.

Terminada a etapa dos leilões, o governo federal vai criar um portal onde o cidadão, com o seu CPF, poderá checar se a sua dívida foi alvo de renegociação. Caso sim, ele poderá escolher por pagar à vista, direto com a empresa, ou financiar em até 60 meses com um banco.

Além disso, a plataforma a ser criada pelo governo federal vai oferecer um comparativo das taxas de juros de cada banco e, dessa maneira, o cidadão poderá escolher a menor taxa.

Fundo garantidor

Para dar mais segurança às instituições financeiras para participarem do Desenrola, o governo vai criar um fundo garantidor para cobrir eventual inadimplência que possa acontecer com os financiamentos: a União vai bancar o principal da dívida, e o bancos vão arcar com o risco de juros.

O valor de aporte da União ainda não foi decidido, assim com o limite da taxa de juros.

O governo federal também pretende renegociar dívidas de consumidores que ganham mais do que dois salários mínimos, mas, neste caso não haverá a garantia do Tesouro em caso de inadimplência.

O Brasil endividado

Levantamento mais recente do Serasa mostra que a taxa de inadimplência voltou a crescer no país: o indicador revela que cerca de 70,9 milhões de brasileiros possuem alguma dívida.

Dados do Serasa mostram que o principal grupo de endividados no Brasil possui idade entre 26 e 40 (34,8%). As pessoas com idade entre 41 e 60 anos representam 34,7% do total de inadimplentes.

Revista Forum

Postado em 21 de julho de 2023

Proposta para regulamentar mercado de carbono ficará pronta em agosto, diz Marina

A proposta para regulamentar o mercado de créditos de carbono deverá ser enviada ao Congresso em agosto, disse, na quinta-feira (20), a ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima, Marina Silva.

Ela, no entanto, não informou se o governo encaminhará um projeto de lei ou se apensará o tema a um dos dois projetos que tramitam no parlamento, um na Câmara e outro no Senado.

A ministra participou da instalação da Comissão Temática de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável do Conselhão. Com participação de representantes do governo e da sociedade, a comissão recolherá sugestões para o governo elaborar o Pacote de Transição Ecológica, também chamado de Pacote Verde.

Segundo Marina, o governo pretende aproveitar ao máximo os dois projetos sobre a regulamentação do mercado de carbono, no qual uma empresa pode financiar projetos de reflorestamento e de desenvolvimento sustentável em troca do direito de emitir gás carbônico.

As propostas devem ganhar espaço no Congresso nos próximos meses, após as votações do novo marco fiscal e da reforma tributária.

Fenômenos climáticos
Em relação ao fenômeno climático El Niño, que tradicionalmente provoca redução das chuvas na Amazônia e secas no Nordeste, Marina Silva disse que o Ministério do Meio Ambiente e Mudanças Climáticas reforçou a estrutura.

Ela afirmou que a pasta contratou brigadistas e comprou equipamentos para lidar com eventuais incêndios na Amazônia e em outros biomas.

“Contratamos previamente nossas brigadas. Temos mais de 2 mil brigadistas já contratados, ampliamos nossos equipamentos e estamos em articulação com os governos dos estados dos mais diferentes biomas, sobretudo os mais fragilizados”, declarou a ministra.

Também presente à instalação da comissão temática, o presidente do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), Rodrigo Agostinho, disse que o governo estabeleceu uma diretriz para combater queimadas num cenário de aquecimento global.

Segundo ele, o Ibama está treinando brigadistas, tanto voluntários como dos governos estaduais, e promovendo estratégias de campo e campanhas de comunicação para se preparar para o fenômeno climático.

“Não tem Super El Niño. Tem aquecimento global. O mundo está esquentando e vai ficar cada vez mais. A gente vai ter que saber lidar com isso. Quando a gente viu que o La Niña estava virando El Niño, a gente foi ao máximo que o orçamento permitia, que foi a contratação de 2.101 brigadistas”, declarou Agostinho.

Ele destacou que o governo elaborou a estratégia assim que ficou clara a formação do El Niño ao longo do primeiro semestre.

Caracterizado pelo aquecimento das águas da região equatorial do Oceano Pacífico, o El Niño começa quando os ventos alísios – ventos que sopram dos trópicos ao Equador – param de soprar de leste para oeste. O La Niña, que perdurou nos últimos três anos, é definido pelo resfriamento dessas águas.

CNN

Postado em 21 de julho de 2023

‘O Brasil está muito atrasado de ainda considerar a homeopatia válida’, diz Natalia Pasternak

A homeopatia perdeu status de medicina baseada em evidência em boa parte da comunidade médica no mundo por não ter demonstrado eficácia em testes clínicos. Países como Inglaterra, França e Austrália decidiram desistir da prática do direito público. No Brasil, além de estar disponível no SUS, a homeopatia é reconhecida como especialidade médica, pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).

Entretanto, o 1º vice-presidente do CFM Jeancarlo Cavalcante indicou que isso pode ser revisto. Em entrevista ao Estadão, Cavalcante afirmou que o reconhecimento da homeopatia como especialidade médica no país pode ser revisto a partir de nova análise de estudos científicos.

— Eu vou pedir para minha equipe coletar tais evidências (sobre a ineficácia da homeopatia) e vou levar à lembrança dos conselheiros — disse Cavalcante ao Estadão.

Para a microbiologista Natalia Pasternak, presidente do Instituto Questão de Ciência (IQC) e colunista do GLOBO, a possível exclusão da homeopatia como uma médica no Brasil seria o país “parar de ficar na contramão das evidências científicas globais que apontam para a ineficácia da homeopatia como prática médica”.

Pasternak e o jornalista Carlos Orsi, diretor da entidade publicaram recentemente o livro “Que bobagem! pseudociências e outros absurdos que não merecem ser levados a sério”. O lançamento da obra, que mapeia pseudociências que não têm embasamento em estudos clínicos robustos, incluindo a homeopatia, trouxe o assunto à tona.

— O Brasil está muito atrasado na questão da homeopatia e de ainda considera-la uma prática válida. O livro não é baseado em opiniões, mas em referências científicas. O capítulo sobre homeopatia, por exemplo, tem 60 referências de trabalhos científicos, relatórios e livros publicados por autores consagrados que já se debruçaram sobre o assunto — pontua Pasternak.

Essas referências incluem o editorial publicado em 2005 na revista científica renomada The Lancet chamada “O fim da homeopatia”, que traz uma série de trabalhos científicos publicados mostrando que a homeopatia não funciona além de um placebo. O livro cita ainda o relatório do Comitê de Ciência e Tecnologia do Parlamento inglês. Publicado em 2010, o documento deu início ao fim do tratamento e consultas homeopáticas pelo sistema de saúde público da Inglaterra.

Além do relatório encomendado pelo governo australiano que embasou a retirada da homeopatia do direito público do país, em 2015, e análise feita que pelo Ministério da Saúde, que embasou a decisão da França de parar de subsidiar a homeopatia.

Decisão conjunta
Atualmente no Brasil, a criação ou extensão de qualquer especialidade médica não cabe apenas ao CFM, mas à Comissão Mista de Especialidades. Criada em 2015, essa comissão é formada pelo CFM, pela Associação Médica Brasileira (AMB) e pelos ministérios da Saúde e da Educação. Antes disso, o reconhecimento foi feito apenas por deliberação do CFM e AMB.

O presidente da Associação Médica Brasileira (AMB), César Eduardo Fernandes, disse que a entidade continua reconhecendo a homeopatia como especialidade.

— Na AMB, temos que seguir a legalidade. Do modo como as coisas existem hoje, as 55 sociedades médicas existentes no Brasil, incluindo a de homeopatia, não estão cometendo nenhum ilícito em item título de especialista. Até que se prove o contrário, vamos continuar reconhecendo a homeopatia como especialidade legalmente existente e que pode continuar a existir — diz Fernandes.

Ele afirma também que uma entidade poderá se debruçar sobre esse assunto e se houver alguma dúvida sobre a eficácia e segurança dos procedimentos dessa prática, elas serão encaminhadas para a Associação Médica Homeopática Brasileira (AMHB), “para que possam responder e explicar se os procedimentos têm suporte de literatura com boa metodologia de investigação para dizer que são seguros e eficazes”.

Em nota enviada ao GLOBO, o CFM “esclarece que o reconhecimento de uma especialidade ou área de atuação da medicina passa por um debate amplo dentro da Comissão Mista de Especialidades (CME)” e que “nenhuma das instâncias que compõem a CME pode deliberar, unilateralmente, sobre o assunto”.

“Ressalte-se que o papel da CME é avaliar de modo permanente documentalmente reconhecida cientificamente, matriz de competências e outros, analisando seu impacto no escopo de atuação de especialidades médicas em vigor. Para tanto, esse trabalho respeita as contribuições dos diferentes colegiados, tramites e prazos legais”, diz o CFM.

Procurada pelo GLOBO, a AMHB não respondeu a publicação até esta reportagem.

O GLOBO

Postado em 20 de julho de 2023

Francesa é atingida por meteorito enquanto tomava café na varanda com amiga

É um evento extremamente raro, mas um meteorito atingiu uma mulher enquanto ela tomava café com uma amiga na varanda de sua casa, na cidade de Schirmeck, no nordeste da França.

Segundo informações do jornal DNA (Dernières Nouvelles d’Alsace), a francesa — que não teve o nome revelado — estava em sua casa, no dia 6 de julho, quando sentiu algo bater em uma de suas costelas. “Ouvi um ‘bang’ vindo do teto próximo a nós. No instante seguinte senti o impacto nas costelas. Pensei que fosse um animal, um morcego. Pensamos também que fosse um pedaço de cimento do teto, mas não tinha cor de cimento”, disse a mulher.

Ela levou, então, a rocha de cerca de 50 gramas até um especialista, Thierry Rebmann, da Universidade de Basel. Ele revelou que o meteorito é composto de ferro e silício, material normalmente associado a asteroides. “Encontrar um meteorito é algo raro, e um deles cair em você é mais raro ainda. É praticamente um caso único”, disse Rebmann ao DNA.

Meteoritos atingem todos os dias a Terra e são originalmente asteroides, grandes corpos feitos de pedra ou metal que acabam desintegrados ou reduzidos a pequenos pedaços quando entram em contato com a atmosfera do nosso planeta.

R7

Postado em 20 de julho de 2023

Johnson & Johnson terá que pagar R$ 90 milhões em caso de câncer causado por talco de bebê

A Johnson & Johnson foi condenada a indenizar em US$ 18,8 milhões (R$ 90,4 milhões) Emory Hernandez Valadez, um homem da Califórnia de 24 anos que disse ter desenvolvido câncer devido à exposição ao talco de bebê.

A decisão foi tomada por um júri na terça-feira (18), um revés para a empresa, que busca resolver milhares de casos semelhantes sobre seus produtos à base de talco em tribunal dos Estados Unidos.

Entenda o caso
Emory Hernandez entrou com uma ação em 2022 no tribunal estadual da Califórnia em Oakland contra a J&J, pedindo indenização por danos monetários.

O californiano disse que desenvolveu mesotelioma, um câncer mortal, no tecido ao redor de seu coração como resultado da forte exposição ao talco da empresa desde a infância. O julgamento durou seis semanas e foi o primeiro sobre o talco que a J&J enfrentou em quase dois anos.

O júri considerou que Hernandez tinha direito a uma indenização para compensá-lo por suas contas médicas, dor e sofrimento. Contudo, Hernandez não poderá receber a quantia devido a uma ordem judicial de falências que congelou a maior parte dos litígios sobre o talco da J&J.

O vice-presidente de litígios da J&J, Erik Haas, disse em comunicado que a empresa apelaria do veredito, chamando-o de “inconciliável com décadas de avaliações científicas independentes confirmando que o talco de bebê da Johnsons é seguro, não contém amianto e não causa câncer”.

Um advogado de Hernandez não pôde ser contatado para comentar.

Nos argumentos finais para o júri em 10 de julho, os advogados da J&J disseram que não havia nenhuma evidência ligando o tipo de mesotelioma do homem de 24 anos ao amianto ou provas de que Hernandez já foi exposto a talco contaminado. Já os advogados de Hernandez acusaram a J&J de um encobrimento “desprezível” da contaminação por amianto ao longo de décadas.

Emory Hernandez testemunhou em junho, dizendo aos jurados que teria evitado o talco da J&J se tivesse sido avisado de que continha amianto, como alega seu processo. Os jurados ouviram a mãe do jovem, Anna Camacho, que disse ter usado grandes quantidades de talco de bebê da J&J quando Hernandez era bebê e durante a infância. Ela chorou ao descrever a doença do filho.

Outros processos
Dezenas de milhares de demandantes também já entraram com ações contra a empresa no passado, alegando que o pó de bebê da J&J e outros produtos de talco às vezes continham amianto e causavam câncer de ovário e mesotelioma. A J&J disse que seus produtos de talco são seguros e não contêm o elemento cancerígeno.

A LTL Management, subsidiária da J&J, entrou com pedido de falência em abril em Trenton, Nova Jersey, propondo pagar US$ 8,9 bilhões (R$ 42,8 bilhões) para resolver mais de 38.000 ações judiciais e impedir que novos casos surgissem. Essa foi a segunda tentativa da empresa de resolver as reivindicações de falência do talco, depois que um tribunal federal de apelações rejeitou uma oferta anterior.

A maioria dos litígios foi interrompida durante o processo de falência, mas o juiz-chefe de falências dos Estados Unidos, Michael Kaplan, que está supervisionando o Capítulo 11 da LTL, deixou o julgamento de Hernandez prosseguir porque se espera que ele viva pouco tempo.

A forma de mesotelioma de Hernandez é extremamente rara, tornando seu caso diferente da grande maioria pendente contra a J&J.

Os demandantes do amianto estão buscando a rejeição do último pedido de falência da LTL. Eles argumentaram que o processo foi feito de má-fé para proteger a empresa de litígios.

A J&J e a LTL argumentaram que a falência oferece pagamentos de liquidação aos demandantes de maneira “mais justa, eficiente e equitativa” do que os tribunais de primeira instância, que eles compararam a uma “loteria” na qual alguns litigantes recebem grandes prêmios e outros nada.

A J&J disse em declarações ao tribunal de falências que os custos de seus vereditos, acordos e honorários advocatícios relacionados ao talco chegaram a cerca de US$ 4,5 bilhões (R$ 21,6 bilhões).

CNN

Postado em 20 de julho de 2023

Risco em locais fechados: cigarro eletrônico aumenta em 22 vezes as toxinas no ambiente

Uma das interpretações comuns em relação aos cigarros eletrônicos é que os dispositivos podem ser utilizados em ambientes fechados. Isso porque, como não envolvem a combustão – o líquido é vaporizado –, a fumaça expelida por eles some rapidamente e não aparenta perpetuar no local. No entanto, um novo estudo mostra que a realidade não é bem assim.

Por meio de um experimento que envolveu o uso dos dispositivos, também conhecidos como vapes ou pods, em um veículo fechado, os pesquisadores observaram que a concentração de toxinas nocivas à saúde aumenta em 22 vezes no ambiente após o uso, levando a riscos também para aqueles presentes que não utilizaram os aparelhos, os fumantes passivos.

O trabalho, publicado na revista científica Drug and Alcohol Dependence, envolveu 60 participantes que eram usuários de cigarro eletrônico. Eles responderam um questionário e utilizaram os dispositivos durante meia hora dentro dos carros. Em seguida, eles mediram a concentração da PM 2.5 no ambiente.

As PM 2.5 são partículas de material particulado fino de 2,5 micrômetros. São comumente utilizadas para avaliar a poluição do ar por serem expelidas em processos químicos e facilmente inaláveis. Ao chegarem no trato respiratório, podem penetrar de forma profunda levando a danos que aumentam o risco de doenças respiratórias e cardiovasculares.

Os resultados do estudo mostraram que, durante a meia hora, os participantes deram em média 18 puffs (como é chamada a tragada do cigarro eletrônico). Em média, a concentração da PM 2.5 aumentou de 4,78 µg/m3 para 107,40 µg/m3 no ambiente. No pico, foi observada uma concentração de 464,48 µg/m3.

“As concentrações de PM2.5 variaram muito entre os participantes, no entanto, as concentrações medianas de pico de PM2.5 durante a sessão foram aproximadamente 22 vezes maiores do que os níveis basais antes de qualquer uso ter ocorrido”, escreveram os pesquisadores no estudo.

Eles alertaram sobre como os resultados indicam riscos à saúde também para os passageiros que não utilizam os dispositivos: “o uso de cigarros eletrônicos em veículos afeta negativamente a qualidade do ar e pode representar riscos à saúde de todas as pessoas presentes nos veículos quando o uso está ocorrendo”.

Uso em ambiente fechado é proibido no Brasil
Desde 2009, a comercialização, distribuição e propaganda de Dispositivos Eletrônicos para Fumar (DEFs) são proibidas no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). No ano passado, um grupo da autarquia reavaliou a decisão, mas optou pela manutenção do veto.

Ainda assim, é comum encontrar produtos do tipo à venda em bancas de jornal, tabacarias e nos mais diversos estabelecimentos, e o uso em si não é proibido. Porém, de acordo com uma pesquisa nacional, a Covitel 2023, 4,3% dos usuários dizem que optam pelo cigarro eletrônico porque ele “pode ser usado onde cigarro industrializado é proibido”.

No entanto, uma nota técnica da Anvisa de maio deste ano reforçou que as mesmas regras referentes ao uso dos cigarros convencionais são aplicadas aos dispositivos eletrônicos. Por isso, os vapes também não podem ser utilizados em ambientes coletivos fechados, sejam eles privados ou públicos.

Folha PE

Postado em 20 de julho de 2023

Obesidade: cientistas identificam mecanismo cerebral que provoca ganho de peso

A abundância de alimentos saborosos com alto teor de gordura possibilitou que as pessoas vivessem por mais tempo, mas também levou a uma epidemia de doenças relacionadas à obesidade e testando a resiliência dos sistemas de saúde.

Uma das formas de acabar com essa crise de saúde é estudar o que acontece no cérebro quando somos expostos a certos alimentos. Esta semana, uma equipe liderada por Michiru Hirasawa, da Memorial University of Newfoundland (Canadá), publicou na revista PNAS um estudo em que tenta perceber a relação entre a inflamação do hipotálamo, uma parte do cérebro que regula o equilíbrio energético e a nossa sensação de fome, e o consumo de dietas ricas em gordura.

Há muito se sabe que dietas ricas em gordura podem levar a um círculo vicioso difícil de interromper. Esses alimentos produzem inflamação do hipotálamo que aumenta o apetite a níveis que nos fazem comer mais do que precisamos e ganhar peso.

No entanto, os cientistas também observaram um efeito aparentemente paradoxal. A inflamação nessa região do cérebro também está associada a doenças como anorexia e outras que causam perda de peso. Hirasawa e seus colegas usaram modelos animais para tentar descobrir como essa relação entre inflamação e apetite desordenado é regulada.

Em seu trabalho, os pesquisadores mostram que dietas ricas em gordura fazem com que a prostaglandina E2 (PGE2), uma molécula que regula processos do sistema imunológico como a febre, ative o hormônio MHC no hipotálamo, que nos faz sentir fome. Esse mecanismo também pode explicar por que a inflamação cerebral às vezes leva ao ganho de peso e à perda excessiva em outras ocasiões. Se estiver em alta concentração e produzir inflamação intensa, a PGE2 suprime o apetite, mas se a concentração for menor, aumenta-o.

Os autores do trabalho verificaram que, ao modificar geneticamente os camundongos que participaram do estudo — eliminando os receptores dessa prostaglandina nos neurônios do MHC —, os animais ficaram protegidos contra a obesidade ou o acúmulo de gordura no fígado que causavam inflamação do hipotálamo ligada a uma dieta rica em gordura.

— Não é fácil prever o resultado de uma inflamação, porque intensidade baixa ou alta é relativa, pode ser aguda ou crônica e envolver muitos órgãos, células e moléculas diferentes — reconhece Hirasawa. — No entanto, embora produzam doenças diferentes, reduzir a inflamação pode aliviar ambos os sintomas.

Por esse motivo, o pesquisador propõe que qualquer estratégia que alcance esse efeito pode ser útil sob vários pontos de vista.

— Por exemplo, a dieta mediterrânea é anti-inflamatória e conhecida por ajudar a reduzir o peso em pessoas com sobrepeso ou obesas.

Por fim, ele alerta que também é fundamental ser seletivo sobre como e quando os tratamentos anti-inflamatórios são usados, pois a inflamação também é necessária para o nosso funcionamento diário, por exemplo, cicatrizar feridas ou combater infecções.

Numa altura em que algumas previsões apontam para que dentro de menos de uma década até 80% dos homens e 55% das mulheres estarão com sobrepeso ou obesidade, e quando os medicamentos para perda de peso se tornam blockbusters, a possibilidade de encontrar alvos terapêuticos contra o apetite descontrolado desperta grande interesse. Hirasawa acredita que suas descobertas “podem um dia nos levar a tratamentos para a obesidade”.

O conhecimento do mecanismo que se inicia com a ingestão de alimentos gordurosos e causa a inflamação que aumenta o apetite permitiria o desenvolvimento de tratamentos que utilizam esse alvo. A modificação genética a que os camundongos foram submetidos no estudo publicado na PNAS parece uma opção muito radical e devemos ter em mente que a PGE2 tem muitas outras funções, além de inflamar o hipotálamo e nos dar fome.

— É de se esperar que os tratamentos que bloqueiam esse mecanismo tenham um efeito anti-obesidade. Mas é fundamental identificar possíveis efeitos colaterais e testar sua segurança antes de usá-los — conclui.

Folha PE

Postado em 20 de julho de 2023

Pesquisa revela as origens da forte atração do ser humano pela nostalgia

O mundo girou de forma espetacular nas últimas décadas, trazendo avanços notáveis ​​e grandiosos desafios à humanidade. Nesse dilatado período, as referências culturais passaram por mudanças radicais, os objetivos de vida foram se transversais e os valores se amoldaram ao curso da história. O que parece imutável em meio a tantos sacolejos é o pendor dos indivíduos, não importa a época em que vivem, em olhar para trás e enaltecer o passado, envoltos em uma aura de saudosismo. Quem nunca ouviu frases do gênero “Agora está tudo uma bagunça, a juventude não é mais a mesma. No meu tempo é que era bom”? A essa saudade, alimentada pela idealização do que já passou, se dá o nome de nostalgia — um sentimento que acompanha homens e mulheres desde os primórdios. No Império Romano, o historiador Tito Lívio (59 aC-17 dC

Depois de investigar a questão durante sete décadas, o pesquisador das universidades americanas de Columbia e Harvard conseguiu dar a dimensão à tendência nostálgica que ronda as pessoas das mais diversas eras e lugares. Foram ao todo 12 milhões de pessoas que aprenderam de diferentes faixas etárias em mais de sessenta países — entre eles Brasil, Estados Unidos, França e Japão. E não deu outra: a imensa maioria sustenta a existência de um declínio moral na sociedade, que estaria se tornando menos honesta, solidária, gentil e humana. De 177 itens analisados, em 148 deles (84%) a avaliação foi de piora em comparação ao que se foi. Em paralelo, os estudiosos se debruçaram sobre a realidade objetiva e concluíram que a percepção de retrocesso no campo da moralidade não tinha eco nos fatos. Seria, portanto, um mito. Daí o título do trabalho,

Um mergulho nas raízes dessa marca humana que emergem do vasto estudo desvenda os psicológicos que fazem com que o passado seja idealizado, enquanto o presente é insatisfatório para tanta gente. E eles guardam uma relação direta com convidados da memória que distorcem o ontem e o hoje. “Nem a memória individual nem a coletiva são fotografias do que realmente aconteceu. Elas são reconstruções”, já dizia o filósofo italiano Umberto Eco (1932-2016). Segundo a turma que encabeçou a pesquisa, as pessoas tendem a absorver uma quantidade maior de informações negativas sobre o que acontece ao seu redor, sobretudo quando a situação envolve desconhecidos — algo que intitularam de “exposição tendenciosa”. Com o passado, o movimento é justamente oposto, já que o cérebro possui rara capacidade de apagar aquilo que não é bom. O equilíbrio desses dois movimentos sincronizados é, de um lado, um pessimismo em relação ao aqui e agora e, de outro, uma romantização de tempos que não voltam mais. “Com o correr dos anos, os acontecimentos ruínas são amenizados, e o mal vai perder a maldade mais rapidamente do que o bem perde a faculdade no imaginário das pessoas”, explicou a VEJA o psicólogo Adam Mastroianni, coordenador do estudo.

Quando se afirma que a sociedade se ancorava sobre pilares de mais elevada grandeza, se passava ao largo de episódios sombrios que abriam feridas dolorosas, como ditaduras sangrentas e as duas guerras mundiais que ceifaram a vida de milhões, assim como se ignoram importantes avanços civilizatórios, entre eles a louvável conquista de direitos pelas mulheres. Isso tudo parece meio nebuloso para a técnica de enfermagem proposta Terezinha Ribeiro, 81 anos, integrante do grupo que acredita que a modernidade tirou tudo dos conformes e gerou mais problemas do que soluções. “Está uma bagunça, ninguém se respeita, e as novas gerações têm uma educação ruim, só aprendem comportamentos errados”, opina Terezinha, dando voz a toda uma ala que tenta encontrar refúgio nas mais diversas bolhas, onde compartilha da mesma opinião que outros. A dela é a igreja.

Os estudiosos alertam para uma confusão muito comum entre os nostálgicos. “Uma parte acaba achando que o passado era melhor, quando na verdade o que ocorre é que, naquele tempo, a pessoa era mais feliz e confunde sua vivência pessoal com o contexto social maior”, afirma o psicanalista Christian Dunker. Ao observar sua ampla amostra com lupa, a pesquisa americana constatou ainda que, entre os que se revelavam conservadores, a ideia de que o tempo presente é “menos ético” se sobressaía com tintas mais gritantes. Isso tem a ver com o elo que esse grupo faz entre o avanço de pautas progressistas, como a descriminalização das drogas e do aborto, e a suposta crise moral. “Se um conjunto de valores é questionado, não significa que a sociedade perdeu o norte, mas que está imbuída do exercício saudável de compensar o que faz sentido”,

Não é sempre que o sentimento de nostalgia traz angústia e descontentamento. Há uma face dele que é proveitosa aos indivíduos, como esclareceu um cuidador pelas universidades de Southampton, na Inglaterra, e de Zhejiang, na China, com quase 4 000 voluntários. Para eles, as lembranças aumentavam a sensação de felicidade e diminuíam a de solidão. A mesma pesquisa aponta que o saudosismo, visto sob seu ângulo positivo, preencheu corações e mentes no árido período de isolamento pandêmico. A onda nostálgica também dita comportamentos que, em si, não trazem nenhum mal. A toda hora, a jovem geração Z escolhe uma década em que se inspira, resgatando pochetes, cores vibrantes, câmeras gravadas, discos de vinil e até o inesquecível Atari. “Gosto de me abastecer de referências diferentes”, conta a estudante de geografia Deborah Costa, 21 anos, adepta do visual retrô. Ela não cai na armadilha de se enredar no passado sem apreciar o mundo de hoje, um embate existencial sobre o qual o filósofo alemão Arthur Schopenhauer (1788-1860) escreveu: “Pensamos raras vezes no que temos, mas sempre no que nos falta” . Sábias palavras para os nostálgicos de plantão.

VEJA

Postado em 20 de julho de 2023

Melhora no cenário faz governador subir a projeção do PIB para 2,5%

O Ministério da Fazenda revisou a estimativa para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) de 2023 de 1,9% para 2,5%. O ajuste nas expectativas se deu graças ao resultado do PIB no primeiro trimestre, período em que o setor agropecuário deslanchou. Esse setor, inclusive, viu sua projeção de crescimento ser expandida de 11% para 13,2%, em linha com o mercado. O relatório divulgado pela Secretaria de Política Econômica (SPE) da Fazenda nesta quarta-feira, 19, é citado ainda a probabilidade de queda nos juros como fator a economia do país no segundo semestre.

A revisão do PIB, entre 2,5% e 3%, já havia sido adiantada por Guilherme Mello, titular da SPE nas últimas semanas. Para justificar o aumento da estimativa, além do setor agropecuário, há otimismo por parte da Fazenda na recuperação da Indústria, que teve sua projeção revista de um avanço de 0,5% para 0,8%. A projeção para Serviços, por sua vez, passou de um avanço de 1,3% para 1,7%. Em relação a 2024, o governo foi mais cauteloso: manteve-se o crescimento esperado de 2,3% para o próximo ano, abaixo da expectativa deste ano. “Frente a 2023, o cenário é de leve desaceleração, motivado pela baixa contribuição esperada para o setor externo e pelo menor crescimento projetado para o setor agropecuário”, aponta o relatório da pasta comandada por Fernando Haddad. “Apesar da desaceleração, o crescimento será mais homogêneo entre setores e baseado na recuperação da absorção doméstica.”

Fora isso, o governo compareceu a projeção para a margem deste ano, que caiu de 5,58% para 4,85%. Para 2024, é esperada nova alta acima do centro da meta: a projeção do IPCA para o próximo ano, agora, é de 3,3%. Segundo a Fazenda, os ajustes nesse campo se deram graças às “surpresas positivas” com os indicadores de abril e maio.

Em coletiva de imprensa, Mello aprovou para fazer coro a um pedido do presidente Luiz Inácio Lula da Silva: a redução dos juros, hoje no patamar de 13,75% ao ano. “Isso [o cenário apresentado] cria todas as condições para um processo de redução sustentada da taxa de juros, trazendo a taxa de juros para algo mais próximo não só do padrão internacional, como no sentido de que o próprio Banco Central assume como sendo a taxa de juros neutra”, afirmou ele. “O impacto da política monetária tem sido sentido do ponto de vista do gasto com juros, do ponto de vista da arrecadação, do ponto de vista do mercado de trabalho, do ponto de vista do mercado de crédito, do ponto de vista setorial e, obviamente, do ponto de vista social quando você junta todos esses sistemas.”

A pasta menciona ainda o reajuste autorizado para plano de saúde levemente inferior ao projetado; a redução nos preços da gasolina, diesel e gás de cozinha nas refinarias; e revisões nas tarifas de energia elétrica e ônibus urbano como fatores a acomodados como expectativas para a impressão de 2023.

Também houve melhora nas expectativas para o déficit primário. Na coleta de junho, a projeção para o déficit primário do país em 2023 foi de 101,75 bilhões de reais, ante 125,99 bilhões de reais em janeiro. A pasta reivindica a si a melhor no cenário fiscal. “A melhora nas expectativas sugere que as instituições de mercado estão considerando as medidas anunciadas pelo Ministério da Fazenda em suas projeções fiscais”, diz o texto.

riscos
A Fazenda aponta o cenário de aperto ansioso nos Estados Unidos e na União Europeia como algo a se observar com atenção. Além disso, também é citado como fator preocupante o ritmo de recuperação da economia chinesa, com o fraco desempenho da indústria de manufatura do país asiático e de seu setor de construção. Há otimismo, no entanto, quando se trata dos riscos de uma crise sistêmica no mercado financeiro: “Com a contenção dos problemas de liquidez por meio de linhas de empréstimo emergenciais, os riscos de crise no setor bancário se dissiparam nos últimos meses. Em paralelo, os núcleos de cobertura e dados do mercado de trabalho tanto nos Estados Unidos como na zona do euro seguiram mostrando certa resiliência”, aponta o relatório.

Veja

Postado em 20 de julho de 2023

Em Cabo Verde, Lula cita escravidão no Brasil e promete abrir novas embaixadas em países africanos

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (19) que pretende abrir embaixadas em países do continente africano que ainda não têm representação diplomática brasileira. A declaração ocorreu durante a passagem do chefe do Executivo por Cabo Verde, onde ele se reuniu com o presidente do país, José Maria Neves. O Brasil mantém relações diplomáticas com todas as 54 nações africanas, mas possui embaixada em apenas 33 países, de acordo com o site do Ministério das Relações Exteriores (veja a lista abaixo). Do lado oposto, são 34 as embaixadas de países africanos em Brasília.

“O Brasil precisa de democracia, por isso nós devemos tratar o continente africano com carinho. Quero visitar vários países africanos neste ano e, no próximo ano, abrir embaixadas nos países em que o Brasil não tem embaixada, para a gente decidir no que o Brasil pode ajudar o continente”, afirmou Lula.

‘Profunda gratidão ao continente africano’
Durante sua declaração, o presidente brasileiro ainda disse ter profunda gratidão ao continente africano pelos feitos durante a escravidão no Brasil. “Eu quero recuperar essa relação com o continente africano, porque nós somos formados pelo povo africano, nossa cultura, nossa cor e nosso tamanho. É resultado da miscigenação entre índios, negros e europeus. Temos uma profunda gratidão ao continente africano por tudo o que foi produzido durante 350 anos de escravidão no nosso país”, afirmou Lula.

Lula disse que o Brasil tem potencial para auxiliar no desenvolvimento de países africanos e citou áreas como educação, ciência, indústria e agricultura. “Fico muito feliz com estudantes de Cabo Verde que estudam no Brasil. Quando criamos a Universidade Afrobrasileira, foi com o objetivo de ter muitos estudantes africanos estudando junto com os brasileiros. É tentar formar especialidades de que os países da África precisam para desenvolver seus países”, contou.

A passagem do presidente brasileiro em Cabo Verde ocorreu por causa da viagem de Lula a Bruxelas, a capital da Bélgica, onde ele participou da cúpula da Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos (Celac) e União Europeia. Nesta semana, o petista havia dito que teria que passar pelo país africano porque o avião presidencial não suportava o deslocamento entre continentes sem fazer uma parada para abastecimento.

O presidente brasileiro citou, ainda, os ataques contra as sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro, e garantiu que os envolvidos serão punidos — mais de 1.100 pessoas se tornaram rés no inquérito que investiga o ato e que tramita no Supremo Tribunal Federal (STF). “O Brasil não quer voltar ao obscurantismo de regime autoritários.”

Veja os países africanos com embaixada brasileira

  • África do Sul
  • Angola
  • Argélia
  • Burkina Fasso
  • Benim
  • Botsuana
  • Cabo Verde
  • Camarões
  • Costa do Marfim
  • Egito
  • Etiópia
  • Gabão
  • Gana
  • Guiné (Conacri)
  • Guiné-Bissau
  • Guiné Equatorial
  • Mali
  • Marrocos
  • Mauritânia
  • Moçambique
  • Namíbia
  • Nigéria
  • Quênia
  • República Democrática do Congo
  • República do Congo
  • São Tomé e Príncipe
  • Senegal
  • Sudão
  • Tanzânia
  • Togo
  • Tunísia
  • Zâmbia
  • Zimbábue

R7

Postado em 20 de julho de 2023

À PF, Do Val diz que ideia de gravar Moraes partiu de Silveira

O senador Marcos do Val (Podemos-ES) reafirmou à PF (Polícia Federal) que a ideia para uma suposta tentativa de golpe de Estado foi do ex-deputado Daniel Silveira (PTB-RJ). O plano de gravar o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes teria sido tratado em reunião com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e o ex-congressista.

Segundo Do Val, Bolsonaro ficou calado ao ouvir o plano. Ele prestou novo depoimento à PF na 4ª feira (19.jul). O ex-presidente depôs em 12 de julho .

Em 1º de fevereiro, Do Val afirmou que Bolsonaro teria tentado coagi-lo a participar de um golpe de Estado depois da derrota nas eleições contra o atual presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Um dia depois, em 2 de fevereiro, recuou e isentou o ex-presidente de responsabilidade na suposta tentativa.

O jornal O Estado de São Paulo teve acesso ao depoimento do senador desta 4ª feira (19.jul). Do Val disse que “ percebendo que havia feito essas emoções infudadas, em um momento de raiva, dispensado desdizê-las em várias manifestações posteriores ”.

Ao depor na última semana, Bolsonaro recusou que tivesse sido discutido na reunião um plano de gravar Moraes e tentar anular o resultado da eleição presidencial de 2022. Entretanto, Do Val declarou que Daniel Silveira falou sobre a ideia “ na presença do ex-presidente Jair Bolsonaro ”. O ex-presidente, segundo o senador, não se manifestou durante uma conversa.

O congressista disse que o convite para uma reunião partiu de Bolsonaro. Conforme Do Val, a responsabilidade de idealizar e marcar o encontro era de Daniel Silveira, mas o ex-deputado estava no telefone com o ex-presidente ao abordá-lo no Congresso.

Silveira teria dito ao senador que o “zero um” precisava falar com ele e passado o telefone. Bolsonaro, então, o teria convidado para o encontro. De acordo com o senador, “ pela expressão de surpresa do ex-presidente ”, ele “ acredita que apenas Daniel Silveira sabia do que seria tratado na reunião ”.

Ao ser questionado pela PF sobre o envolvimento de outras pessoas, Do Val respondeu que, depois do encontro, Silveira invejou uma mensagem por WhatsApp em que se lia: “ Irmão, essa missão está restrita a 3 pessoas e só irá ficar, provavelmente, com mais 5 após concluída. Cinco estrelas ”.

O senador falou não saber o que o ex-deputado quis dizer ao usar o termo e não perguntou a Silveira.

Poder 360

Postado em 20 de julho de 2023

Brasil tem o 19º melhor passaporte do mundo; confira ranking

O Brasil ganhou uma posição no ranking de ‘passaportes mais poderosos do mundo’, segundo a lista do Henley Passport Index, que analisa os documentos de 199 países e 227 destinos, divulgado nesta semana. O passaporte brasileiro fica atrás de outros sul-americanos, como o Chile, em 15º e a Argentina, em 18º.

Cingapura é o novo líder do ranking. Os cidadãos do país asiático têm acesso liberado para 192 nações. Antes, o Japão foi o líder da lista por cinco anos, mas caiu para a terceira posição, com 189 países abertos para japoneses.

Três países europeus, Itália, Espanha e Alemanha, estão empatados como vice-lideranças da lista, podendo entrar livremente em 190 países. Já o português ficou em quinto, com 187 destinos sem visto. O dos Estados Unidos ficou em oitavo, com 184.

No ranking, o pior passaporte segue sendo o do Afeganistão, que dá acesso a 27 países sem visto. Para iraquianos, o acesso é de 29. A Síria está na frente dos dois, com acesso livre a 30 países.

Brasil facilitou entrada no México
O visto para entrar no México agora é eletrônico para brasileiros. Os países fizeram um acordo de sistema recíproco de vistos eletrônicos. A medida permitirá que brasileiros e mexicanos façam a solicitação de vistos para turismo e negócios, por exemplo, sem a necessidade de ir até o consulado.

“Sem perder de vista o objetivo comum da retomada gradual do Acordo de Isenção de Vistos entre Brasil e México, a adoção conjunta de vistos eletrônicos permitirá que cidadãs e cidadãos brasileiros e mexicanos possam solicitar, de modo rápido, seguro e sem necessidade de deslocamento a repartições consulares, visto de visita para fins de turismo e negócios nos dois países”, informou o Ministério das Relações Exteriores.

Conheça os 10 melhores passaportes do mundo
1º – Cingapura – 192 países
2º – Alemanha, Itália, Espanha – 190 países
3º – Áustria, Finlândia, França, Japão, Luxemburgo, Coreia do Sul, Suécia – 189
4º – Dinamarca, Irlanda, Holanda, Reino Unido – 188
5º – Bélgica, República Tcheca, Malta, Nova Zelândia, Noruega, Portugal, Suíça – 187
6º – Austrália, Hungria, Polônia – 186
7º – Canadá, Grécia – 185
8º – Lituânia, Estados Unidos – 184
9º – Letônia, Eslováquia, Eslovênia
10º – Estônia, Islândia – 182

Band

Postado em 20 de julho de 2023

Chance de adolescentes negros serem abordados pela polícia é maior

Crianças e adolescentes negros têm duas vezes mais chances de serem abordados pela polícia do que os brancos. A conclusão é de uma pesquisa do Núcleo de Estudos de Violência (NEV), da Universidade de São Paulo (USP).

O estudo foi feito na cidade de São Paulo entre os anos de 2016 a 2019 com 800 crianças e adolescentes de 120 escolas públicas e privadas. Um extenso questionário perguntando o contato das crianças e adolescentes com as polícias foi aplicado nesse período.

Considerando os anos pesquisados, 21,5% das crianças pretas disseram já terem sido revistadas por policiais, enquanto entre os brancos o percentual foi de 8,33%; e 9,74% entre os pardos. A discrepância entre a abordagem de crianças pretas e brancas também aparece quando se trata da condução para delegacia ou de agressões policiais.

Para o pesquisador do NEV Renan Theodoro, o fato de crianças e adolescentes observarem desde cedo a abordagem violenta da Polícia Militar (PM) com viés racista pode deslegitimar a atuação de PMs perante a sociedade. “Quando eles percebem que a polícia é violenta no seu bairro, mesmo que seja para, supostamente, combater o crime, isso não melhora a legitimidade da polícia, pelo contrário”, aponta.

Ele acrescenta que, ao abordar alguém, a polícia passa uma mensagem para aquele cidadão.

“Quando ela aborda mais pretos do que brancos, a mensagem que ela está passando é que os pretos não são membros legítimos da sociedade, como os demais. É preciso ter muito cuidado com isso. É preciso ter muito cuidado para que a polícia seja o espelho do Estado Democrático”, analisa.

Ainda de acordo com Renan, a questão do viés racista das polícias deve ser discutida e abordada nos cursos de formação dos agentes, e não invisibilizada ou negada pelas instituições militares. “Na formação das polícias, nas escolas, não se fala sobre discriminação racial a fundo ou, quando se fala a respeito, nega-se que isso existe: ‘Isso não existe, não é um problema, nós já resolvemos’”, critica.

Para o pesquisador, dados do NEV e de outras instituições têm demonstrado que o curso de formação das polícias é insuficiente para enfrentar esse problema. “Se há cursos de formação para as polícias, eles não estão funcionando. É preciso levar a sério e é preciso compreender isso como um problema institucional, não é problema individual de cada policial que está na rua.”

De acordo com o Estatuto da Criança e do Adolescente, nenhuma pessoa menor de idade pode ser revistada pela polícia sem a presença do responsável ou de um conselheiro tutelar. E, mesmo que ela seja flagrada cometendo um ato infracional, deve ser encaminhada ao Conselho Tutelar, que fará a aplicação de medida protetiva.

Em nota, a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo afirmou que a abordagem policial segue os parâmetros técnicos definidos por lei e que, ao longo dos anos, a PM tem buscado evoluir e se aprimorar de forma contínua.

A resposta diz ainda que, nas escolas de formação da PM, os agentes estudam ações antirracistas e que a PM tem participação acadêmica no grupo de trabalho Movimento Antirracista- Segurança do Futuro, coordenado pela Universidade Zumbi dos Palmares.

Agencia Brasil

Postado em 20 de julho de 2023

Banco do Nordeste quer impulsionar transformação energética na região

O Nordeste é responsável por 82,3% de toda a energia solar e eólica produzida no Brasil. Juntos, os estados da região têm capacidade instalada de quase 30 gigawatts (GW) desses tipos de energia, de acordo com dados da Aneel (Agência Nacional de Energia Elétrica). Esse número representa mais de 15% da capacidade de produção de energia elétrica instalada no país. Além disso, 78% dos projetos em fase de construção no Brasil ficam na região, representando mais 10 GW de potencial de capacidade de produção de energia limpa.

No País, as fontes renováveis estão em constante crescimento na matriz energética nacional. No primeiro trimestre de 2023, o Brasil registrou, a maior produção de energia limpa dos últimos 12 anos. Nesse contexto, o Banco do Nordeste (BNB) está empenhado em impulsionar essa transformação energética, com os nordestinos desempenhando um papel central nesse processo.

Nos últimos cinco anos, o BNB investiu mais de R$ 30 bilhões em projetos de energia renovável na região. Esses investimentos têm contribuído para impulsionar a adoção de fontes limpas e sustentáveis de energia no Nordeste. Além disso, o banco planeja investir mais R$ 10 bilhões em projetos de energia renovável até o ano de 2023.

De acordo com o presidente do BNB , Paulo Câmara a instituição desempenha um papel “fundamental” na ampliação dos investimentos em energia limpa, e a evolução dos financiamentos para o setor tem sido substancial.

“Os segmentos eólico e solar representam hoje mais de 70% dos créditos do Banco do Nordeste para energia renovável e estão em ex-pansão. Se compararmos o valor contratado nos primeiros meses do ano passado com os desembolsos desse ano, o crescimento é de 25%”, explicou. Segundo dados do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), mais de 90% da energia gerada e utilizada pela sociedade foi produzida a partir de fontes renováveis – hidráulica, eólica, biomassa e solar.

Em entrevista à TRIBUNA DO NORTE, nesta quarta-feira (19), o economista Augusto Mikael de Meneses, da cidade de Eusébio, no Ceará, instalou energia solar em sua casa há cerca de um ano. Ele acredita que é importante aproveitar os recursos naturais disponíveis, desde a água até o sol. O economista já tinha um aquecedor solar em sua residência e esperava por uma oportunidade mais acessível para adquirir o sistema de energia solar.

Desde o início, ele considerou o Banco do Nordeste como uma opção confiável devido à sua reputação como uma instituição séria. Para Mikael, escolher uma instituição federal é um validador de qualidade e segurança. Ele sabia que o banco aprovaria apenas empresas sérias, que possuem todas as certificações necessárias para realizar a atividade. Por isso, decidiu buscar financiamento através do Banco do Nordeste.

“As condições comerciais oferecidas pelo Banco do Nordeste são muito favoráveis e, na minha opinião, os processos são fáceis, não tive dificuldade nenhuma de captar recursos através do Banco do Nordeste, é alto explicativo, tenho um pouco de conhecimento, (mas) só é ler que vai conseguir identificar. Outro benefício é a transparência, pois você sabe quanto vai gastar e quanto tempo leva para pagar”.

E completou: “O ganho é em médio prazo. A gente reside no Nordeste, o sol é ao nosso favor, tem dias que castiga um pouco, então a gente tem essa possibilidade de usar essa energia limpa. Além disso, tem a questão do meio ambiente”, concluiu.

Segundo Paulo Câmara, o banco também está com sua atenção voltada ao hidrogênio verde, por ser um dos combustíveis do futuro. Todos esses investimentos visam a mudança de matrizes fósseis para fontes renováveis na geração de energia elétrica no Brasil.

Essa transformação não envolve somente grandes projetos. Pais e mães de família também estão gerando sua própria energia.
“As operações do Banco para financiamento de sistemas para geração de energia solar em residências cresceram 55% de 2021 para o ano passado. A quantidade de clientes que contrataram o crédito passou de 3.428 para 5.335 de um ano para o outro, o que demonstra uma maior busca pela autogeração”, afirmou.

O reflexo disso está nos valores liberados: R$ 133 milhões em 2021 e R$ 184 milhões no ano passado. Alta de 37%. De acordo com o Escritório Técnico de Estudos Econômicos do Nordeste (Etene), área de pesquisa do BNB, a geração de energia solar cresce, em média, desde 2011, 112% ao ano no Brasil.

Para a fonte eólica, esse crescimento é de 40% ao ano. A região Nordeste, pela radiação solar e ventos constantes, desponta como protagonista da mudança da matriz energética do País e concentra a maior parte dos investimentos.

FNE é impulsionador da energia

Quase todas as contratações realizadas pelo Banco do Nordeste (BNB) para geração de energia passam pelos recursos do Fundo Constitucional de Financiamento do Nordeste (FNE). Mas a demanda é tão crescente que é preciso combinar com outras fontes, explica o diretor de Planejamento do BNB, Aldemir Freire.

“Os valores que o banco tem em-pregado na melhoria da infraestrutura energética do país vem do diálogo com organismos multilaterais em busca de mais recursos. Assim, temos outras fontes que contribuem, como FI-Infra, Agência Francesa de Desenvolvimento, Fundo de Desenvolvimento do Nordeste (FDNE) e BNDES”, explicou.

Também é pelo FNE que o BNB tem impulsionado grandes projetos es-tratégicos de infraestrutura energética renovável. “As aplicações utilizando essa fonte de recursos estão fazendo a Região se destacar como um polo promissor para a produção de energia renovável no Brasil. O BNB enxerga esse potencial como uma oportunidade e busca mais fontes para reafirmar seu compromisso em promover o desenvolvimento sustentável do País”, disse Aldemir Freire.

Mini e microgeração de energia

Uma das linhas de crédito oferecidas pelo BNB é a FNE Sol, com a qual o banco financia projetos de mini e microgeração de energia de empresas privadas industriais, agroindustriais, comerciais e de prestação de serviços, além de produtores rurais e pessoas físicas.

A linha de financiamento abrange diversos itens relacionados à energia elétrica fotovoltaica, incluindo componentes, instalação, placas solares, inversores e materiais elétricos. Os juros pré-fixados do produto são a partir de 7,9% ao ano. Ao longo dos últimos cinco anos, o Banco do Nordeste realizou mais de 24,7 mil operações de crédito por meio da FNE Sol, totalizando um investimento superior a R$ 2 bilhões.

“As taxas de juros são o diferencial da FNE Sol. Por contarmos com recursos do Fundo Constitucional, podemos oferecer a nossos clientes as melhores condições de pagamento”, pontuou Aldemir Freire.

tribunadonorte

Postado em 20 de julho de 2023

Governo do RN decreta ponto facultativo em dias de jogos do Brasil na Copa do Mundo Feminina

O Governo do Rio Grande do Norte vai decretar ponto facultativo nos órgãos públicas estaduais nos dias de jogos da seleção brasileira na Copa do Mundo Feminina de 2023, que acontecerá entre 20 de julho e 20 de agosto de 2023. A informação foi anunciada pela governadora Fátima Bezerra, nesta quarta-feira (19).

O decreto Nº 32.831, de 19 de julho de 2023, justifica que “o futebol é esporte que concentra as atenções da população de nosso país, tendo em vista que está intimamente ligado à cultura nacional; a necessidade de fortalecimento do futebol feminino, promovendo a valorização da mulher no campo do esporte e garantindo a igualdade no tratamento da Administração Pública em relação a ambos os gêneros”, como ocorreu na Copa do Mundo de Futebol masculino.

O ponto facultativo não se estende às unidades e aos serviços considerados essenciais que, por sua natureza, não possam ser paralisados ou interrompidos, como saúde e segurança pública.

Cada órgão da Administração Pública Estadual direta, autárquica e fundacional fica autorizado a estabelecer a compensação de horas de acordo com a conveniência administrativa.

O decreto assinado pela governadora Fátima Bezerra e pelo secretário de Estado da Administração, Pedro Lopes determina que caberá aos dirigentes dos órgãos e entidades a preservação e o funcionamento dos serviços essenciais afetos às respectivas áreas de competência.

Tribuna do Norte

Postado em 20 de julho de 2023