Toco: saiba quem é o japonês que gastou R$ 72 mil para se ‘tornar’ um cachorro

Um youtuber japonês, que responde pelo apelido de “Toco”, tem chamado a atenção nas redes sociais, nos últimos dias, após gastar R$ 72 mil em uma fantasia hiper-realista de cachorro. A vestimenta da raça border collie, feita sob medida, é esbanjada nos 37 vídeos já publicados por ele em seu canal no Youtube. O perfil “eu queria ser um animal”, criado em abril de 2022, conta com 32,5 mil inscritos e mais de 11,3 milhões de visualizações.

Apesar de compartilhar momentos agindo como sua raça canina preferida e documentar a transformação, Toco nunca mostrou o rosto aos seguidores, nem apareceu na câmera sem seu traje. A roupa, segundo o site Sports Keeda foi comprado na Zeppet, uma agência japonesa conhecida por criar esculturas e maquetes para filmes. A empresa levou 40 dias para prepará-lo, e Toco afirma que ainda tem feito retoques para aperfeiçoá-lo.

“Meu nome é Toco, eu queria ser um animal e me tornei um collie”. É assim o japonês se apresenta nas redes sociais, em referência à raça de cachorro que ele “se transformou”.

Nas imagens, ele aparece realizando ações típicas de um cachorro, como rolar no chão, brincar no quintal e comer em uma tigela. O homem alega que que gosta de fazer coisas que os cães geralmente fazem, porque isso o faz se sentir como um animal de estimação de fato Além disso, ele mencionou que esse era um sonho de infância.

Todo o investimento na fantasia, no entanto, é um fato que ele mantém às escondidas dos amigos e pessoas próximas de seu convívio. Segundo o japonês, ele não releva o hobby para quase ninguém por medo de ser julgado.

— Não quero que meus hobbies sejam conhecidos, especialmente pelas pessoas com quem trabalho — disse.

GLOBO

Postado em 30 de julho de 2023

Covid-19: cientistas descobrem variante “mais mutante já vista” do vírus na Indonésia; entenda

Cientistas descobrem uma variante nova da Covid-19 na Indonésia tida como ‘a mais mutante’ que já viram. A versão, coletada de um cotonete de um paciente em Jacarta, tem 113 mutações únicas – para comparação, a ômicron carrega cerca de 50 mutações – trinta e sete das alterações afetam a proteína spike, estrutura onde o coronavírus usa para se prender aos humanos.

Apesar do número, até o momento, cientistas afirmam que a cepa não oferece risco nenhum aparente e, mesmo que existisse, não levaria o mundo a precisar de qualquer tipo de bloqueio. O número grande de mutações refere-se a enorme capacidade de transformação do vírus, mas não tem relação com a transmissibilidade ou agressividade.

Acredita-se que o novo vírus seja gerado por um caso de infecção crônica. Ou seja, quando o paciente ao invés de vencer o vírus em algumas semanas, sofre uma infecção prolongada que pode durar meses. Elas geralmente ocorrem em pessoas com sistema imunológico comprometido, como portadores do vírus HIV ou pacientes em tratamento contra o câncer, o que os torna menos capazes de combater o vírus com sucesso.

Essas infecções, entretanto, preocupam os cientistas porque criam as condições perfeitas para a mutação do Covid-19, potencialmente permitindo que ele passe pelas defesas do corpo. Isso poderia, teoricamente, criar uma cepa mais capaz de driblar a imunidade natural do corpo, ou a das vacinas. As mutações na proteína spike, como as da cepa recém-observada, são as que mais preocupam os especialistas.

“Este vírus continua a nos surpreender e ser complacente é perigoso. À medida que o vírus se espalha e continua a sofrer mutações, inevitavelmente resultará em infecções graves nos mais vulneráveis e também aumentará o peso das consequências de longo prazo da infecção”, disse, Lawrance Young, virologista da Universidade de Warwick.

Pesquisadores afirmam que essa mutação estendida pode ser prejudicial para o próprio vírus, visto que ele pode não crescer bem, devido a quantidade de carga genética mutante, e apresentar um baixo risco à população. Porém, eles também reconhecem que ainda é cedo tirar conclusões.

Detalhes sobre o paciente do qual a amostra foi coletada, sua saúde atual, idade e sexo não foram revelados.

Fim da emergência sanitária
Em maio, a Organização Mundial da Saúde (OMS) anunciou que estava encerrada a emergência declarada para a Covid-19 há mais de três anos, um marco no surgimento intermitente da pandemia que matou milhões de pessoas em todo o mundo e mudou a vida cotidiana em condições antes inimagináveis.

— Com grande esperança, declaro a Covid-19 encerrada como uma emergência de saúde global — disse o diretor-geral da OMS, Dr. Tedros Adhanom Ghebreyesus.

Globalmente, houve 765.222.932 casos confirmados de Covid, incluindo 6.921.614 mortes, relatadas à OMS em 3 de maio. Mas esses números são uma grande subestimação do verdadeiro número da pandemia. Pesquisadores independentes estimaram que a contagem real de mortes do vírus é muitas vezes maior.

Muitos países já encerraram seus estados de emergência por Covid e se afastaram de quase todas as restrições de saúde pública implementadas para controlar o vírus. Os Estados Unidos suspenderam sua emergência da Covid também em maio. O vírus continua a ter status de pandemia de acordo com a OMS, assim como o HIV.

Folha PE

Postado em 30 de julho de 2023

Mineiro que teria 127 anos ao morrer pode ter sido o homem mais velho que já existiu

O homem mais velho que já viveu no mundo pode ser brasileiro. José Paulino Gomes teria nascido em 4 de agosto de 1895, segundo registros do cartório Silva, o único da cidade de Pedra Bonita, na Zona da Mata, em Minas Gerais. Ele morreu nesta sexta-feira, 28, o que o faria ter 127 anos, segundo informou o G1. A data é incerta, isso porque o homem teria se registrado anos mais tarde depois de seu nascimento, com uma data antiga.

“No interior aqui, geralmente, as pessoas são registradas quando já estavam mais velhas. Tem vários casos com a documentação errada. Mas a documentação dele foi abaixo do que ele tinha. Tem uma senhora aqui perto de 98 anos. Ela fala que ele quando ele já era um rapazinho. Foi quando a gente teve a curiosidade de confirmar a idade e procurou o cartório para saber qual era a certa. Com certeza mais de 100 anos ele tinha, pelo menos 110. Agora a gente precisa saber como vai ficar na certeza de óbito”, disse a neta Eliane Ferreira em entrevista ao G1.

Se confirmada a história, seu José poderia ser considerado o humano mais velho do mundo. A atual recordista pelo Guinness World Records é a espanhola Maria Branyas Morera, de 115 anos. A história do senhor de Minas Gerais é semelhante à da francesa Jeanne Calment, falecida em 1997, aos 122 anos, cuja verdadeira idade continua incerta.

Em 2018, os investigadores russos conseguiram uma possível fraude que a descartavam como a mulher mais velha do mundo. A tese apresentada por eles foi a de que a francesa, que ficou famosa no final do século XX por sua idade avançada, não era Jeanne, mas sua filha, Yvonne Calment.

Porém, um ano depois, em 2019, os investigadores suíços verificaram a idade da francesa e informaram que “crível” que ela tinha 122 anos quando morreu em 1997. Para sustentar suas tentativas, os autores recuperaram documentos históricos, incluindo um artigo publicado na imprensa local em 1934 em Arles, onde Calment residia, comprovando que uma “multidão” compareceu ao funeral de Yvonne, filha de Jeanne, que morreu aos 36 anos.

Os investigadores suíços acham difícil de imaginar que nenhuma testemunha não tenha notado a fraude de identidade, que teria necessitado da cumplicidade de dezenas de pessoas.

Tanto seu José, quanto Calment, são pessoas do século XIX. Se o mineiro nasceu realmente em 1895, ele tinha 19 anos quando o telefone foi inventado. Quando os primeiros computadores portáteis (PC) acreditavam ser vendidos em 1977, ele já tinha mais de 80 anos. E cravava 93 quando a internet chegou ao Brasil, em 1988. Ou seja, além de ser outra época, os documentos eram feitos de papel, por escrito, e guardados em pastas antigas de cartórios em cidades pequenas. Se hoje, com o digital, já é difícil lembrar onde está um documento específico, imagina uma certidão de nascimento do final do século XIX. O que faz essa conclusão de um dado de nascimento específico ser perdido no tempo.

Outra brasileira que não teve uma idade reconhecida no livro dos Recordes é Josefa Maria da Conceição, morta aos 121 anos. A alagoana, conhecida também como “Dona Josefa” estava sendo avaliada pelo Guinness Book para reconhecimento do título, de acordo com a prefeitura da cidade. Em 2019, o prefeito de Pilar, Renato Filho (MDB), chegou a fazer contato com o livro dos registros no Brasil para tentar registrar a marca.

Confira a lista atual, divulgada pelo LongeviQuest, que diz ser o principal banco de dados sobre a vida e as idades das pessoas mais velhas do mundo:

Maria Branyas Morera, EUA, 4 de março de 1907 (115 anos)
Fusa Tatsumi, Japão, 25 de abril de 1907 (115 anos)
Edie Ceccarelli, EUA, 5 de fevereiro de 1908 (114 anos)
Tomiko Itooka, Japão, 23 de maio de 1908 (114 anos)
Inah Canabarro Lucas, Brasil, 8 de junho de 1908 (114 anos)
Hazel Plummer , EUA, 19 de junho de 1908 (114 anos)
Nina Willis, EUA, 14 de janeiro de 1909 (114 anos)
Ushi Makishi , Japão, 15 de fevereiro de 1909 (114 anos)
Juan Vicente Pérez Mora, Venezuela, 27 de maio de 1909 (113 anos)
Elizabeth Francis, EUA, 25 de julho de 1909 (113 anos).

O GLOBO

Postado em 30 de julho de 2023

Crianças que cochilam muito têm vocabulário menor, revela estudo

Um estudo conduzido por pesquisadores da Universidade de East Anglia, no Reino Unido, revelou uma interessante relação entre as sonecas de bebês e crianças pequenas e o desenvolvimento do vocabulário e das habilidades cognitivas deles.

Segundo a pesquisa, publicada nesta sexta-feira (28) no periódico científico JCPP Advances, crianças que tiram muitas sonecas têm vocabulário menor e habilidades cognitivas menos desenvolvidas.

O trabalho, realizado com 463 bebês e crianças entre 8 meses e 3 anos durante o período de lockdown, em 2020, pode trazer importantes reflexões para os pais e cuidadores.

De acordo com a líder da pesquisa, Teodora Gliga, o estudo revelou que a soneca funciona como uma espécie de compensação para crianças com menos vocabulário e habilidades cognitivas, já que o sono é o momento em que consolidam o aprendizado.

“A frequência com que uma criança cochila reflete sua necessidade cognitiva individual. Alguns são mais eficientes na consolidação de informações durante o sono, por isso cochilam com menos frequência. Crianças com vocabulário menor ou uma pontuação mais baixa em uma medida de função executiva cochilam com mais frequência”, explicou.

O estudo ainda identificou diferenças na estrutura do sono diurno das crianças. Bebês com sonecas mais frequentes, porém mais curtas do que o esperado para sua faixa etária, também apresentaram menor vocabulário e pior função cognitiva.

Além disso, a relação negativa entre a frequência das sonecas e o vocabulário foi ainda mais acentuada em crianças mais perto dos 3 anos de idade.

Importância de respeitar as necessidades individuais
Os resultados da pesquisa mostram que é fundamental respeitar as necessidades individuais de sono das crianças. Reduzir as sonecas de crianças que precisam delas não vai melhorar-lhes o desenvolvimento cerebral, de acordo com Teodora.

“Crianças pequenas cochilam naturalmente pelo tempo que precisam e devem ter permissão para fazer exatamente isso”, salientou.

O estudo também observou que o contexto da pandemia teve influência nos padrões de sono das crianças. Com as creches fechadas, os pesquisadores puderam estudar as necessidades intrínsecas de sono das crianças sem as perturbações causadas por atividades diárias fora de casa.

Além disso, foi notado que pais de origem socioeconômica mais baixa relataram uma piora no sono de seus filhos durante esse período.

Com base nos resultados, os pesquisadores sugerem que os cuidadores devem estar atentos às necessidades individuais de sono das crianças.

Cada criança é única e pode ter ritmos de sono diferentes. A idade mental deve ser levada em consideração, em vez da idade cronológica, para determinar as necessidades de sono da criança. Assim, é possível fornecer um melhor suporte ao desenvolvimento mental delas.

O momento do sono é essencial para o desenvolvimento de crianças. De acordo com o psiquiatra e especialista em sono Thanguy Friço, em entrevista ao R7 em 2022, o momento é importante nessa fase e na adolescência pois ativa dois hormônios fundamentais: o GH, responsável pelo crescimento; e a melatonina, responsável por regular o relógio biológico das pessoas, além de ajudar no desenvolvimento cognitivo, que facilita o aprendizado, na consolidação de memória, nas alterações de humor, perda de atenção e no sistema imunológico, que afeta a saúde de uma maneira geral. Veja a seguir 7 dias para auxiliar no sono das crianças:

R7

Postado em 30 de julho de 2023

Polishop fecha 100 lojas e enfrenta processos por aluguéis atrasados

A Polishop já fechou pelo menos 100 unidades em shopping centers nos últimos meses, num movimento de reestruturação do negócio, e virou alvo de processos e ações de despejo. Desde 2022, os centros de compras moveram 30 processos contra a rede por falta de pagamento de aluguéis, que totalizam algo em torno de R$ 9 milhões. As ações tramitam no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP).

De acordo com informações divulgadas em janeiro deste ano, a Polishop tinha cerca de 3 mil funcionários e 280 lojas nos principais shoppings do País, além de quiosques. Hoje, são 122 unidades e 1,5 mil empregados. A varejista tem ainda centros de distribuição, fábrica em Manaus (AM) e seis canais próprios de TV.

Para Luiz Marinho, sócio-diretor da Gouvêa Malls, a Polishop integra um grande grupo de empresas que não conseguiram desenvolver a eficiência operacional e a digitalização necessárias para manter suas operações em crescimento, e que tiveram de reduzir significativamente sua presença em shopping centers. Marinho diz que o mix de lojas desses centros vem mudando, e hoje são ancorados por restaurantes, academias e consultórios médicos, entre outros.

“O varejista que não consegue operar de forma eficiente, seja por não modernizar o modelo de negócio ou por estar em um segmento de alta concorrência digital, vai se encalacrar com recursos escassos e precisará revisar os negócios para sobreviver. Vemos isso repetidamente, com Tok&Stok e Marisa”, disse o especialista.

Necessidade

Em entrevista ao Estadão, João Appolinário, fundador e presidente da Polishop, minimiza os problemas enfrentados pela rede. Segundo ele, a reestruturação do negócio foi necessária para lidar com o momento atual do varejo e que irá retomar a expansão por meio de franquias em breve, um plano que ficou congelado durante a pandemia de covid-19.

Appolinário disse ainda que a dívida com os shopping centers seria baixa e não ameaçaria o negócio. A inadimplência, acrescentou, seria resultado de negociações duras, e não de falta de dinheiro. “Se eu soubesse que daria tanto problema, já tinha mandado pagar tudo”, disse.

O empresário afirmou também que tem evitado ao máximo as demissões e que, quando isso acontece, tem quitado em dia as rescisões de funcionários. O executivo não divulga números, mas disse que precisou injetar capital na empresa em razão da escassez ou do encarecimento do crédito dos bancos para as varejistas. Com isso, a companhia optou por aumentar de 20% para 50% a quantidade de produtos de marcas próprias, e passou a fazer testes para o lançamento de franquias de lojas de rua nos próximos meses.

“Temos negociações com shopping centers. Tínhamos mais de 200 lojas e reduzimos esse número. As negociações nem sempre são fáceis com os shoppings maiores. Temos resolvido isso, mas temos discordado de algumas cobranças”, afirmou o empresário, reconhecendo que o setor do varejo mudou bastante. “A vacância nos shoppings está grande.”

As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

Postado em 30 de julho de 2023

Relatórios podem reforçar investigações contra Bolsonaro sobre a pandemia

Relatórios de inteligência elaborados durante o governo Jair Bolsonaro (PL) sobre a Covid-19 podem reforçar apurações sobre a conduta do ex-presidente no combate à pandemia. Revelados pela Folha de S. Paulo, os documentos alertam sobre aceleração dos contágios e mortes e apontam a vacina e o distanciamento como medidas efetivas contra a doença.

Ex-juíza do TPI (Tribunal Penal Internacional), Sylvia Steiner afirma que os documentos podem reforçar a leitura de que a conduta de Bolsonaro e de seus auxiliares não foi “simplesmente de descaso, foi uma conduta dolosa”. “Se ficar comprovado que os documentos chegaram ao conhecimento do presidente e demais autoridades da saúde, confirma o conhecimento prévio e a intenção de ignorar esses fatos”, disse Steiner, que integrou a comissão de juristas que atuou na CPI da Covid.

Fora da Presidência, Bolsonaro ainda é pressionado por apurações sobre a Covid. O ministro Gilmar Mendes, do STF (Supremo Tribunal Federal), anulou neste mês uma decisão da Justiça Federal que havia arquivado parte de uma investigação sobre irregularidades cometidas pelo ex-presidente na pandemia.

O senador Humberto Costa (PT-PE) informou, nessa sexta (28/7), que acionou o Ministério Público que atua junto ao TCU (Tribunal de Contas da União) e a Procuradoria da República no Distrito Federal para que apurem novas informações sobre a conduta de Bolsonaro no enfrentamento à Covid-19.

A iniciativa teve como base reportagem publicada na Folha de S.Paulo que mostrou que agentes de inteligência do governo Bolsonaro elaboraram mais de mil relatórios sobre a pandemia. Para Alexandre Wunderlich, professor de direito penal que também fez parte do grupo de juristas da CPI da Covid, o relatório da comissão de inquérito do Senado já havia apontado “fatos objetivos, e infelizmente os órgãos de controle não deram a repercussão jurídica devida”.

“Foram revelados fatos graves, especialmente sobre a compra de vacinas. As ocultações dos relatórios [da Abin] só comprovam a necessidade de apuração e de responsabilização dos agentes públicos”, disse ele.

Os documentos projetaram o aumento no número de casos e mortes no Brasil, enquanto o ex-presidente boicotava medidas de combate à Covid-19 e o acesso às vacinas. Para o petista Humberto Costa, que fez parte da CPI da Covid, Bolsonaro “agiu deliberadamente e com dolo para provocar danos à saúde da população brasileira e por consequência danos expressivos ao erário”.

“Esse genocida tem de ser condenado tantas vezes quantas forem necessárias para que pague pelos incontáveis crimes que cometeu contra o nosso povo”, afirmou em seu perfil no Twitter.

Para Costa, é inadmissível que Bolsonaro tenha ignorado as informações “com ações e omissões deliberadas, gerando sem dúvida alguns milhares de mortes e agravos à saúde dos brasileiros”. Ele também disse à reportagem que o governo do ex-presidente se recusou a entregar informações fundamentais à CPI, “apesar dos reiterados pedidos que fizemos”.

Mantidos em sigilo durante a gestão passada, os documentos com carimbos da Abin (Agência Brasileira de Inteligência), GSI (Gabinete de Segurança Institucional) ou sem identificação de autoria foram produzidos ao menos de março de 2020 a julho de 2021.

Eles reforçam que Bolsonaro ignorou, além das recomendações do Ministério da Saúde, as informações que eram levantadas por agentes de inteligência e dentro do próprio Palácio do Planalto.

Os agentes da Abin e do GSI citam o distanciamento social e a vacinação como formas efetivas de controlar a doença, mostram estudos que desaconselham o uso da cloroquina e alertam sobre possibilidade de colapso da rede de saúde e funerária no Brasil.

Os relatórios ainda reconhecem falta de transparência do governo Bolsonaro na divulgação dos dados da pandemia, além de lentidão do Ministério da Saúde para definir estratégias de testagem e combate à doença.

Durante a pandemia, o GSI era comandado pelo general Augusto Heleno, enquanto a Abin estava sob chefia de Alexandre Ramagem, atual deputado federal pelo PL do Rio. Ambos eram aliados fiéis de Bolsonaro e foram procurados pela reportagem, mas não se manifestaram.

Os ex-ministros Braga Netto (Casa Civil), Eduardo Pazuello (Saúde) também não quiseram comentar os relatórios. O ex-presidente Bolsonaro não se manifestou até a publicação deste texto.

Estado de Minas

Postado em 30 de julho de 2023

Gasolina da Petrobras é 23% mais barata do que a das refinarias privadas

O preço da gasolina vendida pela Petrobras está 23% menor que a média cobrada pelas refinarias privadas.

A diferença atingiu, em julho, o maior patamar da série histórica, iniciada em 1º de dezembro de 2021, quando foi privatizada a primeira unidade de refino estatal, a Refinaria Landulpho Alves (Rlam), na Bahia, atual Refinaria de Mataripe.

Levantamento do Observatório Social do Petróleo (OSP) mostra que o litro da gasolina da Petrobras está custando R$ 2,52, enquanto as refinarias privatizadas cobram, em média, R$ 3,10.

A recordista dos preços mais altos do país é a Refinaria Potiguar Clara Camarão (RPCC), no Rio Grande do Norte, privatizada em 7 de junho. Administrada pela empresa 3R Petroleum, a unidade vende gasolina a R$ 3,20, valor 27% mais caro do que o da estatal.

A Refinaria da Amazônia (Ream), privatizada em dezembro de 2022, comercializa o litro a R$ 3,06, e a Acelen, gestora de Mataripe, a R$ 3,03, uma diferença em relação aos preços da Petrobrás de 21% e 20%, respectivamente.

Segundo o economista Eric Gil Dantas, do OSP e do Instituto Brasileiro de Estudos Políticos e Sociais (Ibeps), as refinarias privatizadas, estruturalmente, cobram preços mais elevados do que a Petrobras. Ele aponta dois motivos para isso. O primeiro é que a Petrobras é uma empresa integrada, que produz e refina o petróleo.

“Sendo assim, ela tem uma margem para absorver variação de preços que é imensamente superior à de suas concorrentes”, explica.

O segundo motivo apontado pelo economista é que a Petrobras é uma empresa estatal e conta com vários fatores para estabelecer o seu preço, além exclusivamente da maximização de lucros.

“Mesmo quando seu preço era definido pelo PPI, a política de paridade de importação, a companhia manteve por muito tempo preços abaixo dos internacionais, justamente por conta da pressão da opinião pública sobre o governo. E, com o fim do PPI, em maio deste ano, a Petrobras passou a ter maior margem para definir os preços, até porque seus custos não variaram”, conclui.

Competição
A Petrobras reiterou que a sua estratégia comercial tem como premissa a prática de preços competitivos e em equilíbrio com os mercados nacional e internacional, se valendo de suas melhores condições de produção e logística. Ao mesmo tempo, a empresa diz que evita o repasse da volatilidade conjuntural das cotações internacionais e da taxa câmbio.

De acordo com a estatal, a demanda nacional vem sendo atendida tanto pela Petrobras quanto pelos demais produtores e importadores que atuam no mercado brasileiro, portanto não há risco de desabastecimento no País.

“Sobre a percepção de terceiros acerca dos preços internos de combustíveis, é importante destacar que suas declarações devem ser vistas sob a perspectiva de um mercado concorrencial, com agentes que representam empresas de diferentes portes de operação”, informou a estatal.

Conforme divulgado na quinta-feira, 27, no Relatório de Produção e Vendas da Petrobras no segundo trimestre de 2023, o fator de utilização (FUT) das unidades de refino da Petrobras atingiu 93% no período, sendo que em junho alcançou 95%, os maiores resultados desde 2015.

O Relatório mostrou ainda, que a produção de gasolina teve aumento de 7,4% no segundo trimestre, em comparação com o trimestre anterior, acompanhando o desempenho de mercado e o maior aproveitamento da capacidade operacional das refinarias. Em junho, a produção de gasolina foi de 421 mil barris por dia (bpd), melhor resultado desde 2014.

A produção de diesel também cresceu no último trimestre: 9,7% em relação ao primeiro trimestre. O diesel S10, menos poluente e com menor impacto ambiental, teve recorde mensal de 442 mil bpd em junho.

“Os resultados são fruto de constantes melhorias operacionais, otimização de processos e controle da produção, com objetivo de atender à demanda crescente do derivado”, explicou a Petrobras na nota.

CNN

Postado em 30 de julho de 2023

Professor da UFRN está na lista de melhores cientistas do mundo

O professor do Departamento de Geologia (DG/UFRN) Francisco Hilário Bezerra está em 32° na lista dos melhores cientistas na categoria de ciências da terra, de acordo com a 2ª edição do ranking Research.com. O resultado é baseado em dados consolidados de várias fontes de dados, incluindo OpenAlex e CrossRef. As informações foram coletadas em dezembro de 2022. Para sua categoria, foram investigados mais de 7636 cientistas.

O docente estuda, principalmente, falhas geológicas, sismicidade e reservatórios petrolíferos. De acordo com a análise da Research.com, o pesquisador publicou nessas três áreas. Ainda segundo o ranking, o docente tem cerca de 195 publicações e seus trabalhos mais citados são: Quão ativa é uma margem passiva? Paleoseismicidade no Nordeste do Brasil; História holocênica do nível do mar na costa do estado do Rio Grande do Norte, Brasil; e Controle de falha pliocênica-quaternária de sedimentação e morfologia da planície costeira no NE do Brasil.

Para Hilário, não existe ciência sem colaboração no mundo moderno. “Eu tenho tido o privilégio de trabalhar em uma pós-graduação bem administrada e em um grupo de pesquisa produtivo. Minha experiência no Comitê Assessor do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq) tem mostrado que os pesquisadores envolvidos em colaborações produtivas são os que conseguem ganhar bolsa de produtividade e se manter na posição. Tenho também tido o privilégio de receber financiamento para pesquisa ou colaborar com pesquisadores que têm recebido financiamento”, diz.

O pesquisador afirma que tem sido um alento ver a ciência voltar a ocupar lugar importante no país. “O reconhecimento pelas pesquisas das quais participo tem vindo através de publicação científica, formação de excelentes recursos humanos e financiamento. Essa experiência tem facilitado alguns acertos. Nas geociências, estamos passando pela transição energética que afeta nossa profissão. Outra mudança importante que sentimos é o uso da inteligência artificial. Esses dois fatores têm afetado a direção da pesquisa e o perfil do profissional que estamos formando”, finaliza.

Em suas pesquisas mais recentes, o cientista tem focado em petrologia, fratura, rocha carbonática, afloramento e cavernas. Sua pesquisa é multidisciplinar, focando em bacias sedimentares. Francisco considera que tem sorte de trabalhar com o que gosta. “Não conto publicações e nem posição no ranking. Minha maior ambição neste momento é ver os jovens pesquisadores com quem trabalho bem colocados profissionalmente”.

Portal da UFRN

Postado em 28 de julho de 2023

CEARÁ cria a 1ª SECRETARIA ESTADUAL DE PROTEÇÃO ANIMAL do Brasil, alinhando ações com o Governo Federal

Um dia para ficar registrado na história do bem-estar animal!

O Governador do CEARÁ Elmano de Freitas (PT) sancionou neste 27/07/2023 a Lei de Criação da Secretaria Estadual de Proteção Animal!!! Um marco na causa animal brasileira que visa ampliar e aplicar, efetivamente, políticas de proteção e bem-estar animal no estado do CEARÁ, consequentemente extensivo aos 184 municípios.

O Governador Elmano garantiu a ampliação do atendimento veterinário no hospital da Universidade Estadual do Ceará (UECE) e publicar edital de chamada pública para realização de convênios com entidades, a fim de garantir um maior atendimento aos animais em situação de maus-tratos e abandono.

Além disso, o Partido dos Trabalhadores está na vanguarda por ter, dentre diversos setoriais, o SETORIAL DE DIREITOS DOS ANIMAIS!

Movimento Mineiro pelos Direitos Animais MMDA

Postado em 28 de julho de 2023

Brasil cria 1 milhão de vagas formais no 1º semestre, queda de 26% sobre o mesmo período de 2022

A economia brasileira gerou 1,023 milhão postos de trabalho com carteira assinada no primeiro semestre de 2023, uma queda de 26,25% em relação ao período de janeiro a junho de 2022. o primeiro semestre do ano passado, foram 1,388 milhão de vagas criadas.

Os dados constam no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), atualizado pelo Ministério do Trabalho nesta quinta-feira. Na prática, o número representa o saldo líquido (contratações menos demissões) da geração de empregos formais.

Em junho, foram 157,1 mil postos de trabalho com carteira assinada. O número representa queda de 44,8% em relação ao mesmo mês no ano passado, quando foram registrados 285 mil postos. Houve, contudo, leve alta em relação ao mês de maio, que teve saldo de 155,1 postos de trabalho.

Críticas à taxa de juros
O ministro do Trabalho, Luiz Marinho, indicou que o desempenho dos últimos meses ficou “muito abaixo” do potencial do mercado de trabalho brasileiro e apontou para a atuação do Banco Central com a manutenção da taxa básica de juros em 13,75% ao ano, desde agosto de 2022.

O efeito restritivo do crédito caro afeta negativamente o desempenho da economia e consequentemente no mercado de trabalho, segundo o ministro.

— O potencial do mercado de trabalho brasileiro é chegar a 2 milhões até o fim do ano. Ele pode ser alcançado ou ultrapassado a depender do comportamento do Banco Central. Nós ficamos na expectativa que (a queda de juros prevista para agosto) seja a maior possível — avalia Marinho.

Folha PE

Postado em 28 de julho de 2023

Em novo episódio do documentário, Xuxa diz que, após a morte de Ayrton Senna, ficou dois anos sem beijar: ‘Vida de viúva’

No terceiro episódio de ” Xuxa , o documentário”, disponibilizado nesta quinta-feira (27) pelo Globoplay , a Rainha dos Baixinhos assiste pela primeira vez a cenas inéditas da participação de Sasha e também relembra o relacionamento com Ayrton Senna. Ela diz que Marlene Mattos influenciou sua vida em dois momentos.

Sobre a parte, que foi exibida no “Jornal Nacional”, da Globo (veja abaixo), a apresentadora explica:

— Eu não sabia nem que tinha sido gravado o primeiro banho dela. Não me pediram, não me falaram: “O que você acha? A gente pode dar essas imagens?” Nada. Foi uma coisa que a Marlene (Mattos, ex-empresária) gravou, a Marlene colocou. Eu sempre coloquei na minha cabeça que eu era a pessoa pública, não a minha filha.

Já em relação a Senna, com quem namorou por dois anos, ela conta que o rompimento foi um pedido de Marlene:

— A Marlene chegou para mim e falou assim: “Você tem que escolher entre a sua profissão e seu amor, porque, se ele entrar por uma porta, eu saio pela outra”.

O vídeo mostra entrevistas antigas dos dois e traz o depoimento da irmã do piloto, Viviane Senna, que define Xuxa como o grande amor da vida de Ayrton Senna. Após a morte, Xuxa afirmou que ficou dois anos sem beijar ninguém:

— Vivi uma vida de viúva, sem ser viúva.

O terceiro episódio também tem detalhes do incêndio no “Xuxa Park” em 11 de janeiro de 2001, nos Estúdios Globo, no Rio de Janeiro. Foram 26 feridos, alguns em estado grave.

O GLOBO

Postado em 28 de julho de 2023

Infarto agudo do miocárdio e neoplasia maligna: entenda as causas da morte de Gal Costa

Gal Costa morreu em consequência de um infarto agudo do miocárdio e tinha uma neoplasia maligna de cabeça e pescoço. É o que diz a certeza de óbito da cantora baiana enfrentada pelo g1. Gal morreu aos 77 anos, em 9 de novembro de 2022 , e a causa de sua morte ainda não tinha sido divulgada.

Gal Costa estava afastada dos palcos para se recuperar de uma cirurgia realizada em setembro para retirar um nódulo na fossa nasal direita. A cantora chegou a cancelar de última hora a participação que faria no festival Primavera Sound, em São Paulo, e daria uma pausa na agenda de shows até o fim de novembro por recomendação mésica.

Entenda abaixo o que é o infarto agudo do miocárdio, causa da morte de Gal, e neoplasia maligna de cabeça e pescoço.

Infarto agudo do miocárdio
O infarto do miocárdio é popularmente conhecido como “ataque cardíaco”. Ele é caracterizado pela ausência ou a diminuição da circulação sanguínea no coração, o que priva o miocárdio (músculo cardíaco) de oxigênio e de nutrientes e causa lesões que podem levar até a morte de suas células.

Esse bloqueio do fluxo sanguíneo costuma ser causado pela preservação de uma das artérias coronárias, sobretudo em razão de um processo inflamatório associado à presença de placas de colesterol em suas paredes, conhecidas como aterosclerose.

O ataque cardíaco é uma das principais causas de morte no mundo, mas pode ser revertido caso o atendimento médico ocorra logo após os primeiros sintomas. Ele pode ter como fatores de risco tabagismo, obesidade, diabetes, hipertensão arterial, níveis de colesterol alto, estresse e sedentarismo.

Um infarto agudo do miocárdio pode ter como sintomas uma dor contínua, de forte intensidade, e uma sensação de dores no peito, além de um ardor bastante semelhante à azia, dor peitoral irradiada para a mandíbula e para os ombros e braços, mais do tronco lado esquerdo do corpo, e, por vezes, palpitações prolongadas. A pessoa que está tendo um infarto pode apresentar ainda suor excessivo, náuseas, vômitos e tonturas, podendo desmaiar.

Câncer de cabeça e pescoço
Uma neoplasia maligna é um câncer. Como consta na certeza de óbito, Gal Costa tinha câncer na cabeça e no pescoço, o quinto tipo mais comum no Brasil, e que também pode ser chamado de acordo com a área afetada: câncer da cavidade oral (lábios, gengiva, céu da boca e língua), câncer de faringe (região da garganta por onde passam os alimentos e ar inalado pelo nariz), câncer de laringe (região da garganta onde se localizam as cordas vocais) e câncer de tireoide (na glândula tireoide).

No Brasil, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima 685 mil novos casos desse tipo de câncer entre 2020 e 2022. Entre os homens, o tumor mais comum é o de boca, enquanto entre as mulheres é o de tireoide. São fatores de risco desse tipo de câncer: tabagismo, consumo excessivo de álcool, intolerância ao HPV, má higiene bucal, exposição a substâncias tóxicas e exposição à radiação.

Os sintomas do câncer de cabeça e pescoço podem variar, mas incluem: manchas brancas ou avermelhadas na boca, que podem ser seguidas de dor e sangramento; feridas na boca que não cicatrizam; nódulo no pescoço, que pode ser sentido ao apalpar; rouquidão e/ou alteração na voz por mais de 15 dias; dor de garganta que persiste mesmo com medicamentos; jogar persistente; dor ou dificuldade para engolir e/ou respirar; dor no ouvido e dor de cabeça.

O GLOBO

Postado em 28 de julho de 2023

Abacaxi era fruta de luxo que só ricos comiam no passado na Grã-Bretanha: “Era como comer uma bolsa Gucci”

Em uma pintura de 1675, o rei da Inglaterra Charles II está em um terraço enquanto o jardineiro real se ajoelha diante dele oferecendo um presente curioso.

É um dos itens mais desejados da época, representando o máximo em luxo e prestígio. Importado de uma terra distante, está entre os primeiros de seu tipo a fazer a viagem do Novo Mundo à Grã-Bretanha. É um abacaxi.

Hoje, a fruta exótica dificilmente se qualificaria como um presente adequado para a realeza. Mas naqueles anos, os abacaxis estavam no início de um arco da história durante o qual se tornariam – particularmente na Grã-Bretanha – um símbolo de riqueza e opulência como nenhum outro.

Abacaxis ainda adornam o topo das torres ocidentais da Catedral de St. Paul, um dos marcos mais emblemáticos de Londres.

Acreditava-se que a pintura, encomendada pelo próprio rei e atribuída ao pintor da corte, o artista holandês Hendrick Danckerts, comemorava o primeiro abacaxi cultivado na Inglaterra. No entanto, isso não aconteceu até mais tarde.

“O abacaxi que foi dado a Charles II foi enviado de Barbados”, disse Francesca Beauman, autora do livro “The Pineapple: King of Fruits”, em entrevista por telefone.

O diarista do rei, John Evelyn, registrou o momento em que Charles II provou a fruta pela primeira vez em um banquete oferecido ao embaixador francês em 1668. Nesse cenário, a simples visão do produto escamoso teria sido recebida com suspiros de admiração.

“Os abacaxis foram muito procurados desde o início, porque os exploradores que os encontraram no Novo Mundo escreveram sobre eles em termos arrebatadores, falando sobre como eram deliciosos”, disse Beauman.

Sua popularidade se estendeu à América do Norte britânica, onde o jovem George Washington estava entre os admiradores da fruta.

“Nenhuma agrada ao meu gosto como o pinheiro”, escreveu ele em seu diário durante uma viagem a Barbados em 1751.

Como os abacaxis não são mencionados na Bíblia ou em nenhum texto antigo da Grécia e Roma, ela acrescentou, eles não tinham ressonância existente.

Os ingleses podiam, portanto, impor a eles qualquer ressonância que quisessem, e o abacaxi tornou-se o rei das frutas – enraizando-se na cultura britânica de várias maneiras.

Delicadeza caseira
Os abacaxis precisam de temperaturas muito altas para crescer e levam anos para amadurecer. No entanto, uma vez que se estabeleceram como as frutas mais desejáveis, as pessoas começaram a cultivá-las na Grã-Bretanha.

“Apesar do fato de que obviamente é um projeto tolo, já que a Inglaterra e a Escócia têm um clima frio e chuvoso, na década de 1770 qualquer pessoa entre os escalões superiores da sociedade cultivava seus próprios abacaxis – tornou-se uma característica essencial de uma casa de campo”, disse Beauman.

Isso veio com uma grande despesa e dificuldade. Exigia a construção de estufas especiais chamadas “pinheiros”, que precisavam fornecer aquecimento às plantas por baixo, usando fogões que constituíam risco de incêndio.

“Foi raro e especial que você realmente tenha sucesso”, disse Beauman. “Cultivar apenas um abacaxi era uma grande conquista que as pessoas exibiam o tempo todo.”

Os custos de construção e aquecimento, bem como o tempo necessário para obter as frutas, fizeram com que um único abacaxi custasse até 80 libras, de acordo com os cálculos de Beauman – quase US$ 15.000 em dinheiro de hoje.

“Era quase o mesmo custo de uma nova carruagem com cavalos – o equivalente a comprar um carro novo na Inglaterra georgiana”, disse ela.

“As pessoas tinham um jardineiro em tempo integral que dormia entre as plantas para garantir que elas não pegassem fogo por engano. Era uma forma de mostrar sua riqueza e rapidamente se tornou um símbolo de status.”

Abacaxis para aluguel
Embora a fruta tenha se tornado consagrada na cultura britânica como um farol de distinção esteticamente agradável, ela raramente era comida.

“Se você fosse muito rico e tivesse um jardineiro realmente incrível, a primeira coisa que gostaria de fazer era enviar um abacaxi de presente a um amigo chique”, disse Beauman.

“Também seria exibido na mesa da sala de jantar como um símbolo de status e, geralmente, ficaria lá até começar a apodrecer, porque por que diabos você comeria um abacaxi? Seria como comer uma bolsa Gucci.”

A chance de ser visto com a fruta era tão valorizada que, segundo Beauman, houve casos de aluguel de abacaxi, em que uma fruta era emprestada por algumas horas para ser carregada em uma festa e depois devolvida.

Eventualmente, o abacaxi começou a ser incorporado em todos os tipos de projetos, incluindo arquitetura e louças. “Eu diria que o abacaxi é naturalmente decorativo”, disse Beauman.

“É fácil de estilizar e reconhecer, é meio simétrico, é bem simples. Mas também permitiu que a aristocracia comunicasse seus valores de maneira muito direta. E é por isso que a forma de representação mais popular era um abacaxi de pedra em um poste de portão. Isso era comum como um símbolo da gentileza georgiana por volta das décadas de 1770 e 1780, uma forma de demarcar os limites de uma propriedade de forma bastante pública.”

Muitos desses abacaxis sobrevivem em postes em toda a Grã-Bretanha até hoje, bem como em alguns edifícios notáveis associados à realeza, como a propriedade Dunmore Park perto de Stirling, Escócia, uma antiga residência dos condes de Dunmore, construída em 1761.

Possui um abacaxi de 15 metros de altura elevando-se sobre seus arredores. Outro exemplo notável é o abacaxi que adorna o topo do troféu de Wimbledon atribuído ao vencedor do torneio individual masculino.

Quando a exótica iguaria começou a ser importada em grandes quantidades, por volta de 1820 , seu status de luxo supremo foi manchado. “Em 1850, 200.000 abacaxis por ano eram descarregados nas docas de Londres”, disse Beauman.

“Então, quando a refrigeração e o enlatamento surgiram, no final do século, eles realmente se tornaram onipresentes.”

No entanto, isso ainda não foi suficiente para fazer com que sua desejabilidade desmoronasse, como confirma uma passagem de “David Copperfield”, de Charles Dickens, escrito em 1850.

No livro, David diz que, quando tivesse dinheiro, conseguiria café e pão, mas quando não tinha nada, ele caminhou até Covent Garden e “ficou os olhos nos abacaxis”.

“Para um menino como David Copperfield, em 1850”, disse Beauman, “um abacaxi ainda seria um vislumbre de um mundo de opulência inimaginável”.

CNN

Postado em 28 de julho de 2023

Mais mulheres morreram por consumo de álcool na última década, aponta levantamento

O número de mortes de mulheres por 100 mil habitantes causadas pelo consumo de álcool aumentou 7,5% entre 2010 e 2021, enquanto o número de homens que vieram a óbito em razão da bebida caiu 4,8%.

É o que apontam os dados preliminares da 5ª edição da publicação “Álcool e Saúde dos Brasileiros: Panorama 2023”. O levantamento apresenta a atualização dos dados sobre o impacto do uso nocivo de álcool na população do Brasil em 2021 e análises comparativas entre 2010 e 2021.

A publicação completa, elaborada pelo Cisa (Centro de Informações sobre Saúde e Álcool) será lançada nesta quarta-feira (26).

Quando considerados os índices gerais do país, incluindo ambos os sexos, houve queda tanto no número de mortes quanto de internações decorrentes do consumo de bebidas alcoólicas, – 4,8% e -8,8%, quando comparadas as taxas por 100 mil habitantes, respectivamente.

Entre os homens, houve também diminuição no número de internações, com uma queda de 13%. Já o número de mulheres hospitalizadas em consequência da bebida aumentou 5%.

Em 2010, foram contabilizadas 129,1 internações por 100 mil habitantes, já em 2021 foram 111,9. O número de óbitos passou de 26,9 para 24,7 por 100 mil habitantes.

Já entre as mulheres, em 2010, foram registradas 43,8 internações e em 2021 45, 8 internações por 100 mil habitantes. Em 2010 morreram 7,1 mulheres pela bebida, já em 2021 foram 7,6 mulheres por 100 mil habitantes.

Arthur Guerra, psiquiatra e presidente do Cisa, afirma que o aumento do consumo de álcool por mulheres desperta a atenção de profissionais de saúde mundialmente e a preocupação ganha maior relevância quando os dados indicam impactos cada vez mais significativos na vida de tantas mulheres, como no Brasil.

Embora homens continuem sendo as maiores vítimas, o especialista defende que é urgente a elaboração de medidas voltadas para a prevenção do uso nocivo de álcool pelas brasileiras.

CNN

Postado em 28 de julho de 2023

Brasil nega pedido dos EUA para extradição de suposto espião russo

O governo brasileiro negou o pedido dos Estados Unidos para a extradição de Sergey Vladimirovich Cherkasov, homem russo suspeito de espionagem. A informação foi confirmada pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino.

“Quanto ao cidadão russo Serguei Vladimirovich Cherkasov, esclareço que o parecer técnico do Ministério da Justiça, acerca de dois pedidos de extradição, está embasado em Tratados e na Lei 13.445/2017. No momento, o citado cidadão permanecerá preso no Brasil”, declarou o ministro.

Sergey é acusado de uso de documento falso e investigado por atos de espionagem, lavagem de dinheiro e corrupção. Ele foi preso em 2022 pela Polícia Federal, após ser deportado da Holanda, onde teria se passado por estudante brasileiro.

No entanto, ele já viveria no Brasil há mais de dez anos com diversos documentos falsificados. Em março último, o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que ele só poderá voltar ao país de origem ao fim das apurações sobre os supostos crimes que lhe são atribuídos.

BAND

Postado em 28 de julho de 2023