Rio vive um dos maiores ataques criminosos de sua história com sete bairros sitiados e 35 ônibus incendiados

Um ataque orquestrado por milicianos em diferentes pontos do Rio, em uma das maiores manifestações do crime organizado já registrado em solo fluminense, deixou um rastro de destruição e caos nesta segunda-feira. Os paramilitares incendiaram pelo menos 35 ônibus, segundo balanço divulgado por volta das 19h —todas na Zona Oeste da capital, região que concentrou a investida dos bandidos. A quadrilha também ateou fogo em quatro caminhões e um vagão de trem.

Pelo menos sete bairros foram diretamente afetados pelos atos criminosos: Paciência, Cosmos, Santa Cruz, Inhoaíba, Campo Grande, Guaratiba e Recreio dos Bandeirantes. Mais de 1 milhão de cariocas moram nessa parte da Zona Oeste.

Os ataques prejudicaram ainda o transporte público. De acordo com a SuperVia, as estações em Santa Cruz chegaram a ser fechadas “para a segurança dos colaboradores e passageiros”. Uma estação do BRT no mesmo bairro foi incendiada, e outras três foram alvo de tentativa de atear fogo. A MOBI suspendeu integralmente a operação no corredor Transoeste em virtude da insegurança.

Às 18h, não há retorno para casa dos cariocas após o trabalho, o Centro de Operações Rio (COR) calculou 121 quilômetros de engarrafamento. O congestionamento é 66% maior do que a média das últimas três segundas-feiras (73 quilômetros), ainda segundo o COR.

Já a Secretaria Municipal de Educação informou que em diversas localidades da Zona Oeste, com destaque para Santa Cruz, Paciência, Cosmos e Guaratiba, 45 unidades escolares foram afetadas, “diante do cenário de completa insegurança”. Em 17 destas unidades, alunos e profissionais não puderam ser liberados imediatamente, obedecendo ao protocolo de segurança da secretaria. Ao todo, segundo a pasta, 17.251 alunos foram afetados.

O ataque dos paramilitares teve início depois que Matheus da Silva Rezende, conhecido como Faustão ou Teteus, foi morto em confronto com agentes da Polícia Civil em uma comunidade de Santa Cruz. Ele era sobrinho de Luis Antonio da Silva Braga, o Zinho, criminoso que assumiu o controle da maior milícia do estado do Rio.

O raio-x da violência
Estação de BRT queimada
Atearam fogo na estação Santa Veridiana, em Santa Cruz, e houve tentativa de colocar fogo em outras três: Cajueiros, Cesarão e 31 de Outubro. Por causa dos ataques criminosos, a MOBI suspendeu a operação no corredor Transoeste.

Trem queimado
Um trem que saiu de Santa Cruz no sentido Central, às 18h04, foi abordado por bandidos nas proximidades da estação de Tancredo Neves. O maquinista foi obrigado aos bandidos em abrir a porta para a saída dos passageiros e retornar à estação. Os criminosos atearam fogo em uma das cabines da composição. Por essa razão, foram fechadas as estações entre Benjamim do Monte e Santa Cruz. Os trens passaram a circular somente entre as estações Central e Campo Grande.

Caminhões incendiados
Três dos caminhões foram incendiados na Avenida Brasil: um na altura da Estrada do Campinho, no sentido Itaguaí; outro na altura da Estrada de Manguariba; e um terceiro na altura da Estrada do Mendanha, em Campo Grande. No mesmo bairro, bandidos atearam fogo em um caminhão na Estrada das Agulhas Negras, na altura da Rua Jornalista Gastão de Carvalho.

Mobilização dos Bombeiros
O primeiro acionamento aos Bombeiros foi às 14h49 e, desde então, multiplicaram-se ocorrências com fogo, com chamados para Guaratiba, Inhoaíba, Cosmos, Paciência, Santa Cruz e Campo Grande. Também há relatos de incêndio em ônibus no Recreio dos Bandeirantes. Ao todo, 174 militares foram às ruas, com 15 quartéis acionados, de acordo com os bombeiros.

Bairros afetados
Pelo menos oito bairros da Zona Oeste foram palco de ataques: Paciência, Cosmos, Santa Cruz, Inhoaíba, Campo Grande, Guaratiba e Recreio dos Bandeirantes. Mais de 1 milhão de cariocas moram nesses locais. Chegou a circular a informação de um bairro incendiado em Madureira, na Zona Norte, mas ela não foi confirmada.

Educação
A Secretaria Municipal de Educação informou que em diversas localidades da Zona Oeste, com destaque para Santa Cruz, Paciência, Cosmos e Guaratiba, 45 unidades escolares foram afetadas, “diante do cenário de completa insegurança”. Em 17 destas unidades, alunos e profissionais não puderam ser liberados imediatamente, obedecendo ao protocolo de segurança da secretaria. Ao todo, segundo a pasta, 17.251 alunos foram afetados. “As aulas da Educação de Jovens e Adultos desta noite também foram suspensas”, acrescentou o Órgão.

O GLOBO

Postado em 24 de outubro de 2023

Expectativa de inflação cai a 4,65% após Petrobras reduzir preço da gasolina

Após a Petrobras reduzir em 4,1% o preço da gasolina e elevar em 6,6% o valor cobrado pelo diesel nas suas refinarias, os analistas do mercado financeiro consultados semanalmente pelo BC (Banco Central) reduziram, pela segunda semana seguida, suas projeções de alta para a inflação deste ano.

Segundo as previsões divulgadas nesta segunda-feira (23), o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo) deve fechar 2023 com alta de 4,65%, ante variação de 4,75% estimada na semana passada. Há um mês, era esperado um avanço de 4,86% dos preços.

Se confirmada, a expectativa mostra que a inflação oficial será, pelo terceiro ano seguido, maior do que o teto da meta estabelecida pelo governo para o período, de 3,25%, com margem de tolerância de 1,5 ponto (de 1,75% para 4,75%). A projeção atual aparece a apenas 0,15 ponto percentual do limite.

No último RTI (Relatório Trimestral de Inflação), divulgado em setembro, o BC calcula que a probabilidade de a alta furar novamente o teto da meta do CMN (Conselho Monetário Nacional) passou de 61% para 67%.

Para este mês de outubro, a previsão é que o IPCA apresente uma alta de 0,27%, o que representará um leve quarto ganho de força ante o avanço dos preços de setembro (+0,26%). Em novembro e dezembro, as projeções são de alta do índice oficial de preços de, respectivamente, 0,3% e 0,51%.

As expectativas para o índice do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística) para 2024 também foram reduzidas, de 3,88% para 3,87%. Já para 2025 e 2026, as projeções permanecem estáveis em 3,5% para ambos os anos.

Com as novas projeções, a aposta na cotação do dólar foi mantida em R$ 5. No entanto, entre os preços administrados, que incluem combustíveis, planos de saúde e energia elétrica, a expectativa caiu pela terceira vez seguida e passou para uma alta de 9,68% neste ano, ante alta prevista de 10,1% na semana passada.

R7

Postado em 24 de outubro de 2023

COMDIM DE LUTA PELA SAÚDE DA MULHER!

CONSELHO DA MULHER GARANTE 150 MAMOGRAFIAS! 👩🏽‍⚕️💜

Nos dias 18 e 19, esteve em Currais Novos a Mama Móvel, carreta que realizou cerca de 150 exames de mamografias com mulheres curraisnovenses que aguardavam esse atendimento. Esta ação é uma mais uma conquista do COMDIM que conseguiu, em 2022, a destinação de 1 milhão em meio de emenda para saúde através do ex-senador Jean Paul ✊

Postado em 23 de outubro de 2023

“A importância do comércio local na ocupação da rede hoteleira durante a semana.”

Com o título “Valorize o comércio da sua cidade, ele sempre estará aqui por você!”, o comércio local lança a segunda parte da campanha publicitária, tendo como foco, a força do comércio da cidade.

Nesse VT, lançado nessa segunda (23/10) alguns empresários do setor hoteleiro, enfatizam a importância dos vendedores que passam a semana em nossa cidade , tirando seus pedidos, fazendo suas vendas e consequentemente, se
hospedando nos nossos hotéis.

Postado em 23 de outubro de 2023

Após bombardeios intensos no fim de semana, guerra entre Israel e Hamas já tem mais de 6.000 mortos

Bombardeios intensos e hospitais lotados na Faixa de Gaza marcam o atual estágio da guerra entre o Exército de Israel e o Hamas, iniciada no dia 7.

O Ministério da Saúde palestino informou que o número de mortos  subiu para 4.651. Do lado israelense, 1.400 pessoas morreram na ofensiva terrorista do dia 7 de outubro. O saldo de vítimas fatais da guerra é de 6.051, somando os dois lados do conflito.

O conflito com a entrada de ao menos 1.500 integrantes do grupo terrorista Hamas no sul de Israel, onde realizaram massacres e sequestraram reféns. Em respota, Israel lançou uma contraofensiva e declarou guerra à organização extremista.

Na madrugada de domingo (22), Israel bombardeou a Faixa de Gaza em larga escala, depois de anunciar que intensificaria os ataques antes de uma incursão por terra. Há o temor de que esta incursão seja possivelmente um dos momentos mais críticos e mortais do conflito. Segundo o Hamas, pelo menos 80 pessoas morreram no território palestino na madrugada de domingo.

Cinco agências da ONU descreveram como “catastrófica” a situação humanitária na Faixa de Gaza, onde os hospitais estão lotados e crianças palestinas estão morrendo “a um ritmo alarmante”. De acordo com o Ministério da Saúde palestino, mais de 1.750 crianças morreram nos bombardeios de Israel contra o território palestino desde o início da guerra.

Privação de produtos básicos
Além dos bombardeios incessantes à Faixa de Gaza, os palestinos deste território enfrentam privação de produtos básicos para a sobrevivência, como água, comida e energia elétrica, depois que Israel decretou cerco total à região. Moradores do enclave relataram ter que escolher entre matar a sede e tomar banho.

No sábado (21), o primeiro comboio de 20 caminhões com ajuda humanitária entrou na Faixa de Gaza vindos do Egito, pela passagem fronteiriça de Rafah. As fronteiras foram fechadas pouco tempo depois da conclusão da tarefa, com diversas críticas de entidades internacionais, que advertiram sobre a insuficiência dos insumos enviados ao território. A ONU calcula que seriam necessários pelo menos cem caminhões diários para ajudar os 2,4 milhões de moradores do enclave.

No domingo (22), um segundo comboio de 17 caminhões atravessou a passagem de Rafah em direção à Faixa de Gaza. Em um primeiro momento, relatos de testemunhas apontavam que seis caminhões-tanque com combustíveis haviam entrado no território, mas a informação foi desmentida pelo Exército Israelense.

Mais de cem caminhões com ajuda humanitária ainda aguardam autorização para entrar na Faixa de Gaza, e dezenas de pessoas com passaportes estrangeiros aguardam do lado palestino para entrar no Egito.

Reunião de emergência
A guerra entre Israel e Hamas deve ser levada a uma reunião emergencial da Assembleia Geral da ONU nesta semana, após a rejeição da proposta de resolução apresentada pelo Brasil para estabelecer um cessar-fogo humanitário na Faixa de Gaza. A expectativa é que a 10ª Sessão Especial de Emergência da Assembleia Geral da ONU sobre a Palestina ocorra após a reunião aberta do Conselho de Segurança, marcada para terça-feira (24).

Segundo a própria ONU, esse tipo de encontro se faz necessário em situações em que o Conselho de Segurança das Nações Unidas não tenha conseguido “exercer sua responsabilidade primária na manutenção da paz e segurança internacionais em qualquer caso em que haja ameaça à paz, quebra da paz ou ato de agressão”. O caso mais recente que justificou uma sessão emergencial da Assembleia Geral foi a invasão russa à Ucrânia, no início de 2022.

R7

Postado em 23 de outubro de 2023

Processo que pode cassar Moro avança, e TRE-PR marca depoimento de ex-juiz

Duas ações na Justiça Eleitoral que pedem a cassação do mandato e a inelegibilidade do senador Sergio Moro (União Brasil), e de seus suplentes, avançaram no TRE-PR e têm marcados para esta semana os depoimentos das testemunhas e, para 16 de novembro, os dos investigados.

Ao longo de setembro e outubro, a fase de produção de provas caminhou com a inclusão de uma série de documentos solicitados pelas partes.

Negado pelo relator anterior, o pedido de oitiva de Moro foi agora deferido pelo desembargador D’ Artagnan Serpa Sá, que assumiu a relatoria da ação com o fim do mandato de Mário Helton Jorge no tribunal em julho.

O advogado Gustavo Guedes, à frente da defesa do senador no TRE, disse à Folha nesta sexta-feira (20) que ainda não está decidido se o ex-juiz prestará ou não o depoimento.

Anna Paula Mendes, professora de direito eleitoral e coordenadora acadêmica da Abradep (Academia Brasileira de Direito Eleitoral e Político), explica que Moro pode tanto informar antes que não quer depor quanto simplesmente não comparecer. “A jurisprudência é pacífica dizendo que não tem essa obrigatoriedade de depor.”

As ações, que tramitam conjuntamente, foram apresentadas pelo PL do Paraná e pela federação formada por PT, PV e PC do B e pleiteiam a realização de nova eleição para senador no estado.

Após a tomada de depoimentos, o mais provável é que a fase de instrução se encerre, e que as partes tenham que apresentar suas alegações finais. Já a inclusão do julgamento na pauta depende do presidente do TRE.

“O processo tem que ser julgado necessariamente pela composição completa do TRE, o relator e mais outros seis desembargadores”, diz Volgane Carvalho, membro da coordenação acadêmica da Abradep, que aponta serem necessários quatro votos para eventual perda do mandato e que um recurso teria o efeito de suspender a punição até decisão final do TSE.

Caso o julgamento fique para o ano que vem, passará à alçada de um novo relator, já que o mandato de Serpa Sá na corte termina em 14 de dezembro.

O PL argumenta na ação que teria havido uma pré-campanha irregular por parte do ex-juiz e traça uma linha narrativa partindo desde sua filiação ao Podemos, em novembro de 2021, quando o hoje senador ainda mirava a disputa à Presidência.

Entre as principais frentes de gastos na mira da ação do PL estão a produção de vídeos e publicidade, pesquisas eleitorais, segurança privada, veículo blindado, consultoria jurídica, afirmando que a maioria deles teria sido realizada de forma disfarçada, como se fossem contratações para atividades partidárias, e não eleitorais.

Para o PL, o volume de despesas em benefício de Moro foi excessivo quando comparado ao teto de gastos da eleição ao Senado. Eles afirmam que desconsiderar esse fato abrirá “precedentes hediondos” para futuros pleitos.

“Sem a suficiente reprimenda do Judiciário, restará implícita a permissão para que qualquer partido político ou pretenso candidato promova um derrame de recursos e exponha desmedidamente um dos concorrentes para, no meio do jogo, ‘converter’ a candidatura para outro cargo cujo limite de gastos seja inferior”, diz a inicial.

Perto do prazo final para trocas partidárias, em 2022, Moro abandonou o Podemos, anunciando sua ida à União Brasil. Ele então tentou uma candidatura por São Paulo, mas a transferência do domicílio eleitoral –do Paraná para São Paulo– acabou vetada pela Justiça Eleitoral.

No bojo da investigação, os diretórios estaduais e nacionais dos partidos Podemos e União Brasil, e também as fundações ligadas às duas siglas, foram obrigados a apresentar todos os documentos que comprovam pagamentos relacionados ao período de pré-campanha de Moro. Notas fiscais e outros papéis já foram entregues e estão sendo analisados.

Estão agendados depoimentos de sete testemunhas listadas pelo PL e pelo PT, incluindo nomes como do publicitário Pablo Nobel, que tinha sido anunciado como marqueteiro da campanha de Moro à Presidência.

Do lado da defesa são três testemunhas, entre elas o ex-coordenador da força-tarefa da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol, que foi eleito deputado federal pelo Podemos, mas teve o mandato cassado.

Na quinta (19), o relator homologou, a pedido dos autores, a retirada de quatro testemunhas, entre elas, a deputada federal e presidente do Podemos, Renata Abreu.

O advogado Gustavo Guedes, à frente da defesa do senador no TRE, tem repetido que a vitória de Moro nas eleições “não decorreu da pré-campanha, mas sim da notoriedade alcançada pelo trabalho como juiz e os feitos alcançados pela Lava Jato”.

“Sergio Moro não ficou mais conhecido do paranaense pela pré-campanha, logo, não houve qualquer abuso ou ilegalidade no período pré-eleitoral a justificar uma cassação de mandato”, disse ele à Folha.

Na ação, a defesa de Moro reforça que a despesa para custeio de atos de pré-campanha é juridicamente possível e que não houve abuso.

“Não houve ilegalidade nas contratações de pré-campanha, todas módicas, transparentes, realizadas às expensas dos partidos políticos, porque voltadas às questões partidárias”, diz trecho da contestação.

Sustenta ainda que a pré-campanha de Moro não o colocou em vantagem em relação aos seus dois principais concorrentes na corrida eleitoral, pontuando que Alvaro Dias (Podemos) ocupava o cargo de senador no ano passado e que o então deputado federal Paulo Martins (PL) era o nome apoiado pelo presidente da República na época, Jair Bolsonaro (PL), e pelo governador do estado, Ratinho Jr. (PSD).

O advogado do ex-juiz acrescenta que os atos de pré-campanha de Moro se deram majoritariamente fora do Paraná. “Não há indicação de atos de pré-campanha que especificamente se refiram à competição e ao eleitorado paranaense, sendo ilógico considerar os atos praticados fora do Paraná como relevantes à demanda”, diz a peça.

A defesa ainda classifica a ação dos partidos de “teatro jurídico”, destacando os quase 2 milhões de votos no Paraná, e considera que a ação tem natureza política, ressaltando que o então candidato do PL ao Senado pode ser beneficiado por eventual cassação de Moro —a sigla propõe na ação que o segundo colocado no pleito, Paulo Martins, assuma a cadeira até a realização de nova eleição.

Bruno Cristaldi, um dos advogados que atuam na ação do PL, disse à Folha que a documentação apresentada pelos partidos políticos não deixa dúvida sobre a vantagem indevida da chapa de Moro.

“A expectativa é de uma necessidade cada vez menor de pontos terem que ser esclarecidos por testemunhas ou depoimentos pessoais”, diz ele, que considera que, seguindo essa tendência, é possível que o processo seja julgado no TRE ainda este ano.

Folha de São Paulo

Postado em 23 de outubro de 2023

Oficina elaboração de projetos, acontece nesta segunda-feira (23) na CDL

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Postado em 23 de outubro de 2023

Metalúrgicos da GM aprovam greve após demissões

Os trabalhadores da General Motors (GM) aprovaram uma greve por tempo indeterminado a partir desta segunda-feira. A paralisação foi aprovada neste domingo após assembleias que reuniram os trabalhadores em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região.

Além dos trabalhadores de São José dos Campos, a greve foi aprovada nas unidades da GM em Mogi das Cruzes e São Caetano do Sul.

A iniciativa ocorre após demissões nas três unidades anunciadas no sábado. A categoria reivindica o cancelamento dos cortes e reintegração de todos os funcionários.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, diversos funcionários receberam telegramas e e-mails comunicando a decisão, sem negociação prévia com os representantes dos trabalhadores.

Não foi informado o total de demissões. Em nota, o sindicato destacou que, em São José dos Campos, a GM tem um acordo de layoff firmado em junho, que garante estabilidade no emprego para todos da fábrica, até maio de 2024.

Por esse acordo, cerca de 1.200 operários da planta ainda deveriam ter estabilidade no emprego durante a vigência da suspensão de contratos. A entidade sindical afirma que a GM de São José dos Campos tem 4 mil trabalhadores.

“O acordo, portanto, foi quebrado e as demissões foram feitas sem qualquer negociação prévia com o Sindicato, contrariando a legislação que exige essa medida em caso de cortes em massa”, destaca a entidade, em nota.

Em nota, a montadora havia informado que precisavau “adequar seu quadro de trabalhadores” e acrescenta que a medida foi tomada após várias tentativas de readequar a produção, incluindo lay off, férias coletivas, dias de folga e proposta de um programa de desligamento voluntário

“Entendemos o impacto que esta decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitir que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro”, disse a GM, no comunicado.

De acordo com o Sindicato, haverá uma assembleia unificada na porta da GM, a partir das 5h30 desta segunda-feira, com trabalhadores dos três turnos.

“Não vamos tolerar nenhuma missão sequer. Vamos exigir dos governos federais e medidas estaduais imediatas pelo cancelamento das demissões”, afirmou o vice-presidente do Sindicato, Valmir Mariano, em nota.

Cortes de despesas em US$ 3 bilhões
Além das unidades de São Caetano do Sul, São José dos Campos e Mogi das Cruzes, a montadora tem fábricas também em Gravataí, no Rio Grande do Sul, e em Joinville, em Santa Catarina. No último balanço financeiro, a GM reportou a venda de 78 mil veículos no Brasil, entre abril e junho – uma alta de 18,18% em relação ao mesmo período do ano passado.

As vendas nos EUA também cresceram no segundo trimestre: uma alta de 19%, de 582 mil para 692 mil. Globalmente, a GM teve lucro de US$ 2,56 bilhões no período, ante resultado de US$ 1,69 bilhões, nos mesmos meses de 2022.

A apresentação do balanço, no entanto, veio com um indicativo de que a empresa trabalharia para ampliar os cortes de custos. O objetivo é reduzir US$ 3 bilhões em despesas durante o próximo ano. Na previsão anterior, o montante era de US$ 2 bilhões.

Nos Estados Unidos, a montadora tem enfrentado , junto com Ford e Stellantis, uma onda de greves sem precedentes, que começou em setembro. Os sindicalistas pedem melhorias salariais. No Brasil, o setor tem recorrido, desde o início de ano, a paralisações, demissões e férias coletivas para lidar com estoques altos e desaquecimento das vendas.

O GLOBO

Postado em 23 de outubro de 2023

Nordeste deve puxar crescimento do Brasil até 2033; veja os maiores investimentos por região

Com uma série de investimentos públicos e privados programados para a próxima década, o Nordeste deverá ser a região do país com maior crescimento econômico no período 2025-2033, segundo projeções da Tendências Consultoria.

A recessão iniciada em 2014 interrompeu um período em que a região cresceu acima da média nacional, embora em patamares inferiores aos selecionados no Norte e Centro-Oeste.

Esses dois últimos devem continuar com bom desempenho ao longo dos próximos anos, também impulsionados por mais investimentos —e pelo agronegócio, no caso do Centro-Oeste.

Lucas Assis, economista e analista da Tendências Consultoria, destaca que o maior crescimento dessas três regiões na relação ao Sul e Sudeste não representa necessariamente uma redução significativa das desigualdades regionais do país, embora seja uma boa notícia.

Os investimentos programados para o Sudeste, por exemplo, superam os esperados para o Nordeste em valores financeiros, mas são menores, proporcionalmente, ao tamanho de sua economia. Ou seja, regiões em mais desenvolvidas, esses esportes de investimento têm impactos menores.

“O Nordeste será a região que vai liderar, em termos de variação interanual do PIB [Produto Interno Bruto], o crescimento da próxima década. Os investimentos vão contribuir para a região nos próximos anos, mas o Sudeste deve seguir como o principal motor da economia brasileira”, afirma Assis.

“Por mais que haja essa expectativa de crescimento [para o Nordeste], ela não deve se reverter, ao menos nos próximos dez anos, em uma melhoria da heterogeneidade econômica do país. As vulnerabilidades econômicas e essa desigualdade marcante devem permanecer.”

No Nordeste, a consultoria destaca o investimento da Petrobras de cerca de US$ 8 bilhões na Refinaria Abreu e Lima , no município de Ipojuca (PE), para ampliar a capacidade de refino no país. A primeira unidade, com capacidade para refinar 115 mil barris de petróleo por dia, está em operação desde 2014. O projeto do chamado trem 2 acrescenta capacidade de refino de 150 mil barris.

No mesmo estado, o grupo automotivo Stellantis investirá aproximadamente US$ 1,5 bilhão para ampliação do parque de fornecedores em Goiana (PE).

Outro destaque é o investimento de aproximadamente US$ 830 milhões para implantação de uma refinaria no Complexo do Pecém (CE), da empresa Noxis Energy.

Ecio Costa, professor titular de Economia na UFPE (Universidade Federal de Pernambuco) e sócio da CEDES Consultoria e Planejamento, destaca a importância dos investimentos programados do Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento) , de quase R$ 100 bilhões no estado (R US$ 700 bilhões em todo o Nordeste).

“O Nordeste tem uma necessidade de investimentos em infraestrutura muito grande, mas a gente tem que ver na realidade o quanto isso vai sair do papel e ser efetivamente concretizado. Os PACs anteriores tiveram um índice de conclusão muito baixo”, afirma Costa.

Quase metade da lista de obras do Novo PAC é composta por promessas ressuscitadas das versões anteriores do plano.

Em Pernambuco, segundo ele, um dos gargalos é uma infraestrutura viária, que tende a melhorar com obras como o Arco Metropolitano e a duplicação de alguns trechos da BR-104, que correm em paralelo à BR-101 pelo interior.

Ele cita também o impacto do programa do Bolsa Família com valores mais elevados, em setores como indústrias de alimentos e bebidas.

No Norte, a Tendências destaca os investimentos em mineração da Vale no Pará e obras para redução de gargalos logísticos para o escoamento da produção agropecuária do Centro-Oeste.

Na região central, além do agronegócio, destacam-se três grandes projetos de novas fábricas no setor de papel e celulose em Mato Grosso do Sul.

Lucas Assis, da Tendências, afirma que um dos principais riscos para a concretização dessas projeções e desses investimentos é o desempenho dos projetos ligados ao setor público. “A situação fiscal deteriorada deve seguir limitando os desembolsos públicos”, afirma.

Mesmo os investimentos privados podem ficar limitados por fatores como juros altos, inflação em patamar elevado e aumento de incertezas globais que restringem o fluxo de recursos para países emergentes.

A consultoria espera um crescimento médio do país de 2,5% de 2025 a 2033, semelhante ao verificado de 1996 a 2005, mas abaixo da média 2006-2014 (3,5%), período que antecedeu a última grande recessão.

Folha de SP

Postado em 23 de outubro de 2023

Oitavo voo com repatriados brasileiros deixa Tel Aviv

O oitavo grupo de brasileiros que voltam do Oriente Médio ao Brasil, com apoio do governo federal, decolou neste domingo (22), às 18h25 de Tel Aviv, Israel (12h25 em Brasília). Estão a bordo do avião KC-30 (Airbus A330 200) da Força Aérea Brasileira (FAB) 209 passageiros e nove animais domésticos.

A previsão é que uma aeronave aterrisse no Aeroporto do Galeão por volta das 4h desta segunda-feira (23). “Os passageiros que têm como destino final o Galeão vão desembarcar no Terminal 2. Os demais serão encaminhados para o Salão Nobre do aeroporto”, informa o governo em nota.

A representação brasileira em Ramala também providenciou a retirada de brasileiros das regiões com maior tensão, hospedou 26 pessoas em casas e apartamentos próximos à fronteira e ofereceu suporte psicológico, alimentação e medicamentos.

O governo agora busca dialogar com as partes envolvidas no conflito para resgatar brasileiros por meio de uma abertura na passagem de Rafah, na fronteira entre a Faixa de Gaza e o Egito.

BAND

Postado em 23 de outubro de 2023

Massa e Milei disputarão o segundo turno da eleição presidencial na Argentina

A escolha do novo presidente da Argentina será decidida no segundo turno da eleição presidencial, que será disputado no dia 19 de novembro entre o governista Sergio Massa, que, até as 23h18 deste domingo (22), tinha 36,64% dos votos válidos, contra o candidato de extrema-direita, Javier Milei, que tinha 30,01%.

Os números são da contagem oficial do Diretório Nacional Eleitoral, divulgada pouco depois das 21h, e já com 97,93% das urnas apuradas. Em terceiro lugar aparece Patricia Bullrich, com 23,83%.

Após divulgados as primeiras parciais, o secretário-geral da Presidência, Julio Vitobello, afirmou que, com o trabalho de mais de 1.800 digitadores, foi possível chegar ao resultado mais rapidamente do que o esperado.

Logo após o fechamento das urnas, às 18h, o governo explicou que as apurações parciais só seriam divulgadas após terem informações consolidadas, que pudessem sofrer alterações mínimas, por volta das 22h.

“Queremos ser responsáveis (…) quando tivermos resultado absolutamente consolidados e representativos das jurisdições, vamos divulgar. Significa que serão resultados que sofram, posteriormente, a menor alteração possível para levar certeza, confiança e tranquilidade à população, pela transparência do sistema”, explicou Vitobello.

Compareceram às urnas, neste domingo, 77,65% dos eleitores, segundo as autoridades eleitorais argentinas, o que o secretário exaltou como valorização do sistema democrático.

“O povo argentino, com esta porcentagem de participação, demonstrou mais uma vez seu compromisso com o sistema democrático, sobretudo neste ano em que completamos 40 anos de vigência do sistema democrático, com todos sabendo o que custou ao povo argentino chegar ao sistema democrático”, disse.

Vitobello esteve acompanhado, em sua declaração, do diretor nacional eleitoral, Marcos Schiavi, e da presidente do Correio, Vanesa Piesciorovski.

Cinco candidatos disputavam a Casa Rosada: o governista Sergio Massa (Unión por la Patria), o libertário Javier Milei (La Libertad Avanza), a liberal Patricia Bullrich (Juntos por el Cambio), o centrista Juan Schiaretti (Hacemos por Nuestro País) e o oposicionista de esquerda Myriam Bregman (Frente de Izquierda).

Massa, Milei e Bullrich foram os três primeiros colocados nas pesquisas de intenção de voto das últimas semanas.

Como o presidente é eleito na Argentina
Diferentemente do Brasil, para se eleger no primeiro turno um candidato não precisa conquistar mais de 50% dos votos válidos, mas mais de 45% ou mais de 40% com diferença superior a 10% do segundo colocado.

Caso nenhum dos dois cenários ocorra, o segundo turno deverá ser realizado. Neste ano, está agendado para 19 de novembro.

Todas as autoridades eleitas tomarão posse dos seus respectivos mandatos no dia 10 de dezembro.

Votos fora da Argentina
O Consulado da Argentina em São Paulo informou que registrou alta participação de eleitores argentinos, sem especificar o número. Ao todo, 11.900 argentinos estão aptos a votar em São Paulo.

Em Israel e na Ucrânia, territórios atualmente em guerra, mais de 14.000 eleitores não puderam votar para presidente, vice-presidente, 24 senadores, 130 deputados, além de 43 parlamentares do Mercosul.

Primárias em agosto passado
Na Argentina, há eleições primárias, que definem os candidatos que disputarão as gerais — ou seja, que disputarão a Presidência e outros cargos de legisladores.

As coligações precisam obter ao menos 1,5% dos votos válidos para avançar.

O anarcocapitalista Milei foi a grande surpresa daquele momento. Ele era o único candidato de sua coalizão e atingiu 30,04% dos votos.

Posteriormente, veio o Juntos por el Cambio, com 28,27% — divididos entre Bullrich e Horacio Rodríguez Larreta.

O Unión por la Patria ficou com 27,27% dos votos. O partido incluía Massa e Juan Grabois.

Schiaretti conseguiu 3,83% dos votos e Bregman, 2,65%.

CNN

Postado em 23 de outubro de 2023

Eduardo Bolsonaro defende armas e é retirado do ar em TV na Argentina

Na Argentina para acompanhar as eleições do país que acontecem neste domingo (22/10), o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) concedeu uma entrevista ao vivo ao canal local C5N. No entanto, foi retirado do ar ao defender o porte de armas. O parlamentar endossa a candidatura do economista Javier Milei, da extrema-direita, para a presidência do país.

Na ocasião, Eduardo Bolsonaro defendeu uma exame prático de disparo de arma de fogo, para que os argentinos tenham condições de legítima defesa. Após a declaração, o áudio da entrevista foi retirado.

Eduardo Bolsonaro viajou à Argentina em comitiva com outros dois congressistas brasileiros, para acompanhar a votação com o deputado libertário da província de Buenos Aires, Nahuel Sotelo, segundo o partido argentino. Segundo os parlamentares, o candidato “tem representado para os argentinos e para o mundo, especialmente para o Brasil neste momento, o enfrentamento às ameaças e ataques dos seus adversários políticos”.

O próprio Eduardo Bolsonaro reafirmou a sua visita através de uma publicação nas redes sociais, citando um artigo do jornal “La Nación”, e pediu para ser incluído como parte da “ultradireita”.

“Por favor, incluam-me no adjetivo ‘ultradireita’ da próxima vez. Não quero que os argentinos pensem que sou morno. Ultra super max direita na próxima vez”, escreveu.

Eleições
As eleições gerais na Argentina se encerraram às 18h deste domingo (22/10). Os eleitores foram às urnas escolher novo presidente, além de deputados e senadores.

A votação seguiu em clima tranquilo em boa parte do país. Faltando uma hora para o fim do pleito, cerca de 66% dos eleitores aptos a votar haviam comparecido às urnas, segundo a Dirección Nacional Electoral (Dine). No fim, o índice chegou a quase 75% do eleitorado.

Em entrevista ao Clarín, o chefe do Dine, Marcos Schiavi, afirmou que os resultados preliminares devem indicar vencedores ou a eventual realização de um segundo turno já às 22h de hoje.

Os resultados serão divulgados no portal resultados.gob.ar. O número final da apuração de todos os votos, porém, só deve ser apresentado no fim da semana, pelos processos de contagem e recontagem.

Na Argentina, o voto ocorre em papel, com os eleitores incluindo os santinhos dos candidatos em um envelope. O processo de contagem, porém, consegue identificar as imagens dos boletos selecionados automaticamente, permitindo maior velocidade de apuração do que a experimentada em anos anteriores.

Nas prévias obrigatórias da eleição ocorridas em agosto, o resultado preliminar foi divulgado também perto das 22h e, na segunda-feira seguinte, houve apenas a confirmação dos números.

Metrópoles

Postado em 23 de outubro de 2023

ONU: tráfico de pessoas é a terceira atividade ilegal mais lucrativa do mundo

O tráfico humano é estimado como a terceira atividade ilegal mais lucrativa do mundo e está presente em todas as regiões. A informação foi divulgada nesta quinta-feira (19) pelo alto comissário de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU), Volker Turk.

O comissário fez a declaração em uma conferência sobre o tema em Viena, na Áustria, e falou que a prática é um dos crimes mais “antigos e hediondos” e continua a acontecer em pleno século XX1. Volker Turk também pediu estratégias coordenadas para combater o crime.

Segundo Turk, o tráfico de pessoas avança particularmente onde conflitos armados, recessão econômica, emergências de saúde, insegurança alimentar, desastres induzidos pelas mudanças climáticas e outras crises humanitárias “exacerbam as vulnerabilidades existentes”.

Conforme as últimas estimativas globais, 49,6 milhões de pessoas são vítimas desta violação, 25% a mais do que em 2016.

O chefe de direitos humanos da ONU ressaltou que essa é a história de “milhões de homens, mulheres e crianças, explorados sexualmente, sujeitos a trabalhos forçados, casamentos forçados, tráfico de drogas, servidão doméstica, colheita de órgãos e outros horrores.”

Ele afirmou que as formas de exploração e as técnicas utilizadas pelos criminosos continuam evoluindo. Segundo Turk, a tecnologia ampliou o mercado do tráfico de seres humanos na última década, com fóruns online, aplicativos de redes sociais e websites utilizados para recrutar, anunciar e vender vítimas.

70% das vítimas são mulheres e meninas
Os refugiados e migrantes que fogem da perseguição, da violência ou que procuram uma vida melhor, estão particularmente expostos, não só nos seus países de origem, mas também nos países de acolhimento, ao longo do seu percurso e no seu destino.

“É alarmante constatar que as crianças representam um terço de todas as vítimas detectadas”, lamentou Turk.

Mulheres e meninas são afetadas de forma desproporcional. Elas representam mais de 70% de todas as vítimas detectadas em todo o mundo. São principalmente vítimas de tráfico para exploração sexual e casamento forçado, enquanto homens constituem a maioria das vítimas de tráfico para trabalho forçado.

Para Turk, o tráfico de seres humanos é um grave problema de direitos humanos, não só pelas violações e abusos cometidos, mas também porque as pessoas que já vivem em situações de grande vulnerabilidade são as mais expostas.

BAND

Postado em 21 de outubro de 2023

PT investe pesado para recuperar terreno perdido nas eleições municipais

Já na sua estreia em disputas eleitorais nas capitais, em 1985, o PT conseguiu comemorar: Maria Luiza Fontenele obteve em Fortaleza uma vitória surpreendente e marcada por ineditismos — tornou-se a primeira prefeita da sigla e a primeira mulher a comandar um governo de capital no país. Três anos depois, o petismo conquistou três cidades, incluindo a maior delas, São Paulo, com outra vitória surpreendente, de Luiza Erundina. Ano a ano, a sigla foi melhorando o desempenho até chegar ao seu recorde em 2004, embalada pela primeira vitória presidencial de Lula , quando ficou com um terço das capitais ( veja o quadro ). Nos últimos anos, no entanto, abatido pela Lava-Jato, pelo impeachment e pela péssima gestão de Dilma Rousseff e pela ascensão do bolsonarismo, o desempenho foi minguando. Em 2016, elegeu apenas o prefeito de Rio Branco (AC) e sofreu um duro baque com a derrota de Fernando Haddad em sua tentativa de reeleição em São Paulo. Em 2020, foi pior: pela primeira vez, o partido não levou nenhuma capital e teve o seu pior desempenho em número de prefeituras no país.

Agora, com Lula de novo no poder, espera reeditar 2004 e voltar aos tempos de glória. Mais do que um resgate dos anos dourados, porém, a eleição de 2024 é estratégica para o PT e para o governo. Por um lado, o partido espera se valer dos benefícios de comandar a máquina federal e angariar votos com os programas sociais e outros investimentos da União, em especial as obras do Novo PAC, além de surfar na imagem de sua principal estrela, Lula. Do outro, o governo aposta em vitórias nas principais cidades para ganhar mais apoio político e dar um importante passo para fortalecer o projeto de reeleição para 2026, que deverá ter o próprio Lula à frente. O controle de prefeituras importantes, de resto, também pode ajudar na relação com o Congresso e na formação de uma base parlamentar maior e mais à esquerda para um eventual quarto mandato do petista.

A movimentação tem sido intensa no petismo nessa busca para tentar recuperar o terreno perdido nas disputas municipais. Em junho, o partido colocou para funcionar um colegiado chefiado pelo senador Humberto Costa (PT-PE), encarregado de coordenar as estratégias e as articulações políticas. Além de realizar seminários estaduais, a força-tarefa se reúne a cada quinze dias para avaliar o andamento das negociações, tanto internas quanto com outras legendas. A presidente do PT, Gleisi Hoffmann, também tem dado atenção especial a esse esforço. Ela já passou para a maioria dos estados — e só pausou a agenda devido a uma cirurgia, mas em breve deve voltar aos encontros.

Nas conversas sobre estratégias, ficou decidido desde cedo que a legenda vai priorizar as cidades com mais de 100 mil participantes. Embora sejam um pouco mais de 200 no país, elas respondem pela metade do eleitorado. O partido, que agora está conduzindo os seus plenários municipais, espera ter uma definição dos candidatos ou de apoios a nomes de outras siglas até o final de novembro, a fim de começar as campanhas o quanto antes. Uma coisa a ser afastada são as disputas internas. “Vamos evitar ao máximo o previsto, porque, apesar de representarem um momento de mobilização do partido, são também um momento de muitos conflitos. Estamos tentando construir consensos”, diz Costa. A grande final da articulação do PT no ano será a Conferência Eleitoral Nacional em Brasília, em dezembro, no qual o próprio Lula dará o pontapé na corrida municipal.

Embora queira assumir o protagonismo nas grandes cidades, o PT não faz estimativas de quantas prefeituras pretendem vencer, nem tem a pretensão de ter um nome próprio em todas as disputas. A ideia, por agora, é lançar candidatos em doze ou treze capitais, especialmente no Nordeste, onde é forte o apoio a Lula — é quase certo que haja petistas na cédula em Fortaleza, Natal, Teresina, João Pessoa, Maceió e Aracaju. A estratégia também inclui uma difícil tentativa de triunfo no Centro-Oeste, região na qual Jair Bolsonaro venceu Lula por uma margem significativa na eleição (60% a 40%). “Por incrível que pareça, hoje boa parte das nossas candidaturas que têm opções estão na região. Possivelmente em Goiânia, Cuiabá e Campo Grande tenhamos candidaturas do PT”, diz Costa. Com exceção da capital goiana, comandada pelo partido por três mandatos, já que outras duas nunca tiveram um prefeito petista.

O pragmatismo, no entanto, vai falar mais alto nas grandes cidades nas quais o PT pretende voltar a influenciar, mesmo que à custa de abrir mão da cabeça de chapa por falta de nomes competitivos. Em São Paulo, o partido vai apoiar o deputado Guilherme Boulos (PSOL), enquanto no Rio de Janeiro deve caminhar ao lado do prefeito Eduardo Paes (PSD). No Recife, a aliança será com o prefeito João Campos (PSB), que foi o principal adversário do PT na última eleição. Trata-se de uma mudança enorme de postura para um partido com alas refratárias para abrir mão do protagonismo. Neste ano, deputados como Jilmar Tatto (SP) e Lindbergh Farias (RJ) chegaram a esboçar um movimento por candidatura própria. Superadas as divergências (pelo menos até o momento), o novo foco de atrito será possível para a montagem dos chapas. Em troca de apoio, o PT quer protagonismo na campanha e, principalmente, a vaga de vice. Mas no Rio, por exemplo, Paes não se mostrou disposto a dividir a cédula com um petista.

O grande trunfo do partido para 2024 será o envolvimento intenso do governo Lula, algo já bastante extenso, por sinal. No início de agosto, o ministro Alexandre Padilha (Relações Institucionais) invejou um vídeo a dirigentes da sigla pedindo suporte ao “companheiro”. Recentemente, foi um evento político em Heliópolis, uma das maiores favelas da capital paulista, onde escolheu Boulos, militante de movimento por moradia, foi aplaudido ao defensor do Minha Casa, Minha Vida. Já o ministro Camilo Santana (Educação) deu uma grande colaboração ao anunciar um campus da Unifesp e dois institutos federais de ensino na Zona Leste — Boulos já usa abertamente os anúncios como trunfos em sua pré-campanha. É quase certo que Lula estará nas principais cidades durante as campanhas de 2024.

O sucesso da cartada petista, evidentemente, depende de muitas variáveis. O mais importante é como Lula e seu governo chegarão à eleição, em termos de popularidade. Um levantamento do Paraná Pesquisas feitas para VEJA mostram que o petista ainda governa um país dividido — tem 51,6% de aprovação e 43,7% de desaprovação. Neste país ainda fragmentado, é quase certo que um dos adversários seja o bolsonarismo. O PL espera usar a presença do ex-capitão nos palanques para conseguir 1 500 prefeituras — hoje tem pouco mais de 350. Neste mês, o ex-presidente foi a Santa Catarina visitar áreas atingidas pelas chuvas com um séquito de político do PL, quase todos de olho em 2024. Outro adversário importante do petismo deve ser a tendência recente do eleitor de optar pela centro-direita nas eleições municipais. Em 2020, os cinco partidos que mais elegeram prefeitos foram MDB, PP, PSD, PSDB e DEM — embora a maioria dessas siglas estejam na base governista, todas têm suas próprias articulações para 2024. Não são poucos desafios para um PT que investe alto para tentar dar mais um passo decisivo com vistas a 2026.

VEJA

Postado em 21 de outubro de 2023