Thammy Miranda e padre Júlio Lancellotti aparecem juntos em vídeo após polêmica sobre CPI; veja

O vereador Thammy Miranda (PL) e o padre Júlio Lancellotti apareceram juntos em uma live nas redes sociais após a polêmica da tentativa de criação de uma CPI que mira o religioso na Câmara Municipal de São Paulo. Thammy havia assinado o requerimento feito pelo vereador Rubinho Nunes (União Brasil). Contudo, anunciou nesta quinta-feira, 4, que estava retirando o apoio. O documento assinado por Thammy e outros vereadores não citava investigações contra o padre, o que foi depois verbalizado por Rubinho Nunes em entrevistas e nas redes sociais.

“Muito obrigado pelo apoio nesse momento tão difícil”, disse o vereador ao sacerdote no vídeo divulgado nas redes. “Quando eu assinei a CPI, em nenhum momento foi citado o nome do senhor”, disse Thammy, reforçando que “jamais teria assinado” algo nesse sentido. Thammy disse que o trabalho que o religioso faz, de ajudar as pessoas, é também o que ele faz. Na transmissão, o vereador aproveitou para pedir que seus seguidores ajudem em uma vaquinha que o padre está fazendo para ampliar os serviços de ajuda à população de rua e ofereceu também, ele próprio, ajuda financeira. “As pessoas que me seguem vão ajudar o senhor a fazer esse trabalho tão bonito que o senhor faz”, completou.

Padre Júlio agradeceu pelo que chamou de “gentileza e transparência” de Thammy Miranda. “Importante que mesmo que nos joguem em posições falsas, antagônicas, nós somos capazes de romper essas barreiras’.

Retirada de nomes CPI
Além de Thammy, ao menos mais três vereadores anunciaram que retiraram o apoio à iniciativa, após a divulgação do nome dos vereadores que assinaram o documento. A mudança de posição coloca em dúvida a viabilidade da proposta. A CPI precisa ser pautada pelos líderes e aprovada pela maioria em plenário para sair do papel. O autor do pedido não atendeu a reportagem para comentar o caso.

A CPI articulada na Câmara de São Paulo tem por objetivo investigar organizações não governamentais (ONGs) que atuam na Cracolândia, região central de São Paulo. O autor da proposta, vereador Rubinho Nunes (União), prevê que a comissão será instaurada em fevereiro, após o recesso parlamentar. Segundo ele, o padre Júlio Lancellotti será um dos principais alvos da CPI das ONGs.

Rubinho acusa as organizações de promoverem uma “máfia da miséria”, que “explora os dependentes químicos do centro da capital”. Segundo ele, essas organizações recebem dinheiro público para distribuir alimentos, kit de higiene e itens para o uso de drogas, prática conhecida como política de redução de danos, à população em situação de rua, o que, argumenta ele, gera um “ciclo vicioso” no qual o usuário de crack não consegue largar o vício.

O sacerdote diz que seus trabalhos estão vinculados à Ação Pastoral da Arquidiocese de São Paulo, que, por sua vez, “não se encontra vinculada, de nenhuma forma, às atividades que constituem o objetivo do requerimento aprovado para criação da CPI em questão.”

O padre Júlio Lancellotti afirma que se trata de uma ação legítima quando se instala uma CPI para investigar o uso de recursos públicos pelo terceiro setor. Ele acrescenta que não faz parte de nenhuma organização conveniada à Prefeitura de São Paulo, mas, sim, da Paróquia São Miguel Arcanjo.

A Craco Resiste, um dos alvos do vereador, informou que não é uma ONG e sim um projeto de militância que atua na região da Cracolândia para reduzir danos a partir de vínculos criados por atividades culturais e de lazer. “Quem tenta lucrar com a miséria são esses homens brancos cheios de frases de efeito vazias que tentam usar a Cracolândia como vitrine para seus projetos pessoais. Não é o primeiro e sabemos que não será o último ataque desonesto contra A Craco Resiste”, diz a entidade em nota divulgada nas redes sociais. A reportagem não conseguiu contato com o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecida como Bompar, também mencionada por Rubinho.

TERRA

Postado em 5 de janeiro de 2024

Sem ameaça identificada, 8 de janeiro terá 2 mil PMs na Esplanada

Mesmo sem identificar ameaças à segurança do evento marcado para o próximo dia 8 de janeiro, mais de 2 mil policiais militares do Distrito Federal devem fazer o patrulhamento ostensivo em Brasília na próxima segunda-feira (8). O número é quase quatro vezes superior ao do último dia 8 de janeiro, quando foram empregados 580 PMs na Esplanada, segundo relatório da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) que investigou os atos golpistas daquele dia.

A estratégia para a segurança da Esplanada no próximo 8 de janeiro foi pactuada nesta quinta-feira (8) pelo Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) e pelo Governo do Distrito Federal (GDF), que assinaram um protocolo de ações de segurança no Palácio do Buriti, sede do GDF, em Brasília.

O ministro interino da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, afirmou que até o momento não há nenhuma informação que gere preocupação maior. “Claro, isso é monitorado dia a dia e todas as providências estão sendo tomadas para que tenhamos um dia 8 de celebração democrática histórica no Brasil”, destacou.

Cappelli acrescentou que não há hipótese do 8 de janeiro de 2023 se repetir porque “a reação da sociedade e dos Poderes foi muito forte e essa reação estabeleceu um limite muito claro”.

O documento assinado pelos governos federal e do DF “define o planejamento e as prioridades de atuação de cada órgão, como efetivo policial e organização do trânsito, com foco no evento alusivo à data que ocorrerá no Senado”.

Além dos 2 mil agentes da Polícia Militar do DF que devem ser mobilizados, o plano de segurança prevê o emprego de 250 agentes da Força Nacional que ficarão de prontidão no Ministério da Justiça. A Esplanada ficará fechada no dia 8 na altura da Avenida José Sarney, que é a pista anterior à Alameda dos Estados, próxima ao Congresso Nacional.

A governadora em exercício do Distrito Federal, Celina Leão, destacou que, mesmo sem ameaça detectada, haverá agentes suficientes para qualquer situação. “Será um dia de tranquilidade, um dia de monitoramento e de tranquilidade realmente aqui no Distrito Federal”, ponderou.

Manifestação e golpe
Toda essa segurança é para o ato marcado no Congresso Nacional, que marcará o primeiro ano do último 8 de janeiro, quando apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro, inconformados com o resultado do processo eleitoral, promoveram tentativa frustrada de golpe de Estado.

A cerimônia da próxima semana foi uma proposta do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e deve contar com a presença dos presidentes do Executivo, Legislativo e Judiciário, além de governadores, parlamentares, representantes da sociedade civil e ministros e representantes dos tribunais de Justiça e assembleias legislativas.

Ricardo Cappelli, afirmou que manifestações políticas não serão reprimidas, desde que não ameacem as instituições.

“Todo mundo manifesta sua preferência política e ideológica livremente e é ótimo que seja assim. Agora, não se confunde manifestação democrática com tentativa de golpe de Estado, não se confunde manifestação democrática com ataque aos Poderes”, afirmou.

O responsável pela segurança na Esplanada dos Ministérios na próxima segunda-feira (8) será o secretário de Segurança Pública do DF, Sandro Alencar. “(O 8 de janeiro de 2023) não vai se repetir. Não vai se repetir em razão desse trabalho que temos feito de inteligência”, afirmou.

O planejamento da segurança para o evento vem desde o final do ano passado, quando representantes dos órgãos de segurança do governo federal e do GDF passaram a se reunir para definir um plano integrado de ações a fim de evitar ameaças de ataques ao evento no Congresso.

Viaturas
Além de assinar o protocolo de segurança para próxima segunda-feira, o Ministério da Justiça e Segurança Pública ainda fez a entrega de 20 viaturas, armamentos, fardas, drones e outros equipamentos para as forças de segurança do Distrito Federal no âmbito do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci 2).

Ao todo, o investimento feito foi de R$ 3,6 milhões. O Pronasci 2, lançado em março deste ano, tem desenvolvido ações de integração entre as forças de segurança nacional e estaduais, com entrega de equipamentos para as polícias de todo o país.

ebc

Postado em 5 de janeiro de 2024

Padre Júlio liga para Nunes e aliados desistem de CPI após repercussão

O padre Júlio Lancellotti, da Pastoral do Povo de Rua, e o prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), conversaram por telefone na noite desta quarta-feira (3/1), após a divulgação da proposta de criação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigá-lo na Câmara Municipal da cidade. Nesta quinta (4/1), a repercussão em torno do tema fez com que parte da base do prefeito desistisse de apoiar a criação da comissão.

O prefeito afirma que o requerimento que circulou entre os vereadores não fez nenhuma menção ao padre. O pedido era para a instalação de uma CPI para investigar “as Organizações Não Governamentais (ONGs) que fornecem alimentos, utensílios para uso de substâncias ilícitas e tratamento aos grupos de usuários que frequentam a região da Cracolândia”.

Nunes já criticou a ação de entidades como a organização Craco Resiste, que promove ações assistenciais aos dependentes químicos do fluxo, e propõe medidas mais duras para parte dos usuários, como a internação compulsória. Mas ressalta que o requerimento não mirava as ações do padre católico. Ele ressaltou esse ponto na conversa com o padre.

Ligado à Igreja Católica e próximo do cardeal de São Paulo, dom Odilo Scherer, Nunes também conversou com outros integrantes da igreja, que queriam saber mais sobre a investigação, nesta quinta-feira. A Arquidiocese de São Paulo divulgou uma nota em que informou acompanhar o caso “com perplexidade”.

A proposta de criação da CPI é de autoria do vereador Rubinho Nunes (União), ex-integrante do Movimento Brasil Livre (MBL), e circulou entre os demais vereadores nos últimos dias de dezembro, antes do início do recesso parlamentar.

Para ser instalada, a comissão precisava de 19 assinaturas. Rubinho colheu 23, mas parte dos parlamentares argumenta que assinou o pedido sem saber que o padre Júlio seria alvo da ação, uma vez que não havia nenhuma citação a ele no pedido.

Nesta quinta, o vereador Xexéu Tripoli (PSDB), um dos vereadores que assinou o pedido, informou ao Metrópoles que sua assessoria irá protocolar um requerimento para tornar a assinatura sem efeito. Os parlamentares Thammy Miranda (PL), Sandra Tadeu (PSDB) e Sidney Cruz (Solidariedade) informaram o mesmo.

Líder de Nunes na Câmara, Fabio Riva (PSDB) afirmou que não há nenhum acordo na Casa para que a CPI seja instaurada.

Metrópoles

Postado em 5 de janeiro de 2024

Para 61% dos brasileiros, atividades culturais reduzem estresse, tristeza e solidão, afirma pesquisa

A cultura é fonte de bem-estar e a atividade que mais proporciona prazer a 54% dos brasileiros, revela a pesquisa Hábitos Culturais, realizada pela Fundação Itaú e pelo Datafolha e divulgada nesta quinta-feira (4). Ao todo, foram ouvidas 2.405 pessoas de 16 a 65 anos em todas as regiões do país entre 1º e 28 de setembro de 2023. Atrás dos programas culturais, estão passeios e idas a parques, praias e igrejas (19%), prática de esportes (19%) e assistir novelas e séries (3%).

Entre os 54% que elegeram a cultura a atividade que mais proporciona bem-estar, 18% preferem ir ao cinema, 15% priorizam shows e festivais de música e 12% optam pelo teatro. Ouvir música e dançar é o programa favorito de 9%, enquanto 4% gostam mais de ir ao cinema. Apenas 3% privilegiam a leitura.

A pesquisa também apontou relações entre hábitos culturais e saúde mental. Para 61% dos entrevistados, programas culturais reduzem o estresse e diminuem a sensação de tristeza e a solidão. 58% acreditam que a vida cultural melhora o relacionamento em casa (o índice cai para 50% quando se trata de relações de trabalho). 57% afirmam que hábitos culturais elevam a qualidade de vida em geral.

O levantamento também investigou o estado da saúde mental dos brasileiros: 42% dos entrevistados declaram ter sofrido algum tipo de problema de saúde mental nos 12 meses anteriores e 63% buscou tratamento. Mulheres e pessoas de 25 a 34 anos são os mais afetados por questões emocionais (53%), seguidos por integrantes das classes D e E. Entre os indivíduos de 35 a 44 anos, 34% relataram problemas de saúde mental. 55% deles estão desempregados.

O Nordeste é a região brasileira com mais pessoas que enfrentam a deterioração da saúde emocional: 50%. Em seguida, vêm o Centro-Oeste e o Sul (44%), o Sudeste (40%) e o Norte (24%). Os índices também são altos nas regiões metropolitanas do Rio (45%) e de São Paulo (37%).

Folha PE

Postado em 5 de janeiro de 2024

Brasil quita dívidas com organismos internacionais

O Brasil pagou, em 2023, R$ 4,6 bilhões em compromissos financeiros com organismos internacionais e zerou a dívida com essas instituições, divulgaram nesta quinta-feira (4), em Brasília, os Ministérios das Relações Exteriores (foto) e do Planejamento e Orçamento. O dinheiro foi repassado à Organização das Nações Unidas (ONU), bancos multilaterais, fundos internacionais e dezenas de instituições.

Desse total, informou o Ministério do Planejamento, R$ 2,7 bilhões correspondem a valores em aberto em 31 de dezembro de 2022. O R$ 1,9 bilhão restante refere-se a compromissos do ano passado.

O pagamento mais recente ocorreu em 21 de dezembro, quando o governo quitou R$ 289 milhões em contribuições regulares à ONU e pagou R$ 1,1 bilhão em dívidas com missões de paz.

Sem passivos com as Nações Unidas, o Brasil garantiu o direito de voto na Assembleia Geral da ONU em 2024, num ano em que o país preside o G20, grupo das 20 maiores economias do planeta. No segundo semestre de 2023, o Brasil presidiu o Conselho de Segurança do organismo internacional.

“Esse quadro de adimplência, que resulta do trabalho conjunto do Ministério do Planejamento e Orçamento e do Ministério das Relações Exteriores, além de outros órgãos do governo federal, fortalece a imagem do Brasil no cenário internacional global e regional, reafirma o compromisso do país com o multilateralismo e reforça a capacidade de atuação diplomática em prol dos interesses nacionais e dos princípios que regem a política externa brasileira”, destacou nota conjunta dos dois ministérios.

O comunicado listou a recuperação de direito de voto nos seguintes órgãos:

  • Organização Internacional para as Migrações (OIM);
  • Organização do Tratado de Proibição Completa de Testes Nucleares (CTBTO);
  • Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA);
  • Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ);
  • Tribunal Penal Internacional (TPI).

Outras dívidas
O país ainda saldou dívidas com organismos multilaterais como:

  • Organização dos Estados Americanos (OEA);
  • Organização Mundial do Comércio (OMC);
  • Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e a Cultura (Unesco);
  • Organização Internacional do Trabalho (OIT);
  • Organização Mundial da Saúde (OMS);
  • Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO).

Meio ambiente
O governo brasileiro também quitou débitos na área de meio ambiente e mudança do clima. Segundo a nota conjunta, o ato reforça a importância do compromisso do país nas duas áreas, à medida que Belém, no Pará, sediará a Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2025 (COP30).

Os principais passivos zerados nessas duas áreas foram os seguintes:

  • Contribuições relativas à Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança do Clima (UNFCCC);
  • Contribuições relativas ao Protocolo de Quioto;
  • Convenção sobre Diversidade Biológica (CDB);
  • Convenção sobre Poluentes Orgânicos Persistentes (Convenção de Estocolmo);
  • Convenção sobre Mercúrio (Convenção de Minamata).

América Latina
Na esfera regional, o Brasil regularizou cerca de R$ 500 milhões em aportes para o Fundo para a Convergência Estrutural do Mercosul (Focem), em abril. O fundo fornece recursos para projetos em áreas como infraestrutura urbana, segurança, saneamento básico e saúde.

O pagamento permitiu que o Brasil acessasse R$ 350 milhões para financiar projetos em municípios brasileiros em regiões de fronteira com os países do Mercosul. Em dezembro, durante a 63ª Reunião Ordinária do Conselho do Mercosul, o governo saldou R$ 14,6 milhões com o Instituto Social do Mercosul (ISM).

Outras dívidas com órgãos regionais quitadas em 2023 foram estas:

  • Associação Latino-Americana de Integração (Aladi);
  • Secretaria do Mercosul;
  • Parlamento do Mercosul (Parlasul);

O país também pagou contribuições para os seguintes órgãos do Mercosul:

  • Instituto de Políticas Públicas de Direitos Humanos (IPPDH);
  • Secretaria do Tribunal Permanente de Revisão (TPR).

Histórico
No fim de 2022, o gabinete de transição para o governo atual informou que havia cerca de R$ 5 bilhões de dívidas do governo brasileiro com organismos internacionais. No fim de dezembro do mesmo ano, o Itamaraty recebeu R$ 4,6 bilhões, que foram convertidos em restos a pagar para 2023.

Cabe ao Ministério do Planejamento pagar as contribuições a todos os organismos internacionais dos quais o Brasil participa. O ministério também se responsabiliza pela integralização de cotas em bancos multilaterais e pela recomposição de fundos estrangeiros.

Para evitar novas dívidas, o Orçamento de 2024 – aprovado no fim de dezembro – tornou obrigatórias as despesas com organismos internacionais e compromissos assumidos em tratados externos, o que proíbe o contingenciamento (bloqueio temporário). Segundo o Itamaraty e o Ministério do Planejamento, a mudança “corrige uma inadequação histórica e confere mais previsibilidade à atuação internacional do Brasil em nível multilateral”.

EBC

Postado em 5 de janeiro de 2024

Síndrome do pânico: cientistas descobrem via cerebral responsável pelos sintomas

A síndrome do pânico é caracterizada pela recorrência dos chamados ataques de pânico – episódios de ansiedade extrema que provocam sintomas como taquicardia, falta de ar, medo excessivo e sudorese. Nos Estados Unidos, o Instituto Nacional de Saúde Mental estima que 4,7% dos adultos vão lidar com o distúrbio em algum momento da vida. Agora, um novo estudo, publicado nesta quinta-feira na revista científica Nature Neuroscience, traz boas notícias para o combate ao problema.

Cientistas do Instituto Salk para pesquisas biológicas, nos Estados Unidos, descobriram uma via cerebral inédita que media os sintomas do transtorno. Além disso, identificaram que ela pode ser utilizada como um novo alvo para o desenvolvimento de tratamentos, conta o autor sênior do estudo, Sung Han, professor associado da Salk, em comunicado:

“Temos explorado diferentes áreas do cérebro para entender onde começam os ataques de pânico. Anteriormente, pensávamos que a amígdala, conhecida como o centro do medo do cérebro, era a principal responsável. Mas mesmo as pessoas que têm danos na amígdala ainda podem sofrer ataques de pânico, por isso sabíamos que precisávamos procurar outro lugar. Agora, encontramos um circuito cerebral específico fora da amígdala que está ligado a ataques de pânico e pode inspirar novos tratamentos para transtorno de pânico que diferem dos medicamentos atuais”.

De forma resumida, o novo circuito consiste em neurônios especializados que enviam e recebem um neuropeptídeo (pequena proteína que envia mensagens por todo o cérebro) chamado PACAP. Os pesquisadores descobriram que as células nervosas que produzem o PACAP são ativadas durante um ataque de pânico, e que esses neuropeptídeos, por sua vez, ativam receptores responsáveis por causar os sintomas comportamentais e físicos da síndrome do pânico.

No estudo, os cientistas foram além e observaram ainda que o neuropeptídeo e os neurônios envolvidos na via cerebral são possíveis alvos de drogas. Em modelos animais, eles inibiram esse circuito e, com isso, constataram uma redução dos sinais do problema. O achado é inicial, mas representa um caminho promissor para novas intervenções terapêuticas – algo que a equipe do Salk buscará.

Como o circuito foi identificado
Para identificar o novo circuito cerebral, os cientistas começaram examinando uma parte do órgão chamada núcleo parabraquial lateral, conhecida como centro de alarme do cérebro. A área controla fatores como respiração, frequência cardíaca e temperatura corporal. Por isso, os responsáveis pelo trabalho já imaginavam que ela estava envolvida nos sintomas dos ataques de pânico.

Durante o estudo, os pesquisadores do Salk descobriram que a região de fato produzia um neuropeptídeo, o PACAP, que era conhecido anteriormente por ser o principal regulador das respostas ao estresse. Mas a conexão entre essa expressão do PACAP e o desencadeamento dos sintomas do pânico ainda não estava clara. Por isso, os cientistas recorreram a camundongos.

Ao imitar ataques de pânico nos animais, eles confirmaram que, durante o espidódio, os neurônios que expressam os PACAP no núcleo parabraquial lateral foram ativados. E observaram que, em seguida, esses neuropeptídeos foram enviados para uma outra parte do cérebro chamada rafe dorsal.

Lá, residem outros tipos de neurônios que produzem receptores, que se conectavam justamente com os PACAP. Com isso, os neuropeptídeos ativaram esses receptores e eles, por sua vez, foram os responsáveis por causar os sintomas comportamentais e físicos do pânico nos camundongos.

A descoberta desse complexo circuito, e de que ele pode ser inibido com drogas, representam o primeiro passo para o objetivo dos pesquisadores de construir um mapa completo das regiões, neurônios e conexões do cérebro envolvidas na síndrome de pânico.

Folha PE

Postado em 5 de janeiro de 2024

Servidores sobre suposta ação da Abin contra Moraes: “Consternação”

Servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) emitiram uma nota, por meio da União dos Profissionais de Inteligência de Estado da Abin (Intelis), na qual manifestam “consternação” com o suposto envolvimento do órgão no plano de atentado contra o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Em entrevista ao Globo, publicada nesta quinta-feira (4/1), Moraes disse que havia três planos de golpistas contra ele, incluindo um no qual o objetivo era prendê-lo e enforcá-lo na Praça dos Três Poderes.

Segundo o ministro, “houve uma tentativa de planejamento” de ataque contra ele. “Inclusive, e há outro inquérito que investiga isso, com participação da Abin, que monitorava os meus passos para quando houvesse necessidade de realizar essa prisão”, pontuou.

Em nota, a Intelis afirmou que, durante a maior parte do governo de Jair Bolsonaro (PL), a Abin “esteve sob gestão de servidores de outro órgão, durante a qual houve ocupação de cargos por indicação exógena em quantidade inédita na história da Abin, situação que perdurou até março de 2022”.

“O relatório final da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito dos Atos Antidemocráticos, aprovado em 18/10/2023, é inequívoco quanto ao compromisso dos profissionais da ABIN com a Democracia, manifestado e documentado no acompanhamento da radicalização que culminou nos atos extremistas de 8 de janeiro de 2023 e no compartilhamento de informações às autoridades competentes sobre possíveis atentados à segurança pessoal de agentes públicos e contra instituições basilares do Estado brasileiro”, enfatizou.

Segundo a entidade, “tais ameaças permanecem objeto do acompanhamento silencioso de nossos servidores orgânicos, que mesmo sob condições adversas, trabalham incansavelmente pela segurança da sociedade e do Estado.”

“O necessário aprofundamento dos trabalhos de Inteligência em defesa do Estado de Direito no Brasil depende da urgente reforma das prerrogativas legais da Abin, com definição de meios e focos de sua atuação, do reforço e valorização do quadro de pessoal e do efetivo controle externo da atividade, exercido pelo Congresso Nacional”, disse a Intelis.

Metropoles

Postado em 5 de janeiro de 2024

Vereadores retiram apoio de CPI que mira padre Lancelotti

O pedido de abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) que pretendia investigar o padre Júlio Lancelotti na Câmara Municipal de São Paulo sofreu um revés nesta quinta-feira 4, com a divulgação do nome dos vereadores que assinaram o documento.

Ao menos quatro já anunciaram a intenção de retirar o apoio ao requerimento do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), o que coloca em dúvida a viabilidade da proposta. A CPI precisa ser pautada pelos líderes e aprovada pela maioria em plenário para sair do papel. O autor do pedido não atendeu a reportagem para comentar o caso.

Os parlamentares se dizem enganados e surpresos com o direcionamento da CPI que mira em organizações não governamentais (ONGs) que recebem financiamento público para atuar na Cracolândia. “Assinei uma CPI que em momento algum falava em investigar os trabalhos sérios do padre Júlio Lancelotti. Fui surpreendido ontem com essa enxurrada de notícias. Desvirtuou o objeto. Retiro minha assinatura e sinalizo que se a proposta for ao plenário eu votarei contra”, afirmou o vereador Sidney Cruz (Solidariedade).

O vereador Xexéu Tripoli (PSDB) disse ser “absolutamente revoltante” a abertura de investigação contra o padre. “Não defendo a perseguição política a líderes religiosos. Ainda mais nesses tempos de ódio e rancor nas redes sociais. A investigação de casos suspeitos de mau uso de recursos públicos não pode servir de pretexto para perseguição política”, alegou em nota.

Outro a fazer elogios ao padre depois de sinalizar apoio à CPI foi o vereador Thammy Miranda (PL). “A comissão que assinei tem como intuito proteger os moradores do centro que enfrentam desafios relacionados à saúde e segurança pública na região da Cracolândia. Em nenhum momento o nome do padre Júlio Lancellotti foi mencionado, direta ou indiretamente, nesse apoio à CPI. Se o intuito desse projeto é atacá-lo, não tem meu apoio.”

Além deles, a vereadora Sandra Tadeu (União Brasil), esta do mesmo partido de Rubinho Nunes, também está no time dos arrependidos. Ela disse não ser a favor de uma CPI “personalizada” com o nome do padre Júlio Lancelotti. “Sou a favor de uma CPI ampla que ouça as ONGs e o poder público municipal, estadual e federal, para que possamos entender onde estamos falhando”, declarou ela.

Os políticos acionaram a equipe jurídica para tornar sem efeito as assinaturas, mas a situação pode gerar questionamentos na medida que o pedido já foi protocolado. De qualquer modo, a debandada sinaliza perda de apoio para uma eventual votação em plenário, condição necessária para a aprovação da CPI na Câmara Municipal de São Paulo.

Requerimento não cita o nome do padre
O requerimento do vereador Rubinho Nunes (União Brasil), de fato não cita diretamente o nome do padre Júlio Lancelotti, nem das ONGs que seriam objeto de investigação. Em entrevistas, no entanto, o político acusou organizações como a Craco Resiste e o Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto, conhecido como Bompar, de executarem uma política de redução de danos com dinheiro público que “explora os dependentes químicos do centro da capital”. Ele também declarou que o padre seria um dos principais alvos.

O sacerdote disse não ter relação hoje com as entidades, e sim com a Paróquia São Miguel Arcanjo, e recebeu o apoio da Arquidiocese de São Paulo. Partidos de esquerda, como o PT e PSOL, apontam que ele sofre perseguição política. As duas entidades citadas atuam junto à população em situação de rua e dependentes químicos no centro de São Paulo, assim como o padre, que já foi conselheiro do Bompar. Nas redes sociais, a Craco Resiste chamou a ação de “ataque desonesto” contra o seu trabalho. O Bompar não se manifestou até o momento.

Abertura da CPI depende de líderes e aprovação em plenário
O pedido de abertura da CPI não é suficiente para garantir a sua instalação na Câmara Municipal de São Paulo. Mesmo obtendo as assinaturas necessárias para protocolar o requerimento, a proposta de CPI das ONGs precisa ser incluída na ordem do dia e passar por duas votações distintas antes de ser aprovada. A oposição promete atuar contra e tenta sensibilizar o presidente da Casa a não pautar o pedido.

Segundo a assessoria de comunicação da Câmara, o requerimento de abertura da CPI exige 19 assinaturas, o equivalente a um terço dos parlamentares, que somam 55 na capital. Essa etapa já foi cumprida no dia 6 de dezembro, conforme consta nos registros eletrônicos da Câmara. O documento recebeu 22 assinaturas; o Estadão identificou 19 parlamentares, de nove partidos diferentes, incluindo o líder do governo Ricardo Nunes, Fábio Riva (PSDB). Procurado, ele não esclareceu se o apoio representa uma opção individual ou uma posição de governo.

Já a instalação da CPI das ONGs dependerá de duas votações em plenário – a primeira para autorizar a abertura de uma nova CPI na legislatura e a segunda para decidir efetivamente pela criação da CPI das ONGs. Nas duas votações, é necessário maioria absoluta, ou seja, 28 votos, para a aprovação. O fato de o procedimento passar pelo plenário sugere que a ação depende ainda de articulação no Colégio de Líderes, responsável por definir a pauta das sessões. Outras 44 CPIs propostas nesta legislatura aguardam a vez.

Antes da debandada de assinaturas, o vereador Rubinho Nunes antecipou um suposto acordo entre as lideranças para dar prioridade ao seu pedido e disse que o pedido contava com cerca de 30 apoios para instalar a CPI das ONGs na volta do recesso, em fevereiro. Esse acordo não está confirmado. O presidente da Câmara, Milton Leite (União Brasil), limitou-se a dizer por meio de nota que o tema ainda será tratado pelas lideranças. Membros da oposição, por outro lado, negam qualquer discussão ou acerto prévio nesse sentido e prometem obstruir o requerimento.

“Se de fato forem tocar isso para frente, nós vamos obstruir em todos os sentidos. Não achamos justo. Estão querendo fazer uma CPI das ONGs com o único objetivo de prejudicar o padre Júlio Lancelotti, que presta um serviço de grande qualidade há mais de 30, 40 anos e que tem conduta ilibada. Querem manchar a imagem do padre mais uma vez”, disse o líder do PT, Senival Moura.

A exigência de voto em plenário ocorre quando mais de duas CPIs estão em andamento ao mesmo tempo. O regimento interno da Câmara Municipal de São Paulo permite o funcionamento simultâneo de até cinco investigações, desde que haja consenso entre a maioria dos parlamentares a partir da terceira. Atualmente, três estão em andamento na capital paulista: a CPI da Enel, que investiga o apagão de energia elétrica, a CPI do Furto de Fios e Cabos, que tenta mapear o furto e o comércio ilegal de cobre, e a CPI da Violência e do Assédio Sexual contra Mulheres.

EXAME

Postado em 5 de janeiro de 2024

Fiat Strada é o carro mais vendido em 2023; veja o ranking

O Fiat Strada fechou 2023 como o carro mais vendido do Brasil, acumulando três anos na liderança.
A picape compacta foi a líder do mercado brasileiro, que registrou bons números no ano passado, conforme revela balanço da Federação Nacional da Distribuição de Veículos Automotores (Fenabrave), divulgado nesta quinta (4).

O Brasil teve crescimento de 12% nos emplacamentos superando 4,1 milhões de unidades, algo que não acontecia desde 2019.

A Strada teve 120.600 unidades emplacadas de janeiro a dezembro, sendo o comercial leve mais vendido e também a picape mais vendida do Brasil. Na sequência, aparece o Volkswagen Polo, com 111.242 unidades, consagrando-se como o automóvel de passeio mais vendido do Brasil. O terceiro lugar ficou com o Chevrolet Onix, com 102.043 emplacamentos. Nas vendas de dezembro, Polo e Onix superaram a Strada.

De acordo com a Fenabrave, o desempenho do mercado brasileiro foi positivo em todas as categorias de veículos, com exceção dos caminhões. Nas motos, há alta de 16,1%, enquanto os automóveis e comerciais leves registraram alta de 11,3%.

Os 30 automóveis mais vendidos do Brasil em 2023:
Posição Modelo Emplacamentos
1º Volkswagen Polo 111.242
2º Chevrolet Onix 102.043
3º Hyundai HB20 88.905
4º Chevrolet Onix Plus 74.887
5º Fiat Mobi 73.428
6º Volkswagen T Cross 72.441
7º Fiat Argo 66.717
8º Chevrolet Tracker 66.643
9º Hyundai Creta 65.817
10º Renault Kwid 63.317
11º Jeep Compass 59.106
12º Volkswagen Nivus 52.103
13º Nissan Kicks 50.778
14º Fiat Cronos 50.755
15º Honda HR-V 48.054
16º Jeep Renegade 47.389
17º Fiat Pulse 45.808
18º Toyota Corolla 42.925
19º Toyota Corolla Cross 42.071
20º Fiat Fastback 40.404
21º Hyundai HB20s 30.281
22º Peugeot 208 28.629
23º Volkswagen Virtus 27.094
24º Citroen C3 26.578
25º Renault Duster 26.506
26º Toyota Yaris Hb 23.339
27º Toyota Yaris Sedan 20.571
28º Chevrolet Spin 20.314
29º Jeep Commander 19.874
30º Toyota Hilux Sw4 16.006

Ainda no ranking dos carros mais vendidos de 2023, destaque para o Volkswagen T-Cross. O modelo da marca alemã teve 72.441 unidades comercializadas em 2023, o SUV mais vendido em nosso país. Na sequência, aparecem Chevrolet Tracker (66.643) e o Hyundai Creta (65.817). O Jeep Compass foi o SUV médio mais vendido do Brasil em 2023, com 59.106 emplacamentos.

Previsão para 2024
O último mês de 2023 fechou com um total de 400.020 emplacamentos, registrando um aumento de 10,7% em relação a novembro.

A Fenabrave comemorou os números de 2023 e considera a redução da taxa de juros entre os estímulos fiscais concedidos pelo governo para compra de carro zero quilômetro com os principais fatores para melhora nos emplacamentos. Contudo, o setor cobra políticas perenes para incentivo à compra de veículos.

“É necessária a busca de soluções permanentes que mantenham o mercado aquecido, já que se trata de um setor que conta com 7.400 concessionárias, instaladas em mais de 1.000 municípios e que respondem por mais de 300 mil empregos e por 5% de participação no PIB nacional”, declarou Andreta Junior, presidente da Fenabrave.

Os 30 veículos comerciais leves mais vendidos em 2023:
Posição Modelo Emplacamentos
1º Fiat Strada 120.600
2º Fiat Toro 51.303
3º Volkswagen Saveiro 46.600
4º Toyota Hilux 46.200
5º Chevrolet Montana 30.018
6º Chevrolet S10 25.967
7º Fiat Fiorino 21.864
8º Ford Ranger 20.353
9º Renault Oroch 12.734
10º Mitsubishi L200 12.644
11º Renault Master 10.611
12º Ram Rampage 8.637
13º Nissan Frontier 8.388
14º Volkswagen Amarok 7.978
15º Fiat Scudo 3.555
16º Ram 3500 3.138
17º Ford Transit 2.659
18º Kia K2500 2.456
19º Ram Classic 2.176
20º Peugeot Expert 1.976
21º VW Truck e Bus Express 1.898
22º Citroen Jumpy 1.760
23º Iveco Daily 1.738
24º Peugeot Partner 1.716
25º Ram 2500 1.670
26º Ford Maverick 1.654
27º Mercedes-Benz Sprinter 1.435
28º Ram 1500 1.330
29º Ford F150 983
30º Fiat Ducato 946

As projeções para 2024 indicam um crescimento global de 13,54% em todos os segmentos, totalizando 4.518.871 unidades emplacadas no mercado interno. No caso de automóveis e comerciais leves, a expectativa é 12%, atingindo 2.440.887 unidades emplacadas.

Caminhões e ônibus
No segmento de caminhões, a previsão é de um crescimento de 10% em 2024, com cerca de 114.571 unidades emplacadas. O setor deve se beneficiar da total consolidação do “Euro 6”, medida de redução de poluentes. Já o segmento de ônibus pode crescer 20% em 2024, totalizando 29.546 unidades. Esse aumento é atribuído ao Programa Caminho da Escola, com 16 mil novas unidades previstas para este ano.

CNN

Postado em 5 de janeiro de 2024

Órgão de defesa do consumidor detecta produtos químicos plásticos em alimentos do McDonald’s e Burger king nos EUA; entenda

A Consumer Reports, uma associação de defesa do consumidor nos Estados Unidos, encontrou a presença “generalizada” de plásticos em diversos alimentos comercializados no país, incluindo em redes de fast-food como McDonald’s e Burger King. Vale ressaltar que não existem estudos feitos nas redes brasileiras.

Em um estudo divulgado nesta quinta-feira (4), a associação disse que 84 dos 85 alimentos de supermercado e fast-food testados recentemente continham “plastificantes” conhecidos como ftalatos, um produto químico usado para tornar o plástico mais durável. Em muitos alimentos, os níveis foram considerados elevados e, segundo a associação, os níveis não dependiam do tipo de embalagem ou tipo específico de alimento.

Por exemplo, níveis elevados de ftalatos foram encontrados em hambúrgueres, nuggets e batatas fritas – ou em suas embalagens – de grandes redes de fast-food como Wendy’s, Burger King e McDonald’s. No entanto, a associação afirmou que nenhum dos níveis de ftalato excedeu os limites estabelecidos pelas agências reguladoras dos EUA e da Europa.

A análise também afirmou que 79% das amostras de alimentos continham bisfenol A, o famoso BPA, produto químico derivado do plástico, e outros bisfenóis.

De acordo com a Consumer Reports, o problema é que existem muitas maneiras pelas quais esses produtos químicos entram no nosso organismo. Os primeiros esforços para limitar a exposição a eles concentraram-se nas embalagens, mas já se sabe que os ftalatos, por exemplo, também podem entrar no alimento durante o seu processamento, proveniente de tubos, correias transportadoras e luvas usadas nessa etapa de preparo. Eles podem até entrar diretamente na carne e nos produtos através de água e solo contaminados.

Riscos à saúde
Os ftalatos e bisfenois são produtos químicos derivados do plástico que podem afetar a saúde humana de diversas formas. Por exemplo, eles podem interferir na produção e regulação de hormônios como o estrogênio. Isso pode contribuir para um risco aumentado de vários problemas de saúde, como defeitos congênitos, câncer, diabetes, infertilidade, parto prematuro, problemas de desenvolvimento neurológico, obesidade e outras condições de saúde.

A questão é que esses problemas normalmente desenvolvem-se lentamente, ao longo de décadas.

“Ao contrário de um acidente de avião, onde todos morrem ao mesmo tempo, as pessoas que morrem por causa disso morrem ao longo de muitos anos.”, pontua o pediatra Philip Landrigan, diretor do Programa para a Saúde Pública Global e o Bem Comum do Boston College, em comunicado.

Outra preocupação é que esses produtos químicos não podem ser completamente evitados e seus efeitos nocivos podem ser cumulativos. Dessa forma, a exposição constante, mesmo a quantidades muito pequenas, pode aumentar os riscos para a saúde.

Além disso, embora o corpo humano seja muito bom a eliminar bisfenóis e ftalatos do nosso organismo, a exposição constante a eles significa que entram no nosso sangue e tecidos quase tão rapidamente quanto são eliminados.

O GLOBO

Postado em 5 de janeiro de 2024

Dinheiro para Ucrânia na guerra contra a Rússia acabou, dizem EUA

O dinheiro que os Estados Unidos separam para apoiar a Ucrânia na guerra contra a Rússia acabou em 27 de dezembro, e não há previsão de novos aportes exceto que o Congresso americano apoie um novo pacote de ajuda militar proposto desde o ano passado pelo governo Joe Biden.

A afirmação, que vinha sendo cantada desde o início de dezembro pela Casa Branca, foi feita na quarta (3) pelo porta-voz do Conselho de Segurança Nacional, John Kirby. “Nós demos agora à Ucrânia o último pacote de assistência de segurança. Agora precisamos ter apoio no Congresso para continuar a fazê-lo”, disse.

Ainda há US$ 4,4 bilhões (R$ 21,6 bilhões hoje) à disposição de Biden para livre manejo, mas Kirby sinalizou que não há chance de isso acontecer sem apoio parlamentar ao pacote de segurança de R$ 520 bilhões, R$ 300 bilhões deles para a Ucrânia, apresentado pelo governo no fim do ano e rejeitado no Congresso.

“Sem financiamento suplementar, não há outro pote mágico para buscar apoio à Ucrânia”, afirmou. No mês passado, o porta-voz do Pentágono, general Pat Ryder, havia dado razões além da briga política para a dificuldade em apoiar os ucranianos.

“Certamente nós retemos a opção de gastar todos os fundos [os US$ 4,4 bilhões], mas essas são escolhas difíceis porque, no fim do dia, nós teremos de tomar decisões acerca de nosso próprio preparo e nossa habilidade de continuar apoiando a Ucrânia”, afirmou.

Os EUA são o maior patrocinador ocidental do governo de Volodimir Zelenski. Segundo o monitor de apoios do Instituto para Economia Mundial de Kiel (Alemanha), dos R$ 1,2 trilhão dados até outubro em ajuda para Kiev, os EUA colaboraram com R$ 380 bilhões, 61% dos quais em repasse de armas.

O último pacote de ajuda em 2023, citado por Kirby, foi o 54º desde o início da guerra, em 24 de fevereiro de 2022. Ele somou US$ 250 milhões (R$ 1,2 bilhão) e incluía munição para o sistema antiaéreo Nasams, foguetes de artilharia e lançadores M270.

A situação é de impasse. Os republicanos estão de olho na corrida eleitoral, e dizem que o pacote de segurança de Biden não dá olhos para a crise com os refugiados latinos na fronteira mexicana. Por outro lado, como parte do dinheiro irá para apoiar Israel, não é improvável que a oposição faça gestos à politicamente vital comunidade judaica americana.

No meio do tiroteio fica Zelenski, que vive um momento difícil na guerra, com o fracasso de sua contraofensiva do ano passado e a pressão renovada dos russos, particularmente com ataques aéreos mais pesados do que os anteriores desde a virada do ano.

Ele já falou abertamente sobre o temor de que Biden perca a eleição —se está difícil manter o nível do apoio com o democrata, a queda é vista como certa com Trump. Observadores apontam que a situação complexa, dado que o pacote de ajuda de R$ 250 bilhões que a União Europeia estudava para este ano também está sofrendo atrasos, pode levar a um clima de negociação.

O russo Vladimir Putin tem descartado isso e engrossado o tom de seu discurso, e certamente não irá baixar a guarda até estar reeleito no pleito de março. Mas daí em diante está aberta uma janela para que, caso possa cantar vitória mantendo os 20% que já ocupa do vizinho, algum arranjo seja feito.

Concorre em favor disso o fastio ocidental com os gastos e o impacto da guerra, mas Kiev, por óbvio, não quer ouvir falar em perda territorial. Enquanto isso, ambos os lados se preparam preparam para o prolongamento indefinido do conflito, o que favorece a Rússia, mais capaz em termos de mão de obra e produção militar.

Folha de SP

Postado em 5 de janeiro de 2024

Lucas e João?

O Vereador João Gustavo entra 2024 com o nome forte para assumir a tão disputada vaga de pré-candidato a vice-prefeito na chapa de situação, encabeçada por Lucas Galvão.
João seria o nome que representaria a Câmara Municipal do lado situacionista e teria todo aval do prefeito e de seus aliados.
Em seu primeiro mandato, João Gustavo vem desempenhando um papel de conciliação em momentos tidos como tensos e complicados. Ele tem bom diálogo com todos, inclusive com a oposição, além de ter bom trâmite com uma parte significativa do empresariado local.
Gustavo já foi vice-prefeito e também passou por diversas secretarias.
Os nomes que disputam com ele são: Maria Aparecida (Dadá), Alana Moraes e Lucieldo Silva.
Vamos aguardar o final desse filme.

Postado em 4 de janeiro de 2024

Alexandre Correa entra com pedido de prisão para Ana Hickmann por alienação parental

O empresário Alexandre Correa, que no ano passado foi acusado por Ana Hickmann de lesão corporal e violência doméstica, entrou na Justiça com um pedido de prisão para a apresentadora por uma suposta alienação parental e descumprimento de ordem judicial. Ele alega que ela não entregou o filho de 9 anos do casal a ele na data estipulada pela Justiça.

O F5 teve acesso ao documento que consta no Tribunal de Justiça da Comarca de Itu, protocolado pela juíza Renata Cristina Rosa da Costa Silva. Nele, assinado no dia 19 de dezembro, havia ficado determinado que o garoto ficaria com o pai entre os dias 3 e 10 de janeiro, com retirada às 9h e devolução às 18h, competindo aos avós paternos buscarem e devolverem a criança no lar materno.

Segundo o pedido de prisão, enviado nesta quinta (4) ao TJ-SP, Ana teria se recusado a entregar a criança para convivência com o pai.

Segundo a versão de Alexandre, ela teria permitindo apenas um rápido encontro para um lanche no final da tarde ao alegar que iria para uma praia com amigos e levaria o menor junto.

Dessa forma, a defesa do empresário diz entender que ela deva ser presa em flagrante por descumprimento de ordem judicial e alienação parental. Procurada, Ana Hickmann não comentou. A assessoria dela também não havia respondido as solicitações até a publicação deste texto.

DÍVIDAS E BRIGA NA JUSTIÇA
Alexandre convocou, por meio de um edital protocolado na Justiça, uma reunião com os credores da empresa que ele possui com a apresentadora para o próximo dia 18, às 8h30. A ideia dele é tentar entrar em acordo para encerar os inúmeros processos contra a empresa por dívidas.

De acordo com Enio Martins Murad, advogado do empresário, Alexandre tentará repassar alguns imóveis que tem. Segundo ele, o patrimônio do agora ex-casal gira em torno dos R$ 50 milhões. Ana e Alexandre são casados em regime parcial de bens.

“Como Alexandre é dono de 50% do valor da empresa, cabe a ele acertar as dívidas correspondentes a esse montante (cerca de R$ 15 milhões). As dívidas correspondentes à parte de Ana Hickmann deverão ser quitadas por ela”, diz o advogado. Procurada, a apresentadora não se manifestou, mas sua equipe já disse que o caso segue em segredo e não pode dar informações.

Folha de São Paulo

Postado em 4 de janeiro de 2024

Preços de carros seminovos e usados devem cair até R$ 10,6 mil em 2024; veja preços e modelos

O ano de 2024 deve ser de boas oportunidades para quem deseja comprar um veículo seminovo ou usado. Isso porque a previsão é de que os preços caiam de 6% a 8%, de acordo com o Sindicato dos Revendedores de Veículos Automotores do Estado do Ceará (Sindivel).

Por exemplo: um Ônix do ano 2020, da Chevrolet, seminovo, vendido por R$ 81 mil, pode passar a custar R$ 74,5 mil; um desconto de R$ 6,4 mil caso o preço caia 8%. Um UP (Volkswagen) do ano 2015, anunciado por R$ 43,9 mil, pode ficar até R$ 3,5 mil mais barato.

Uma Hilux 2014/2015 (Toyota), vendida por R$ 132,9 mil, custaria R$ 10,6 mil a menos com o desconto de 8%.

Um Fox (Volkswagen) 2016/2017, de R$ 55,9 mil, pode custar R$ 51,5 mil com a queda de 8%, caso se concretize, representando R$ 4,4 mil a menos. Os valores acima foram colhidos pela coluna em páginas de algumas lojas de seminovos e usados em Fortaleza.

Veja lista de alguns modelos e preços com perspectiva de redução:
Ônix 2020 (Chevrolet)
Preço em 02/01: R$ 81.000

Preço com a redução de 6%: R$ 76.140

Preço com a redução de 8%: R$ 74.520

Fox 2016/2017 (Volkswagen)
Preço em 02/01: R$ 55.900

Preço com a redução de 6%: R$ 52.546

Preço com a redução de 8%: R$ 51.428

Kwid 2018/2019 (Renault)
Preço em 03/01: R$ 45.900

Preço com a redução de 6%: R$ 43.146
Preço com a redução de 8%: R$ 42.228

WR-V 2020 (Honda)
Preço em 03/01: R$ 88.900

Preço com a redução de 6%: R$ 83.566

Preço com a redução de 8%: R$ 81.788

Civic 2016/2017 (Honda)
Preço em 03/01: R$ 98.900

Preço com a redução de 6%: R$ 92.966

Preço com a redução de 8%: R$ 91.048

Hilux 2014/2015 (Toyota)
Preço em 03/01: R$ 132.900

Preço com a redução de 6%: R$ 124.926

Preço com a redução de 8%: R$ 122.268

A perspectiva de redução está amparada na queda da inadimplência, na redução das taxas de juros e na oferta um pouco maior de veículos. Contribuiu para elevar o número de carros no mercado o programa de descontos para carros novos implementado pelo Governo Federal no ano passado.

“Foi uma medida pontual que atrapalhou um pouco naquele momento, mas deu uma aquecida no mercado de novos, representando uma boa oferta futura de seminovos e usados”, pontua Everton Fernandes, presidente do Sindivel no Ceará.

Resquícios da pandemia
Apesar da oferta maior de carros, ele destaca que a pandemia continuará produzindo efeitos sobre o mercado em 2024 por causa da oferta reduzida de veículos dos anos 2020, 2021 e 2022. “Temos uma oferta pequena desses veículos, então é o único fator que deve atrapalhar neste ano”.

Ao passo que as perspectivas são de queda nos preços, o Sindivel prevê crescimento entre 3% e 5% na venda de veículos novos e seminovos em 2024 – acima do crescimento de 1,8% observado em 2023. “Lógico que essa previsão para 2024 vai depender de algum cenário específico, como guerras no cenário internacional, que é outro fator que afeta internamente, dependendo das proporções que os conflitos tomam”.

Vendas
Ao longo de todo o ano de 2023, conforme dados da Federação Nacional das Associações dos Revendedores dos Veículos Automotores (Fenauto) repassados pelo Sindivel, foram comercializados 380,4 mil veículos no Ceará, sendo 184,2 mil do segmento auto e 35,2 mil comerciais leves. O restante corresponde às motos, comerciais pesados e outros.

Os automóveis mais vendidos de novembro foram Gol (Volkswagen); Corolla (Toyota) e Onix. Nos comerciais leves – que são carros que servem para passeio e para transporte de carga, o pódio ficou para a Hillux (Toyota); Strada (Fiat) e Saveiro (Volkswagen).

Diario do Nordeste

Postado em 4 de janeiro de 2024

Governo Lula abriu 47% mais concursos em 1 ano do que Bolsonaro em 4

O governo Lula autorizou a abertura de 9,1 mil vagas de concurso público em 2023, 47% a mais do que a soma dos quatro anos do mandato de Jair Bolsonaro. Os números são do Ministério da Gestão e abrangem o Poder Executivo.

De 2019 a 2022, o governo Bolsonaro criou 6,2 mil vagas permanentes no serviço federal. Das 9,1 mil criadas em 2023, os ministérios mais contemplados foram Trabalho; Planejamento; Ciência e Tecnologia; Desenvolvimento Agrário; e Povos Indígenas.

O Ministério do Trabalho abriu 900 vagas para auditor-fiscal do Trabalho. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) abriu 895 postos para analistas, pesquisadores e técnicos. Em terceiro lugar, o Ministério da Ciência e Tecnologia abriu 814 vagas para analistas, pesquisadores e tecnologistas.

O Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), por seu turno, criou 742 vagas para analistas e engenheiros. Em quinto lugar, a Fundação Nacional dos Povos Indígenas (Funai) terá mais 502 vagas, entre economistas, antropólogos, arquitetos, indigenistas e sociólogos.

No início do governo Bolsonaro, em 2019, o então ministro da Economia, Paulo Guedes, prometeu “travar” os concursos públicos no país. “A primeira coisa, concursos públicos. Trava esse negócio aí”.

Metropoles

Postado em 4 de janeiro de 2024