Defesa diz que Bolsonaro imprimiu documento por problema na visão

A defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) alega que ele imprimiu o documento que anunciava a decretação de estado de sítio e da garantia da lei e da ordem por problemas na visão.
A Polícia Federal (PF) encontrou uma minuta de discurso em que seria anunciado o golpe de Estado no escritório de Bolsonaro na sede do Partido Liberal (PL), em Brasília, nessa quinta-feira (8/2).

“O ex-presidente não tem o costume de fazer a leitura de textos no próprio telefone celular, certamente, em razão das dimensões limitadas da tela e a necessidade hodierna de uso de lentes corretivas, razão porque pediu a sua assessoria a impressão do documento em papel”, diz a nota divulgada pelos advogados de Bolsonaro.

A defesa do ex-presidente destaca que o documento encontrado no escritório de Bolsonaro teria sido enviado pelo advogado Paulo Cunha Bueno em outubro do ano passado.

Ainda de acordo com os advogados, o texto seria o mesmo daquele encontrado por investigadores no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e que já era de conhecimento da PF.

“Cotejando-se o texto veiculado pelos órgãos de imprensa, a defesa verificou que, de fato, tratava-se exatamente do mesmo texto do arquivo ‘suposta minuta.dox’, tornando, assim, inconteste que o impresso apreendido era de fato aquele encaminhado de forma legal por seu advogado, em 18 de outubro”, detalha a defesa.

Os argumentos apresentados pelos advogados de Bolsonaro foram encaminhados para o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), que autorizou a operação da última quinta.

Metrópoles

Postado em 10 de fevereiro de 2024

Moraes converte em preventiva a prisão de Valdemar Costa Neto

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), converteu a prisão do presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, em preventiva. O dirigente partidário foi preso em flagrante durante megaoperação da Polícia Federal (PF) na quinta-feira (8/2) por posse ilegal de arma e de uma pepita de ouro.
Moraes também deu prazo de 24 horas para que a Procuradoria-Geral da República (PGR) se manifestar sobre o pedido de liberdade provisória apresentado pela defesa do líder do PL e deferiu o pedido de vista dos autos.

A defesa de Valdemar alega que não há fato relevante para a prisão. Os advogados do presidente do PL disseram que a pepita tem baixo valor e não configura delito segundo a própria jurisprudência, além de que a arma seria registrada e que pertenceria a um parente.

Nesta sexta-feira (9/2), a Justiça também decidiu manter as prisões preventivas de Rafael Martins de Oliveira, Marcelo Costa Câmara e Filipi Garcia; todos presos na operação Tempus Veritatis, que investiga suposta tentativa de golpe de Estado para impedir a posse de Lula na presidência do Brasil. Todos passaram por audiência de custódia.

Operação
Nesta quinta, a PF deflagrou a Operação Tempus Veritatis. Foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão.

Policiais federais estiveram em endereços nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Entre os alvos estão o ex-presidente Jair Bolsonaro; o presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto; o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) Augusto Heleno; e os ex-ministro da Defesa e da Casa Civil Braga Netto.

Metrópoles

Postado em 10 de fevereiro de 2024

Mourão nega ter incitado militares a reagir com ruptura institucional à operação da PF

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS), ex-vice-presidente de Jair Bolsonaro, negou nesta sexta-feira ter incitado militares a reagir com uma ‘ruptura institucional’ à ação da Polícia Federal (PF), que investiga uma tentativa de um Golpe de Estado. Na quinta-feira, mesmo dia da operação contra Jair Bolsonaro e auxiliares, ele afirmou que o Brasil vive uma situação de “não normalidade” e que as Forças Armadas precisariam reagir ao que chamou de “arbítrios” e processos ilegais transitórios pelo Supremo Tribunal Federal (STF).

O discurso ganhou repercussão nas redes sociais e no noticiário. O PSOL também anunciou que iria ao Conselho de Ética do Senado pedir a cassação do mandato do parlamentar. Da tribuna do Senado, Mourão foi enfático:

— No caso das Forças Armadas, os seus comandantes não podem se omitir perante a condução arbitrária de processos ilegais que atinjam seus membros ao largo da Justiça Militar. Existem oficiais da ativa sendo atingidos por supostos delitos, inclusive oficiais gerais. Não há o que justifique a omissão da Justiça Militar — disse o senador, em plenário.

Uma nota divulgada nesta sexta-feira afirma que o senador é legalista.

“Mourão destacou que o País vive uma situação de não normalidade, mas que, mesmo neste cenário, é preciso ‘…afastar claramente qualquer postura que seja radical, de ruptura, mas temos que repudiar os fatos que estão ocorrendo…’ ; Quando afirmou que ‘os comandantes não podem se omitir perante a condução arbitrária de processos ilegais’, não incitou, e nem se referiu, a nenhum tipo de ruptura institucional ou golpe”, diz a nota.

Mourão aproveitou para dizer que há a intenção de adversários de ‘difamar’ a oposição.

“Quaisquer discussões e insinuações relacionadas às palavras proferidas pelo senador Hamilton Mourão no discurso de ontem (08/02) são totalmente descabidas e fazem parte do jogo político e das narrativas daquelas que tentam, a qualquer custo, difamar a oposição”, diz o texto .

O GLOBO

Postado em 10 de fevereiro de 2024

Toffoli suspende novo júri da Boate Kiss marcado para este mês

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli, suspendeu nesta sexta-feira (9) o novo julgamento dos acusados pelo incêndio da Boate Kiss, que estava marcado para o dia 26 de fevereiro de 2024.

Dias Toffoli acatou recurso apresentado pelo Ministério Público do Rio Grande do Sul. Para o ministro, o novo júri poderá provocar um “tumulto processual”, já que ainda há recursos a serem julgados.

“Esse cenário autoriza concluir pela possibilidade de virem a ser proferidas decisões em sentidos diametralmente opostos, tornando o processo ainda mais demorado, traumático e oneroso, em razão de eventuais incidentes”, escreveu o ministro, na decisão.

A suspensão irá vigorar até a Corte Suprema julgar os recursos extraordinários apresentados.

Novo julgamento
A data havia sido marcada após o Superior Tribunal de Justiça (STJ) manter a anulação da condenação de dois sócios da boate e de integrantes da banda Gurizada Fandangueira.

Com a decisão, continuaram anuladas as condenações dos ex-sócios da boate Elissandro Callegaro Spohr (22 anos e seis meses de prisão) e Mauro Londero Hoffmann (19 anos e seis meses), além do vocalista da banda Gurizada Fandangueira, Marcelo de Jesus dos Santos, e o produtor musical Luciano Bonilha. Ambos foram condenados a 18 anos de prisão.

No STJ, os advogados dos quatro acusados afirmaram que o júri foi repleto de nulidades e defenderam a manutenção da decisão que anulou as condenações.

Entre as ilegalidades apontadas pelos advogados, estão a realização de uma reunião reservada entre o juiz e o conselho de sentença, sem a presença do Ministério Público e das defesas, e o sorteio de jurados fora do prazo legal.

Boate Kiss
O incêndio ocorreu em 2013, em Santa Maria, no Rio Grande do Sul, causando a morte de 242 pessoas e deixou mais de 600 feridos.

EBC

Postado em 10 de fevereiro de 2024

Jair Bolsonaro nega ter recebido “minuta de golpe”

O ex-presidente Jair Bolsonaro nega ter recebido qualquer documento referente a uma “minuta de golpe” do ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, preso nesta quinta-feira, 8, após operação da Polícia Federal.

Bolsonaro afirmou que nem sequer despachava com o ex-auxiliar. “Nunca chegou a mim nenhum documento de minuta de golpe, nem nunca assinei nada relacionado a isso. Até porque ninguém dá ‘golpe’ com papel”, declarou em entrevista a Veja.

“Ninguém entende essa ‘tentativa de golpe’. Não se movimentou um soldado em Brasília para dar golpe em ninguém aí”, disse o ex-mandatário a CNN. “O que querem em cima do Valdemar? Busca e apreensão em cima do partido. O que querem fazer com o partido? Nosso partido é propagador de fake news? Age à margem da democracia. A gente fica pensando num monte de coisa aqui”, completou.

Segundo delação do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, à Polícia Federal, Martins teria sido o responsável por entregar ao ex-presidente um documento que detalhava instruções para um possível golpe de Estado após a vitória de Luiz Inácio Lula da Silva no fim de 2022. A minuta de três páginas continha instruções do passo a passo para a retomada de poder pelo agora ex-presidente. O plano incluía o anulamento do pleito, o afastamento de ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) que supostamente teriam interferido no resultado e a declaração de intervenção militar no país até que novas eleições fossem realizadas.

Além de Martins, foi preso no âmbito da força-tarefa o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro na Presidência e atual segurança do ex-presidente contratado pelo PL.

Líder do PL : ‘ação quer exterminar’ a oposição’

O líder do PL no Senado, Carlos Portinho (PL-RJ), classificou com uma perseguição à oposição a operação realizada na quinta-feira, 8, pela PF que tem entre os alvos de busca e apreensão aliados muito próximos do ex-presidente Jair Bolsonaro.

“O regime instalado no país, a partir de um inquérito sem precedentes num Estado de Direito, avança ainda mais sobre lideranças da oposição, avança sobre um partido político e sobre inclusive membros das forças armadas e a própria. Acua, persegue, silencia e aplaca a oposição no Brasil querendo exterminar politicamente os seus opositores com a mão de ferro do judiciário e a Polícia do Estado”, afirmou Portinho.

O líder da oposição na Câmara e alvo de operações da PF nas últimas semanas, deputado Carlos Jordy (PL-RJ), afirmou que há um “estado de exceção”, com o objetivo de “dizimar a oposição conservadora”.

“A Polícia Federal está agindo sem amparo legal algum, sem indícios mínimos de materialidade que subsidiem diligências como as que estão sendo realizadas”, afirmou Jordy.

Nas últimas semanas, a PF realizou operações que tiveram como alvos os deputados federais Carlos Jordy (PL-RJ) e Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Tribuna do Norte

Postado em 9 de fevereiro de 2024

Vídeo: em reunião, Bolsonaro pede que ministros ajam antes da eleição

O vídeo da reunião entre o ex-presidente Jair Bolsonaro, ministros e assessores serviu como base para a operação realizada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (8/2). Parte desses vídeos foi divulgada em primeira mão pela colunista Bela Megale, de O Globo. Nas gravações, Bolsonaro pressiona seu entorno a agir antes das eleições de 2022 para se manter no poder.
O encontro aconteceu em 5 de julho de 2022. Em um dos momentos, o ex-presidente sugere que acredita em fraudes nas eleições para que a esquerda ganhe.

“Nós sabemos que, se a gente reagir depois das eleições, vai ter um caos no Brasil, vai virar uma grande guerrilha, uma fogueira no Brasil. Agora, alguém tem dúvida de que a esquerda, como está indo, vai ganhar as eleições? Não adianta eu ter 80% dos votos. Eles vão ganhar as eleições”, discursa para os ministros.

O ex-presidente afirma que não dá para esperar chegar as eleições para que alguma medida seja tomada e que “todos aqui, como todo povo ali fora, têm algo a perder”. E lembra que parou de falar sobre o assunto (não chega a completar o termo “voto impresso”) para os apoiadores.

PF achou com Cid vídeo de reunião de “dinâmica golpista” com Bolsonaro

“A gente vai ter que fazer alguma coisa antes”, aponta. “O que está em jogo é o bem maior que nós temos e contamos aqui na terra, que é a porra da liberdade. Mais claro, impossível”, completa.

Também comenta sobre a participação das Forças Armadas na comissão eleitoral e acredita que tem o setor nas mãos. “O TSE cometeu um erro [inaudível] quando convidou as Forças Armadas para participar da comissão de transparência eleitoral. […] Pra nós, foi excelente. Eles se esqueceram de que sou o chefe supremo das Forças Armadas?”, alerta.

Nos trechos divulgados, o ex-presidente critica ministros do Supremo, como Alexandre de Moraes, Luís Roberto Barroso e Edson Fachin, afirmando que “os caras estão preparando tudo” com o objetivo de fazer Lula vencer as eleições.

“Alguém acredita em Fachin, Barroso e Alexandre de Moraes? Se acreditar levanta braço? Acredita que são pessoas isentas?”, pergunta. Ninguém responde.

Operação da PF conseguiu documentos que citam Bolsonaro
O vídeo foi apreendido na Operação Tempus Veritatis, que investiga suposta organização criminosa que atuou na tentativa de “golpe de Estado” para manter Bolsonaro no poder, após a derrota nas eleições de 2022.

Na versão completa, segundo a PF, o vídeo é mais forte. O ex-presidente questiona as urnas eletrônicas e fala de opções caso as pesquisas se confirmassem e o petista Luiz Inácio Lula da Silva ganhasse as eleições, como de fato ocorreu.

A gravação foi encontrada em um computador apreendido na residência do tenente-coronel Mauro Cid, ex-chefe da ajudância de ordem do ex-presidente, em uma operação anterior da PF.

“Hoje me reuni com o pessoal do WhatsApp, e outras também mídias do Brasil. Conversei com eles. Tem acordo ou não tem com o TSE [Tribunal Superior Eleitoral]? Se tem acordo, que acordo é esse que tá passando por cima da Constituição? Eu vou entrar em campo usando o meu Exército, meus 23 ministros”, diz, em trecho do diálogo transcrito pela PF.

Segundo a PF, na reunião houve a cobrança para que os ministros tivessem uma conduta ativa de ataque à Justiça Eleitoral. Essa narrativa serviria para manter forte entre apoiadores a narrativa de fraude eleitoral.

“Daqui pra frente, quero que todo ministro fale o que eu vou falar aqui, e vou mostrar”, disse o ex-presidente, segundo a Polícia Federal. A PF afirma ainda que, durante a reunião, Bolsonaro faz várias acusações falsas contra o então candidato Lula, como as de que há envolvimento do petista com o narcotráfico ou com a execução de Celso Daniel.

Metrópoles

Postado em 9 de fevereiro de 2024

Padre de Osasco é um dos alvos em operação da PF sobre golpe de Estado

BRASÍLIA – O padre José Eduardo de Oliveira e Silva é um dos alvos da operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, 8. O sacerdote, que atua na diocese de Osasco, São Paulo, também está na mira da operação que apura uma organização criminosa que atua na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito após a eleição de 2022, a Operação Tempus Veritatis.

A PF identificou que o padre participou de uma reunião no dia 19 de novembro de 2022 no Palácio do Planalto, ocasião em que teria sido discutida uma minuta golpista para impedir a posse do então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Na representação da PF, é informado que o padre “possui um site com seu nome no qual foi possível verificar diversos vínculos com pessoas e empresas já investigadas em inquéritos correlacionados à produção e divulgação de notícias falsas”.

Já na decisão do ministro Alexandre de Moraes, José Eduardo de Oliveira e Silva é citado como integrante do núcleo jurídico do esquema, que atuaria no “assessoramento e elaboração de minutas de decretos com fundamentação jurídica e doutrinária que atendessem aos interesses golpistas do grupo investigado”.

O religioso soma mais de 300 mil seguidores nas redes sociais. No dia do resultado do primeiro turno das eleições presidenciais, 2 de outubro, José Eduardo postou uma foto de um altar com a bandeira do Brasil em cima de uma santa. Na legenda, escreveu: “Uns confiam em carros, outros em cavalos”. Nós, porém, confiamos no Senhor e, assim, resistiremos.”

TERRA

Postado em 9 de fevereiro de 2024

Bolsonaristas no Congresso se dizem ‘sem paz’ e de ‘mãos atadas’ após operação da PF

Sob pressão após mais um grande operação da Polícia Federal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus apoiadores, membros da oposição no Congresso Nacional se dizem “sem paz” e de “mãos atadas”. O cenário, para eles, os limita de fazer qualquer coisa em reação.

“Não temos um dia de paz”, disse o senador Eduardo Girão (Novo-CE) nesta quinta-feira (8). “Hoje, pela manhã, tivemos o foco em militares e também no partido da oposição, o maior partido da oposição. Chegamos, acho, que no ápice.”

Ele fez críticas à atuação do Senado, “Estamos vivendo em uma ditadura nesse País porque o Senado Federal é corresponsável por esse caos institucional”, afirmou.

A deputada Carla Zambelli (PL-SP) crê que a operação da PF desta quinta foi feita por “pura perseguição à oposição”. Ela não consegue imaginar como a oposição pode contornar a situação.

“Se nós somos parlamentares temos que medir nossas palavras, se a gente, que é representante do povo, está de mãos atadas, como que está o povo?”, questionou. “Eles estão esperando que a gente faça algo, mas estamos de braços atados também.”

A PF deflagrou nesta quinta a Operação Tempus Veritatis (a hora da verdade, em latim), fez buscas e apreensões e prendeu aliados do ex-presidente suspeitos de envolvimento na empreitada golpistas. Entre os alvos, estão Braga Netto, Augusto Heleno, Anderson Torres, Valdemar Costa Neto, Paulo Sérgio Nogueira e Almir Garnier Santos.

O próprio Bolsonaro foi alvo de buscas na ação e deve entregar seu passaporte à PF em até 24 horas.

O senador Hamilton Mourão (Republicanos-RS) foi ao X (rede social anteriormente conhecida como Twitter) para dizer que os inquéritos buscam “pelo em ovo”. “O País vive uma situação de não normalidade. Inquéritos eternos buscam “pelo em ovo”, atacando, sob a justificativa de uma pretensa tentativa de golpe de estado, a honra e a integridade de Chefes Militares que dedicaram toda uma vida ao Brasil”, disse.

Ele foi ironizado por militantes bolsonaristas. “Parabéns pela ‘democracia pujante’ que você chancelou”, respondeu Otávio Fakhoury, empresário que foi presidente do PTB em São Paulo. Ele fez referência à última mensagem institucional de fim de ano no governo Bolsonaro, em 2022, quando defendeu a alternância de poder.

Um dos filhos do ex-presidente, Eduardo Bolsonaro (PL-SP) destacou que as últimas duas operações da PF aconteceram no dia seguinte à movimentações de Bolsonaro. No dia 28, um dia após o retorno dele às lives, e a desta quinta-feira, 8, após um ato em São Sebastião (SP). “A política do Brasil hoje é feita no Supremo Tribunal Federal”, disse.

Segundo-vice-presidente da Câmara, Sóstenes Cavalcante (PL-RJ), disse que há uma perseguição aos bolsonaristas no Brasil. “Muita injustiça sendo praticada para continuar escrevendo uma estória inexistente. Minha solidariedade a todos os injustiçados”, escreveu.

Ainda na manhã desta quinta-feira, o deputado Capitão Augusto (PL-SP) publicou uma nota em defesa do presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, preso em flagrante por porte ilegal de arma de fogo.

“Valdemar Costa Neto conta com nosso apoio incondicional e confiança irrestrita. Sua liderança inspiradora e firme condução do Partido Liberal são inestimáveis”, escreveu Augusto. Ele é vice-presidente nacional do partido.

Estadão

Postado em 9 de fevereiro de 2024

Valdemar é transferido para carceragem da PF

O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, chegou, pouco antes das 21h, à carceragem da Polícia Federal (PF) em Brasília, onde passará a noite.

Valdemar ainda passará por audiência de custódia na sexta-feira (9).

O político foi preso em operação da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (8). Ele acabou detido em flagrante após uma arma irregular ser encontrada na casa dele — além de uma pedra ouro.

Inicialmente, Valdemar era alvo apenas de um mandado de busca e apreensão. Mas ele foi preso por causa do que foi encontrado em sua residência.

Fontes ligadas à investigação dizem que há dois crimes em apuração: posse irregular de arma e usurpação de minerais. A junção dos dois crimes pode tornar o caso inafiançável, explicou uma fonte da PF.

À CNN, fontes informaram que o registro da arma apreendida está em nome do seu filho e está vencido.

Valdemar passou o dia na sede da PF na capital federal prestando esclarecimentos.

Pepita de ouro
A Polícia Federal (PF) encontrou a pepita de 40 gramas de ouro bruto, sem possibilidade de rastreio da origem — o que caracterizaria crime de usurpação mineral — durante o cumprimento de um mandato de busca e apreensão no apartamento do político, em Brasília.

Uma avaliação preliminar da pepita de ouro encontrada na casa de Valdemar aponta que a origem do material é de garimpo, dizem fontes ligadas à investigação.

O próximo passo da perícia é tentar identificar de qual garimpo o mineral foi extraído. Segundo fontes da PF, o resultado oficial da perícia não tem prazo definido.

A operação policial que investiga o presidente do PL apura a suposta atuação de uma organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito.

Os advogados do político questionam a prisão. Afirmam que a arma é registrada e a pedra apreendida tem baixo valor e não configuram delito.

Veja a nota na íntegra:
“A defesa do presidente Nacional do PL Valdemar Costa Neto afirma que não há fato relevante algum e que a pedra apreendida tem baixo valor e não configura delito segundo a própria jurisprudência.

Afirma também que a arma é registrada, tem uso permitido, que pertence a um parente próximo e que foi esquecida há vários anos no apartamento dele.

Em outras palavras:

Como pode alguém ser detido por ser portador de uma pedra guardada há anos como relíquia e que segundo a própria auditoria da Polícia Federal vale cerca de 10 mil reais?”

*Com informações de Carol Rosito e Gabriela Prado, da CNN

Postado em 9 de fevereiro de 2024

Clínica Stellla Fernandes agora é membro da ABRESST.

A clinica Stella Fernandes deu um passo gigantesco na atividade de SST: ela agora é membro da Associação Brasileira de Empresas de Saúde e Segurança do Trabalho (ABRESST).
A clinica Stella Fernandes é referência no estado do RN em medicina do trabalho.
Parabéns a todos que compõem essa grande empresa.

Postado em 8 de fevereiro de 2024

Heleno comandou monitoramento de Moraes para prendê-lo, diz PF

A Polícia Federal apontou à Procuradoria-Geral da República e ao Supremo Tribunal Federal que o ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) do governo Bolsonaro, Augusto Heleno, o coronel Marcelo Costa Câmara e o ex-ajudante de ordens Mauro Cid monitoraram o ministro Alexandre de Moraes com o intuito de prendê-lo após a assinatura de um decreto de golpe de Estado.
Heleno, Câmara e Cid, segundo a PF, integraram um “núcleo de inteligência paralela”, que teria ficado responsável pela coleta de dados e informações que auxiliassem o ex-presidente na consumação do golpe.

“Os membros teriam monitorado o itinerário, o deslocamento e a localização do Ministro do Supremo Tribunal Federal e então chefe do Poder Judiciário Eleitoral, Alexandre de Moraes, e de possíveis outras autoridades da República, com o objetivo de captura e detenção, nas primeiras horas que se seguissem à assinatura do decreto de golpe de Estado”, escreveu a Moraes o procurador-geral da República, Paulo Gonet, ao referendar as medidas que levaram à Operação Tempus Veritatis, deflagrada nesta quinta (8/2).

Em uma reunião de 5 de julho de 2022, gravada e apreendida pela PF com Mauro Cid, que fechou delação premiada, Heleno também sugeriu infiltrar agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) nas campanhas eleitorais.

O então chefe do GSI teria sido interrompido durante sua fala por Bolsonaro, que teria sugerido a ele que conversassem “em particular” sobre a atuação da Abin.

Na mesma reunião, segundo a PF, Augusto Heleno disse que órgãos do governo deveriam atuar para assegurar a vitória eleitoral de Bolsonaro na eleição de outubro.

“Não vai ter revisão do VAR. Então, o que tiver que ser feito tem que ser feito antes das eleições. Se tiver que dar soco na mesa é antes das eleições. Se tiver que virar a mesa é antes das eleições”, declarou Heleno, segundo a PF.

“Eu acho que as coisas têm que ser feitas antes das eleições. E vai chegar a um ponto que nós não vamos poder mais falar. Nós vamos ter que agir. Agir contra determinadas instituições e contra determinadas pessoas. Isso pra mim é muito claro”, continuou o então ministro, conforme relato da PF.

Metropoles

Postado em 8 de fevereiro de 2024

Braga Netto chamou comandante do Exército de ‘cagão’ e chefe da Aeronáutica de ‘traidor’

Candidato a vice-presidente na chapa de Jair Bolsonaro em 2022 e ex-ministro da Defesa, o general Walter Braga Netto manifestou-se solicitado com os comandantes do Exército e da Aeronáutica durante as discussões de um plano para reverter a derrota na eleição daquele ano.
Mensagens obtidas pela Polícia Federal que embasaram prisões e buscas nesta quinta-feira (8) mostram que Braga Netto teria chamado o então comandante do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, de “cagão” por não aderir à tentativa de golpe.

Em outras conversas, o incentivo geral críticas ao então comandante da Aeronáutica, Carlos de Almeida Baptista Júnior, a quem se refere como “traidor da pátria”.

De acordo com a PF, as mensagens foram enviadas por Braga Netto para Ailton Barros, capitão expulso do Exército que estimulou um golpe militar em conversas com Mauro Cid, ajudante de ordens de Bolsonaro.

Para a PF, as conversas “evidenciaram a participação e adesão” de Braga Netto numa tentativa de golpe de Estado. O investigador citou atuação do geral “inclusive nas ocorrências externas à incitação contra os membros das Forças Armadas que não estavam coadunadas com intenções golpistas”.

O ataque a Freire Gomes aparece em 14 de dezembro de 2022. Braga Netto, segundo os policiais, encaminha a Barros uma mensagem crítica ao que seria a omissão do comandante do Exército diante das pressões golpistas.

Em seguida, Ailton Barros diz que seria preciso “oferecer a cabeça” de Freire Gomes aos leões caso ee não aderisse ao golpe. Braga Netto responde: “Oferece a cabeça dele. Cagão”.

No dia seguinte, Braga Netto estimulou Ailton Barros a atacar o brigadeiro Carlos de Almeida Baptista Júnior, comandante da Aeronáutica, e elogiar Almir Garnier Santos, comandante da Marinha. Garnier era, segundo as investigações, o único dos chefes das Forças Armadas que apoiava uma tentativa de golpe .

“Senta o pau no Batista Junior [sic]. Povo dano, arbitrariedades sendo feitas [sic] e ele fechado nas mordomias”, escreveu Braga Netto, segundo a PF. “Traidor da pátria. Daí para frente. Inferniza a vida dele e da família.”

O relatório da Polícia Federal mostra ainda que Braga Netto incentivou Ailton Barros ao divulgar um relato de que o general Tomás Paiva, então comandante militar do Sudeste e atual comandante do Exército, era crítico das lesões golpistas. “Parece até que ele é PT, desde pequenininho”, afirma o texto repassado por Braga Netto.

A PF cumpre na manhã desta quinta-feira (8) mandatos de busca e prisão contra ex-ministros de Bolsonaro e militares envolvidos na suposta tentativa de golpe para manter o ex-presidente no poder.

Um dos alvos é o próprio ex-presidente —ele terá que entregar o passaporte em 24 horas para a PF. Bolsonaro já foi condenado pelo TSE por ataques e mentiras sobre o sistema eleitoral e é alvo de outras investigações no STF (Supremo Tribunal Federal). Ele é inelegível até 2030.

Além de Braga Netto, entre os alvos das medidas desta quinta-feira estão os ex-ministros-gerais Augusto Heleno e Anderson Torres. Também são alvos outros militares e Valdemar da Costa Neto, presidente nacional do PL, partido de Bolsonaro.

A ação foi batizada de Tempus Veritatis e investiga uma organização criminosa que, diz a PF, atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito “para obter vantagem de natureza política com a manutenção do então presidente da República no poder” .

As medidas foram autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes , do STF, no âmbito do inquérito das milícias digitais.

Além das prisões e buscas, a PF também cumpre medidas diversas como a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de se ausentarem do país, a entrega dos passaportes no prazo de 24 horas e a suspensão do exercício de funções públicas.

São cumpridos mandatos nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná e Goiás e no Distrito Federal.

PF MIRA GOLPISMO DE BOLSONARO

Operação ocorre sob autorização de Alexandre de Moraes (STF)

PF dá 24 horas para Bolsonaro entregar passaporte
5 pontos para lembrar golpismo e mentiras do ex-presidente
Tentativa de golpe não teria ocorrido sem Bolsonaro, diz Lula
Análise: Duelo entre Moraes e Bolsonaro chega à sua hora da verdade
Quem é quem na operação da PF que mira Bolsonaro
Segundo a PF, as investigações apontam que o grupo investigado se “dividiu em núcleos de atuação para divulgar a ocorrência de fraude nas Eleições Presidenciais de 2022, antes mesmo da realização do pleito, de modo a viabilizar e legitimar uma intervenção militar, em dinâmica de milícia digital”.

Primeiro, diz a Polícia Federal, o grupo atuoso para construir e propagar a versão de que havia tido fraude na eleição de 2022, “por meio da disseminação falaciosa de vulnerabilidades do sistema eletrônico de votação, discurso reiterado pelos investigados desde 2019 e que persistiu mesmo após os resultados do segundo turno do pleito em 2022”.

Em seguida, de acordo com a PF, foram desenvolvidos atos concretos para “subsidiar a abolição do Estado Democrático de Direito, através de um golpe de Estado, com apoio de militares com conhecimentos e táticas de forças especiais no ambiente politicamente sensível”.

Folha de SP

Postado em 8 de fevereiro de 2024

PF tem vídeo de Bolsonaro com ministros discutindo ‘dinâmica golpista’

A Polícia Federal tem um vídeo de uma reunião do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) com ministros, em que discutem uma “dinâmica golpista”.

O que aconteceu
Gravação do dia 5 de julho de 2022 foi apreendida na casa do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o tenente-coronel Mauro Cid .

A transcrição do vídeo aparece na decisão do ministro do STF Alexandre de Moraes que embasa a operação de hoje , que mira a organização criminosa que atuou para tentar um golpe de Estado em 8 de janeiro.

Moraes diz que a reunião “nitidamente, revela o arranjo de dinâmica golpista no âmbito da alta cúpula do governo, manifestando-se todos os investigados que dela tomaram parte”. Ele também diz que todos os participantes ajudaram a difundir mentiras no período eleitoral sobre o então candidato Lula (PT) , o TSE e os ministros do STF.

Leia trechos da transcrição do vídeo feito pela Polícia Federal:

Jair Bolsonaro: “Hoje me reuni com o pessoal do WhatsApp, e outras também mídias do Brasil. Conversei com eles. Tem acordo ou não tem com o TSE? Se tem acordo, que acordo é esse que está passando por cima da constituição? Eu vou entrar em campo usando o meu exército, meus 23 ministros. “

Jair Bolsonaro: “E eu falei com os meus 23 ministros. Nós não podemos esperar chegar 23, olhar para trás e falar: o que nós não fizemos para o Brasil chegar à situação de hoje em dia? Nós temos que nos expor. Cada um de nós. Não podemos esperar que outros façam por nós. Não podemos nos omitir. Nos calar. Nos esconder. Nos acomodar. Eu não posso fazer nada sem vocês. E vocês também patinam sem o Executivo. Os poderes são independentes, mas nós dois somos irmãos. Temos um primo do outro lado da rua que tem que ser respeitado também. Mas todo mundo que quer ser respeitado tem que respeitar em primeiro lugar. E nós não abrimos mão disso.”

Jair Bolsonaro: É … Nós vendemos aqui a … não é toda a imprensa, uma outra TV e as mídias sociais sobre a delação do Marcos Valério. A questão da … da execução do Celso Daniel. Não? É … O envolvimento com o narcotráfico. É… Temos informações do General Carvajal lá da Venezuela que estão presas na Espanha. Ele… já fez a delação premiada dele lá. É… Por anos abasteceu com o dinheiro do narcotráfico Lula da Silva, Cristina Kirchner, Evo Morales. Não? Essa turma toda que vocês conhecem.

Jair Bolsonaro : Vamos esperar chegar 23, 24, pra se foder? Depois perguntei: por que não tomei exceções lá atrás? E não é exceção de força não, c! Não é dar tiro. Ô PAULO SÉRGIO [Nogueira, ex-ministro da Defesa], vou botar a tropa na rua, tocar fogo aí, metralhar. Não é isso, p!”

Jair Bolsonaro: Daqui pra frente quero que todo ministro fale o que eu vou falar aqui, e vou mostrar. Se o ministro não quiser falar, ele vai vir falar para mim porque ele não quer falar. Se apresentar onde estou errado, eu topo. Agora, se não tiver argumento pra mim… demover do que eu vou mostrar, não vou querer papo com esse ministro. Não há lugar errado.

Anderson Torres: “Estamos aí, Presidente, desentranhando a velha relação do PT com o PCC. A velha relação do PT com o PCC. Isso tá vindo através aí de depoimentos que estão muito salvos aí… isso aí foi feito ó. Tá certo? Isso tudo tá vindo à tona. Isso não é mentira. Isso não é mentira. Então, muita coisa está vindo à tona aí. Muita coisa que a população é… sabe, mas precisa que tudo seja rememorado. Tá certo? Então, essa questão das urnas, essa questão dos inquéritos, nós montamos um grupo lá ? é … é … é … O Diretor Geral da Polícia Federal montou um grupo de policiais federais. E agora uma equipe completa. Não só com peritos. Mas com delegados, com peritos, com agentes pra poder acompanhar, realmente, o passo a passo das eleições.”

Paulo Sérgio Nogueira: “O que eu sinto nesse momento é apenas na linha de contato com o inimigo. Ou seja… na guerra a gente ? linha de contato, linha de partida. Eu vou romper aqui e iniciar minha operação. Eu vejo as Forças Armadas e o Ministério da Defesa nessa linha de contato. Temos que intensificar e ajudar nesse sentido pra que as pessoas não fiquem sozinhas no processo”

Augusto Heleno: Não vai ter revisão do VAR. Então, o que você tem que ser feito tem que ser feito antes das eleições. Se tiver que dar soco na mesa é antes das eleições . Se tivermos que mudar a mesa é antes das eleições. E vai chegar a um ponto que nós não podemos mais falar. Nós vamos ter que agir. Agir contra determinadas instituições e contra determinadas pessoas. Isso pra mim é muito claro”.

UOL

Postado em 8 de fevereiro de 2024

Operação da PF contou com ajuda de Mauro Cid e hacker Walter Delgatti

POSSE REPASSE BSB DF 24 02 2021 NACIONAL/ECONOMIA JAIR BOLSONARO/POSSE NOVOS MINISTROS O tenente coronel do Exercito, Mauro Cesar Barbosa Cid, ajudante de ordens do presidente Jair Bolsonaro durante cerimonia de posse do novo da Cidadania, Joao Roma e Onyx Lorenzoni, Secretaria Geral da PR, no salao Nobre. FOTO:DIDA SAMPAIO/ESTADAO

A operação da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira (8/2) que mira Jair Bolsonaro, ex-ministros, militares e ex-assessores teve como base pelo menos dois eixos: a delação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, e os depoimentos do hacker Walter Delgatti.

A partir da delação de Cid e de diligências para confirmar as acusações, investigadores apontaram a participação do almirante Almir Garnier, ex-comandante da Marinha, e de Filipe Martins, ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência. Cid relatou à PF que Garnier havia endossado um plano de golpe, enquanto Martins participou da elaboração de uma minuta golpista entregue ao então presidente.

Os depoimentos do hacker Walter Delgatti reforçaram os supostos crimes do general Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa, e o coronel Marcelo Câmara, ex-auxiliar de Bolsonaro. Delgatti disse à PF que, a pedido de Bolsonaro em uma reunião no Alvorada em agosto, foi levado por Câmara ao Ministério da Defesa. O objetivo do grupo era desacreditar as urnas eletrônicas.

Delgatti também relatou que Bolsonaro lhe ofereceu um indulto para invadir urnas eletrônicas e assumir um suposto grampo telefônico do ministro Alexandre de Moraes.

Autorizada pelo STF, a Operação Tempus Veritatis apura uma suposta organização criminosa que atuou na tentativa de golpe de Estado e abolição do Estado Democrático de Direito para obter vantagem de natureza política com a manutenção de Bolsonaro no poder, antes e após a eleição presidencial.

A PF cumpre 33 mandados de busca e apreensão e quatro mandados de prisão, em dez unidades da federação: Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Metropoles

Postado em 8 de fevereiro de 2024

Minuta do golpe previa prisão de Moraes, Gilmar Mendes e Pacheco; Bolsonaro pediu alterações no texto

Uma das minutas identificadas pela Polícia Federal (PF), que teria sido preparada por pessoas ligadas ao ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) em um preparativo de tentativa de golpe de estado, previa a prisão de diversas autoridades.

O documento decretava a prisão de diversas autoridades, como os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes e Gilmar Mendes, além do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco. Por fim, a minuta ainda previa a realização de novas eleições.

Segundo as investigações da PF, Bolsonaro pediu que os nomes de Pacheco e Gilmar fossem retirados do texto, mas o de Moraes, mantido.

Essa minuta é citada em decisão de Moraes que determinou buscas e apreensões em endereços de várias pessoas próximas de Bolsonaro, suspeitas de arquitetar um golpe de estado.

Tempus Veritatis
A PF cumpriu vários mandados de prisão e busca nesta quinta-feira (8/2) no contexto de uma investigação sobre uma organização criminosa que trabalhou para uma tentativa de golpe de Estado. Um dos alvos é o ex-presidente Bolsonaro.

Também foram alvos de busca e apreensão pessoas próximas de Bolsonaro e que fizeram parte de seu governo, como o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), general Augusto Heleno, o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, e os ex-ministros Braga Netto e Anderson Torres, que chefiaram as pastas da Defesa e Justiça respectivamente.

Já entre os presos estão o ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins, e o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, o coronel Marcelo Câmara. Atualmente, Câmara era segurança de Bolsonaro contratado pelo PL.

Outros presos na operação desta quinta são o coronel do Exército, Bernardo Romão, e o major das Forças Especiais do Exército, Rafael Martins.

No total, são cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão. A operação foi batizada de Tempus Veritatis.

Metrópoles

Postado em 8 de fevereiro de 2024