Arrastões marcam primeiro dia de desfiles das escolas de samba na Sapucaí

A madrugada desta segunda-feira (12) foi marcada por arrastões nas proximidades do Sambódromo da Marquês de Sapucaí, no Rio de Janeiro.
Entre as vítimas, havia principalmente turistas estrangeiros. Vídeos que circulam nas redes sociais mostram a correria dos foliões. O que chama atenção são os criminosos, que agem com bastante violência.

Em um dos casos, pelo menos seis assaltantes imobilizam uma das vítimas, que é agredida no chão, enquanto os bandidos “fazem a limpa”. Uma turista que estava andando sozinha também foi cercada pelos ladrões, que roubaram tudo.

Até o momento, nenhum dos assaltantes que estava nos entornos do sambódromo foi preso.

BAND

Postado em 12 de fevereiro de 2024

Parar de fumar em qualquer idade traz grandes benefícios à saúde, rapidamente; entenda

As pessoas que param de fumar observam grandes ganhos na expectativa de vida depois de apenas alguns anos. A conclusão é de um novo estudo realizado por pesquisadores da Unity Health Toronto da Universidade de Toronto, publicado na revista científica NEJM Evidence.

Pessoas que param de fumar antes dos 40 anos podem esperar viver quase tanto quanto aquelas que nunca fumaram. No entanto, os benefícios valem para indivíduos de todas as idades. Parar de fumar, independente da idade, equivale a uma longevidade semelhante à de pessoas que nunca fumaram fumado 10 anos depois de largar o cigarro. Cerca de metade desse benefício ocorre em apenas três anos.

“Parar de fumar é ridiculamente eficaz na redução do risco de morte, e as pessoas podem colher esses frutos de forma notavelmente rápida”, disse Prabhat Jha, professor da Escola de Saúde Pública Dalla Lana da U of T e da Faculdade de Medicina Temerty, que é diretor executivo do Centro de Pesquisa em Saúde Global da Unity Health Toronto, em comunicado.

Os pesquisadores analisaram dados de 1,5 milhão de adultos em quatro países (EUA, Reino Unido, Canadá e Noruega), acompanhados ao longo de 15 anos. Os consumidores com idades entre 40 e 79 anos corriam um risco quase três vezes maior de morrer em comparação com aqueles que nunca fumaram, o que significa que perderam em média 12 a 13 anos de vida.

Os ex-fumantes reduziram o risco de morte para 1,3 vezes em comparação com os que nunca fumaram. Parar de fumar em qualquer idade foi associado a uma maior longevidade, e mesmo aqueles que pararam por menos de três anos ganharam até seis anos de esperança de vida.

“Muitas pessoas acham que é tarde demais para parar de fumar, especialmente na meia-idade. Mas estes resultados contrariam essa linha de pensamento. Nunca é tarde demais, o impacto é rápido e é possível reduzir o risco das principais doenças, o que significa uma vida mais longa e melhor”, disse Jha.

O pesquisador investigou que parar de fumar ocultamente o risco de morrer de doenças vasculares e câncer, em particular. Os ex-fumantes também reduziram o risco de morte por doenças respiratórias, mas um pouco menos, provavelmente devido a danos pulmonares residuais.

A taxa global de tabagismo caiu mais de 25% desde 1990, mas o tabaco ainda é uma das principais causas de morte evitável. De acordo com os pesquisadores, as descobertas devem acrescentar urgência aos esforços dos governos para apoiar as pessoas que querem parar de fumar.

“Ajudar os fumantes a largar o cigarro é uma das formas mais eficazes de melhorar para beneficiar a saúde. E sabemos como fazer isso, aumentando os impostos sobre os cigarros e melhorando os apoios à cessação”, conclui o autor.

O GLOBO

Postado em 12 de fevereiro de 2024

Líder da Frente Evangélica afirma que Brasil vive ‘bibliofobia’ e critica STF por ‘xeretar’ Congresso

Líder da Frente Evangélica na Câmara, o deputado Eli Borges (PL-TO) avalia que o Brasil vive um momento de “bibliofobia” e “perseguição” ao segmento religioso. Segundo o parlamentar, este movimento estaria alinhado com as políticas do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). Borges assumiu o posto — que reveza a cada semestre com o deputado Silas Câmara (Republicanos-AM) — na semana passada.
— A gente está vivendo um tempo no Brasil muito perigoso, que eu chamo de igrejafobia, bibliofobia. E agora parece que estão criando a figura da sacerdotefobia. É horrível isso, porque são pessoas que estão aparelhadas com as políticas públicas do governo federal — afirmou em entrevista ao Metrópoles.

O parlamentar elencou como prioridade da bancada neste ano a “defesa da família nos moldes judaico patriarcal, que é o modelo da biologia, da ciência, para defendermos a liberdade e no contexto da democracia, especialmente a religiosa, respeitando todas as religiões”.

Ao ser questionado sobre a união estável entre pessoas LGBTQIA+, o parlamentar afirmou que o Supremo Tribunal Federal (STF) “precisa de xeretar um pouco menos o Poder Legislativo”. Em 2011, a Corte equiparou relações entre pessoas do mesmo sexo às uniões resultantes entre homens e mulheres, liberando a união homoafetiva como um núcleo familiar.

— Temos que entender que isso já é pacificado pelo Supremo Tribunal Federal, que a priori precisa de xeretar um pouco menos o Poder Legislativo brasileiro, com todo respeito aos ministros, sobretudo alguns deles — disse às Metrópoles.

Borges também defende que a prebenda recebida por pastores continue isenta de impostos. O debate de líderes religiosos com o governo federal teve início após a Receita Federal ter suspenso em janeiro um ato editado no governo de Jair Bolsonaro (PL) que beneficiava as roupas. Um grupo de trabalho foi criado para discutir a questão.

Pela legislação, o pagamento a pastores e padres pela atividade religiosa para fins de subsistência, conhecido no meio evangélico como prebenda e no católico como côngrua, não é considerado uma forma de remunerações. Por isso, fica isento do pagamento da contribuição, por parte das compras, ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

Desde o início do governo, interlocutores reclamam a ausência de proximidade com o Palácio do Planalto, enquanto pastores ligados ao ex-presidente Jair Bolsonaro mantêm críticas ao petista. Borges argumenta que se o presidente Lula “por inteligente, vai respeitar os mais de 200 mil líderes religiosos que existem” no Brasil.

— É uma decisão da cabeça dele. Quando ele foi candidato, ele prometeu nossos compromissos. Ele prometeu que teria um diálogo franco e aberto. Tem uma expressão da Bíblia que diz que, pelo fruto, você conhece a árvore. O fruto que ele dá quando verbaliza o relacionamento não é exato dos registros que ele fez na campanha eleitoral. Muita gente ‘fez o L’ porque acreditou nesses registros. (O fruto) não é de um presidente que apoia a importância do segmento religioso — disse na entrevista.

O GLOBO

Postado em 12 de fevereiro de 2024

Políticos e empreiteiras: como o Estado mais pobre do País virou polo do mercado de cavalos de raça

Empresas do Maranhão com contratos milionários com o poder público passaram a explorar um mercado de interesse de lideranças políticas do Congresso e obtiveram sucesso imediato. Nos últimos quatro anos, empresários locais começaram a negociar cavalos de raça e transformaram o Estado com o menor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do Brasil em um dos maiores polos de investimentos do País.
O crescimento é puxado por haras de políticos e de empresários investigados que se destacam no mercado pela quantidade e pelo valor milionário dos animais que negociam. Por trás das criações recentes estão figuras com trânsito e negócios com autoridades como o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), o ministro das Comunicações, Juscelino Filho, e o deputado federal Marreca Filho (Patriota-MA), além de políticos regionais. Os três políticos foram procurados para falar sobre os negócios e não quiseram se manifestar.

O Estadão obteve extratos bancários que indicam uma atuação financeira conjunta entre a Engefort e a Terramata. Os documentos registram que, entre janeiro de 2017 e outubro de 2019, as empresas fizeram 155 operações de crédito e débito, incluindo transferências para Antônio Carlos Del Castilho. O valor total chegou a R$ 24,2 milhões.

Em âmbito nacional, a Engefort ganhou licitações para asfaltar ruas no Maranhão, Amapá, Rio Grande do Norte, Ceará, na Bahia e em Sergipe, por exemplo. Desde 2019, o governo federal reservou mais de R$ 622 milhões do orçamento público para pagar a empreiteira. O governo Luiz Inácio Lula da Silva (PT) manteve os pagamentos para a Engefort, que é alvo de uma ação de ressarcimento ao erário pela Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

Em junho do ano passado, a estatal foi à Justiça Federal do Maranhão reclamar um prejuízo de R$ 3,3 milhões em três contratos fechados com a empresa, em 2019, para asfaltar ruas em Vitorino Freire e em Lago da Pedra, no Estado. Uma auditoria da Controladoria-Geral da União (CGU) afirmou que a Engefort executou a obra “de forma negligente e sem observância aos parâmetros normativos técnicos”.

A Codevasf anexou o relatório da CGU ao processo e solicitou o ressarcimento do valor “por se tratar de dinheiro público malversado mediante a prática de ato ilícito com violação aos princípios constitucionais, administrativos e cíveis”. “Restou configurado o ato ilícito no que tange a medição de valores indevidos, jogo de planilha e a qualidade dos serviços oferecidos, demonstrando também que houve a violação da boa-fé que rege os contratos”, alegou a estatal.

No processo, a Engefort afirmou que as obras “foram devidamente executadas de acordo com os parâmetros previstos no processo de licitação”. Segundo a empreiteira, “a Codevasf desempenhou um papel fundamental ao monitorar e autorizar a execução dos serviços”, ou seja, “qualquer falha na fiscalização ou na comunicação de não conformidades, se houve, não pode ser atribuída” à empresa, “visto que a responsabilidade pela adequação dos serviços prestados recai sobre a fiscalização” da estatal.

As obras de R$ 8 milhões da Engefort em Vitorino Freire foram bancadas com recursos indicados por Juscelino Filho, em 2019, quando era deputado federal. O ministro tem uma relação próxima com os donos do Haras São Pedro. Em 2022, os donos do criadouro compraram um cavalo do haras que Juscelino mantém em Vitorino Freire por R$ 200 mil.

Como revelou o Estadão, o ministro omitiu um patrimônio de ao menos R$ 2,2 milhões em cavalos Quarto de Milha do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O haras onde Juscelino mantém os animais estava em nome da irmã dele, a prefeita de Vitorino Freire, Luanna Rezende (União-MA). A empresa foi baixada da Receita após a reportagem.

Em setembro do ano passado, o ministro deu lances no leilão da família Del Castilho, para quem também mandou “um grande abraço”. Na ocasião, o Haras São Pedro faturou R$ 4,9 milhões com a venda de animais de raça. “Um haras que tão jovem conseguiu conquistar o Nordeste inteiro”, resumiu o assessor Ayrton Lins no início do leilão.

Dentre os compradores do leilão do Haras São Pedro estava o deputado Marreca Filho. O parlamentar não declarou ter cavalos no patrimônio apresentado ao TSE em 2022, mas compra animais de raça em leilões com frequência.

Dono de haras é candidato à prefeitura no Ceará
Outro criadouro considerado um fenômeno de crescimento e de resultados após pouco tempo de funcionamento, o Haras São Luís iniciou suas atividades sob o comando do ex-piloto de carro de rally Ruan Lima. O criadouro foi registrado na Junta Comercial do Maranhão em agosto do ano passado, embora já estivesse em funcionamento. O empresário alterou as atividades de uma empresa pré-existente, especializada em “casa de chá” e “estacionamento”, transformando-a em “criação de equinos”. Ele também foi procurado e não se manifestou.

“Um cara que entrou (no setor e) não sabia nem o que era um cavalo”, resumiu o consultor Júnior Machado durante um leilão, em setembro.

O e-mail de contato do Haras São Luís, na Receita Federal, é o setor de contabilidade da Med-Surgery Hospitalar, empresa de fornecimento de material médico e nutrição controlada pelo pai de Ruan Lima. O telefone cadastrado pelo haras é o mesmo da Med-Surgery. Entre 2015 e 2024, o Governo do Maranhão pagou R$ 70,1 milhões à empresa de saúde. O governo federal transferiu outros R$ 8 milhões no mesmo período.

O empresário Alexsandre Lima, pai de Ruan, é réu em um processo movido pelo Ministério Público do Maranhão. A denúncia aponta que a Med-Surgery supostamente se beneficiou de uma licitação fraudada na Prefeitura de Paço do Lumiar (MA). A ação por improbidade contra o empresário e outros investigados, pelos mesmos motivos, foi julgada improcedente pela Justiça. A Med-Surgery foi procurada, mas não se manifestou.

Ruan Lima prepara sua candidatura pelo PSD à prefeitura de Moraújo, cidade com 8 mil habitantes no norte do Ceará. Em pré-campanha, anunciou que o deputado federal Domingos Neto (PSD-CE) encaminhou, em dezembro, R$ 963 mil em recursos “para a saúde do município”.

“Obrigado, deputado, por atender um pedido nosso em prol de melhorias ao nosso povo”, escreveu Lima. “Tá na conta.

Dono do Haras São Luís, Ruan Lima é próximo de Juscelino Filho e de Arthur Lira. Em 2022, ele e o ministro organizaram o 1º Leilão de Quarto de Milha do Maranhão. Na ocasião, o empresário gastou R$ 200 mil para comprar 33% de um dos animais do ministro.

Lira comprou um cavalo do haras de Ruan Lima, por R$ 126 mil, em um leilão em setembro do ano passado. “Comprando aqui comigo, manda um abraço para o Ruan Lima, para toda a família, mais especial para o nosso comandante Alex, o comprador foi (o) deputado Arthur Lira, nosso presidente da Câmara, e seu filho Álvaro Lira”, anunciou o consultor Rodrigo Loureiro na ocasião.

Nas redes sociais, Ruan Lima exibe a amizade com Lira em fotos. Em agosto do ano passado, o empresário agradeceu ao deputado “pelos conselhos” e o citou como “um exemplo”. Em novembro, um novo registro. Desta vez, publicou uma imagem de um passeio com Lira, com o senador Weverton Rocha (PDT-MA) e com o prefeito de Coreaú (CE), Edezio Sitonio (PDT). “Amigos do peito”, disse.

O presidente da Câmara é criador de bois e de cavalos em um haras no município de Pilar, interior de Alagoas, embora não tenha informado possuir cavalos ou bois na relação de bens enviada ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nas eleições de 2022. O Estadão mostrou, em novembro, que Arthur Lira comprou um cavalo do cantor Wesley Safadão por R$ 200 mil e esteve com empresas de apostas na compra de material genético de um outro animal. Os criadores conseguem altos lucros com a reprodução de cavalos raros.

A indústria do cavalo como um todo movimenta cerca de R$ 30 bilhões por ano no Brasil, segundo estimativas de associações do setor. Boa parte do valor é apurado pelo mercado que envolve os animais da raça Quarto de Milha. A compra e venda desses cavalos ocorre em leilões privados ou em transações particulares, sem obrigatoriedade de registros públicos dos termos das negociações.

Como revelou o Estadão, a criação de Quarto de Milha e as competições de vaquejada atraíram o interesse de casas de apostas no ano passado, quando o ramo das “bets” entrou na mira de uma CPI na Câmara. Empresários da Pixbet e da MarjoSports, famosos sites de apostas do País, fizeram a maior oferta pública dos últimos tempos por um único cavalo: R$ 15 milhões. Eles pretendiam comprar o Dom Roxão, considerado um dos mais lendários garanhões da raça, mas o proprietário recusou a oferta. O cavalo morreu em janeiro após um acidente.

O empresário Ricardo Del Castilho afirmou à reportagem que a ideia de investir em cavalos partiu dos filhos, que são os idealizadores do parque. Segundo ele, a criação “já deve ter 8 anos, eu acho, 7 anos”. Até o momento, o haras promoveu um leilão de seus animais. “Eles são os que gostam mesmo dos animais, de cavalos. Na realidade, são eles mesmo que mexem, sempre mexeram desde criancinhas”, declarou.

Segundo Del Castilho, o haras é uma empresa “totalmente separada” da Terramata. O empresário afirma que o caminhão está em nome da RDC porque foi comprado em consórcio. Ricardo Del Castilho avaliou que o Maranhão se tornou um polo de investimento em cavalos Quarto de Milha por causa das vaquejadas. “Está muito aqui na região do Maranhão”, afirmou.

O empreiteiro disse que o processo contra ele acabou “um tempo desse”. Pontuou ainda que não trabalha em parceria com a Engefort, do irmão Antônio Carlos Del Castilho. Um dos filhos de Ricardo foi sócio da empresa entre 2014 e 2018.

“Totalmente independente. Engefort é uma empresa de um ex-sócio meu, nós separamos já há 8 anos atrás. Não tem nada, nada, vínculo algum”, relatou. “Se você me perguntar alguma coisa de lá, eu não sei responder. Nem obra com a Codesvaf, com o governo federal, eu tenho. Mais uma vez, repetindo, a Engefort, eu não tenho nada, nada, nada, um vínculo.”

A empresa Engefort Construtora informou que os processos licitatórios de que “participou e foi vencedora, o fez de forma regular”. “Somos uma empresa imbuída de elevadas responsabilidades, ancoradas em um processo minuciosamente estruturado e certificada nas normas ISO 45001, ISO 14001, ISO 9001 e SIAC, trabalhando sempre com honestidade em suas operações e comprometida com o cumprimento das leis”, assinalou.

O GLOBO

Postado em 12 de fevereiro de 2024

Brasil perde para a Argentina e fica de fora dos Jogos Olímpicos de Paris

Pela primeira vez desde 2004, a seleção brasileira masculina de futebol não terá a oportunidade de disputar uma medalha nos Jogos Olímpicos. O time comandado por Ramon Menezes perdeu para a Argentina, neste domingo, por 1 a 0, no estádio Brígido Iriarte, em Caracas, pela última rodada do quadrangular final do Pré-Olímpico e ficou de fora das Olimpíadas de 2024.

O clássico entre Brasil e Argentina tinha uma alta expectativa, mas o primeiro tempo deixou a desejar. Os dois momentos pouco realizados e o único lance de perigo foi uma falta cobrada por Thiago Almada, que carimbou a trave. O atacante argentino não conseguiu se criar na defesa brasileira, que foi o único ponto positivo dos primeiros 45 minutos.

Por outro lado, o ataque da seleção brasileira pouco produzido. Principalmente pelo fato de Endrick, principal arma de ataque do setor, ter ficado muito isolado. Maurício, Pirani e Andrey, que formaram o meio-campo brasileiro, quase não tocaram na bola.

Na segunda etapa, a Argentina, que necessariamente do resultado, foi para cima e o jogo ficou aberto para os dois lados. O Brasil teve algumas oportunidades de abrir o placar, principalmente após a entrada de John Kennedy, que melhorou o sistema ofensivo brasileiro, mas viu o atacante Gondou balançar as redes aos 32 minutos.

O GLOBO

Postado em 12 de fevereiro de 2024

Carnaval: Consumo de bebidas alcoólicas deve crescer 5% e atingir R$ 1 bilhão

As festas de Carnaval prometem aquecer a economia brasileira em 2024, movimentando cerca de R$ 9 bilhões. Um dos principais contribuintes para o resultado será o mercado de bebidas, que irá aumentar as vendas no período. A estimativa, segundo a empresa Comtax, é que o consumo cresça 5% em relação a 2023, com faturamento de R$ 1 bilhão.

Marcelo Simões, Diretor de Operações e Cofundador da Comtax, explica que a projeção positiva acontece em meio ao maior consumo das famílias. Outro ponto importante é o aumento nas vendas no comércio varejista, uma vez que, para o período de Carnaval, grande parte das bebidas devem ser adquiridas em super e hiper mercados.

“Com a visualização do aumento do consumo familiar, o setor de bebidas terá um aumento significativo no recolhimento aos cofres públicos estaduais. Em relação aos tributos federais o aumento será proporcional ao aumento do faturamento”, diz Simões.

Além dos supermercados, o consumo de bebidas deve aumentar os lucros de bares e restaurantes. Uma projeção da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), por exemplo, mostra que os estabelecimentos devem faturar até 15% a mais do que no ano passado, com destaque para Salvador, Belo Horizonte, Recife e Rio de Janeiro.

Embora as bebidas alcoólicas estejam entre os itens mais consumidos, a associação chama a atenção para a procura de água e gelo durante os festejos, uma vez que a previsão para o Carnaval é de cerca de 30ºC. A orientação é que os estabelecimentos estejam bem abastecidos para receber a maior demanda de público no período.

SBT

Postado em 11 de fevereiro de 2024

Valdemar Costa é solto, deixa carceragem da PF e cumprirá cautelares

O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, deixou a carceragem da superintendência da Polícia Federal (PF) em Brasília por volta das 21h40 deste sábado (10/2). Ele terá que cumprir medidas cautelares.
Ao passar pela guarita da PF no carro de seu advogado, Marcelo Bessa, Valdemar acenou e sorriu para os jornalistas presentes.

Ele disse que a estadia na prisão da PF foi tranquila e, ao ser questionado sobre as decisões do ministro do STF Alexandre de Moraes para manutenção da prisão e depois soltura, Valdemar disse apenas que “o Bessa não me deixa falar”.

Valdemar foi preso na última quinta durante cumprimento de mandado de busca e apreensão em sua residência, em operação da PF contra um grupo que teria arquitetado uma tentativa de golpe de estado durante o governo Bolsonaro.

O político acabou preso em flagrante por posse ilegal de arma de fogo e usurpação mineral, já que a equipe da PF encontrou uma pepita de ouro e um armamento na residência de Valdemar.

Duas decisões
Na sexta (9/2), Alexandre de Moraes decidiu manter a prisão. No entanto, neste sábado (10/2), Moraes voltou atrás e determinou a liberdade provisória de Valdemar por considerar que ele tem mais de 70 anos e não cometeu crime de violência ou grave ameaça.

Na justificativa inicial pela manutenção da prisão, Moraes havia lembrado que o cumprimento do mandado de busca era por crimes gravíssimos: abolição violenta do Estado, golpe de Estado e associação criminosa. Além disso, lembrou que Valdemar já foi condenado por crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro em novembro de 2013.

Apesar da soltura, Moraes manteve as medidas cautelares decretadas em decisão anterior.

Entre as medidas estão a proibição de manter contato com os demais investigados, inclusive através de advogados e a proibição de se ausentar do país.

Quatro continuam presos
Batizada de Tempus Veritatis, a operação da PF deflagrada na última quinta-feira é fruto de uma investigação sobre uma tentativa de golpe de Estado. Os alvos da operação foram o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e pessoas próximas dele.

Ao todo, foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão. Valdemar não era alvo do mandado de prisão, mas acabou preso em flagrante por causa da arma e da pepita de ouro.

Os pedidos de prisão e buscas foram solicitados pela Polícia Federal, aprovados pela Procuradoria-Geral da República (PGR) e autorizados pelo relator do caso no STF, ministro Alexandre de Moraes.

As quatro prisões preventivas foram mantidas. Continuam presos o ex-assessor para Assuntos Internacionais da Presidência, Filipe Martins; o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Marcelo Câmara; o coronel do Exército Bernardo Romão Corrêa; e o major das Forças Especiais do Exército, Rafael Martins.

Metrópoles

Postado em 11 de fevereiro de 2024

Boulos e Nunes copiam estratégia e apostam no ataque ao “extremismo”

São Paulo – A polarização da pré-campanha à Prefeitura de São Paulo entre Guilherme Boulos (PSol) e Ricardo Nunes (MDB) tem sido marcada por uma estratégia semelhante adotada pelos rivais. Tanto o deputado federal quanto o prefeito da capital tentam colar, um no outro, o rótulo de “extremista”, com o objetivo de ampliar a rejeição do eleitor ao adversário.

Boulos e Nunes têm usado redes sociais e discursos públicos para atacar o “extremismo” do oponente e reivindicam a construção de uma “frente ampla” para derrotar o que seria o “mal maior”: o bolsonarismo, no caso de Boulos, e a “extrema esquerda”, no caso de Nunes.

Na última semana, o contexto nacional deu combustível para Boulos, com a operação da Polícia Federal (PF) contra Bolsonaro e aliados na investigação sobre um suposto plano de golpe de Estado que teria sido articulado em 2022, para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nunes e Bolsonaro
Só na quinta-feira (8/2), dia da operação da PF, Boulos publicou duas fotos de Nunes com Bolsonaro e com o presidente do PL, Valdemar da Costa Neto, que era um dos alvos de busca e apreensão expedidos pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e acabou preso por ter uma arma sem registro e uma pepita de ouro que, segundo a PF, seria proveniente de garimpo.

Além disso, Boulos fez ataques diretos ao ex-presidentes e ao bolsonarismo, em uma estratégia para demonstrar o risco à democracia que o grupo político poderia trazer caso voltasse ao poder.

“O vice de Ricardo Nunes será escolhido a dedo pelo líder de uma tentativa de golpe! Já sabemos o que uma gestão golpista é capaz de fazer. São Paulo não merece passar por isso”, escreveu Boulos no X (ex-Twitter), referindo-se à possibilidade de que o vice na chapa do prefeito seja indicado por Bolsonaro, como desejam os bolsonaristas.

A aliança do prefeito com o ex-presidente também foi a justificativa dada por Marta Suplicy para deixar o cargo de secretária da gestão Nunes, em janeiro, e ser vice na chapa de Boulos. Em seu discurso de refiliação ao PT, a ex-prefeita falou que estava retornando ao partido para “derrotar o bolsonarismo e seus representantes” na capital.

Boulos e radicalismos
Até o dia da operação da PF, contudo, era Nunes quem estava no ataque. Em dois discursos, ele havia chamado Boulos de “mentiroso” por associá-lo à suspeita de superfaturamento na compra de armadilhas contra o mosquito de dengue – o país passa por um surto da doença, o que motivou seis estados a decretarem epidemia.

“Ele está acostumado a subir no palanque, falar que iria sair no braço com o Tarcísio em um evento na [avenida] Paulista. Está acostumado a ir na Fiesp quebrar, está acostumado a ser levado à delegacia por depredação, responder processo por desacato. Acho que a sociedade não merece isso”, disse Nunes, que tem justificado a aliança com Bolsonaro como necessária para derrotar a “extrema esquerda”, representada por Boulos.

A fala de Boulos sobre Tarcísio foi em 11 de janeiro do ano passado, três dias após os atos golpistas em Brasília. O deputado disse que Tarcísio não poderia fazer, em São Paulo, o que o governo do Distrito Federal permitiu que acontecesse no ataque às sedes dos Três Poderes em Brasília. “Se for golpista, canalha, e invadir a Assembleia Legislativa de São Paulo, e a polícia fizer corpo mole, nós vamos tirar no braço.”

Polarização x vida na cidade
Para o cientista político Aldo Fornazieri, diretor da Fundação Escola de Sociologia e Política de São Paulo (Fespsp), a polarização praticada pelos dois candidatos é reflexo do atual cenário político nacional e internacional e, dificilmente, a eleição na capital sairá desse contexto.

“Mas a pergunta que deve ser feita é a seguinte: a polarização é conveniente para uma eleição municipal? Ela vai ser importante nas capitais dos principais estados, mas vai diminuindo quanto mais se vai para o interior”, ressalta.

Isso porque, segundo ele, a polarização – personificadas em Lula e Bolsonaro no Brasil – tem influência menor sobre o voto em uma eleição municipal quando o eleitor busca soluções para questões locais, como atendimento em posto de saúde, vaga em escola e limpeza dos espaços públicos.

Desse modo, a estratégia de marketing das duas campanhas — de “marcar território”, segundo Fornazieri, garantindo todo o apoio dos opositores de Bolsonaro (no caso de Boulos) e dos rivais de Lula (no caso de Nunes) — tem um limite de atuação.

“Se definirem isso [os ataques ao rival] como estratégia de campanha, mesmo que digam que vão defender propostas, eles podem abrir espaço para o crescimento da Tabata Amaral [deputada federal do PSB]”, avalia o professor.

Metrópoles

Postado em 11 de fevereiro de 2024

Papa Francisco e Javier Milei se encontram durante canonização da 1ª santa argentina

O Papa Francisco e o presidente da Argentina, Javier Milei, se reuniram publicamente pela primeira vez na manhã deste domingo (11), na Basílica de São Pedro, no Vaticano. Milei viajou para participar da cerimônia de canonização da primeira santa argentina, María Antonia de Paz y Figueroa, conhecida como Mama Antula (1730-1799).

Os dois são argentinos. Milei sentou-se na primeira fila para a cerimônia e, ao final, trocou algumas palavras com o papa e se cumprimentaram, informou a agência Reuters.

Os dois líderes têm ideologias opostas, mas nas últimas semanas protagonizaram uma reaproximação, incluindo um telefonema do pontífice ao novo presidente após a sua vitória eleitoral.

O presidente argentino deve ter um encontro privado com Francisco na segunda-feira (12).

Uma das questões que serão discutidas é se Francisco viajará este ano a sua terra natal, a Argentina, que ele não visita desde que foi eleito líder da Igreja Católica, em 2013.

O outro ponto é o ambiente político explosivo na Argentina, onde o grande pacote de reformas de Milei foi contido nesta semana pela Câmara dos Deputados devido à falta de apoio.

Em Israel, onde estava de visita, Milei reagiu com indignação, chamando os deputados que não o apoiam de “grupo de criminosos”, segundo à AFP.

O presidente argentino convidou Francisco para visitar o país no mês passado, afirmando em uma carta que sua vinda “trará frutos de pacificação e fraternidade para todos os argentinos superar divisões e confrontos”.

A carta serviu como um pedido público de desculpas, após os insultos que Milei fez ao papa o chamando de “imbecil”, inclusive em sua campanha eleitoral, quando o acusou de “interferência política”. Milei já se referiu ao pontíifce como ‘o maligno na Terra que ocupa o trono da casa de Deus’.

A cerimônia ocorreu num momento em que a Argentina enfrenta a sua pior crise económica em décadas, com uma inflação superior a 200%, e o recém-empossado Milei em dificuldades após a rejeição parlamentar de um importante pacote de reformas.

G1

Postado em 11 de fevereiro de 2024

Trump diz que “encorajaria” Rússia a atacar quem deve à Otan

O ex-presidente americano e pré-candidato à reeleição Donald Trump disse que “encorajaria” a Rússia a “fazer o que diabos eles quiserem” com qualquer um dos países-membros da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) que não tenha cumprido as metas de gastos militares estipuladas pela aliança.
Durante um evento de pré-campanha neste sábado (10/02) em Conway, na Carolina do Sul, Trump aludiu a um suposto encontro não especificado da Otan, durante o período em que ele ocupou a Presidência dos Estados Unidos, onde ele teria ouvido de um chefe de Estado de um “grande país” a confissão de que não estaria cumprindo com a meta da aliança de destinar 2% do PIB a gastos militares.

“‘E se nós não pagarmos e formos atacados pela Rússia, o senhor nos protegerá?'”, parafraseou Trump, referindo-se à pergunta que diz ter ouvido daquele chefe de Estado. “Eu respondi: ‘Você não pagou? Você está devendo?'”

“‘Não, eu não te protegeria. Na verdade, eu os encorajaria [a Rússia] a fazerem o que diabos quiserem'”, afirmou o ex-ocupante da Casa Branca entre 2017 e 2021.

A declaração de Trump gerou apreensão entre membros da aliança, já que o que caracteriza a Otan é justamente o compromisso de defender qualquer país-membro da aliança que seja atacado, e principalmente países europeus temem as consequências de uma eventual derrota da Ucrânia perante a Rússia.

A tendência de cortes em gastos militares, inaugurada com o fim da Guerra Fria, foi interrompida em 2014 após a Rússia anexar parte do território da Ucrânia. Naquele ano, países-membros da Otan concordaram em voltar a elevar essas somas até atingir a meta de 2% do PIB até 2024.

Em 2014, três países cumpriam esse patamar de gastos militares. Em 2022, ano da invasão russa da Ucrânia, o número passou a 7 dos atuais 31 membros da aliança, segundo a Otan.

Os comentários de Trump vêm em um momento em que a Ucrânia peleja em seus esforços de guerra para repelir a invasão russa e de bloqueio do envio de ajuda americana ao país por republicanos no Congresso, que pressionam por medidas mais duras contra imigrantes.

Casa Branca reage e diz que comentário é “chocante e insano”
A Casa Branca, atualmente ocupada pelo democrata e pré-candidato à reeleição Joe Biden, reagiu aos comentários de Trump dizendo que “encorajar invasões contra nossos maiores aliados por parte de regimes homicidas” é algo “chocante e insano”, e que põe em perigo a estabilidade global, e a segurança nacional e economia dos EUA.

Candidato favorito à Presidência pelo Partido Republicano e bem posicionado nas pesquisas de intenção de voto, Trump é um crítico de longa data da Otan e do que vê como fardo financeiro excessivo dos EUA para garantir a defesa de outros 30 países.

No passado, ele já fez outros comentários questionando o valor da Otan e a ajuda americana à Ucrânia. Os EUA são o maior apoiador do país do leste europeu, tendo enviado mais de 75 bilhões de dólares (R$ 372 bilhões) a Kiev desde a invasão, segundo o secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, enquanto outros países contribuíram, juntos, com mais de 100 bilhões de dólares (R$ 495 bilhões).

Independente de Trump voltar ou não à Casa Branca, aliados europeus temem que os EUA estejam se tornando menos confiáveis. Alguns têm falado abertamente sobre a necessidade de aumentar gastos militares e estão traçando planos para um cenário alternativo de aliança sem os americanos.

Chanceler federal da Alemanha, a segunda maior apoiadora de Kiev, Olaf Scholz disse recentemente ao jornal alemão Die Zeit que o país não poderia apoiar a Ucrânia sozinho sem os EUA.

Trump enfrenta mais de 90 acusações na Justiça por ter supostamente tentado virar a eleição que perdeu, por manter ilegalmente segredos de Estado após deixar o cargo, e por ter feito pagamentos ilícitos a uma atriz pornô. Ele nega todas as acusações.

BAND

Postado em 11 de fevereiro de 2024

Brasil decide vaga no futebol masculino da Olimpíada contra a Argentina

A seleção pré-olímpica de futebol masculino do Brasil terá uma partida decisiva contra a Argentina neste domingo (11), a partir das 17h30, no estádio Brígido Iriarte, em Caracas, na Venezuela.
A equipe do técnico Ramon Menezes precisa da vitória na última rodada do quadrangular final do Torneio Pré-Olímpico para garantir vaga na Olimpíada de Paris.

As quatro seleções que estão na parte final do torneio ainda estão com chances de classificação. O Paraguai tem quatro pontos, seguido por Brasil, com três, Argentina, com dois, e a Venezuela tem um.

Atual bicampeã olímpica, a seleção brasileira garante a vaga em caso de vitória, mas estará fora de Paris-2024 se perder. Em caso de empate, o Brasil depende de outros resultados para se classificar.

O time deve ir a campo com: Mycael; Khellven, Arthur Chaves, Lucas Fasson e Alexsander; Andrey, Gabriel Pirani e Maurício; Gabriel Pec, John Kennedy e Endrick.

O Brasil teve altos e baixos no torneio. Ainda na primeira fase, venceu a Bolívia por 1 a 0, a Colômbia por 2 a 0, e o Equador por 2 a 1. No entanto, o time perdeu para a Venezuela na fase de grupos por 3 a 1 e também foi derrotado pelo Paraguai por 1 a 0 na primeira partida do quadrangular final. No último jogo, a equipe bateu a Venezuela por 2 a 1.

Band

Postado em 11 de fevereiro de 2024

Bolsonaro pode ser preso? Entenda a situação do ex-presidente após operação da PF

A grande intervenção da Polícia Federal (PF) nesta quinta-feira, 8, que atingiu os mais importantes aliados de Jair Bolsonaro (PL), inclusive militares de alta patente — como o general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, ex-comandante do Exército, e o almirante Almir Garnier Santos, ex-comandante da Marinha — indica que o ex-presidente poderá ser preso sob acusação de envolvimento direto com suposto plano golpista para se manter no poder.

Os investigadores acreditam que essa possibilidade poderá ser robusta a partir de novas provas que foram colhidas pelos agentes federais da Operação Tempus Veritatis durante buscas que miram membros do restrito círculo de amizades de Bolsonaro. Na ação de hoje, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o ex-presidente já foi instado a entregar o passaporte e proibido de manter contato com outros investigados.

O advogado Fábio Wajngarten, ex-chefe da Secretaria de Comunicação Social do governo de Jair Bolsonaro, que agora defende o ex-presidente, não fez comentários sobre o teor das investigações policiais, mas afirmou que Bolsonaro acatou a determinação de entregar sua passaporte.

Os movimentos da PF sugerem que um eventual decreto de prisão do ex-presidente está próximo. Em sua decisão, autorizando inclusive a prisão de Filipe Martins e Marcelo Câmara, ex-assessores que exercem papel de confiança absoluta de Bolsonaro, o ministro do STF destaca várias passagens que colocam o ex-presidente como artífice do plano para “virar a mesa” , como sugeriu o general Augusto Heleno, então ministro chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI).

A prova mais contundente contra o ex-presidente foi encontrada no celular do tenente-coronel Mauro Cid, seu ex-ajudante de ordens, que fechou delação premiada. Mensagens trocadas por Cid com o general Marco Antônio Freire Gomes, então comandante do Exército, em dezembro de 2022, sugerem que Bolsonaro editou o texto de uma minuta de decreto golpista para anular o resultado das eleições e prender Moraes.

“(Bolsonaro) fez um decreto muito mais resumido”, afirma o ajudante de ordens. “Algo muito mais direto, objetivo e curto, e limitado.”

A PF também encontrou, em um computador apreendido com Mauro Cid, a gravação de uma reunião entre Bolsonaro, seus ministros e auxiliares, em julho de 2022, em que o presidente cobra iniciativas para desacreditar as urnas.

“Daqui pra frente quero que todo ministro fale o que eu vou falar aqui, e vou mostrar. Se o ministro não quiser falar, ele vai vim (sic) falar para mim porque que ele não quer falar. Se apresentar onde eu estou errado eu topo. Agora, se não tiver argumento pra me demover do que eu vou mostrar, não vou querer papo com esse ministro. Ta´ no lugar errado”, diz a transcrição atribuída a Bolsonaro.

Moraes afirma que a declaração comprova que Bolsonaro conseguiu dos ministros, “em total desvio de específica das funções do cargo”, a promoção de “desinformações e notícias fraudulentas quanto à lisura do sistema de votação, com uso da estrutura do Estado brasileiro para fins ilícitos e dissociados do interesse público”.

A prisão preventiva é uma modalidade de prisão processual, ou seja, decretada antes de uma eventual denúncia ou notificação. Ela só pode ser imposta em situações privadas. As hipóteses estão previstas no artigo 312 do Código Penal.

A primeira delas é a necessidade de garantir a ordem pública, ou seja, quando o investigado oferece risco social. A prisão preventiva também está prevista para preservar a instrução criminal quando há acusações de investigação de obstruir a investigação ou coagir testemunhas, por exemplo. Pode ser imposta ainda quando houver prova de existência do crime e ser imposta apenas da autoria.

Outro requisito é a contemporaneidade, isto é, se as suspeitas sob investigação são recentes ou não. Neste ponto, pesa contra os investigados o monitoramento clandestino do ministro Alexandre de Moraes, que segundo a Polícia Federal ainda poderia estar em curso. “não há garantia de eficácia interrupção”, destacou o próprio ministro no despacho que autorizou a operação.

A PF já se referiu aos investigados, incluindo Bolsonaro, como uma “organização criminosa” e descreveu os núcleos de atuação, que os policiais acreditam que estariam cumprindo ordens do ex-presidente.

Não é a primeira investigação da PF que fecha o cerco a Bolsonaro. O ex-presidente está encurralado por outros inquéritos e já havia sido alvo de buscas por suspeitas de fraude em certificados de vacinação da covid-19.

Para a advogada Jacqueline Valles, mestre em Direito Penal, a apreensão do passaporte de Bolsonaro minimiza o risco de fuga e, nesse sentido, deixa mais distante a possibilidade de Moraes decretar a prisão preventiva do ex-presidente.

“Eliminando a possibilidade de fuga, o único motivo que poderia levar à prisão preventiva seria se ele passasse a atrapalhar o andamento do processo, ameaçar testemunhas ou desobedecer determinações judiciais”, defende o especialista.

Veja outras operações que miram Bolsonaro:
Milícias digitais;
Fraude nos cartões de vacina da covid-19;
Joias sauditas;
Atos golpistas do 8 de Janeiro;
Interferência na Polícia Federal;
Ataque às urnas eletrônicas.
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O POVO

Postado em 10 de fevereiro de 2024

General defendeu rompimento institucional para manter Bolsonaro

O general Augusto Heleno defendeu, durante a reunião da cúpula de governo do então presidente Jair Bolsonaro, rompimentos institucionais e uma “virada de mesa” antes das eleições de 2022. Na mesma reunião, o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) manifestou preocupação com o risco de haver vazamentos sobre a atuação de agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin).

A reunião está registrada em um vídeo divulgado nesta sexta-feira (9) pelo Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Operação Tempus Veritatis. A operação foi deflagrada na quinta-feira (8) pela Polícia Federal para investigar uma suposta organização criminosa cuja atuação teria resultado na tentativa malsucedida de golpe de Estado no 8 de janeiro de 2023.

Ao manifestar preocupação com a possibilidade de agentes da Abin que estariam sendo estrategicamente infiltrados naquele ano eleitoral, Augusto Heleno foi interrompido por Bolsonaro, sob o argumento de que o assunto teria de ser discutido no particular.

“Dois pontos que eu quero colocar aqui, presidente. Primeiro, o problema da inteligência. Eu já conversei ontem com o Vitor, que é o novo presidente da Abin [Victor Felismino Carneiro, então diretor-adjunto da Abin]. Nós vamos montar um esquema para acompanhar o que os dois lados estão fazendo. O problema todo disso é que se vazar qualquer coisa. A gente se conhece nesse meio. Qualquer acusação de infiltração desses elementos da Abin, em qualquer…”.

Nesse momento Augusto Heleno foi interrompido por Bolsonaro. “General, eu peço que o senhor não fale, por favor. Que não prossiga na sua observação aqui. Se a gente começar a falar [sobre] não vazar, esquece. Pode vazar. Então a gente conversa em particular na minha sala sobre esse assunto, do que porventura a Abin está fazendo”, disse Bolsonaro.

Rompimento institucional
O general Heleno então retoma sua fala para manifestar a segunda preocupação. “Não tem VAR [juiz assistente de vídeo, utilizado no futebol] nas eleições. Não vai ter segunda chamada das eleições. Não vai ter revisão do VAR. Então o que tiver de ser feito tem de ser feito antes das eleições”, disse o general.

“Se tiver de dar soco na mesa é antes das eleições; se tiver de virar a mesa é antes das eleições. Depois das eleições será muito difícil que tenhamos alguma nova perspectiva. Até porque eles vão fazer tão bem feito, que essa conversa do Fachin [ministro Edson Fachin, do STF] com os embaixadores, vai eliminar a possibilidade do VAR acontecer. No dia seguinte todo mundo reconhece [o novo governo], e fim de papo”, acrescentou.

Na sequência, Heleno propõe a Bolsonaro que promova um rompimento institucional para se manter no poder. “Isso tem de ficar bem claro. Acho que as coisas têm de ser feitas antes das eleições. Vai chegar em um ponto em que não vamos poder falar. Vamos ter de agir. Agir contra determinadas instituições e contra determinadas pessoas. Isso pra mim é muito claro”.

Outro lado
À Agência Brasil, Augusto Heleno afirmou que não se manifestará sobre o caso por não ter tido acesso aos autos do processo.

Em comunicado à imprensa, a defesa de Jair Bolsonaro afirmou que ele “jamais compactuou com qualquer movimento que visasse a desconstrução do Estado Democrático de Direito ou as instituições que o pavimentam”.

EBC

Postado em 10 de fevereiro de 2024

Por maioria, STF condena mais 12 réus pelos atos de 8 de janeiro

O Supremo Tribunal Federal (STF) condenou, por maioria, mais 12 réus pelos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Na madrugada desta sexta-feira (2/2), o ministro Alexandre de Moraes, relator dos processos, fixou penas que variam de 12 a 17 anos. No entanto, embora seis ministros tenham votado com ele, há divergências em relação ao tempo das penas.

O julgamento das 12 ações foi realizado em plenário virtual e terminou nesta sexta-feira (9/2). Moraes foi seguido integralmente pelos ministros Dias Toffoli, Cármen Lúcia, Luiz Fux e Gilmar Mendes. Cristiano Zanin e Edson Fachin, que concordam com a condenação, mas sugerem penas diferentes.

Nunes Marques, André Mendonça e Luís Roberto Barroso divergiram do relator.

Esta é a oitava leva de julgamentos dos atos do 8/1. Com mais 12 reús condenados, a soma de decisões chega a 71 pessoas com penas que variam de 3 a 17 anos de prisão.

Eles terão que pagar indenização com valor mínimo de R$ 30 milhões, por danos morais coletivos. O montante será quitado por todos os condenados de forma solidária.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou os réus julgados nesta sexta pelos crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito; golpe de Estado; associação criminosa armada; dano qualificado; e deterioração de patrimônio tombado.

Veja os 12 réus condenados após conclusão do plenário virtual:

Clayton Costa Candido Nunes
Tiago Mendes Romualdo
Watlila Sócrates Soares do Nascimento
Leonardo Silva Alves Grangeiro
Marcelo Cano
Jorge Luiz dos Santos
Juvenal Alves Correa de Albuquerque
Gabriel Lucas Lott Pereira
Robinson Luiz Filemon Pinto Júnior
Lucivaldo Pereira de Castro
Marcos dos Santos Rabelo
Manoel Messias Pereira Machado

Metrópoles

Postado em 10 de fevereiro de 2024

Defesa de Jair Bolsonaro diz que vídeo retrata reunião “rotineira”

A defesa de Jair Bolsonaro (PL) afirmou que o vídeo da reunião do ex-presidente com ministros e assessores, que foi divulgado nesta sexta-feira (9/2), retrata uma reunião ministerial rotineira.
“O encontro trata, fundamentalmente, da cobrança para com o time de ministros dele para que atuem de maneira organizada”, defendeu.

O documento descreve que, na ocasião, todos os presentes puderam manifestar publicamente sua opinião a respeito da conjuntura daquele momento de 22 de julho de 2022.

O vídeo, que serviu como base para a operação realizada pela Polícia Federal nesta quinta-feira (8/2), Bolsonaro pressiona o entorno dele a agir antes das eleições de 2022 para se manter no poder.

Na quinta (8/2), foram cumpridos 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão.

Policiais federais estiveram em endereços nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Confira a íntegra do posicionamento, assinado pelos advogados Paulo Amador da Cunha Bueno, Daniel Bettamio Tesser e Fábio Wajngarten:

“O vídeo divulgado oficialmente hoje pela autoridade judiciária responsável pelo inquérito mostra a realização de uma reunião ministerial rotineira em que todos os presentes puderam manifestar publicamente sua opinião a respeito da conjuntura daquele momento de 22 de julho de 2022. O encontro trata, fundamentalmente, da cobrança para com o time de ministros dele para que atuem de maneira organizada.

Na reunião ministerial o ex-presidente Bolsonaro reitera, mais uma vez, sua postura de jamais recorrer a qualquer medida de força contra a ordem democrática.

Bem ao seu estilo veemente, o ex-mandatário reafirma seu compromisso de agir sempre dentro das quatros linhas da Constituição. Opinião pública já conhecida pela sociedade brasileira.”

Metrópoles

Postado em 10 de fevereiro de 2024