Rebeca Andrade e Marcus D’Almeida são eleitos melhores atletas de 2023 no Prêmio Brasil Olímpico

O Comitê Olímpico do Brasil (COB) premiou os melhores atletas de 2023 na noite desta sexta-feira, no Rio de Janeiro. A novidade desta edição é que o trófeu foi batizado com o nome do Rei Pelé. Na categoria masculina, o eleito foi Marcus D’Almeida do tiro com arco, o carioca sagrou-se campeão na etapa mexicana da Copa do Mundo e é o atual líder do ranking mundial. Entre as mulheres, Rebeca Andrade foi a escolhida pela terceira vez consecutiva. A ginasta fez história ao conquistar cinco medalhas no Mundial da Antuérpia, onde ainda tornou-se bicampeã do salto diante de Simone Biles.
Marcus D’Almeida ergueu o troféu de melhor atleta masculino na premiação do COB pela primeira vez. Filipe Toledo (surfe) e Hugo Calderano (tênis de mesa) eram os outros concorrentes a um dos prêmios mais importantes da noite.

  • Eu nem acredito que isso está acontecendo. Eu venho de uma modalidade que quase ninguém conhece, que as pessoas chamam de arco e flecha. Eu tinha o sonho de ter esse grandão (trófeu) em casa, chegou a minha hora – disse Marcus D’Almeida.

Rebeca já havia sido eleita em 2021 e 2022. Neste ano, a brasileira somou nove medalhas entre o Mundial de Ginástica da Antuérpia e os Jogos Pan-Americanos de Santiago. Patrícia e Duda (vôlei de praia) e Bia Haddad (tênis) também estavam na disputa pelo título de atleta do ano.

  • Eu agradeço por todas as pessoas que acreditam na gente, não só no alto rendimento, mas também na base. Quero agradecer ao meu técnico Francisco Porath. É o meu terceiro trófeu, a ginástica está crescendo muito. Ser esse símbolo, essa referência, é algo incrível – disse Rebeca Andrade.

Outros prêmios
Considerado o Oscar do esporte nacional, o Prêmio Brasil Olímpico (PBO) também premiou os atletas mais votados em 55 modalidades olímpicas e pan-americanas. Os vencedores foram escolhidos por um colégio eleitoral formado por jornalistas, dirigentes, comissões técnicas, patrocinadores, ex-atletas e personalidades do esporte.

Outro prêmio entregue na noite foi para o Atleta da Torcida. Em eleição aberta e pública, os torcedores escolheram a ginasta Flávia Saraíva. Estavam na disputa popular: Augusto Akio (skate), Barbara Domingos (ginástica ritmica), Bia Ferreira (boxe), Darlan Souza (vôlei) e Guilherme Costa (natação).

  • Eu nunca pedi tanto nas redes sociais, obrigada por todo mundo que votou. Esse é mais um prêmio para a ginástica – disse Flavinha ao receber o prêmio.

A 24ª edição do PBO ainda contou com três categorias novas: Retorno do Ano, Atleta Revelação e Equipes do Ano (masculina e feminina).

A carreira do atleta é marcada pela superação de obstáculos, sejam eles questões pessoais, de saúde ou o próprio desempenho esportivo. Neste ano, três medalhistas olímpicos voltaram aos holofotes do esporte e disputaram o troféu: Alison dos Santos (atletismo), Ana Marcela Cunha (águas abertas) e Rafael “Baby” Silva (judô). Alison dos Santos foi eleito como o Retorno do Ano pelo voto popular.

  • Passando para agradecer a todos que votaram. Não foi um ano fácil, mas vamos evoluir até Paris – falou Piu, diretamente dos Estados Unidos.

Na categoria Atleta Revelação, três campeões dos Jogos Pan-americanos brigavam pelo troféu: Maria Eduardo Alexandre (ginástica rítmica), Miguel Hidalgo (triatlon) e Renan Gallina (atletismo). A vencedora foi Maria Eduarda Alexandre.

  • Queria agradecer a todos que votaram! Quero agradecer ao Brasil e todo mundo que me apoiou – falou Maria Eduarda Alexandre.

Depois de conquistar a tão sonhada vaga para os Jogos de Paris 2024, a seleção brasileira de vôlei foi eleita a melhor equipe feminina. Entre os homens, a equipe de beisebol foi a escolhida após conquistar uma prata inédita nos Jogos Pan-Americanos de Santiago.

O técnico Ramon Ito, justamente do Beisebol, ganhou o prêmio de melhor técnico de esporte coletivo. Já Camila Ferezin, da ginástica rítmica, foi eleita a melhor técnica de indivual.

Já o Prêmio Inspire, criado para homenagear a atleta mais inspiradora do ano, foi para Bruna Takahashi. A mesatenista concorria com outras seis mulheres: Ana Marcela Cunha (águas abertas), Barbara Domingos (ginástica rítmica), Duda Lisboa (vôlei de praia), Flávia Saraiva (ginástica artística), Rayssa Leal (skate) e Rebeca Andrade (ginástica artística).

  • Estou muito honrada por ter sido indicada ao lado dessas atletas incríveis. Esse prêmio só me dá mais força dentro e fora das competições – disse Bruna Takahashi.

Primeiro medalhista olímpico do judô brasileiro, Chiaki Ishii recebeu o Troféu Adhemar Ferreira da Silva, uma homenagem pelo pioneirismo e legado que construiu na modalidade. O japonês naturalizado brasileiro foi o responsável por conquistar a primeira de 24 medalhas do judô em Jogos Olímpicos, o bronze em Munique 1972. Também foi Ishii quem criou a lendária academia na Lapa, em São Paulo, que gerou outros medalhistas como Walter Carmona e Rafael “Baby” Silva.

  • Eu amo o judô! O Brasil me ajudou bastante e me deu essa honra. Muito obrigada! – disse Chiaki Ishii.

GE

Postado em 16 de dezembro de 2023