Novo tratamento para dermatite atópica é liberado para jovens e adultos

A farmacêutica Pfizer anunciou que seu medicamento para dermatite atópica , doença inflamatória crônica que causa manifestações e lesões avermelhadas, recebeu autorização da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nesta segunda-feira, 26, para uso em casos moderados a graves da condição em pacientes com mais de 12 anos . A droga abrocitinibe (de nome comercial Cibinqo) poderá ser indicada para jovens e adultos que passaram a fazer uso de alguma terapia além dos cremes e pomadas para controlar os sintomas da condição.

Segundo a farmacêutica, o medicamento é um inibidor da proteína intracelular janus quinase, também chamada de JAK , que está ligada ao processo inflamatório presente na doença. A aparência intensa e as manchas avermelhadas que podem tomar mais da metade da pele do corpo não são os únicos sintomas dessa condição que afeta principalmente as crianças – a estimativa é de que 25% da população infantil e 7% dos adultos tenham dermatite atópica, segundo a Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD).

Nas regiões protegidas, é comum notar a pele mais áspera e ressecada, o que pode praticar descamações e, posteriormente, favorecer a alimentação por bactérias, causadas às vezes pelo ato de coçar. Quem vive com o quadro moderado a grave tende a apresentar problemas controlados, como asma e rinite alérgica. E o índice é alto: pode chegar a 72% .

“Estamos falando de uma doença subestimada, que vai muito além das lesões de pele. É uma doença crônica e multifatorial, que envolve aspectos genéticos, ambientais e imunológicos, podendo causar dor, angústia e angústia, com prejuízo não apenas físico, mas também para o bem-estar emocional do paciente”, explica Adriana Ribeiro, diretora médica da Pfizer Brasil. “Em outra frente, muitos pacientes relatam situações de preconceito e exclusão por causa das lesões, inclusive no trabalho ou na escola, o que pode afetar o desempenho e, até mesmo, colaborar para a evasão escolar”, completa. É importante saber que a doença não é contagiosa .

Nas crianças, ainda há o problema de a doença impactar no sono, quadro que afeta até 60% dos pacientes . O resultado é que os pequenos podem ficar desatentos e sonolentos, o que pode causar queda no rendimento escolar.

Em testes com 1,6 mil pacientes, o medicamento oral administrado em uma dose diária apresentou segurança e eficácia, bem como alívio da dor um dia depois do início do tratamento. O remédio já foi aprovado nos Estados Unidos, países da União Europeia e Japão. Segundo a Pfizer, o fármaco será submetido ao processo de definição de preço pela Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).

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Postado em 29 de junho de 2023