Joe Biden, dos EUA, e Benjamin Netanyahu, de Israel, conversam sobre pausas táticas na guerra contra o Hamas

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, e o primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, conversaram nesta segunda-feira (6) sobre a possibilidade de pausas táticas nos ataques à Faixa de Gaza, segundo John Kirby, porta-voz do governo americano.

Os líderes dos países também conversaram sobre a situação na Cisjordânia, um outro território palestino.

Kirby também falou que mais cidadãos dos EUA devem sair de Gaza nesta segunda-feira, e que mais veículos levando itens de ajuda humanitária vão entrar no território.

Pedido da ONU por cessar-fogo
O secretário-geral da ONU, António Guterres, pediu nesta segunda-feira (6), um cessar-fogo imediato no conflito entre Israel e o movimento islamista Hamas, e disse que o bombardeio de Israel ao território da Faixa de Gaza está se transformando em um “cemitério de crianças”.

“A catástrofe que se desenrola torna a necessidade de um cessar-fogo humanitário mais urgente a cada hora que passa”, disse ele a jornalistas na sede da ONU em Nova York.

O conflito mais recente entre o grupo terrorista Hamas e Israel se originou depois que milicianos do Hamas invadiram o território israelense em 7 de outubro, matando cerca de 1.400 pessoas, a maioria civis, incluindo jovens que participavam de um festival de música eletrônica.

Em represália, Israel lançou bombardeios incessantes e fez incursões terrestres na Faixa de Gaza. Segundo o Ministério da Saúde do Hamas, mais de 10 mil pessoas morreram, no entanto, esses números não puderam ser verificados de forma independente.

Guterres lançou formalmente um apelo para mobilizar um pacote de ajuda humanitária da ONU no valor de 1,2 bilhão de dólares (R$ 5,8 bilhões) para atender os cerca de 2,7 milhões de palestinos que vivem na Faixa de Gaza e nos territórios da Cisjordânia e de Jerusalém oriental, ocupados por Israel.

Caminhões de ajuda chegaram a Gaza a partir do Egito através da passagem de Rafah, mas o nível se mantém muito abaixo do que havia antes de 7 de outubro. Israel alega que precisa de tempo para fazer os controles de segurança nos veículos e que não levam combustível.

“Sem combustível, os recém-nascidos em incubadoras e os pacientes que dependem de suporte vital vão morrer”, afirmou Guterres.

G1

Postado em 7 de novembro de 2023