Denunciado por lavagem de dinheiro, Emerson Sheik não poderá sair do país sem autorização da justiça

O ex-jogador de futebol Emerson Sheik, com passagens por Corinthians, Flamengo, Fluminense e Botafogo, terá que cumprir uma série de medidas cautelares decretadas pela Justiça após ser denunciado e virar réu acusado de ter ajudado o bicheiro Bernardo Bello a lavar dinheiro. O ex-atleta foi alvo de busca e apreensão nesta sexta-feira (10) em operação do Ministério Público do Rio.

Agora, Sheik terá que cumprir uma série de medidas:

proibição de se ausentar, por mais de 15 dias, da comarca onde reside sem autorização judicial;
informar ao juízo, em no máximo 15 dias, os números de telefone por meio dos quais possam ser contatados, inclusive por aplicativo de mensagem WhatsApp
comparecimento bimestral em juízo para justificar suas atividades;
proibição de contato com os demais réus, ressalvados os familiares.
O contraventor Bernardo Bello, Sheik e outras sete pessoas foram denunciados na sexta-feira (10) pelo Ministério Público. O MP os acusa de lavagem de dinheiro “oriundo, sobretudo, da contravenção do jogo do bicho e da exploração de máquinas caça-níqueis” com iates, veículos de luxo, imóveis na capital fluminense e um sítio no interior do estado. Bernardo Bello teve a prisão decretada e é considerado foragido. Ele já é réu pela morte de um outro contraventor, Alcebíades Paes Garcia, o Bid, em fevereiro de 2020.

Segundo o MP, Bernardo Bello e Sheik atuaram para ocultar os valores da venda de uma cobertura do ex-jogador na Barra da Tijuca, Zona Oeste do Rio, em operações iniciadas em agosto de 2013 e encerradas em janeiro de 2014. Apesar de declarar que não gastou nada pelo imóvel, o MP levantou que foram feitos quatro depósitos em espécie que totalizaram R$ 473.550,00 para Sheik. Para o MP, os recursos foram “utilizados clandestinamente como parte do pagamento pela aquisição de imóvel”.
Os valores não passaram por contas bancárias de Bello e não foram registrados nas escrituras.

O ex-jogador, argumenta o MP, “permitiu que os depósitos apontados fossem realizados em sua conta bancária, sem constar da escritura pública, sem os declarar à Receita Federal, camuflando a origem, natureza e os valores ilícitos”.

CNN

Postado em 12 de março de 2023