Ao custo de R$ 8 milhões, Palácio do Planalto será blindado em 2024

O governo reservou R$ 8 milhões do orçamento de 2024 para reforçar a proteção dos vidros do Palácio do Planalto. O recurso será destinado para a aplicação de blindagem em todo o piso térreo da sede presidencial.

A medida é encampada pelo Gabinete de Segurança Institucional (GSI), responsável pela proteção palaciana, e representa uma reação aos ataques do 8 de janeiro, quando vândalos invadiram e depredaram as sedes dos três poderes.

No caso do Planalto, os manifestantes tiveram acesso ao palácio presidencial após, com paus, pedras e pancadas, quebrarem o vidro da entrada principal. À época, chamou atenção a facilidade com que o grupo conseguiu entrar no local, que também contava com um baixo efetivo policial no dia.

Alguns detalhes, porém, ainda estão sendo fechados para o processo de licitação avançar. Um deles é se haverá algum dano à estética do Planalto, que é uma área tombada e tem de ter a sua originalidade preservada. Dessa maneira, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) está avaliando se a proteção nos vidros acarretará mudanças visuais.

Ainda não há prazo para a aplicação da blindagem, mas a ideia é que ela ocorra ainda no primeiro semestre do ano que vem.

Grades e monitoramento por câmeras
Em outra frente, o governo está investindo no monitoramento das sedes presidenciais e adquiriu novas câmeras de segurança para serem instaladas tanto no Palácio do Planalto quanto no Palácio da Alvorada (residência oficial do presidente da República) e no Jaburu (residência do vice-presidente).

Não há, por outro lado, a intenção de retomar o uso das grades ao redor do Palácio do Planalto. A proteção foi instalada após o 8 de janeiro, e retirada em maio por determinação do presidente Lula, que dizia que o aparato deixava o Palácio do Planalto “muito feio”.

Os equipamentos estão disponíveis para serem usados a qualquer momento, caso haja algum tipo de ameaça. Ainda está em análise se os objetos serão novamente instalados para a cerimônia prevista para o próximo 8 de janeiro, quando se completa um ano dos ataques em Brasília.

Por ora, a ideia é que a Esplanada dos Ministérios fique aberta, o que permite a aproximação de manifestantes e apoiadores. Em monitoramentos, o governo não detectou, até agora, nenhum tipo de ameaça ao evento.

VEJA

Postado em 2 de janeiro de 2024