Anderson Torres mudará de advogado para se desvincular de Bolsonaro.

O ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres vai trocar de advogado no caso dos atos antidemocráticos de 8 de janeiro. Anteriormente, 11 profissionais já haviam deixado a defesa de Torres. O último do time a sair será Rodrigo Roca, que deve oficializar a medida nesta quinta-feira (30/3).

O Metrópoles apurou não houve desentendimento com Roca, mas que Torres estaria incomodado com a vinculação do advogado com a família do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), já que o jurista irá acompanhar o ex-presidente durante oitiva na Polícia Federal, em 5 de abril, sobre o caso das joias sauditas. Roca também já atuou na defesa do senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ).

A intenção, com a troca, seria desvincular o ex-secretário de Bolsonaro. O nome do novo advogado ainda não foi divulgado.

O ex-secretário de Segurança Pública do DF está preso no âmbito da investigação sobre possível omissão durante invasão e depredação das sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro. Torres continua detido nas instalações do Batalhão de Aviação Operacional, no 4º Batalhão de Polícia Militar (BPM) do Distrito Federal.

No dia dos atentados, Torres viajava para os Estados Unidos. Ele foi preso em 14 de janeiro, ao voltar para o Brasil.

Em 1º de março, Alexandre de Moraes indeferiu pedido da defesa do ex-secretário de Segurança Pública pela revogação da prisão de Torres.

O ministro considerou não haver, no momento, “como dissociar as condutas omissivas de Anderson Gustavo Torres dos atos ocorridos no dia 8 de janeiro de 2023, com ataque às instituições democráticas e depredação e vandalismo dos prédios públicos na Praça dos Três Poderes”.

Metropoles

Postado em 30 de março de 2023