A munição que Tarcísio de Freitas entregou de mão beijada à oposição

Ao tentar dar uma resposta rápida às mortes ocorridas no Guarujá, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, acabou entregando aos adversários uma munição para aumentar a pressão sobre o governo paulista. Tarcísio declarou, sem manifestar qualquer sombra de dúvida, que não houve excessos na operação realizada na Baixada Santista e que resultou em ao menos dez mortes. Fez a festa da oposição.

Embora não tenham margem na Assembleia paulista, os adversários do governador prometem dar trabalho. Acionar o Ministério Público , apresentar pedidos de informações, fazer discursos e entrevistas sobre o tema. Sempre mexendo com a memória do eleitor paulista. Há menções ao massacre do Carandiru, à chacina de Paraisópolis, às promessas de Paulo Maluf de levar a Rota para a rua.

“Pior do que a carnificina é termos um governador que apoia a carnificina”, disse à coluna o deputado estadual Emidio de Souza, um dos principais líderes petistas no estado. “O fato é que a cultura da chacina faz parte da história de São Paulo. Não é de hoje que esse problema está presente. Por isso assusta a ideia de que governantes ainda olhem para esse caso com a visão de que bandido bom é bandido morto”, completou.

“O poder das forças policiais do estado hoje é infinitamente maior do que era a Rota naquela época. Estamos falando de um poder de fogo enorme. E o governo de Tarcísio parece querer ir para o confronto”, acrescenta o deputado Carlos Zarattini (PT-SP).

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Postado em 2 de agosto de 2023