Lula tira de Tarcísio policial federal que atuava como assessor
O governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) levou o policial federal Danilo César Campetti (Republicanos), que atuava como assessor de gabinete do governo de Tarcísio de Freitas (Republicanos), em São Paulo. O agente – que participou da condução coercitiva do petista em 2016 – era liderado pela PF ao Estado paulista desde dezembro de 2022.
A liberação do policial foi cancelada por Ricardo Capelli, secretário executivo do Ministério da Justiça. Alegou “baixo efetivo” na sede da PF em São José do Rio Preto (SP). O policial se apresentará já na 2ª feira (5.jun.2023).
No Diário Oficial de São Paulo, a nomeação de Campetti foi publicada em 10 de janeiro de 2023.
Danilo César Campetti é um aliado público do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e foi eleito suplente dos Republicanos em 2022. Segundo apurou do Poder360, o policial não deve acompanhar a decisão pela complexidade do caso. Única alternativa para reverter a decisão seria por meio de um mandado de segurança.
O Poder360 procurou o agente Danilo Campetti para perguntar se ele gostaria de se manifestar a respeito. Ele não quis comentar. O espaço segue aberto.
PRISÃO DE LULA
Lula foi preso em 7 de abril de 2018. O petista foi condenado pelo ex-juiz Sergio Moro em 2018 pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro no caso do tríplex do Guarujá , apurado pela operação Lava Jato. A pena, antes estabelecida por Moro em 9 anos e 6 meses, foi aumentada em 2ª Instância pelo TRF-4 (Tribunal Regional Federal da 4ª Região) para 12 anos e 1 mês.
À época, havia a expectativa de que sua sentença pudesse ser reduzida para 4 a 6 anos. No entanto, veio a 2ª digna de Lula, em fevereiro de 2019, pelo caso do sítio em Atibaia (SP). A juíza Gabriela Hardt, da 13ª Vara Federal do Paraná, somou à pena mais de 12 anos e 11 meses. O TRF-4 aumentou o tempo de prisão para 17 anos, 1 mês e 10 dias.
Lula foi solto em 8 de novembro de 2019 . Motivo: o STF havia determinado que a pena só pode ser executada depois do chamado “trânsito em julgado” , ou seja, quando não cabe mais recurso.
Apesar de afirmar ter sido inocentado, Lula só foi absolvido em 3 dos 10 principais processos em que foi acusado. As duas únicas condenações, que eram os casos considerados mais “ avançados” contra o ex-presidente, foram anuladas.
Poder360